No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 36
Acordos de Sokovia


Notas iniciais do capítulo

OIE gente ♥
Espero que gostem desse capítulo ♥
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/664460/chapter/36

Batia a colher na xícara de chá que eu havia pedido para retirar o líquido. Apoiei minha mão na mesa e olhei ao redor, agradecendo por estar com um boné. Lagos estava muito quente. Natasha estava sentada três meses à minha esquerda.

Tá legal, o que estão vendo?— Steve perguntou, através do comunicador.

Ele estava escondido em seu ponto, enquanto Sam estava no outro junto com Wanda. Para aquela missão, estávamos praticando o reconhecimento de terreno. Era a pista que Rhodes havia nos dado sobre Rumlow, ele deveria estar ali para receber a qualquer que fosse a mercadoria.

— Policiais patrulhando, poucos homens, rua silenciosa. É um bom alvo – respondi, bebericando o chá.

Há um caixa no canto sul, o que significa... — Steve começou.

— Câmeras – completei.

São ruas de mão única — Steve continuava falando.

— O que compromete as rotas de fuga – eu disse colocando o chá de volta no pirex.

Nosso cara não se importa em ser visto — ele disse, em um leve suspiro. - Ele não tem medo de criar confusão ­— ele fez uma pequena pausa. - Está vendo aquela SUV no outro quarteirão?

— Aquela vermelha? É uma graça – disse, olhando para o carro.

E também é à prova de balas, segurança privada. O que significa mais armas, o que significa mais dor de cabeça para alguém, provavelmente nós — Natasha disse, se colocando na conversa.

— Sabem que eu posso mover coisas com a minha mente, certo? – Perguntei, demonstrando que armas eram um problema pequeno.

Reconhecimento do local deveria virar rotina para você — Natasha me repreendeu.

Suspirei, revirando os meus olhos. Foi só uma pequena brincadeira...

Alguém já te disse que você é um pouco paranoica? – Sam disse, me defendendo.

Não na minha cara. Por que, ouviu alguma coisa? – Natasha ironizou.

Olhos no alvo, pessoal. É a melhor pista que temos de Rumlow dias. Não quero perde-lo — Steve nos repreendeu.

Se ele nos ver chegando não vai ser um problema. Esse cara odeia a gente — Sam disse, zombando.

Sam, você está vendo aquele caminhão de lixo? Pegue ele – Steve disse, desconfiado do caminhão de lixo.

O caminhão de lixo estava passando por mim e Natasha no mesmo momento, mas não parecia suspeito.

Aquele caminhão está com peso máximo e o motorista está armado — Sam disse, alarmado, após o Asa Vermelha lhe dar o Raio-X do caminhão.

O Caminhão é um cavalo de troia — Natasha disse, já se levantando.

Vá, agora! – Steve disse, alarmado e Natasha obedeceu.

— Onde?! – Perguntei confusa, mas também me levantando.

Aquele caminhão não vai atacar a polícia — Steve disse.

Olho na direção em que o caminhão está indo e vejo que ele está indo diretamente para o Centro de Doenças Infecciosas. Ele se choca contra a pequena parte de concreto, fazendo alguns pedaços de gesso voarem. Voo em direção ao lugar.

— Armaduras ARF5. Eu contei 7 – Steve diz para mim.

Eu contei 5 — Sam diz e logo após pousa em uma das vigas, acima de nós.

Wanda vem logo atrás dele. Vejo um homem que está prestes a atacar Steve, mas o impeço. O levanto no ar e o jogo na direção de Sam.

— Sam – digo, para ele prestar atenção.

Sam chuta o homem que se choca contra o chão.

— 4 – ele diz, se juntando a nós. – Rumlow está no terceiro andar – ele diz, ao usar o scanner de seus óculos.

— Lucy, como treinamos – Steve disse e eu assenti.

— E o gás? – Wanda perguntou.

— Tire de lá – ele disse e ela assentiu.

Steve subiu em cima de um carro, pegando impulso e depois pulou. Assim, eu usei meus poderes para colocá-lo dentro do lugar. Wanda começou a tirar o gás tóxico de lá, então Sam e eu começamos a lutar contra as pessoas que tentavam impedi-la.

Rumlow tem uma arma biológica — Steve disse.

Estou atrás dele — Nat respondeu.

Olhei na direção de Nat e penso em ajuda-la, mas ela estava arrebentando aqueles idiotas, então apenas fiquei protegendo as costas de Wanda.

Sam. Ele está em um blindado indo para o norte — Steve disse.

Olhei para Sam e assenti, dando sinal de que me viraria sozinha. Um homem tentou atirar em nós e eu parei seu tiro no ar. Levantei-o e o joguei contra o concreto.

Eu estou vendo 4, eles estão se separando — Sam disse, após chegar no local em que os mercenários estavam.

Eu pego os dois da esquerda – Nat disse.

Olhei para Wanda que estava ainda tentando mandar o gás para o espaço.

Vou ajuda-los, consegue se virar?” Perguntei para ela, em sua mente.

“Sim, vá” ela disse e pude sentir o esforço que ela estava fazendo.

Fui em direção ao local em que eles estavam.

— Largaram tudo aqui. Estão jogando conosco. A arma está com um deles – eu disse ao notar as roupas jogadas no chão.

Steve chegou logo em seguida. Era uma feira cheia de civis que poderiam ser feridos caso houvesse alguma forma de combate.

Desgraçado” ouvi a voz de um homem furioso atrás de nós e me virei instantaneamente. Ele atirou uma bomba em nós, mas eu a parei no ar e tentei conter a explosão. Enquanto isso, ele atacou Steve.

— Aí você está, seu filho da puta. Eu estava esperando por isso! – Ele disse, ao jogar Steve para trás.

Estava difícil controlar a bomba, então voei para o alto, tentando me distanciar do aglomerado de pessoas que estavam assistindo a luta, e joguei a bomba para o alto, deixando que ela explodisse no céu.

Não está com ele. Sobrou pra você – ouvi Sam dizer para Nat.

 - Saiam da frente, saiam da frente! – Nat dizia para os civis ao redor.

Tentei fazer uma barreira de proteção que não deixasse que os civis se aproximassem da luta de Steve e Rumlow.

Carregamento seguro. Obrigada Sam – Nat disse, após um tempo.

Eu ainda estava tentando afastar as pessoas com a barreira, mas elas pareciam querer assistir a luta, não se importando com as consequências.

Não me agradeça — Sam respondeu.

— Não vou agradecer essa coisa.

— O nome dele é Asa Vermelha.

— Ainda assim, não vou agradecer.

— Ele é bonito. Faz um carinho.

Revirei os olhos. Rumlow estava arrebentando Steve.

— Isso é por derrubar um prédio na minha cara – Ele dizia, com ira em sua voz.

Ele apertou um botão em sua armadura que deu espaço para uma faca que quase acertou Steve. Tive que ser radical e empurrei as pessoas em uma distância de alguns metros usando meus poderes. Segurei Rumlow e Steve finalmente conseguiu bater nele. Steve retirou seu capacete, revelando que seu rosto estava totalmente deformado.

— Até que eu estou lindo, considerando o que houve – ele disse ofegante. Steve o segurava pelo colarinho.

— Quem é o comprador? – Perguntei, me aproximando dos dois.

— Ele te reconheceu. Seu amigo e parceiro, seu Bucky – Rumlow me ignorou, cuspindo as palavras para Steve.

— O que você disse? – Percebi que Steve estava desorientado, por isso não abaixei minha guarda.

— Ele lembrou de você. Eu estava lá. Ele ficou choramingando. E aí voltaram a fritar o cérebro dele. Ele queria que você soubesse de uma coisa. Ele me disse: "Por favor, diga ao Rogers, quando chega a sua hora, chega a sua hora." – Ele disse, com um certo desprezo. - E você vem comigo – então ele apertou um botão.

No mesmo instante percebi que era uma bomba. Tentei contar o máximo possível, mas era difícil, era uma bomba maior do que a anterior. Tentei reverter o efeito da bomba, mas não adiantou. Então o joguei para o alto, tentando afastá-lo da multidão, mas havia um prédio enorme bem ali. Senti minha cabeça ficar zonza e perdi o controle. Quando o soltei, a bomba explodiu em um andar do prédio em que haviam pessoas. Eu havia... eu havia matado...

— Oh meu... – Steve ficou apavorado. - Sam. Precisamos... Precisamos de resgate no lado sul do prédio. Temos que ir lá para cima.

Levei minha mão para a boca, apavorada, podendo sentir a morte saindo do corpo daquelas pessoas. Veja, esse é o problema em ser uma telepata: até mesmo quando você não quer, você consegue sentir as pessoas ao seu redor. E, naquele momento, eu estava sentindo a morte de várias pessoas.

(...)

11 Wakandanos estavam entre os mortos durante um confronto entre os Vingadores e um grupo de mercenários em Lagos, na Nigéria, na semana passada. Os Wakandanos tradicionalmente reclusos estavam em uma missão de sensibilização em Lagos quando o ataque ocorreu— uma repórter falava enquanto imagens do acidente passavam na televisão.

O sangue do nosso povo foi derramado em solo estrangeiro. Não apenas pelas ações dos criminosos. Mas pela indiferença daqueles que juraram impedir. Vitória à custa de inocentes, não é vitória alguma — o rei de Wakanda apareceu, dando uma entrevistei no que julguei ser uma sala de conferência.

O rei de Wakanda passou a prestar condolências para os parentes dos recentes falecidos— a repórter voltou a falar. – Mas o que realmente as pessoas estão se perguntando é: Que autoridade legal tem um indivíduo aprimorado como Lucy King para operar na Nigéria?

Então alguém desligou a televisão. Olhei para a porta e suspirei ao notar Steve com o controle remoto. Olhei para baixo, soltando um leve suspiro.

— É minha culpa – disse, com a tristeza sendo notável em minha voz.

— Isso não é verdade – ele disse.

— Então ligue a TV de volta, eles foram bem específicos – eu rebati.

— Eu deveria ter percebido a bomba antes de você ter que lidar com ela. Rumlow disse "Bucky" e de repente eu era um garoto de 16 anos no Brooklyn novamente – ele suspirou, se sentando ao meu lado na cama. - Pessoas morreram. A culpa é minha.

— A culpa é de nós dois – suspirei. – Eu devia ter mirado em outro lugar, deveria ter contido aquela explosão.

— Esse trabalho... - ele fez uma pausa - é tentar salvar o máximo de pessoas possível. Às vezes não significa todo mundo. Mas, se não soubermos conviver com isso, da próxima vez... talvez ninguém seja salvo.

Visão atravessou a porta, pregando-me um susto. Tudo bem que ele podia atravessar paredes, mas isso não significava que precisava fazer aquilo.

— Visão! – O repreendi.

— Desculpe, a porta estava aberta então eu presumi... – ele ficou em silêncio. - Capitão Rogers queria saber quando o Sr. Stark chegasse.

— Obrigado. Já vamos descer – Steve disse.

— Eu vou... – Ele apontou para a porta -  usar a porta. Oh, e, aparentemente, ele trouxe um convidado.

— Você sabe quem é? – Perguntei, sem curiosidade alguma.

— O secretário de Estado – ele respondeu saindo do quarto.

— Isso não é bom – suspirei.

(...)

— Cinco anos atrás, eu tive um ataque cardíaco. E cai bem no meio de uma partida de golfe. Acabou sendo a melhor partida de minha vida porque depois de 13 horas de cirurgia e uma ponte de safena, eu aprendi algo que 40 anos no exército nunca me ensinou: perspectiva – o secretário de estado, mesmo homem que havia perseguido Banner antes de eu entrar naquele mundo, disse. - O mundo tem uma dívida impagável com os Vingadores. Vocês... lutaram por nós. Nos protegeram, arriscaram suas vidas. Mas enquanto muitas pessoas os veem como heróis, há alguns... que preferem a palavra "vigilantes".

Estávamos na mesa de da sala de reuniões, sentados, enquanto o secretário Ross falava. Tony estava sentado em uma das poltronas, já que não haviam cadeiras o suficiente para todos. Havia um segurança ao lado do Ross. “Como se ele conseguisse impedir qualquer um de nós aqui” pensei.

— E que palavra você usaria, Sr. Secretário? – Natasha perguntou.

— O que acha de "Perigoso"? – Ele respondeu, arrogantemente. - Como você chamaria um grupo de aprimorados residentes dos EUA que rotineiramente ignoram fronteiras e forçam sua vontade onde quer que vão e que, francamente, parecem não se preocupar com o que deixam para trás?

Nós ficamos em silêncio. Então o secretário lidou a televisão.

— Nova York... – ele diz ao passar uma gravação do Hulk destruindo um prédio com civis ao redor. - Washington Dc... – sua narração continua ao passar a imagem de um dos aviões do projeto Insight caindo na água. - Sokovia... – a imagem é de um prédio caindo conforme a cidade sobe. - Lagos... – as imagens são pessoas mortas, caídas no chão.

Desvio o olhar, porque é muito doloroso ver aquilo.

— Ok. É o suficiente – Steve diz, ao notar o meu desconforto.

— Nos últimos meses, vocês operaram com poder ilimitado e sem supervisão. É uma situação que os governos do mundo não podem mais tolerar. Mas acho que temos uma solução. O acordo de Sokovia – ele me entrega um arquivo com um pequeno bloco.

Analiso rapidamente e percebo que o “Acordo de Sokovia” é nada mais do que a Lei de Registro para os Super-Humanos apenas para os Vingadores. Ótimo, Guerra Civil. Porque nada é melhor do que uma guerra entre os integrantes da equipe de super-heróis mais poderosa do mundo.

— Aprovado por 117 países. Estabelece que os Vingadores devem deixar de ser uma organização privada. Em vez disso, eles vão operar sob a supervisão de um Painel das Nações Unidas, apenas quando e se esse painel julgar necessário – O secretário explicou.

— Os Vingadores foram formados para tornar o mundo um lugar seguro. E nós conseguimos isso – Steve disse e pude notar que ele estava se sentindo um pouco ofendido com aquilo.

— Diga-me Capitão, você sabe onde Thor e Banner estão agora? – Ele usou essa jogada. - Se eu perdesse duas bombas atômicas, pode apostar que haveria consequências. Compromisso. Garantias. É assim que o mundo funciona. Acreditem, este é o meio-termo.

— Então, existem contingências – Rhodes suspirou.

— Em 3 dias a ONU se reúne em Viena, para ratificar o tratado. Passar a limpo – Ross explicou.

— E se tomarmos uma decisão com a qual vocês não concordem? – Perguntei, falando apenas o que todos queriam falar.

— Então vocês se aposentam – ele disse.

(...)

— O secretário Ross tem uma medalha de honra, o que é uma a mais do que você – Rhodes discutia com Sam.

— Então vamos dizer que concordamos com esta coisa. Quanto tempo vai demorar até nos rastrearem como criminosos comuns? – Sam rebateu.

— Há 117 países querendo assinar isso. 117, Sam! Você acha mesmo que temos alguma opção? – Rhodes devolveu.

— Por quanto tempo você vai jogar dos dois lados? – Sam perguntou, o que fez Rhodes se calar.

— Eu tenho uma equação – Visão se pronunciou.

— Oh, isso vai esclarecer as coisas – Sam ironizou.

— Nos 11 meses desde que o Sr. Stark se anunciou como Homem de Ferro, o número de pessoas aprimoradas conhecidas cresceu exponencialmente. E, durante o mesmo período, o número de potenciais eventos de fim do mundo tem aumentado em uma taxa notável – ele explicou.

— Está dizendo que a culpa é nossa? – Wanda questionou. 

— Estou dizendo que talvez haja uma causalidade. A nossa própria força convida o desafio. Desafio incita conflito. E conflito... gera catástrofe. Supervisão... Supervisão não é uma ideia que possa ser totalmente descartada – ele completou seu argumento.

— Tony, é a primeira vez que te vejo calado – eu disse para o homem jogado em um dos sofás.

— Isso é porque ele já tomou sua decisão – Steve disse, olhando para o acordo em suas mãos.

— Menino, você me conhece tão bem. Na verdade, eu estou com uma dor de cabeça eletromagnética. Isso é o que está acontecendo Cap. É apenas dor... e desconforto – Tony se levantou, indo em direção a pia da cozinha. - Quem está colocando pó de café na pia? Eu estou dando abrigo para uma gangue de motoqueiros?

Ele colocou café em uma xícara e, enquanto colocava o açúcar, abriu o holograma da foto de um garoto negro.

— Oh, esse é Charles Spencer a propósito. Ele é um grande garoto. Formado em engenharia da computação. 3,6 de GPA. Vida toda planejada, trabalhar em uma grande companhia... – Ele explicou. - Mas, primeiro, ele queria uma experiência de vida. Antes de passar a vida toda atrás de uma mesa. Ver o mundo, talvez ajudar pessoas. Charlie não queria ir para Las Vegas, que é o que eu faria. Ele não queria ir para Paris ou Amsterdam, o que parece divertido. Ele decidiu passar o verão construindo casas sustentáveis para os pobres. Adivinha onde? Sokovia. Ele queria fazer a diferença, mas não saberemos porque derrubamos um prédio em cima dele enquanto estávamos arrasando – ele colocou um pedaço de bolacha na boca. - Não estamos aqui para tomar qualquer decisão. Temos que ser controlados. Do jeito que for, eu estou dentro. Se não podemos aceitar limitações, somos desgarrados, não somos melhores do que os vilões.

— Tony, se não conseguiu salvar alguém, não pode desistir – Steve debateu.

— Quem está desistindo?

— Estaremos, se não nos responsabilizarmos por nossas ações. Estes documentos apenas deslocam a culpa – ele apontou para o acordo.

— Desculpa. Steve, isso... isso é perigosamente arrogante. Estamos falando da Organização das Nações Unidas. Não é o Conselho de Segurança Mundial, não é a SHIELD, não é a HIDRA – Rhodes se intrometeu.

— Não, mas é comandado por pessoas que tem princípios e princípios mudam – me intrometi na discussão, recebendo um olhar intimidador de Rhodes.

— Isso é bom – Tony voltou para a sala. - É por isso que estou aqui. Quando percebi o que minhas armas eram capazes de fazer nas mãos erradas, eu desliguei elas e parei de fabricá-las.

— Tony, você escolheu fazer isso. Se assinarmos isso, nós estaremos cedendo nosso direito de escolher. E se esse painel nos mandar a algum lugar que não achamos que devemos ir? E se algum lugar precisa de nós e não permitirem? Podemos não ser perfeitos, mas as mãos mais seguras ainda são as nossas – Steve suspirou.

— Se não fizermos isso agora, vai ser imposto para nós mais tarde. Isso é fato, e não vai ser bonito – Tony disse.

— E virão atrás de mim – olhei para o chão, me lembrando de Lagos.

— Vamos protege-la – Wanda disse, segurando minha mão.

— Talvez Tony esteja certo – todos olhamos para Nat, confusos. - Se ainda tivermos uma mão no volante, talvez ainda possamos conduzir.

— Pera aí, você é a mesma mulher que mandou o governo se ferrar há alguns meses? – Sam perguntou, se referindo ao ocorrido em Washington.

— Eu estou apenas avaliando o terreno. Cometemos alguns erros bem públicos. Temos que ganhar a confiança deles de volta – Nat se explicou.

— Pera aí, que loucura, eu estou pirando ou você acabou de concordar comigo? – Tony parecia surpreso, assim como eu estava. Como assim a Nat estava ficando contra o Steve?

— Oh, eu retiro o que eu disse – ela disse, percebendo que Tony iria se vangloriar daquilo.

— Não, não, não. Não pode mais retirar, está gravado. Obrigado, estou impressionado. Ok, caso encerrado. Eu ganhei – Tony, de fato, se vangloriou.

Suspirei e olhei para Steve, que lia algo em seu celular.

— Eu tenho que ir – ele disse, saindo da sala.

Todos trocamos olhares.

— Eu vou atrás dele – me ofereci, sabendo que me mandariam fazer aquilo se eu não me voluntariasse.

Então fui em direção a onde ele estava. Desci as escadas e percebi que ele chorava. Aquela foi uma das únicas vezes em que vi Steve chorar. O abracei sem antes mesmo saber o motivo. Ele logo retribuiu o braço e começou a chorar no meu ombro.

— Ela morreu Lucy... ela morreu... – ele disse, entre um soluço e outro.

Li sua mente e percebi que ele estava falando da Peggy. Isso só fez com que eu o abraçasse ainda mais forte. Peggy era a sua única amiga ainda viva, além do Bucky, da época em que ele era um soldado. Eu não sei o que faria se tivesse uma pessoa do meu mundo comigo e aquela pessoa morresse. Por isso, me permiti sentir sua dor e ficar com ele até que ele parasse de chorar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "No Mundo Das Séries" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.