No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 19
Hora Da Morte?


Notas iniciais do capítulo

Hey Everyone ♥
Pois é gente, eu ainda estou viva! Desculpem pela demora, mas que é eu estou cheio de coisas para fazer e compromissos que eu marquei :( Mas vou tentar postar sempre o mais rápido que eu puder!
Espero que gostem do capítulo ♥
Enjoy!



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Os dias se passaram ainda mais rápidos desde o meu aniversário. As missões aumentaram. Conseguimos descobrir que a HIDRA estava fazendo experimentação ilegal em humanos. Aprimorando-os.

Conseguimos invadir algumas instalações, mas em nenhuma delas estava o cetro do Loki. Thor estava ficando impaciente, assim como todos nós. Não que tivéssemos algo melhor para fazer, mas porque as missões pareciam aumentar cada vez mais.

Elas estavam ficando cansativas. E quando não estávamos em alguma missão, estávamos treinando para alguma missão. Em um dos treinos, Nat havia descoberto uma técnica para acalmar Banner quando o Hulk estivesse descontrolado que Tony apelidou carinhosamente de “canção de ninar”.

Maria Hill, que trabalhava para Tony naquele momento, nos ajudava com as missões. Pelo fato de que ela já tinha sido da SHIELD, ela tinha vários contatos que ajudavam com as localizações da HIDRA. Mas, no fundo, eu sabia que ela ainda trabalhava com Coulson na SHIELD.

— Você não está focada – disse Nat, me derrubando no chão pela décima vez.

Suspirei. Era obrigada a treinar com ela sem os poderes. Não entendia a necessidade daquilo. Mas Steve sempre me convencia de que era o melhor a se fazer.

— Estou pensando em outras coisas – respondi, segurando um soco dela.

Ela revirou os olhos e chutou o meu estômago.

— Não nasci para isso – murmurei, tentando ignorar a dor que sentia.

— Eu sim – ela falou, séria. Percebi uma tristeza em seu olhar, que logo passou.

Ela começou a aplicar uma série de socos, mas eu consegui desviar e todos eles. Usei minhas pernas para derrubá-la no chão. Mas ela se levantou e desferiu um chute em meu rosto. Tentei me equilibrar, mas ela já tinha me jogado no chão. Imobilizou meus braços e pernas, mas deixou minha cabeça livre. Então bati minha cabeça contra a sua e ela recuou. Peguei em seu pescoço e a derrubei no chão. Ela se levantou rapidamente e tentou chutar minhas pernas, mas eu desviei. Chutei seu rosto e soquei seu estomago, a fazendo cair de joelhos. Fui rápida e apoiei meus joelhos em suas pernas dobradas e minhas mãos em seu pescoço. Ela tentou se livrar do meu domínio, mas eu havia vencido.

— Ok, você venceu! – Ela admitiu e só então a soltei.

Dei uma leve risada a ajudando a levantar. Ela também sorriu um pouco.

— Reparei no jeito que você e o Banner tem se olhado ultimamente – comentei, inocentemente, enquanto limpava o sangue em minha boca.

Ela sorriu e olhou para o chão, como se lembrasse de algo, mas logo voltou a ficar séria.

— Você acha que vamos encontrar o cetro logo? – Perguntei.

— Espero – ela suspirou. – Estou ficando cansada dessas missões.

Assenti. Tomei um gole da minha garrafa de água.

— Pronta para a segunda rodada? – Ela perguntou.

Senhorita Romanorff e senhorita King, o senhor Stark as espera no último andar.

— Acho que vamos ter que deixar para mais tarde – comemorei internamente por JARVIS ter me acudido.

(...)

— Devemos estar prontos para qualquer coisa – Steve ditava. – Temos o elemento surpresa, então vamos descer na costa e tentar entrar no castelo.

Todos nós assentimos. O quinjet estava estranhamente silencioso. Estávamos extremamente cansados das missões. Podíamos ser os heróis mais poderosos da Terra, mas até nós precisávamos de um pequeno descanso.

— Está tudo bem? – Steve perguntou baixinho para mim, enquanto o resto da equipe faziam coisas aleatórias.

— Sim – suspirei. – Só estou cansada.

Ele me abraçou e beijou minha testa, mas não disse nada. Ele sabia que não dizer alguma coisa era a melhor escolha. O resto da viagem foi silenciosa e ele ficou abraçado comigo. Nat e Bruce conversavam, baixinho. Tony dirigia. Thor e Clint ajustavam suas roupas.

Quando chegamos na costa e descemos do quinjet, percebi que havíamos chamado muita atenção. Alguns guardas estavam em posição para atirar e pareciam com medo.

— Da próxima vez, a gente deixa música Highway to hell bem alta. Acho que a gente vai ficar mais visível – ironizei. Sinceramente, nunca conseguíamos chegar em algum lugar sem chamar a atenção das pessoas.

Eles começam a atirar e eu projetei um escudo de energia. Thor usou o martelo para voar e Tony também voou. Nat e Barton começaram a atirar de volta. Steve saiu do quinjet com sua moto. Bruce ficou dentro da nave. Ele só seria necessário se tivéssemos um código verde.

Quando vi que o quinjet estava protegido, comecei a contra-atacar. Peguei as armas de dois dos soldados e as amassei no ar. Os joguei para trás e comecei a correr entre a floresta, repedindo os mesmos movimentos. Apesar da neve, o sol estava presente no céu. Não estava quente, mas o cansaço de lutar me fez suar um pouco.

Joguei um homem contra uma árvore, mas eles pareciam se multiplicar. Foi quando eu vi um buncker enorme. Seu canhão era grande e parecia muito potente.

— Gente, acho que temos um código verde – disse pelo comunicador, um pouco triste por Banner. Sabia o quanto ele odiava os códigos verde.

— Banner, ouviu? – A voz de Steve soou pelo comunicador.

Infelizmente sim — Banner respondeu.

Desviei de um tiro que quase me acertou por causa da minha distração. Joguei o homem para trás. Hulk urrou e pude ver o medo nos olhos dos soldados crescer. Clint e Nat apareceram do nada com um carro. Thor voou para uma torre de madeira, para lutar contra os homens que estavam ali. Steve usava a moto para avançar mais rápido. Hulk também corria, jogando quem estivesse em seu caminho para longe. Stark voava na direção do castelo já visível. Eu também corria jogando as pessoas contra as árvores. Houve uma hora, em que todos nós acabamos um ao lado do outro para atacar os soldados na nossa frente.

Então voltamos a atacar conforme devíamos. Porém, cada vez mais, apareciam mais soldados desesperados para não nos deixar passar.

Droga — a voz de Tony soou pelo comunicador. Ele havia tentado atirar no prédio, mas algo o impediu.

Olha a língua — Steve repreendeu. Joguei um homem contra uma árvore e revirei os olhos. Um homem das antigas sempre será um homem das antigas.

— JARVIS, como é a vista de cima? – Perguntei, me protegendo contra um tiro.

A construção central é protegida por um tipo de escudo de energia. A tecnologia do STRUCKER é maior do que nas outras bases da HIDRA que invadimos — a voz robótica respondeu.

Um buncker desferiu um tiro em minha direção, mas consegui desviar.

O cetro de Loki deve estar aqui. Strucker não conseguiria essa defesa sem ele. Finalmente! — Thor disse, aliviado.

O buncker continuou a atirar e eu tentei jogar o homem que o dirigia para fora, mas ele estava muito longe, por isso não consegui. Tentei levantar o buncker, mas era pesado demais. Enquanto isso, os tiros não paravam de ecoar pelo local. Então tive uma ideia. Concentrei-me no buncker e abri minhas mãos devagar, imaginando a energia do meu campo de força se expandindo dentro dele.

Senti uma leve tontura, mas não parei. Conforme abria minhas mãos, o buncker parecia querer se romper, mas apenas após eu abrir minhas mãos totalmente foi que ele rachou ao meio. Fiquei meio zonza por alguns segundos, mas voltei a mim a tempo de desviar de um tiro.

Esse finalmente tá demorando demais meninos — Nat disse.

Perai, ninguém vai comentar o fato de que o Capitão disse “olha a língua”? – Tony disse.

Revirei os olhos e soquei um homem.

Foi mal — Steve fez uma pausa. – Saiu sem querer.

Comecei a voar alto, para ter uma visão melhor da floresta. Haviam muitos tiros sendo disparados e muitos homens da HIDRA abatidos. Olhei para a cidade ao lado, Sokovia. Algo estava muito familiar ali.

— Tony os civis estão expostos – eu disse, pelo comunicador

Strucker não vai se importar com a perda de civis ­— Steve completou.

Vou enviar a legião de ferro — Tony disse.

Desço para o chão novamente. Desvio de alguns tiros e jogo alguns soldados contra as árvores. Então parece que tudo está limpo. Fico em silêncio, ouvindo apenas os tiros ao longe. Algo estava estranho. Sabia que tinha mais alguém ali, mas não conseguia ver. Posicionei-me atrás de uma das árvores, esperando ver alguém. Mas eu não vi. Eu senti.

Algo muito rápido me deu um soco no estomago, me fazendo cair no chão. Levantei-me o mais rápido que pude e não vi mais nada. Não fui rápida o suficiente para desviar de um tiro do buncker. O tiro atingiu a parte superior da minha perna e molhou meu uniforme instantaneamente.

Era um tipo diferente de dor. Era desesperador e queimava. Cai de joelhos na neve e tentei jogá-la sobre meu machucado, mas não adiantava. A queimadura continuava.

Temos um aprimorado aqui ­­– Steve falou.

Clint caiu — Natasha falou.

Eu também! Eu também!” Tentava falar, mas as palavras não queriam sair pela minha boca.

Deem um jeito naquele buncker — ela completou. Então vi o Hulk destruir aquele buncker. – Obrigado.

Outro tiro de outro buncker atingiu minhas costas, me fazendo cair de cara na neve. Meu corpo todo ardia. Parecia que eu estava sendo queimada viva.

Precisamos entrar logo — Steve disse. — Lucy?

Tentei falar alguma coisa, mas as palavras não queriam sair pela minha boca.

Consegui destruir a barreira — a voz de Tony parecia distante.

Lucy? — As vozes, os barulhos, tudo parecia distante.

— Lucy! Gente, o Clint e a Lucy estão gravemente feridos – a voz de Nat parecia perto, mas ao mesmo tempo tão longe.

Então, meus olhos pesaram e tudo o que eu via ficou escuro.

(...)

— Você vai ficar bem – Steve segurava em minha mão.

A dor ainda estava presente, mas era menor. Alguém havia me levado de volta para o quinjet e aplicado uma anestesia. Mesmo que a anestesia devesse me deixar sem dor alguma, eu ainda sentia meu corpo queimando, porém, era algo menor.

— Thor relatório do Hulk – a voz de Natasha nos tirou da nossa conversa particular.

— Os portões de Hell transbordam com os gritos das suas vítimas! – Suspirei.

Às vezes, a falta de noção de Thor era gritante. Nat o olhou, com raiva. Ele não deveria ter falado aquilo para o Bruce. O doutor Banner ficava muito abalado quando o Hulk era necessário.

— Uh, mas não gritos dos mortos, é claro que não. Gritos de feridos, basicamente uh, choramingos, muitas reclamações, relatos de distensão do deltoide e... gota – tentou concertar, mas já era um pouco tarde.

Deixei escapar um leve sorriso. Ia sentir falta dessas pessoas quando eu finalmente voltasse para casa.

— Banner a doutora Cho está vindo para Nova York, tudo bem se ela se instalar no seu laboratório? – Tony perguntou.

— Claro – Bruce respondeu.

Segurei na mão de Steve, fazendo ele voltar seu olhar para mim. Ele parecia preocupado com alguma coisa. O puxei com meus poderes, fazendo ele me beijar. Ele ficou um pouco surpreso, mas logo se entregou a um beijo suave e rápido.

Quando olhamos de novo para a equipe, eles pareciam decididos de que nós erámos o casal mais estranho que conheciam.

— Nunca vou me acostumar com isso – Clint comentou.

Então todos voltaram aos seus afazeres e pararam de nos encarar. Não pude deixar de revirar os olhos. Tony acionou o copiloto (JARVIS) e se juntou à nós. Ele parou ao lado de Thor que analisava o cetro de Loki.

— Legal né, você queria isso desde que a SHIELD entrou em colapso – ele analisou o brilho do objeto. – Olha eu gosto das nossas missões em equipe, mas...

— Não, mas isso, isso encerra tudo – ele olhava sério para o cetro.

— Assim que descobrirmos para que mais isso foi usado. Não falo apenas de armas. Desde quando Strucker é capaz de aprimoramento humano? – Eu disse, fazendo Tony soltar um leve suspiro.

— Banner e eu analisaremos antes de ser devolvido para Asgard. Tudo bem para você? Serão só alguns dias antes da festa de despedida. Vai ficar, não vai? – Tony perguntou para Thor.

— É, claro, vou ficar. Uma vitória deve ser honrada com festas – ele assentiu.

— É, quem não adora festas. Capitão? – Senti uma vontade imensa de rir, mas me lembrei que Steve era meu namorado e seria errado rir do meu namorado.

— Espero que isso ponha um fim aos Chitauris e a HIDRA, então... eu irei. À festa – ele disse e senti uma vontade imensa de beijá-lo, mas não seria apropriado.

Tony assentiu e começou a conversar com Bruce sobre alguma coisa, Nat falava com Clint, Thor olhava para o cetro e eu ainda estava tentando ignorar a dor que eu sentia.

Quando chegamos na Torre, as assistentes da doutora Cho levaram Clint e eu até o laboratório do Banner. Steve se separou de mim para poder se atualizar com a Hill sobre a missão.

No laboratório, a Doutora Cho me pareceu familiar. Na verdade, tudo aquilo parecia familiar. Ela me coloca em uma máquina que me cura instantaneamente. A dor passa como se nunca tivesse existido. Então é a vez de Barton.

— Acha que ele vai ficar bem? Fingir que a gente precisa dele faz a equipe ficar unida – eu brinquei, me sentando em uma das cadeiras na sala.

Nat estava ao lado de Clint, enquanto Bruce observava tudo de uma certa distância.

— Não há possibilidade de deterioração – ela começou a explicar sobre a máquina.

— Isso é incrível, ela está criando tecido – Bruce me olhou com os olhos brilhantes. Como uma criança quando vê um doce.

— Se levar ele ao meu laboratório o berço fará isso em vinte minutos – Cho se gabou um pouco.

— Não esse cara já era – Tony entrou, com seus usuais suquinhos. – Hora da morte?

— Ah não, não eu vou viver para sempre. Eu vou ser feito de plástico – Clint zombou.

— Vai ser feito de si mesmo senhor Barton, nem a sua namorada vai notar a diferença – ela brincou.

— Eu não tenho namorada – ele roubou o suco de Tony.

— Essa parte não dá pra concertar – eu zombei dele.

Clint deu uma leve risada e eu voltei meu olhar para aquele andar. Era tão lindo como Tony conseguia fazer um prédio normal se tornar o refúgio de super-heróis.

— Mas então Hellen, vai ficar para a festinha de sábado? – Tony perguntou, pegando seu suco de volta.

— Diferente de você eu não tenho muito tempo para festas – ela ficou séria. - O Thor vai estar lá? – Não pude deixar de abrir um sorriso com sua fala.

(...)

Sete meses depois

Meus olhos brilhavam conforme os dele se encontravam com os meus. Seus lindos olhos azuis que tinham um olhar tão diferente e apaixonado. Deixei que ele tocasse meus lábios, deixei que ele tocasse em tudo que era meu só porque ele pediu. Como aquela sensação era boa. Como tudo nele era bom. E eu estava tão fascinada com aqueles olhos que meus pensamentos pareciam se misturar com os dele.

— Como nós nunca havíamos feito isso antes? – Perguntei, ofegante por causa do último beijo.

— Você estava ocupada demais com aqueles dois – sua voz me fez arrepiar.

— Ah Damon, seu eu soubesse que você beija tão bem, teria feito isso muito antes – eu sussurrei em seu ouvido.

Foi o suficiente para ele voltar a me beijar como se o mundo fosse acabar no dia seguinte. E talvez fosse.  


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Notas finais do capítulo

E então? Devo deixar? Devo apagar?
PS.: Esse negocio de sete meses depois foi só uma prévia do que vai acontecer. No próximo capítulo, a história continua na festinha do Stark



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