No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 22
Vibranium


Notas iniciais do capítulo

MANOOOOOOOOOOOOOOOOOOO QUE FILME FOI AQUELE ?????????????????????
Gente, para constar, eu ainda estou me recuperando do filme que eu vi há uma semana ♥ Sério, não consigo descrever como aquele filme foi fodástico (e como eu amei o fato de que ele vai se encaixar perfeitamente aqui ♥)
Enfim, se você assisitiu, me diz nos comentários o que você achou de Guerra Fodástica Civil. Se você não assistiu, assista!!!!
Enjoy!



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Passamos a noite inteira e parte do dia procurando por algo que pudesse nos ajudar a capturar o Ultron. Mas parecia algo impossível, já que ele havia apagado a maioria dos nossos arquivos. Estávamos no laboratório. Bruce procurava por alguma notícia que falasse sobre um homem de metal. Natasha procurava saber quais arquivos Ultron havia levado. Tony estava fazendo alguma coisa em seu computador. Thor observava a janela. Clint havia saído para fazer uma ligação. Steve também havia saído para colocar uma roupa mais confortável. Eu procurava nos registros da Interpol algo que se relacionasse ao Ultron.

Estava difícil achar algo relacionado a ele. Mas desistir era a última opção. Eu sabia o que iria acontecer e não podia mudar uma única coisa. Era o meu passe de volta para casa. E mesmo que eu pudesse evitar a tragédia em Sokovia, eu não o faria. Até porque eu não sabia como. O fato era que, após passar sete meses longe da minha Terra, eu já não me lembrava muito bem dos filmes e séries. Eu sabia que algo ruim aconteceria em Sokovia, mas não conseguia me lembrar como aquilo aconteceria.

Steve entrou no laboratório, seguido por Barton, fazendo todos olharmos para ele. Ele segurava um tablete e tinha a expressão séria. Ele entregou o tablete para Thor.

— O que é isso? – Tony perguntou, se aproximando a roda que eles formavam.

Eu não me aproximei. Preferi ficar observando a conversa de longe.

— Uma mensagem – Steve disse. - Ultron matou o Strucker.

— E deixou um recadinho na cena do crime, só para a gente – Tony virou o tablete na minha direção, me mostrando a imagem de Strucker morto e acima de sua cabeça escrito a palavra “Paz” com sangue.

— É uma cortina de fumaça – Natasha disse, após analisar o tablete. - Por que enviar uma mensagem quando acabou de discursar?

Suspirei. Olhei pela janela e vi uma Nova York cheia de vida. Alguns prédios ainda estavam sendo reconstruídos desde que a invasão alienígena aconteceu. Desde que as coisas começaram a dar errado.

— Strucker sabia de alguma coisa que Ultron não quer que saibamos – eu disse.

— Eu aposto que... – Nat começou a digitar algo em no computado que utilizava. - Sim, tudo o que tínhamos sobre o Strucker sumiu.

— Nem tudo – Tony disse.

Ele saiu da sala, pedindo a ajuda de Thor e Steve. Quando voltaram, traziam consigo várias caixas de papelão, com vários arquivos de papel. Começamos a vasculhar tudo.

— Estes são todos os associados conhecidos – Steve disse.

— Ele tem muitos amigos – eu disse, me referindo ao fato de serem muitos arquivos.

— Essas pessoas são horríveis – Bruce disse, assustado com algo que havia visto em um dos arquivos.

Thor abre um arquivo e começa a ler. Há uma imagem nele, de um homem cheio de tatuagens pelo corpo.

— Espera eu conheço esse cara – Tony apontou para a foto do homem - Já faz tempo. Ele negocia na costa africana, mercado negro de armas.

Steve olhou para ele pedindo alguma explicação, Tony conhecer um homem que negociava no mercado negro não era algo bom.

— Existem congressos, tá? Lá se conhecem pessoas, não vendi nada para ele – ele explicou. - Ele queria encontrar uma coisa nova, que virasse o jogo. Estava numa vibe muito louca.

— O que é isso? – Thor apontou para uma marca vermelha no pescoço do homem.

— Deve ser uma tatuagem. Acho que ele não tinha antes – Tony deu de ombros.

— Não, essas são tatuagens – Thor apontou para as marcas pretas. – Isso é uma marca.

Bruce começou a pesquisar o significado da marca em seu computador. Demorou apenas três segundos para o computador nos dar algo.

— É, é uma palavra que significa ladrão num dialeto africano. De uma forma muito menos amigável – ele explicou.

— Que dialeto? – Steve perguntou.

— Wakanada... Waka, Wakanda – Bruce gaguejou, tentando ler a palavra.

— Se esse cara saiu de Wakanda com um dos produtos de lá... – Tony começou, olhando para Steve.

— Seu pai não disse que ficou com o último? – Steve questionou.

— Não entendi, o que saiu de Wakanda? – Perguntei.

— O metal mais poderoso da Terra – Tony olhou para o escudo do Capitão.

— Então nós precisamos ir atrás desse cara – eu disse.

Steve afirmou.

— Vistam-se – ele ordenou.

(...)

Pegamos o quinjet e partimos em direção à última localização conhecida daquele homem. Era um mar na costa africana onde vários navios faziam contrabando de armas. Quando chegamos lá, Ultron já estava lá. E ele falava algo sobre Stark ser uma doença.

— Ah Junior, vai partir o coração do papai – Tony disse, assim que pousamos na barra de metal.

Tony estava no meio, Thor ao seu lado direito e Steve e eu estávamos ao seu lado esquerdo. Nat e Clint estavam nas laterais, caso algo desse errado, eles seriam os olhos de cima.

— Talvez eu faça isso – Ultron estava maior. Havia feito outro traje de metal, que o deixava com uma aparecia assombrosa. Ao seu lado, os gêmeos nos encaravam.

— Ninguém tem que partir nada – Thor falou.

— Com certeza nunca fez uma omelete – a voz de Ultron era robótica, mas conseguia ter uma pontada de sarcasmo.

— Tirou as palavras da minha boca – Tony disse.

— Ah que engraçado senhor Stark – Pietro tinha um sotaque forte. – Está confortável? Como nos velhos tempos? – Ele se referiu as armas que as Indústrias Stark fabricavam.

— Minha vida nunca foi isso – a voz de Tony ficou triste.

— Vocês dois ainda podem sair dessa – eu disse para os gêmeos. – Não escolham o lado errado.

— Ah, nós não escolhemos – Wanda disse, sendo sínica.

— Eu sei que sofreram – Steve disse.

— Aaah, Capitão América. O homem santificado. Fingindo que consegue viver sem uma guerra. Olha eu não consigo vomitar, infelizmente, mas... – Ultron.

— Se você acredita em paz, deixe-nos mantê-la – Thor o interrompeu.

— Acho que está confundindo paz com silêncio – Ultron explicou.

— Aham – Tony ironizou. – Para que quer o vibranium?

— Que bom que você perguntou, porque eu queria mesmo esse tempo para explicar o meu plano maligno – Ultron gesticulou com as mãos.

Em seu último gesto, puxou Tony pelo reator e o jogou de volta começando a luta. Os outros robôs (que também eram o Ultron) começaram a nos atacar. Segurei um no ar e o despedacei de dentro para fora. 

Wanda atacou Steve, fazendo ele voar para longe. A empurrei com os meus poderes até que ela batesse a cabeça na parede atrás dela. Estava segurando ela firmemente, até que os homens que estavam ali começaram a atirar em nós. Um tiro pegou de raspão no meu braço.

Com a dor, acabei a jogando no chão. Ela me jogou para trás, usando a sua telecinesia, me fazendo bater a cabeça no ferro atrás de mim. Antes que eu pudesse revidar, o irmão dela me jogou para longe. Bati com meu corpo no chão frio, mas não me permiti sentir a dor.

Fiz um campo de força ao meu redor, para me livrar das balas que tentavam me atingir. Comecei a correr em direção ao Maximoff que se desviava rapidamente das balas. Mas ele foi mais rápido, socando meu rosto.

Thor, status — ouvi Steve dizer pelo comunicador.

A garota tentou manipular a minha mente. Tomem cuidado, duvido que um humano consiga evita-la. Ainda bem que eu sou mais forte – o poderoso deus do trovão respondeu.

Continuei a andar, procurando pela Maximoff. Outros homens começaram a atirar na minha direção, mas eu desviei as balas, fazendo elas atingirem as pernas dos próprios atiradores. Comecei a subir uma escada de metal. Foi quando senti algo se mexer ao meu lado, mas fui devagar demais. Wanda Maximoff já havia entrado na minha mente.

— Quem ainda estiver de pé, temos que sair – a voz de Barton ficou longe. - Gente.

(...)

Eu estava em um lugar escuro. Estava sentada em uma cadeira, com as mãos amarradas. Na minha frente, havia um espelho iluminado por algo que parecia fogo. Mas não havia fogo em lugar nenhum.

No espelho, eu podia me ver. Eu sorria para mim mesma. Mas eu não estava sorrindo. Meu reflexo tinha uma expressão diabólica no rosto. Meu cabelo parecia ainda mais vermelho e meus olhos tinham um tom alaranjado. Eu usava um vestido vermelho, com chamas nas pontas.

— Quem é você? – Eu perguntei, falando com o meu reflexo.

— Sou você – ela respondeu. Sua voz era sombria e poderosa.

— Não, não é – eu disse.

— Tem razão. Sou muito mais poderosa do que você – ela respondeu.

— Eu não entendo... – eu estava confusa.

— Você não entende muita coisa. Acredite em mim quando eu digo que você não sabe de nada. Damon Salvatore disse que você é uma viajante? Isso não é totalmente verdade Lucy Katherine King – ela silabou. Havia maldade em suas palavras.

— E qual é a verdade? – Perguntei, assustada.

— Você ainda não experimentou todo o seu poder criança. Você não faz ideia do que é capaz de fazer. E quando eu tomar o controle, você entenderá – ela disse.

— Você... – fui interrompida por um barulho agonizante.

Ouvia gritos. Ouvia choros. Sentia a dor das pessoas ao meu redor. O chão embaixo de mim se transformou em lava. O lugar escuro, era consumido pelas chamas. Mas elas não me queimavam. E não queimavam o espelho.

— O que é isso? – Podia sentir as lágrimas inundarem meu rosto.

— Isso – ela apontou para o chão – é você. Somos nós.

Ela se inclinou para frente e saiu do espelho. Seu vestido já não era mais tecido, era apenas as chamas. Em seu pescoço, um colar em forma de um pássaro, se formou. Ela andou até mim e se posicionou atrás da minha cadeira. Tocou em meus ombros e eu senti pela primeira vez o ardor das chamas.

— É sua culpa – ela sussurrou no meu ouvido. – É sua culpa!

Então vi uma sequência de cenas enquanto meus braços ardiam e meu corpo estremecia de dor. Vi uma cidade caindo dos céus. Vi dois olhos azuis. Vi Steve discutir com Tony. Vi Tony atirar em Steve. Vi um homem correndo mais rápido do que a luz. Vi uma mulher matar um homem com apenas um soco. E vi uma manopla dourada.

Mas nada se comparou a visão que tive de mim mesma: eu estava no céu, voando com asas de fogo, meus olhos estavam laranjas e eu causava uma destruição imensa. Eu podia sentir toda aquela dor e me sentia bem com aquilo. Era bom... era tão bom...

 (...)

Despertei-me do transe com Clint me colocando sentada em um banco. Eu já estava no quinjet, assim como os outros. Não me lembrava de como havia chegado ali.

Olhei para ele, que entendeu o que eu queria dizer. Eu precisava ficar sozinha. Ele então foi trocar de lugar com o Tony, que dirigia o quinjet. Eu ainda sentia aquela sensação agonizante. Só apenas depois de alguns segundos que eu percebi que Wanda havia manipulado minha mente. Mas o que eram aqueles medos? Eu não tinha medo de destruir as coisas. Eu não era poderosa o suficiente para isso.

Mesmo assim, não conseguia deixar de pensar no fato de que eu poderia destruir alguma coisa. E aquilo me consumia. Era tanta dor, tanto sofrimento. Juntei minhas pernas próximas ao meu corpo e as abracei.

Eu não era a única abalada. Pelo que eu havia ouvido da conversa de Tony com Maria, o Hulk havia destruído muitas coisas. Nat também estava abalada, assim como Thor. Steve estava sério, mas não abalado. Mesmo assim, sabia que não era o momento certo para se aproximar de mim.

Eu falaria com Thor sobre o que eu havia visto. Ele saberia me explicar o que era aquilo tudo que eu vi. E porque eu sentia que algo muito ruim – muito ruim mesmo – estava para acontecer.


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Notas finais do capítulo

E então?
PS.: Após assistir o filme, fiquei dividida. Já não sei mais de que time eu sou :(



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