No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 2
Estou Ferrada!


Notas iniciais do capítulo

Estou muito feliz com o modo que vocês já estão amando a fic! Estava meio apreensiva de postar ela mas agora que vocês demonstraram que gostaram mesmo, eu não vou abandona-la!
Quero dedicar esse capítulo para a clarissa morgenstern por ter sido a primeira a comentar!
Enjoy!



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Fiquei sentada naquela mesa por um bom tempo. Vi Felicity e Barry terem uma discussão pequena sobre a missão em que Oliver e Diggle estavam. Mas era muito entediante ficar lá parada. Então eu olhei para o lugar onde Oliver sempre treinava. Realmente sempre me fascinou o modo como ele pulava de uma barra para a outra. Principalmente porque ele fazia isso sempre sem camisa.

Andei em silêncio até lá e me pendurei na barra. Fiquei assim por um tempo porque eu não era muito atlética na época. Mas algo me fez começar a pular. E eu realmente consegui pular de uma parte para a outra. Era muito fácil, mas eu estranhei porque não deveria ser fácil para mim.

– Como? – Felicity perguntou, boquiaberta.

– Se eu soubesse como – eu respondi ofegante – te falaria.

Ouvi passos se aproximarem, mas não parei, porque estava ficando muito boa naquilo. Quando Oliver e Diggle me viram, também ficaram boquiabertos.

– Onde estão aqueles seus tais amigos? – Eu perguntei, descendo.

– Estão a caminho – Oliver disse, ainda um pouco confuso.

– Ótimo, eu tenho uma festa para ir – eu disse, voltando para a mesa.

Eles começaram a conversar sobre a missão. Não me lembro direito sobre o que era, mas lembro que era algo em que Barry podia ajudar. Então, naquele momento eu comecei a pensar. E alguma força misteriosa tivesse me colocado dentro daquela série por algum motivo? E se eu devesse aprender alguma lição como em todas as comédias românticas que eu já assisti. Porém, antes que eu chegasse a uma conclusão, meus devaneios foram interrompidos por Oliver.

– Você vai precisar de um lugar para dormir – ele disse.

– Vou – eu balancei as pernas como uma criança.

Ele olhou rapidamente para as pessoas da sala, mas todos balançaram a cabeça em negativo como se dissessem que não podiam tomar conta de mim.

– Tudo bem – ele suspirou. – Você não pode ir para a minha casa, mas posso ficar aqui com você até amanhã.

Eu ponderei. Estava muito cansada, mas eu queria muito voltar para casa e ir para aquela festa.

– E seus amigos? Ou você pretende me manter como refém aqui? Eu posso voltar para casa – eu disse, estressada.

– Eles só vão chegar aqui amanhã. E, acredite, a última coisa que eu faria é te manter refém – ele me lançou um sorriso sarcástico.

As pessoas atrás dele pareciam bastante incomodados com o jeito que nós dois debatíamos.

– Me ter aqui seria um prazer para você – eu o provoquei.

– Só nos seus sonhos – ele se aproximou, com muita raiva e então andou para a parte de trás da sala.

Diggle, Felicity e Barry decidiram ir embora quando sentiram o clima tenso entre nós. Para se despedir dos amigos, ele voltou para onde estávamos.

– Oliver é uma pessoa do bem – Diggle sussurrou para mim.

– Só tentem não se matar – Felicity disse e deu uma piscadinha para nós.

Barry, ao passar por mim, deu um leve sorriso que me fez derreter. Nunca consegui entender como ele conseguia ser tão perfeito e ao mesmo tempo tão tímido. A Íris sempre foi cega porque se eu tivesse um homem daqueles em meus braços, nunca o deixaria ir.

Então, quando todos saíram, eu fiquei apenas com Oliver. Não conversamos muito e dei graças aos céus por isso. Ele foi treinar. Aquele homem parecia não dormir nunca. Sempre me perguntei como eles conseguiam ficar acordados a noite toda. Acho que para o Oliver era mais fácil por causa dos traumas e tal.

– Se quiser dormir é só me avisar – ele disse, parando de treinar.

– Quero que me responda algo...

Ele arqueou as sobrancelhas, esperando pela minha pergunta.

– Como é quase morrer em uma ilha?

Lembro-me de que ele riu da minha pergunta, como se eu fosse ingênua.

– Não recomendo – ele disse, com sarcasmo.

Eu ri um pouco, mas o silêncio logo voltou a reinar sobre nós. Oliver teve de trocar a camiseta (o que amei) porque a que ele usava estava completamente cheia de suor (o que eu também amei).

– Seus amigos... Quem são eles? – Eu perguntei, curiosa

– São dois irmãos. Eles trabalham com... Bem, você vai ver quando eles chegarem aqui. Mas são os melhores no que fazem. Se eles não conseguirem resolver, ninguém conseguirá – ele disse, se sentando na cadeira em frente à mesa em que eu ainda estava sentada.

– Espero que consigam... – eu olhei para baixo, meio triste.

– Tem alguém esperando por você em casa? – Ele perguntou, meio curioso.

– Não. Mas não é por isso que eu quero voltar. É por causa de uma festa que eu deveria ter ido...

– E por que essa festa era tão importante para você?

– Eu tinha assuntos inacabados me esperando.

Ele ergueu as sobrancelhas, esperando que eu terminasse a história.

– Eu tenho... tinha um namorado. Mas eu descobri que ele me traiu com uma das minhas melhores amigas. Eu ia me vingar dele na festa, fazendo ele pagar o maior mico, humilhando ele ao ficar com o seu melhor amigo.

– Bem maduro...

– Falou o cara que pegou a irmã da namorada – eu soltei e tapei a boca rapidamente quando vi o que havia falado.

Ele ficou cabisbaixo com o que eu disse e não era para menos já que eu havia despejado sobre ele seu maior arrependimento.

– Vou voltar a treinar – ele murmurou e começou a socar um saco de areia com uma força que eu nunca tinha visto antes.

(...)

Acordei no dia seguinte, torcendo para que todo não tivesse passado de um sonho maluco e estranho. Mas não foi um sonho. Foi real. E com certeza naquela manhã me pareceu ainda mais real, já que eu tinha três caras lindos me encarando.

Eles pareciam estar analisando meu rosto enquanto eu dormia.

– Pelo menos ela não baba – o de cabelo grande falou, exatamente no mesmo momento em que eu abri os olhos e vi os irmãos Winchester e Oliver Queen me encararem como se eu fosse um animal em uma jaula.

– Por que vocês estão tão perto? – Eu perguntei, com os olhos mais arregalados do que o normal.

– Sou Dean – o loirinho gato disse.

– Eu sou Sam – o do cabelo grande, que era ainda mais bonito, também disse.

– Eu sou Lucy – eu murmurei, me levantando.

Sam me deu a mão, como um cavalheiro, me ajudando a levantar. Fiquei lisonjeada, mas quando vi que nós estávamos nos olhando por muito tempo, tirei a minha mão da dele.

– Então, como vocês vão me ajudar? – Eu perguntei, um pouco impaciente.

– Primeiro você vai comer – Oliver disse, só então notei sua presença ali.

– Você fala como se mandasse em mim – revirei meus olhos.

– Nesse mundo alguém tem que ser responsável por você.

– Mas esse alguém não precisa ser você. Eu sei me virar sozinha – eu bufei.

– Você se acha muito adulta – ele se aproximou do meu rosto, com os braços cruzados.

– Você não é meu pai – me aproximei do mesmo tanto, sentindo meu rosto ferver.

– Ainda bem, porque eu não gostaria de ter uma filha como você – ele ficou tão próximo do meu rosto que eu pude sentir sua respiração.

Nós dois ficamos nos encarando por longos segundos. Devo admitir que, olhando agora, para Dean e Sam aquela cena deveria estar engraçada. Deve ser por isso que Sam pigarreou.

Desviei meu olhar de Oliver e ele fez o mesmo. Afastei-me e me encostei na mesa de metal que já tinha virado minha melhor amiga.

– Oliver está certo – Sam murmurou baixinho. – Estamos morrendo de fome.

Eu sorri com o jeito que ele falou comigo, como se eu fosse de porcelana ou algo assim.

– Eu também estou – sussurrei de volta. – Só não concordo com o jeito que ele fala comigo.

Ele sorriu, fazendo os pelos da minha nuca se arrepiarem com isso. Ele com certeza é muito lindo e gentil. Ele é totalmente o oposto do Oliver. Tirando a parte do lindo.

(...)

– Então, o que vão poder fazer? – Eu perguntei. Já estávamos de volta ao esconderijo de Oliver.

– Precisamos de uma amostra de seu sangue. Com ele poderemos mostrar para um amigo nosso que saberá o que fazer – Sam disse, já pegando a agulha.

Não recuei. Algo fazia eu confiar nele. Algo fazia eu querer que ele tirasse meu sangue. Ok, essa frase ficou bem estranha.

– Quanto tempo até termos uma resposta? – Oliver perguntou, impaciente.

– Uns dois ou três...

– Dias? – Oliver interrompeu Dean.

– Meses – ele disse.

– O que?! – Eu perguntei assustada. – Não posso ficar dois meses longe de casa!

– E eu não posso tomar conta de uma adolescente por dois meses! – Oliver se defendeu.

– Já disse que você não está “cuidando” de mim. Por que para isso, você precisaria ser meu pai. O que você não é! – Gritei, fazendo os dois irmãos se assustarem.

– Para de ser tão mimada – ele disse, se aproximando de mim.

– Para de ser tão mandão – eu também me aproximei.

– Eu não posso suportar isso por dois meses – ele disse colocando as mãos na cabeça.

– E você acha que eu posso? – Eu retruquei, de braços cruzados.

– Vocês podiam levar ela – Oliver me ofereceu como se eu fosse um bichinho de estimação.

– Foi mal cara, mas ela caiu no seu covil secreto – Dean deu de ombros.

– Não que ela não seja uma boa companhia – Sam olhou de lado para mim. – Mas acho que ela é sua responsabilidade.

– Dá para vocês pararem de falar como se eu não estivesse aqui! – Eu esbravejei.

– Como vou explicar para a minha família que eu achei uma garota de dezesseis anos no meu covil de super-herói?

– Você é bilionário, compra um apartamento e vai morar nele e me leva junto – eu bufei.

Eles me olharam como se eu fosse um gênio.

– Viu, eu disse que ela era uma boa companhia – Sam disse, olhando para mim com um sorriso gentil no rosto.


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Notas finais do capítulo

Então?



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