No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 24
Apenas O Começo


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo mais cedo para comemorar os 10 mil de visualizações ♥ Obrigada pelos comentários ♥
Espero que gostem! Nos encontramos lá embaixo!
Enjoy!



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— Posso usar o seu telefone? – Perguntei para Laura.

Steve estava cortando lenha do lado de fora com Tony, então aproveitei para ligar para Oliver. Precisava falar com ele. Eu não sabia porque não conseguia me abrir com Steve sobre a visão, já que nós erámos grandes amigos antes de começarmos a namorar. Mas parecia ser difícil conversar com ele sobre aquele assunto. Sabia que com Oliver, mesmo que ele fosse arrogante, eu me sentiria mais confortável.

— Sim, claro – Laura assentiu e voltou a brincar com sua filha.

Peguei o telefone e me afastei até a cozinha, aonde eu sabia que Laura não me escutaria. Disquei o número de Oliver e esperei que ele atendesse, mas ele não o fez. Tentei três vezes, até que na quarta vez, decidi apenas deixar um recado.

— Oi Queen. É a Lucy. Sei que você deve estar ocupado. Mas eu realmente precisava de alguém para conversar e esperava que você estivesse aí. Acho que vou ter que me acostumar com fato de que você não está. Mesmo assim, acho que precisamos conversar sobre aquilo que você me disse no... – Meu recado foi cortado por ter excedido o tempo.

Apenas coloquei o telefone de volta no gancho e parei de tentar. Quando ele quisesse, ele falaria comigo.

De repente, senti minha mente girar. Minha cabeça começou a doer muito. Senti as coisas ao meu redor se agitarem, como se um terremoto estivesse acontecendo. A dor era tanta, que eu não conseguia abrir meus olhos. Fui agachando e encostei meus joelhos no chão. Minha cabeça parecia que estava explodindo. Ouvi uma voz sombria sussurrar perto de meu ouvido: Isso é apenas o começo. Então a dor parou.

Quando abri os olhos novamente, meus colegas de equipe, a família de Clint e Nick Fury me encaravam, assustados. Notei que haviam alguns vasos quebrados no chão e algumas lâmpadas estouradas.

Steve me pegou pela mão, me ajudando a levantar. Laura me deu um copo de água e eu o bebi, ainda tremendo por causa da dor. Quando terminei de tomar a água, eles ainda me encaravam.

— Parece que temos algumas coisas para conversar – Fury disse.

(...)

Nós estávamos sentados à mesa. Já havia escurecido do lado de fora, por isso presumi que fosse sete horas. Tony explicou que havia achado Fury no celeiro. Depois de perguntarem algumas coisas para mim, eles pararam de se preocupar. Eu havia dito que era apenas um efeito colateral da visão da Wanda.

Eu havia feito um estrago enorme. Com apenas aquele tremor, havia destruído o celeiro. Pedi desculpas para Laura, que apenas disse que estava tudo bem. E também quebrado algumas peças de vidro, como pratos, xícaras e lâmpadas. Os filhos de Barton me encaravam assustados e eu não os culpava. Não seria normal para mim se meu pai trouxesse uma amiga que pode mover coisas com a mente e ela quase destruísse a minha casa.

— Ultron precisa ser parado – Fury disse o óbvio.

— É bom te ver chefe, mas eu esperava que quando te víssemos, você teria mais para nós – Nat disse.

— Eu tenho. Eu tenho vocês – ele disse, fazendo com que nós nos encarássemos. – Nos dias em que eu tinha olhos em todas as partes, ouvidos em todas as partes, vocês tinham toda a tecnologia que podiam sonhar. Bom, aqui estamos de volta à Terra com nada além de nossas habilidades e vontade de salvar o mundo – o silêncio na sala era palpável. - Ultron diz que os Vingadores são a única coisa entre ele e a sua missão. E queira ele ou não admitir, sua missão é destruir o mundo. Tudo isso, enterrado – ele fez uma pausa. - Então se levantem e detonem o safado de platina.

— Steve não gosta desse linguajar – Nat brincou, fazendo Steve revirar os olhos.

— Sério mesmo Romanorff?

— Então, o que ele quer? – Nick perguntou, se sentando na mesa.

Steve estava encostado em uma das pilastras da casa. Tony, brincava de acertar dardos. Nat e eu estávamos sentadas. Bruce, estava encostado na parede ao lado do balcão em que Clint secava a louça.

— Se tornar melhor. Melhor que nós. Ele continua construindo corpos – eu disse, entrando na linha de raciocínio deles. Minha voz ainda estava fraca.

— Corpos aprimorados – Tony ressaltou. - A tecnologia humana é boa, mas ele precisa de algo indestrutível.

— Quando vocês dois o projetaram para proteger a raça humana, vocês falharam miseravelmente – Nat ironizou.

— Ela não precisa ser protegida. Precisa evoluir – Bruce olhou para o desenho que a filha de Barton havia entregado para Nat. - Ultron vai evoluir. Alguém aqui contatou a doutora Cho?

— O berço – eu disse, entendo a lógica no raciocínio de Bruce.

Então, nós começamos a formular um plano. Steve, Nat e Clint iriam até a Doutora Cho. Tony iria até Oslo, onde ficava o centro da internet ou algo do tipo. Bruce e eu voltaríamos para a Torre porque Bruce faria as modificações para destruir o berço, caso Ultron tivesse chegado até ele e eu precisava descansar segundo meu pai. Quer dizer, segundo Tony.

— Não morra – eu disse para Steve, o beijando.

— Não vou – ele sorriu.

(...)

— O que você acha que vai acontecer? – Perguntei, enquanto observava Bruce organizar alguns papéis de seu laboratório.

— Acho que vamos perder – ele disse, sem me olhar. – Quer dizer, ganhar – ele se autocorrigiu.

— Vou deixar você trabalhar – eu disse, saindo do laboratório.

A Torre estava silenciosa, o que era raro. Minha cabeça ainda doía um pouco por conta do “ataque” que tive mais cedo. Já passava da meia-noite e eu não estava com sono. Achava até engraçado como nós conseguíamos ficar noites sem dormir quando a missão era muito importante.

Mas estava preocupada. Sabia que eles podiam se virar sem mim, mas gostava de estar por perto quando as missões falhavam ou davam certo. Aproveitei o fato de estar sozinha para ligar para Felicity e saber como as coisas estavam. Mas ninguém me atendeu. Dessa vez não deixei um recado, apenas fiquei chateada.

Olhei pela janela que dava para Nova York. Se eu estivesse em casa, naquele momento provavelmente estaria me preocupando com a lição de casa que eu não havia feito. Mas eu não estava em casa. E minha preocupação era muito maior do que apenas o dever de casa.

— Hey – Barton me chamou. – Chegamos.

Fui em direção ao laboratório, mas apenas Tony e Clint haviam chegado. O berço era como uma cama com duas portas de aço.

— Como foi? – Perguntei, me encostando em uma das mesas de metal.

— Conseguimos o berço, mas a Nat foi sequestrada – Clint explicou.

— Ela não deve estar morta, Ultron já teria esfregado isso na nossa cara – Tony colocou seu ponto de vista.

— Está bem selada – Clint se referiu ao berço.

— Natasha poderia enviar mensagens sem ser pela internet, algum lance clássico de espiões? – Tony perguntou para Clint.

— Vou verificar – ele disse e saiu do laboratório.

Então Tony olhou para mim. Tive um relapso de memória instantâneo: essa era a parte e que eles criavam o Visão. Não poderia impedir.

— Vou fazer um café – eu disse. Essa era a única coisa que eu sabia fazer.

Definitivamente, eu era a mais fraca dos Vingadores. E a mais descartável. Então apenas sai do laboratório e deixei os dois trabalharem. Realmente fui para a cozinha, mas não para fazer um café. Meu estomago roncava, porque já fazia um tempo desde que eu havia comido alguma coisa. Mas então, ouvi o barulho do quinjet chegando e fui até o laboratório para ver se eles já haviam chegado.

— Só vou falar uma vez – Ouvi Steve dizer, extremamente bravo, quando cheguei ao laboratório.

Ele estava com os gêmeos. Estava com a garota que eu sinceramente odiava.

— Que tal nenhuma? – Tony ironizou.

— Desligue agora – Steve ordenou.

— Não, não vai rolar – Tony foi sarcástico, continuando a fazer o seu trabalho.

— Não sabe o que está fazendo – Steve disse, sem paciência.

— E você sabe? Ela não está na sua cabeça? – Pronunciei-me pela primeira vez. O ódio em minha voz era palpável.

Steve olhou para mim como se não acreditasse que eu não estava do seu lado.

— Sei que está com raiva – Wanda começou.

— Eu estou com muito mais do que raiva – eu disse. – Poderia te estrangular agora e não precisaria dos meus poderes.

— Lucy, depois de tudo o que aconteceu... – Steve começou.

— Não é nada comparado ao que está por vir – Tony o interrompeu.

— Não sabem o que tem aí dentro – Wanda disse, com raiva.

— Isso não é brincadeira – Steve falou, tentando chamar a atenção de Tony que apenas zombava dele.

— Isso vai destruir o mundo – Wanda intensificou a discussão.

Mas então, um vulto passou por mim rapidamente e, quando vimos, Pietro havia desligado todos os controles e cabos.

— Não, não, continuem. O que disse? – Ele ironizou.

Então, um tiro no chão o fez cair para baixo.

— Pietro! – Wanda ficou preocupada com o irmão.

— Estou direcionando o upload – Tony começou a digitar algo em seus computadores.

Mas foi impedido por Steve, que jogou com o escudo neles, os quebrando. Tony esticou a mão e a armadura veio até ele, então ele atirou em Steve, que voou para longe. Wanda estava fazendo a energia fluir de suas mãos, mas Bruce a agarrou pelo pescoço.

— Anda, me irrita vai – ele sussurrou em seu ouvido, a provocando.

Steve levantou novamente, mas eu o parei no ar. Tony olhou para mim e eu dei o sinal de que ele deveria continuar a fazer o que estava fazendo. Mas Wanda usou seus poderes em Banner, fazendo ele bater com as costas na parede. Ela me atingiu, fazendo com que eu soltasse Steve. A joguei para trás e a segurei na parede, mas Steve jogou seu escudo me mim. O parei no ar e o joguei no chão, olhando para Steve. Nós trocamos um olhar intenso por alguns segundos.

Tony voltou a atirar em Steve, que tentou desviar. Foi quando Thor apareceu. Todos pararam de lutar e prestaram atenção no que o deus do trovão fazia. Ele subiu em cima do berço e usou seus raios. Bruce achou que ele o estava destruindo, mas eu sabia que não era isso, então criei um campo de força para que ninguém o impedisse.

Então, quando Thor parou, o androide destruiu o berço, fazendo Thor voar para trás. Ele era como um homem rosa, mas não tinha o corpo de um homem. Ele se ajoelhou, como se pensasse em algo, então se levantou e foi em direção a Thor, como se fosse ataca-lo. Thor o jogou para trás, fazendo com que ele quebrasse o vidro.

Todos fomos em direção ao robô, que observava Nova York pela enorme janela. Steve estava pronto para atacar, mas Thor o impediu. Eu não queria olhar para Steve naquele momento. O androide se virou para nós e voou em nossa direção.

— Isso foi estranho, mas obrigado – ele disse para Thor, criando para si uma capa dourada.

— Thor, você ajudou a criar isso? – Steve perguntou, confuso.

— Eu tive uma visão. Um redemoinho que suga toda a esperança de vida. E o centro, é aquilo – ele apontou para a joia que estava posicionada no centro da cabeça do androide.

— O que? A gema? – Bruce indagou.

— É a jóia da mente – Thor explicou. - Uma das seis joias do infinito. O maior poder do universo, com capacidade destrutiva incomparável.

— E por que você fez... – Steve ainda estava confuso.

— Porque Stark está certo – Thor o interrompeu.

— É definitivamente o fim do mundo – Bruce ironizou.

— Os Vingadores não podem destruir o Ultron – Thor continuou.

— Não sozinhos – Visão completou.

— Por que a sua visão fala como o JARVIS? – Steve perguntou.

— Reconfiguramos a matriz do JARVIS, para criar uma coisa nova – Tony explicou.

— Já atingi minha cota de coisas novas – Steve bufou.

— Vocês acham que eu sou um filho do Ultron – Visão tentava entender.

— E, não é? – Steve perguntou, arrogante.

— Eu não sou o Ultron. Eu não sou o JARVIS. Eu... eu sou – Visão explicou.

Pietro deslizou, se juntando a nós, assim como Clint.

— Eu olhei na sua mente e vi aniquilação – Wanda se pronunciou.

— Olhe de novo – Visão pediu.

— O selo de aprovação dela não conta para mim – bufei, encarando a garota.

— Os poderes dos dois, os horrores nas nossas mentes, até mesmo o Ultron. Tudo isso veio da joia da mente. Não é nada comparado ao que pode fazer. Mas com ela do nosso lado... – Thor suspirou.

— Ela está? – Steve arqueou as sobrancelhas. - E você? Está do nosso lado?

— Acho que não é tão simples – Visão disse.

— É melhor se tornar simples rápido – Clint disse, sem paciência.

— Eu estou do lado da vida. Ultron não está. Ele vai acabar com tudo – Visão olhou para baixo.

— O que ele está esperando? – Steve perguntou.

— Vocês – Visão respondeu.

— Onde?

— Sokovia. Está com a Nat lá também – Clint se pronunciou.

— E se estivermos errados sobre você? E se você é um monstro que o Ultron construiu? – Bruce perguntou.

— O que fará? – Visão devolveu a pergunta, deixando todos em um silêncio. - Eu não quero matar o Ultron. Ele é único e está sofrendo muito. Mas esse sofrimento vai tragar toda a Terra. Por isso, ele deve ser destruído – Visão se virou de costas para nós. - Cada forma que ele construiu, cada presença sua está na internet. Temos que agir agora. E nenhum de nós fará isso sem os outros – ele fez uma pausa. - Talvez eu seja um monstro. Acho que eu não saberia se fosse um. Não sou o que vocês são e nem o que planejaram. Talvez não haja como fazê-los confiar em mim. Mas temos que ir logo – ele entregou o martelo para Thor, deixando todos abismados.

Ele era digno de levantar o martelo, o que significava que ele estava falando a verdade e era digno de confiança.

— Tudo bem. Vamos lá – Thor deu seu sorriso sem graça. Estava constrangido pelo fato de o Visão ter levantado o martelo.

— Três minutos. Se preparem – Steve disse, como um líder.

(...)

Após me arrumar, pedi para Thor para ter uma conversar em particular com ele. Nós fomos para onde os quinjets eram pousados. O vento fazia Nova York ficar fria. A cidade cheia de luzes, parecia majestosa de onde estávamos.

— Você viu algo sobre mim? – Perguntei, sem rodeios. Sabia que não tínhamos muito tempo.

— Sim, eu vi – ele suspirou. – Seu poder é maior do que você imagina.

Suspirei. Olhei para a cidade novamente. Não queria ouvir aquilo. Estava um pouco desesperada por conta das coisas que estavam acontecendo. A minha briga com Steve não melhorou muito o meu astral. Permiti que uma lágrima escorresse.

— Não se preocupe – ele me fez virar para ele, ao notar que eu chorava. – Sei que você vai controla-lo.

— E se eu não conseguir? – Minha voz tinha tristeza. – E se eu destruir as coisas como na visão?

Ele não disse nada, apenas me abraçou. Eu retribuí o abraço, me aconchegando em seus braços. Queria que fosse Steve que estivesse me abraçando. Queria muito mesmo. Mas sabia que nós precisaríamos ter uma conversa muito séria antes de voltarmos a ter contato afetivo.

— Com licença – Visão nos interrompeu. – Posso falar com você?

Ele queria falar com Thor, então os deixei conversando.

(...)

Estávamos no quinjet, a caminho de Sokovia. Seria um banho de sangue. Seria uma catástrofe. Mas nós precisávamos ir, porque era isso que heróis faziam. E nós erámos heróis.

— O Ultron sabe que estamos indo. É provável que recebamos artilharia pesada. E foi para isso que nós viemos, mas as pessoas de Sokovia não sabem. Nossa prioridade é tirar todos de lá – Steve explicava o plano para todos nós. - Só o que eles querem é poder viver em paz. Isso não vai acontecer essa noite. Mas faremos o melhor para protege-los. E cumpriremos a missão. Vamos achar Romanorff e tirar todos os civis de lá – ele fez uma pausa. - Mantenham a luta entre nós.

Olhei para o céu na frente do quinjet que já se iluminava pela luz do dia. Seria uma longa manhã.

— O Ultron pensa que somos monstros. Que somos o que há de errado com o mundo. Não tem a ver apenas com derrota-lo. E sim, mostrar que ele está errado – ele me encarou e eu o encarei de volta.

Seria uma longa luta.  


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Notas finais do capítulo

Pessoal, mesmo que eu ame quem comenta, estou sentindo muita falta de quem não comenta. Vocês sempre comentavam e eu estou ficando triste. Se tem alguma coisa errada com a fic, só digam hehe eu tento melhorar ♥



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