No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 20
Uma Espécie de Magia


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Fiquei um tempinho sem postar, mas foi porque a falta de tempo estava me matando (ainda está)! Este capítulo novo conta com romance e revelações, está meio curtinho mas foi feito com amor ♥ Espero que gostem da participação do Oliver! Nos vemos lá embaixo!
Enjoy!



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O cetro de Loki estava sendo analisado no laboratório de Tony e Bruce. De vez em quando, eu passava por lá só para observar os dois trabalhando. Após apenas um dia trabalhando, o laboratório já estava totalmente bagunçado e eles pareciam exaustos. Era uma quarta-feira e o lugar estava sendo arrumado para a festa de sábado. Não seria algo estrondoso, mas Tony queria fazer o melhor para a despedida de Thor.

Eu estava fazendo um pouco de café para os dois. Eu não tomava café, mas queria agradar os dois cientistas um pouco. Com as xícaras decoradas de Tony e Bruce – uma de Star Wars e a outra de Star Trek – fui em direção ao laboratório. As duas xícaras expeliam fumaça e um cheiro um tanto tentador.

Ao chegar no laboratório, empurrei a porta de vidro com a cintura, atraindo a atenção deles. Bruce mexeu no óculos, mas Tony abriu um sorriso e correu na minha direção. Pegou uma das xícaras da minha mão e começou a beber. Levei a outra xícara até Banner que agradeceu, timidamente.

— Esse café está delicioso – Tony tocou em algo na tela a sua frente. – Tem certeza que você quem fez?

Revirei os olhos.

— Não faço mais nada para vocês dois – disse, saindo em direção a porta.

— Ei, eu não reclamei – Bruce disse, me fazendo sorrir. Fui em direção a ele e depositei um beijo em sua bochecha, fazendo suas bochechas corarem.

— O capitão não vai gostar disso – Tony murmurou.

Revirei os olhos novamente. Fui até ele e também depositei um beijo em sua bochecha, fazendo ele sorrir.

— Por que você está tão meiga hoje? – Ele perguntou, me dando um leve abraço.

— Às vezes eu sou legal – eu disse, saindo do lugar. – Às vezes – repeti antes de sair.

(...)

Na quinta-feira, Steve e eu resolvemos jantar em um restaurante como um casal normal. Claro que estávamos usando disfarces (eu com uma peruca, ele com uma barba falsa), mas aquilo era o mais normal que conseguíamos ser.

O restaurante era simples, em um bairro de NY afastado do centro. Era aconchegante. Nossa mesa ficava em um canto afastado das outras. O teto era iluminado por pequenas lâmpadas brancas em forma de lua. As mesas, de madeira, eram decoradas por algumas rosas vermelhas e velas. Tudo parecia antigo, mas ao mesmo tempo tão novo. Era... confortável.

— Você está linda – ele segurou em minha mão.

Sorri para ele. Eu deveria estar maravilhosa com aquela peruca loira e o vestido azul. Só para constar, estou sendo irônica.

— E você meu amor – toquei em seu rosto – está cego.

Ele sorriu, uma leve risada saiu de sua boca.

— Queria que pudéssemos sair como pessoas normais – ele suspirou.

Olhei para ele. Olhei para as mesas um tanto afastadas das nossas. Tive uma ideia.

— Estamos afastados o bastante para ter um encontro de pessoas normais – eu disse, tirando a minha peruca.

Ele sorriu – aquele sorriso era maravilhoso – e tirou a barba falsa. Finalmente eu estava olhando para o Steve que eu conhecia. O meu Steve.

— Você é lindo – sorri para ele.

Estávamos sorridentes ao extremo naquela noite. As coisas estavam melhorando para todos nós. Depois que o cetro fosse devolvido a Asgard, os Vingadores não teriam que se preocupar tanto. Novos heróis iriam surgir e nós poderíamos viver uma vida normal. Quem sabe eu poderia ficar naquele mundo...

— Eu estava pensando – ele interrompeu meus pensamentos. – O que acha de, após a festa de despedida, nós fazermos uma viagem?

Olhei para seus olhos que brilhavam de ansiedade pela minha resposta. Fiquei em silêncio, apenas para deixa-lo mais ansioso. Era fofo vê-lo daquele jeito.

— Claro que sim – respondi, abrindo um sorriso. – Eu vou para qualquer lugar com você.

— Eu te amo sabia? – Ele depositou sua mão em minha bochecha.

— Não, eu nem desconfiava – sorri de volta, segurando sua mão. – Também te amo.

Ele me puxou para um breve selinho. Mas nenhum de seus beijos, mesmo que breves, deixavam de ser intensos. Cada toque dele era intenso. Tudo nele era intenso e calmante. Era como o mar.

— Então, o que nós vamos comer? – Ele perguntou, olhando o cardápio.

— Que tal fazermos um garçom feliz? – Sorri, marotamente.

Chamei o garçom que, ao ver quem nós erámos, ficou totalmente desnorteado. Ele perguntou nosso pedido (com uma certa dificuldade na pronuncia das palavras) e eu pedi que ele nos surpreendesse. Depois de alguns minutos, ele nos trouxe dois pratos com quesadillas – uma típica comida mexicana – e disse que era por conta da casa. Nós não reclamamos. Afinal, como reclamaríamos de algo que seria de graça?

Mesmo assim, demos uma gorjeta boa para ele. Afinal, ele não pediu por uma foto ou um autógrafo e nós agradecemos sua compaixão por não nos interromper.

(...)

Naquela noite, Steve dormiu no meu quarto. Não leve para o lado malicioso, ele havia concordado em esperar pelo meu tempo. Mas eu não estava conseguindo dormir. Já passava das três da manhã quando eu me desvencilhei do braço de Steve que me segurava fortemente junto ao seu peitoral.

Andei vagarosamente em direção a janela de meu quarto que tinha como vista NY inteira. A cidade, mesmo de noite, parecia não parar. As luzes estavam acesas como se a noite não fosse uma desculpa para as pessoas descansarem. Decidi descer para a cozinha e assim o fiz, pedindo que JARVIS abafasse os barulhos para que Steve não acordasse.

Quando cheguei na cozinha, percebi que não era a única sem sono. Thor estava comendo cereais na bancada. Aquele homem alto e grande comendo uma tigela de cereais inofensivamente chegava a ser engraçado.

— Está sem sono? – Perguntei, ao abrir a geladeira de ferro e pegar leite.

— Sim – ele respondeu com a boca cheia. – Você também?

— Pois é – peguei minha caixa de cereais no armário.

Peguei uma tigela aleatória e despejei leite e cereal. Peguei uma colher e me sentei ao lado de Thor, começando a comer. Por alguns segundos, tudo o que se podia ouvir na cozinha eram os cerais sendo mastigados dentro de nossas bocas.

— Qual o motivo da sua insônia? – Perguntei, incomodada com o silêncio.

— Jane terminou o nosso relacionamento – ele suspirou.

— Sinto muito – alisei seu braço.

— Tudo bem, nós não estávamos dando certo de qualquer forma. Eu vou voltar para Asgard domingo e nós nunca mais nos falaremos – sua voz expressava uma leve dor. – Ela era mortal. Ela envelheceria e eu não. Foi melhor assim.

Senti pena de Thor. Sabia que ele estava querendo mascarar sua dor, mas eu não comentaria nada. Se ele não queria falar sobre aquilo, eu não iria falar nada. Eu, mais do que ninguém, sabia que falar sobre a dor não a aliviaria.

— Bom, essas coisas acontecem – suspirei.

— É, eu sei – ele suspirou de volta. – Qual o motivo da sua insônia?

Olhei para a minha tigela. O motivo da minha insônia...

— Não sei – respondi. – Só estou com esse mau pressentimento.

Ele me encarou.

— Em Asgard, nós não acreditamos em maus pressentimentos. Tudo está ligado a mente, ao nosso coração. É como uma espécie de magia – ele explicou.

— Está dizendo que sou mágica? – Debochei. – Acho um pouco impossível.

— Tão impossível quanto vir de outro universo? – Ele retrucou, com a voz calma. – A verdade é que nada é impossível para nós.

Fiquei calada. Ele tinha uma certa razão.

— Sobre o que é o mau pressentimento?

— Não sei – suspirei. – É sobre tudo isso. Vingadores. Será que nós somos mesmo uma boa ideia?

Foi sua vez de olhar para a sua tigela.

— Somos a única opção – ele respondeu.

(...)

Na sexta-feira de tarde todos estavam ocupados com alguma coisa. Tony e Bruce ainda analisavam o cetro. Clint estava em uma reunião com Maria. Nat e Steve treinavam. Thor parecia perdido em seus próprios pensamentos observando a cidade.

Eu estava na sala, assistindo televisão. Ficar no meu quarto estava solitariamente depressivo. E, mesmo que a minha única companhia fosse Thor e ele estivesse em uma vibe meio depressiva, ainda era melhor do que ficar sozinha.

Mas a televisão estava tediosamente chata. Por isso, peguei meu celular. Precisava irritar alguém. E sabia exatamente quem aquele alguém seria. Depois de alguns toques, finalmente fui atendia.

— Fala – sua voz estava apera. Que novidade.

— Está ocupado? – Perguntei.

— Sempre estou – ele respondeu. – Mas isso não vai fazer você desligar o celular, vai?

— Não – fui franca.

— Alguma missão suicida?

— Não dessa vez.

— Então por que me ligou?

— Não sei. Queria ouvir sua voz – zombei.

— Seu capitão sabe disso? – Ele perguntou, entrando na brincadeira.

— Que droga! – Fingi estar irritada.

— O que?

— Agora não posso mais discutir com você. Agora ele realmente é o meu Capitão – respondi.

— Pois é – sua voz vacilou por um instante. – Os Vingadores não têm nenhuma missão para salvar o mundo e você decide me encher. Estou certo?

— Certíssimo – brinquei.

— Bom, você é realmente infantil – ele começou.

— Sério? – Meu semblante brincalhão desapareceu. – Eu quero conversar com um amigo e ele me chama de infantil. Parabéns Queen, você é a pessoa mais madura do mundo.

— Foi você quem me ligou por nada King – ele se estressou.

— Só queria conversar com meu amigo – fiquei nervosa.

— Não sabia que erámos amigos.

— Nossa, sério? Porque pelo que eu saiba, amigos ajudam uns aos outros. E quem te ajudou a derrotar Slade Wilson? Isso mesmo, eu – retruquei.

— Por que sempre que você me liga, você parece querer acabar com o meu dia? – Ouch. Aquilo doeu.

— Se eu te irrito tanto, por que ainda não desligou o celular?! – Retruquei, ferozmente.

— Deve ser porque, além de tudo, lá no fundo eu sinta algo por você – ele respondeu rapidamente.

O que?

Ele ficou em silêncio. As palavras dele ficaram no ar. Ele realmente quis dizer aquilo do jeito que eu entendi? Ou foi só uma má interpretação minha?

— Tenho que desligar – sua voz ficou diferente. – Tenho um novo vilão. Nos falamos depois.

Então, o telefone ficou mudo. Aquelas palavras martelavam na minha cabeça. E ficaram martelando até o fim da noite, quando Steve finalmente apareceu. Porque quando seus olhos encontraram os meus, eu já não me importava mais com a discussão com Oliver Queen.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
PS.: Fiquei muito feliz com os comentários de vocês ♥ Vocês são mara! Tudo de bom! Tanto que são 01:25 da manhã e eu estou aqui, postando capítulo! Isso que é prova de amor ♥
PS².: Alguém está notando o fato dos acontecimentos estarem um pouco familiares?



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