No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 18
Se Você Diz


Notas iniciais do capítulo

Hey galerinha!
Estou muuuuito feliz com os comentários de vocês ♥ Obrigado por serem esses fofos e sempre comentarem ♥
Eu tenho essa mania de postar um capítulo no sábado e outro no domingo né? Bom, eu acho que amanhã eu talvez não possa postar, porque, além de estar super doente, estou cheia de coisas para fazer :( Mas, eu vou tentar, ok? ♥
Espero que gostem do capítulo.
Enjoy!



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Sempre pensei que, ao gostarmos de alguém, estaríamos dispostos a depender. Também gostava de pensar que o amor era algo estranho. Como alguém estaria disposto a depender de outra pessoa? Era como se arriscar a pular de um penhasco esperando que alguém te segurasse na queda.

Mas confesso que gostei de me entregar para Steve. Gostei muito de depender dele. Muito.

Após o beijo, que demorou bastante tempo, não pude deixar de encarar aqueles olhos com intensidade.

— Thor te contou, não foi? – Steve perguntou, afagando meu cabelo.

— Sim – sorri. – Ainda bem que ele me contou.

— Ah é? – Ele sorriu. – Por que?

— Porque agora eu posso fazer isso – beijei sua boca – e não me sentir culpada por roubar suas camisetas.

Ele sorriu e me puxou para mais um beijo. Seu beijo era intenso e suave. Não pude deixar de compara-lo ao de Oliver, mas afastei esse pensamento da minha mente. Era com Steve que eu estava. Era de Steve que eu gostava. Era Steve quem gostava de mim.

— Estou apaixonado por você – ele disse.

Nossas testas estavam encostadas uma na outra e nossos olhos fechados. Podia sentir sua respiração ofegante e tocava em suas mãos, que estava em meu rosto.

— Eu sei – sorri. – Eu também.

Isso foi o suficiente para ele voltar a me beijar. E ficamos assim, pelo resto da tarde e noite. Não fizemos nada além dos beijos, mas gostei de poder roubar mais uma de suas camisas.

(...)

Senti uma mão segurar minha cintura e uma respiração pesada atrás de meu pescoço. Um peitoral firme encostado em minhas costas. Abri os olhos e percebi que não havia sido um sonho. Era real. Eu estava tendo alguma coisa com o Capitão América.

Virei-me, para ficar de frente para ele e percebi que ele já estava acordado. Ele segurou minha cintura com mais firmeza e me colocou mais para perto de si, me dando um beijo na testa de bom-dia.

Coloquei minha mão em seu pescoço e o puxei para um beijo intenso. Mesmo assim, algo parecia estar faltando e eu achei que era simplesmente o meu corpo querendo algo a mais. Algo que eu nunca havia feito e duvidava muito que Steve tivesse.

— Vou colocar uma roupa – falei, quando nos separamos.

— Você fica tão bonita assim – ele sorriu.

Dei uma leve risada com o jeito que ele havia falado. O Capitão América sendo malicioso? Aquilo era algo que não se via todo dia.

— Não sei se quero deixar a minha namorada sair dos meus braços – ele fez biquinho.

— Então é isso que nós somos? – Arqueei minha sobrancelha.

— Muito rápido?

— Muito devagar – sorri para ele, que me devolveu o sorriso.

(...)

Em meu quarto, coloquei uma roupa confortável para o café da manhã. Sabia que Tony comentaria alguma coisa. Apostava que JARVIS havia dado o relatório completo das nossas vidas para aquele fofoqueiro de plantão.

Estava quase descendo, quando meu celular tocou. No visor, estava o número de Oliver. Era uma boa hora para contar as novidades. E esperava muito que ele não começasse a dar um chilique e a gritar comigo.

— Oi – eu atendi o celular.

— Oi – sua voz saiu meio fraca.

— Aconteceu alguma coisa? – Perguntei.

— Não. Só queria saber de você – ele respondeu, com uma calma um pouco estranha.

Suspirei. Era a hora.

— Então... tenho uma novidade... – murmurei.

— Qual foi a missão que quase te matou dessa vez? – Ele perguntou, no mesmo tom sarcástico de sempre.

— Nenhuma missão quase me matou. Eu sei lutar muito bem. Eu treino todos os dias com a Nat e já participei de várias missões com os Vingadores. Aliás, eu sou uma vingadora. Você pode por favor, parar de achar que eu vou morrer em toda e qualquer missão em que eu estiver envolvida – disse, meio estressada.

— Tá, tá – ele se rendeu. – O que aconteceu?

— Eu e Steve estamos namorando – soltei de uma vez.

Por incrível que pareça, ele não disse muita coisa. O silêncio do outro lado da linha foi estranho por um tempo e comecei a pensar que a ligação havia caído, mas ele logo respondeu.

— Hum – murmurou. – Bom para você. Agora ele é o seu Capitão.

Não pude deixar de pensar na conversa que havíamos tido algumas semanas atrás.

— Ele não é meu Capitão – bufei. – Por que você insiste em dizer que ele é o “meu Capitão”?

— Acho que é porque eu preciso ouvir você dizendo que ele não é o seu Capitão – ele respondeu, sem me olhar.

Balancei a cabeça levemente. Foi tudo um plano. E eu namorava Steve. Por que eu me importaria se Oliver foi sincero ou não?

— É – foi tudo o que saiu da minha boca.

Foi estranho. Foi uma conversa estranha. Eu não deveria estar me sentindo culpada por estar com Steve. Oliver nem mesmo sentia alguma coisa por mim e eu não sentia nada por ele. Erámos apenas bons amigos e nada mais. Certo? Certo.

— Tenho que desligar – ele falou rapidamente, sem me dar a chance de me despedir.

E desligou. E eu desci para tomar café. E parei de pensar na conversa com Oliver, assim que Steve anunciou para os Vingadores que nós estávamos juntos. Não teria como pensar na conversa com aqueles olhares. Clint e Natasha não pareciam muito surpresos, mas esbanjavam sorrisos maliciosos nos rostos. Bruce estava um pouco confuso. Thor exibia um sorriso de satisfação. E Tony exibia um sorriso de “eu vou zuar”.

— Não vão dizer nada? – Tive que perguntar, segurando na mão de Steve.

— Uh... Parabéns? – Bruce parecia meio perdido.

— Isso não vai contra alguma regra da convivência da equipe ou algo do tipo? – Tony começou.

Suspirei levemente. Seria um longo dia.

— Não – Steve respondeu de imediato. – Não vai.

Tony deu de ombros e bebeu um pouco do seu café.

— Você não é meio velho para ela? – Tony se recostou no balcão da cozinha.

Revirei os olhos, soltando minha mão da de Steve. Fui até a dispensa para pegar cereal. Steve também não respondeu. Mas Tony Stark não conseguia desistir fácil.

— Isso não é tipo um crime? Você tem idade para ser o avô dela – ele continuou a provocar Steve.

Peguei minha tigela e coloquei na mesa em que Nat, Bruce, Clint e Thor tomavam seu café da manhã, observando atentamente nós três. Steve se sentou ao meu lado na mesa e Tony logo se juntou a nós.

— Você não tem algo melhor para fazer? – Perguntei, estressada com seu incessante falatório.

— Minha presença te incomoda? – Ele arqueou uma sobrancelha.

— Sim, você pode por favor se jogar da janela e morrer? – E foi assim que eu consegui calar a boca de Tony Stark.

(...)

Os dias começaram a passar rapidamente. Adquirimos à uma rotina boa e agradável. Leve ao nosso modo.

De manhã, quando não tínhamos uma missão, tomávamos café todos juntos. Depois, alguns iam treinar, outros para os laboratórios. Steve e eu assistíamos a algum filme ou visitávamos algum ponto turístico. De tarde, enquanto todos estavam ocupados com atividades corriqueiras, nós dois treinávamos juntos. E, por fim, de noite, jantávamos e dormíamos. Éramos como uma família feliz e estranha.

Quando tínhamos alguma missão, era fácil cumpri-la pelo simples fato de que quando anunciavam que nós éramos os Vingadores, as pessoas se rendiam. Pareciam com preguiça ou medo de lutar contra nós e isso era bom. 

Pelos meus cálculos, estávamos indo para o último filme que eu havia assistido antes de sair do meu mundo: “Vingadores: Era de Ultron”. Eu não sabia dizer se aquilo era uma coisa boa ou ruim, já que, pouco antes de eu passar pelo portal, os diretores os filmes haviam anunciado o filme “Guerra Civil”. E eu sinceramente não sabia se estava pronta para passar por aquilo.

Ficava preocupada com o tempo que ainda me restava naquele mundo. Segundo os Winchesters, eu tinha um motivo para estar ali. E, segundo Damon, o motivo era Thanos. Mas será que eu havia mudado drasticamente o rumo das coisas e tudo aconteceria de um jeito diferente do que eu esperava?

Tentava não demonstrar os meus anseios perto de Steve. Não queria que ele ficasse preocupado comigo. E não queria pensar que um dia teríamos que nos separar. Todavia não queria pensar que, se eu tivesse que escolher entre minha família e ele, meu mundo e ele, eu escolheria meu mundo sem pensar duas vezes.

Por isso, tentei ignorar todos os pensamentos relacionados ao meu mundo e tentei me concentrar apenas nas missões e no namorado maravilhoso que eu tinha.

Lembro-me de quando fizemos um mês de namoro juntos. Era meados de abril e fazia frio. Uma chuva fresca caia do lado de fora da Torre, nos deixando confortáveis dentro do meu andar, enquanto assistíamos ao filme “As Patricinhas de Bervely Hills”.

— Tenho algo para você – ele me disse, quando cheguei com algumas barras de chocolate que eu roubara da cozinha enquanto o filme estava em pausa.

— Ah é? E o que é? – Perguntei curiosa, sentando-me ao seu lado no sofá.

— Feche os olhos e vire de costas – ele pediu e assim eu fiz.

Senti algo gélido pousar sobre a minha pele. Era um colar. Seu pingente, em forma de coração, um medalhão. Nele, continha uma foto nossa e o espaço para colocar outra foto. Abri meus olhos e vi a foto linda que ele havia colocado. Nós dois, sorrindo após termos tomado sorvete.

— E o outro lado? – Perguntei, notando a parte sem foto.

— Você pode escolher a foto que vai colocar aí – ele deu de ombros.

Sorri, olhando para o colar e depois o beijei com intensidade. Quando nos separamos, voltei a deitar em seu peito e voltamos a assistir ao filme, mais agarrados um ao outro do que podíamos ficar. E eu, me agarrava ao fato de que ainda tinha muito tempo com ele. Porque não queria que aquela foto se tornasse só mais uma lembrança.

(...)

Após o nosso aniversário de um mês, outra data que marcou aquela época da minha vida, foi meu aniversário de dezessete anos, em maio. Completavam-se sete meses desde que eu havia visto minha família e era o meu primeiro aniversário sem eles ou meus amigos. Porém, não foi o pior aniversário da minha vida.

Mesmo que eu tivesse insistido no fato de eu não querer uma festa, Stark não quis me ouvir e convidou alguns de seus amigos. É claro que eu quis convidar todo o pessoal de Starling City e mataria o Tony se pelo menos isso da minha festa não fosse minha escolha. Tentei convidar os Winchesters, mas eles estavam ocupados demais procurando por alguém ou alguma coisa assim.

Na noite da festa, eu usei um vestido vermelho longo, com uma fenda e um decote em V frente única que fez Steve ficar meio zonzo quando me viu. Tive que dar risada do quanto suas bochechas ficaram vermelhas depois que notou me olhar por tanto tempo.

A sala de estar estava cheia de pessoas que eu nunca havia visto antes, mas que me cumprimentavam e me parabenizavam como se eu as conhecesse há anos. Mas, as únicas pessoas que eu queria ver, pareciam ter se escondido.

— Está tudo bem? – Steve perguntou, elevando a voz um pouco por causa da música.

— Estou procurando... – Parei de falar quando avistei uma cabeleira loira. – Ali, venha!

Fui empolgada, na direção de Felicity, que usava um vestido azul lindo. Oliver, Diggle e Roy estavam logo ao lado dela, em ternos. Olhar para eles não ver a Sara, me deu uma pequena dor. Sua morte era recente e apesar de eu não a ter conhecido muito bem, o tempo que passamos juntas foi bacana.

— Parabéns! – Felicity abriu os braços assim que me viu.

A abracei, com um sorriso no rosto. Estava com tantas saudades deles!

— Nós compramos isso para você – Diggle me entregou uma caixa de presente.

— Não precisava – abracei ele e em seguida Roy. – Obrigada!

Coloquei o presente junto a mesa de presentes que estava ao nosso lado. Só então fui olhar para Oliver. O clima ficou pesado quando nossos olhares se encontraram. Então ele olhou para Steve e depois para mim. Foi algo rápido e duvido que o resto do pessoal tenha notado, já que conversavam entre si, mas eu notei.

— Ele não é meu Capitão – bufei. – Por que você insiste em dizer que ele é o “meu Capitão”?

— Acho que é porque eu preciso ouvir você dizendo que ele não é o seu Capitão – ele respondeu, sem me olhar.

As palavras daquele dia novamente voltaram à minha mente. E o beijo também. Não pude deixar de ficar envergonhada. Estava com Steve. Eu gostava de Steve. Steve gostava de mim. Por que então eu ficava tão estranha quando estava perto de Oliver?

— King – ele estendeu a mão.

— Queen – a apertei.

Foi tudo formal demais e achei estranho ninguém ter comentado alguma coisa. Mas Steve estava concentrado demais em conversar com Diggle, Roy e Felicity. Porém, em um certo momento, Steve me puxou para perto dele e pude ver algo no olhar de Oliver mudar. Só não sabia dizer o que.

— Não estou me sentindo muito bem. Desculpem por não ficar até o final da festa – ele falou rapidamente. – Acho que já vou indo.

— Tem certeza? Vocês acabaram de chegar – Steve comentou, passivamente.

— Tenho sim. Estou um pouco cansado do dia que tive. Vocês vêm? – Oliver perguntou para o trio, que não puderam deixar de assentir.

E, assim, eles foram embora. Eu os acompanhei até o carro deles, enquanto Steve conversava com Sam.

Depois de me despedir deles, Oliver decidiu que queria falar algo comigo além do meu nome.

— Te comprei isso – ele me entregou uma caixa embrulhada pequena.

Peguei de sua mão, evitando o máximo que nossos olhos se cruzassem.

— Espero que goste – ele olhou para o lado.

— Sei que vou – sorri, olhando para o chão.

— Boa sorte com... bem, com isso tudo – ele apontou para a Torre.

Sorri.

— Sei me cuidar – comentei, ainda sorrindo.

— Se você diz – ele suspirou, me fazendo revirar os olhos.

— Hoje não – eu disse, já sem o sorriso em meu rosto. Não queria discutir com ninguém no meu aniversário.

Ele assentiu e foi andando devagar para o carro preto que o esperava. Deu um leve aceno antes de entrar e eu devolvi com um sorriso. Então o carro partiu e, naquela noite quente em NY, eu abri o presente que ele me dera.

Era uma pulseira cheia de corações como pingentes. Os corações tinham espinhos saindo de dentro deles. Eu achei curioso. Então notei o bilhete pequeno dentro da caixa. E não pude deixar de sorrir com a frase.

“Os corações representam você. Os espinhos me representam. Eu te protejo, você me mostra que ainda há amor no mundo. Feliz aniversário King.

Com amor, Queen”


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Notas finais do capítulo

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