No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 4
Duas Saras


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora e Feliz Ano Novo! (Meio atrasado, mas o que vale é a intenção hahaha)
Capítulo novo com personagem nova (como o próprio título já diz)
Espero que gostem!

PS.: Se quiserem ler a minha outra fanfic um dia desses, o link é esse:
https://fanfiction.com.br/historia/643626/Writing_my_life/



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Já fazia uma semana. Eu não aguentava mais Oliver Queen. A única hora que eu tinha paz era quando ele saia para lutar contra algum mafioso e eu ficava no esconderijo com a Felicity. Mas, pelo menos naquele momento com a Sara de volta, eu podia ter certeza de que pelo menos a noite eu iria ficar em paz, já que eles dois estavam tendo um caso.

Naquele momento, estávamos no esconderijo. Eu estava sentada na pequena mesa de metal (que já era minha melhor amiga) vendo Diggle, Sara e Oliver falarem sobre suas cicatrizes.

– Eu também tenho uma cicatriz – Felicity chamou a atenção para ela. – De quando eu tirei os molares. Eu tinha dezesseis. Eles ficaram inchados.

– Fofa – Sara disse e eu senti um pequeno dejá vu.

Oliver e Sara começaram a conversar entre si sobre a pequena festa de boas-vindas que eles dois iam dar.

– Ei – eu sussurrei para Felicity. – Posso de chamar de Fel?

– Pode – ela assentiu.

– Fel, não se sinta de lado. Você é especial também – eu disse, fazendo ela sorrir.

– Obrigado – ela sorriu, docilmente.

(...)

Fiquei no laboratório até Oliver e Sara voltarem. E os dois voltaram bravos. Era por causa do tal cara que conseguia hackear muita coisa. Porém a Sara tinha uma pista: o sangue que havia ficado no bastão dela.

Senti uma vontade imensa de rir quando a Sara interrompeu a Felicity. E também quando a Sara analisou o sangue, fazendo a Felicity se sentir posta de lado. Mas ela logo contornou isso e achou a identidade do cara.

Os dois saíram de novo, para procurar ele. Mas eles acabaram entrando em uma armadilha. Sinceramente, ver aquilo ao vivo era muito mais aterrorizante do que parece. Ele conseguiu hackear os computadores de onde estávamos.

Sua voz maligna ressoou pelos computadores. Aproximei-me de Diggle, com medo. Era muito estranho. Mas quando tudo começou a explodir, ele pegou eu e Felicity e nos arrastou até o canto da sala.

Depois de algum tempo Oliver e Sara voltaram e, mais uma vez, estavam bravos. Felicity tentava consertar as placas queimadas, mas ela não conseguiu.

– Como está? – Oliver perguntou.

– As placas estão fritadas e as luzes queimadas, mas acho que posso consertar isso – Felicity respondeu.

– Podemos ficar aqui e...

– Você deveria ir para o jantar com a sua família – Felicity a interrompeu.

– É verdade – ela suspirou. – Vem comigo Ollie.

Ele me encarou por alguns minutos.

– Não posso deixar ela sozinha.

– Você não é minha babá, vai viver sua vida – retruquei.

– E você também não pode ajudar aqui – Felicity completou.

– Pode ir Oliver, eu fico de olho nela – Diggle disse.

Oliver ponderou um pouco, mas logo concordou em ir com a Sara.

Logo que eles saíram, meu estômago roncou alto. Diggle então me chamou para comprar comida e nós fomos. Quando voltamos, Felicity já não estava mais lá. Nós esperamos por algumas horas e quando ouvimos passos, pensamos ser ela, mas não era. Eram Sara e Oliver.

– Onde está a Felicity? – Oliver perguntou assim que entrou.

– A gente saiu para comprar comida e quando voltamos ela não tava mais aqui. Já faz algumas horas – eu respondi.

O telefone dele tocou e ele atendeu. Diggle continuou tentando mexer naquelas placas fritadas, mas não era possível consertar aquilo. Não sem a ajuda da Fel.

– Ela está no banco de Starling City – Oliver estava bravo. – Ela foi pra lá por causa do sistema, para hackear o “rei dos relógios”.

– Ela está lá sozinha? – Sara perguntou preocupada.

– Temos que ir para lá – Diggle disse.

Eles iam sair quando eu pigarreei. Então eles voltaram a repara na presença da garota que apareceu naquele mesmo esconderijo e que já tinha atraído um vampiro e que com certeza era problema para alguém.

– Ela pode vir conosco – Sara disse.

– Ela não sabe lutar – Oliver rebateu.

– A Fel também não – eu completei.

– Se levarmos ela, ela vai precisar de uma roupa – Oliver disse. – Não podemos correr o risco de alguém ver o rosto dela.

Todos nós assentimos.

Sara pegou uma de suas roupas e me entregou. Não demorei muito para me trocar. Assim que o fiz, eu estava igualzinha a Sara. Tirando o fato do cabelo loiro e a jaqueta, que eu não quis colocar.

– Vamos – Oliver disse, assim que eu apareci.

(...)

Assim que chegamos, encontramos Felicity sentada atrás de um balcão. Ela se assustou quando Diggle a pegou pelo braço. Mas se assustou mais ainda quando me viu vestida naquela roupa.

– Agora são duas Saras – ela murmurou baixinho, mas eu pude ouvir. Acho que fui a única, porque eles logo mudaram de assunto quando os dois capangas apareceram.

– Deixem eles comigo – Oliver disse. – Cuide dela.

Então ele saiu. Felicity começou uma incessante busca pelo vilão. Diggle deve que ir lutar com outros capangas dele que apareceram e apenas Sara ficou para nos proteger. Felicity conseguiu localizar o homem e nós três fomos para lá.

A Sara já chegou lutando. A Felicity ia se esconder, mas viu que a Sara ia tomar um tiro, então se pôs na frente dela e acabou desmaiando. Mas não era isso o que acontecia quando eu assisti esse episódio. Alguma coisa estava errada.

O homem deu uma risada maligna e atirou na perna da Sara. Então, foi se aproximando de onde eu estava.

– O Arqueiro gosta de vestir suas mulheres com couro – ele disse, antes de atirar.

Quando atirou, a arma fez um barulho estridente. Fechei meus olhos, esperando a bala me atingir, mas ela não atingiu. Abri meus olhos vagarosamente e vi a bala parada no ar na minha frente. Eu havia parado a bala?

Levantei-me, sendo assistida por Sara. A bala continuou no ar. Eu estava controlando ela! Eu estava... controlando ela.

Ergui minha mão e fiz a bala virar no ar.

– Não sou a mulher do Arqueiro – disse, antes de alojar a bala em sua perna.

Fiz sua arma ser jogada para longe apenas mexendo a mão. Olhei para Sara e ela parecia assustada e com dor. Peguei o comunicador e chamei Oliver.

(...)

– Vocês vão ficar bem? – Eu perguntei para Sara e Felicity.

– Não é como se eu nunca tivesse levado um tiro – Sara disse, já conseguindo andar.

– E o Diggle me deu uma aspirina – Felicity parecia meio grogue. – E eu sempre quis ter a minha própria cicatriz.

Os garotos estavam de costas porque a Fel estava sem camisa enquanto a Sara costurava alguns pontos nela.

Ainda não havia tido tempo para pensar em toda a informação que coletei sobre eu ser muito poderosa e ter telecinésia. Mas sabia que, mais cedo ou mais tarde, a Sara tocaria no assunto com o Oliver, que iria me questionar sobre isso. Então estava me preparando.

Sara terminou e me chamou para conversar em particular, enquanto Oliver falava com Felicity.

– Como você fez aquilo lá? – Ela perguntou em um sussurro.

– Eu não sei – devolvi em um sussurro. – Estou com medo.

Ela então me abraçou. Primeiro eu fiquei sem reação, mas logo aceitei o abraço dela. Eu precisava daquilo. Eu realmente precisava.

– Vai ficar tudo bem – ela disse. – Eu vou falar com o Oliver e nós vamos resolver isso, está bem?

Eu apenas assenti. Ela saiu do meu abraço e foi falar com Oliver, em particular. Ele me olhou algumas vezes enquanto ela falava e pareceu um pouco assustado. Eu apenas abaixei a minha cabeça, esperando que as coisas melhorassem.

(...)

Oliver estava bravo por saber que Thea não era filha de seu pai, mas sim de Malcom. Mas quando recebeu uma mensagem de Thea pedindo ajuda, ele teve que correr para ver o que estava acontecendo.

Ele demorou um pouco para voltar, mas quando voltou, estava com a pior das feições, como se tivesse visto o próprio coisa ruim. E, se me lembro bem, ele tinha.

(...)

No caminho todo para casa, Oliver ficou em silêncio. Senti o peso que ele tinha naquele momento. Pude finalmente organizar a minha mente. Eu realmente estava dentro de um universo alternativo. E eu realmente tinha poderes ou sei lá o que. Eu realmente ia ser caçada por Thanos.

Minha cabeça estava dando um nó naquele momento. Tudo o que eu consiga pensar em, era em um pote enorme de sorvete de chocolate com creme.

Chegamos em casa quando já passava da meia-noite. Fiz menção de ir ao meu quarto, mas Oliver pediu que eu me sentasse no sofá, para conversar comigo. Senti um calafrio percorrer a minha espinha. Isso não deveria estar acontecendo.

– Lucy... o que a Sara me disse... é verdade? – Ele parecia meio apreensivo.

Eu ponderei um pouco.

– Sim – disse por fim. – Eu não sei como aconteceu, mas eu controlei aquela bala.

Ele suspirou por um longo tempo e olhou para o chão. Aquele com certeza não era o dia dele. E eu estar ali não ajudava muito.

– Está tudo bem? – Eu perguntei, mesmo sabendo que não estava.

– É só algo com que eu estou preocupado – ele esfregou a mão nas têmporas.

Eu o olhei por alguns segundos. Então, sem pensar, fui até ele e o abracei. Primeiro ele ficou surpreso, mas logo aceitou o abraço e me apertou. Ele apoiou sua cabeça em meu ombro e pude sentir algumas lágrimas descerem por seus olhos. Eu também o apertei. Acho que nós dois precisávamos daquele abraço. Acho que nós dois precisávamos saber que, mesmo que não pareça, as coisas vão melhorar.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam?



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