No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 17
Você Deveria Saber Disso


Notas iniciais do capítulo

Olá galeriudiz!
Capítulo novo hoje porque me deu vontade! As coisas finalmente começaram a acontecer! Espero que vocês gostem, porque eu não vou apagar ele não ♥
Enjoy!
PS.: Recomendo você lerem ele enquanto escutam Photograph do Edinho ♥ (Ed Sheeran para os não-íntimos heheh)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/664460/chapter/17

— Pena que as férias acabaram – comentei, enquanto colocava uma arma presa ao meu cinto.

Coloquei mais duas facas, uma cada bota, e uma nova tecnologia de Stark que me permitia criar bolas de energia através dos meus campos de força, acopladas nas minhas luvas.

— Olha, eu até amo assistir Grey’s Anatomy, mas às vezes eu preciso de um pouco de ação – Nat brincou, enquanto ajeitava sua arma na cintura.

Estávamos nos preparando para uma missão. A verdade era que, Thor só havia voltado para a Terra para recuperar o cetro de Loki. E precisávamos acha-lo antes que a HIDRA o fizesse. Então, Hill, que trabalhava para o Stark naquela época, nos informou de um lugar na costa da China que poderia ser a possível localização do cetro. E, se não fosse, poderia ser um lugar que traficava armas.

— A missão é simples – Steve recitava quando nós chegamos na sala – Romanorff e Barton, vocês são os que menos chamam atenção entre nós, então vocês ficam com o reconhecimento do local. Stark e Thor, vocês serão nosso suporte aéreo. Banner, você fica no quinjet e te chamaremos se precisarmos de você. King, você vai usar seus campos de força para fazer um pulso eletromagnético que deve fritar a comunicação deles e suas armas mais desenvolvidas. Eu entrarei na cabine de comando e abaterei o chefe – ele apontava para um mapa que estava em cima da mesa. – Entendido?

Todos nós assentimos. Fomos para o último andar da Torre, que era muito complexo. Composto por um laboratório com paredes de vidro, algumas salas médicas, salas de treinamento e salas de equipamento. E havia também uma sala com arquivos em papel, mas ninguém ia lá.

O quinjet nos esperava na plataforma que tinha vista para NY inteira. Era a única parte aberta da Torre, por isso, chamava muita atenção das pessoas quando nós resolvíamos usa-la. Entramos no quinjet e Barton resolveu “dirigir” até o nosso local.

— Tenho três armas e quatro facas, sem contar as outras tecnologias que Stark me deu. Qual dessas você acha que vou precisar usar? – Natasha gostava de fazer esse jogo. Toda missão eu e ela apostávamos quais armas ela ia precisar usar. Ela acertava na maioria das vezes.

— Aposto nos chips eletromagnéticos, uma pistola e duas facas – respondi, divertida.

— Veremos – ela sorriu.

Então ela olhou para Banner que desviou o olhar rapidamente, com timidez. Sorri ao ver aquela cena. Os dois eram tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais. Cheios de cicatrizes de um passado que os atormentava. Estava feliz por ver que eles dois estavam se dando tão bem.

Thor e Steve conversavam baixinho em um canto do quinjet e Steve olhava para mim de vez em quando, sempre mantendo o mesmo semblante sério de quando estava em uma missão. Tony e Bruce tentavam analisar uma tecnologia nova que Stark estava desenvolvendo. E eu e Nat estávamos conversando sobre a missão.

— Como está o caso da pessoa desaparecida? – Nat perguntou quase em um sussurro, se referindo a Bucky.

— Sam está seguindo pistas, mas a maioria delas não dá em nada. Steve ainda tem esperanças, mas eu já não sei mais – respondi, soltando um leve suspiro.

Ela apenas assentiu e deixou o silêncio reinar. Olhei para Steve que parecia concentrado em seu escudo, provavelmente pensando em alguma lembrança de seu passado.

— Thor – chamei o homem que estava parado ao meu lado naquele momento.

— Sim? – Sua voz grave respondeu.

— Talvez eu vou parecer um pouco enxerida, mas... o que você e o Steve estavam conversando sobre? – Perguntei, olhando em seus olhos.

— Acho que não posso dizer – ele respondeu, com seu sotaque asgardiano.

Assenti.

— Não achei que poderia – suspirei. – Como está a Jane?

Ele olhou para a vista do céu que o quinjet nos proporcionava.

— Bem – respondeu, com um tom melódico. – Está bem. 

(...)

A ilha tinha um clima frio. Minha roupa fora termicamente ajustada por Tony, mas digamos que não estava ajudando muita coisa. O quinjet ficou “estacionado” no ar, com JARVIS como piloto e a camuflagem ativada.

Posicionei-me atrás de algumas árvores, pronta para usar meus campos eletromagnéticos que eu havia descoberto enquanto treinava na Torre. Vi Natasha e Barton atirarem em alguns guardas e aceitei isso como o meu sinal. Concentrei-me em um ponto fixo do acampamento e tentei experimentar as mesmas emoções que senti da primeira vez que fiz o campo aparecer.

E assim, fritei as armas tecnológicas daqueles homens, tentando muito não fritar a armadura de Tony ou as armas da Nat.

Muito bem— Steve disse pelo comunicador. – Volte para a nave.

Avistei dois homens vindo na minha direção. Eles estavam armados com bastões que convenientemente não eram feitos de eletricidade.

— Acho que não – respondi para Steve.

Fui na direção deles. Quando me avistaram, se colocaram em posição de luta.

— Garotos, podemos fazer isso do jeito fácil ou do difícil – eu disse.

Os dois vieram na minha direção. Um tentou me atacar, mas eu parei sua mão no ar. Porém, o outro conseguiu acertar minhas costas, me fazendo cair. Mas me levantei rapidamente e joguei um deles contra o tronco de árvore, fazendo ele desmaiar. O outro pegou uma pistola do seu bolso e a apontou para mim.

Como eu ainda não sabia parar tiros, levei minhas mãos à cabeça. Ele me mandou ficar de joelhos e eu obedeci.

King, status – Steve esbravejava do outro lado.

— Quem são vocês? – O homem perguntou. Ele tinha um sotaque russo.

Olhei para ele revirei os olhos. Peguei a arma com a mão e torci seu braço fazendo ele soltá-la. Chutei sua barriga, fazendo ele urrar de dor. Então apaguei ele com um golpe que Nat havia me ensinado.

— É melhor fazer as perguntas quando seu alvo estiver desmaiado – disse, para o ar.

King! — Steve gritou do outro lado, fazendo meu ouvido doer.

— O que é?! – Gritei de volta.

Por que raios você não me respondeu?! — Ouvi ele derrubar alguém do outro lado.

— Eu estava ocupada! – Gritei de volta.

— Gente, vocês sabiam que esse canal é aberto? – Nat falou, nos fazendo perceber que toda a equipe havia ouvido nossa pequena discussão.

(...)

— Você podia ter respondido! – Steve esbravejou.

Já estávamos dentro do quinjet, voltando para a Torre. O cetro de Loki não estava naquele lugar, mas conseguimos prender alguns traficantes.

— Eu estava ocupada! – Gritei de volta.

Não conseguia entender porque Steve estava tão bravo. Ele estava começando a ficar que nem o Oliver.

— Sua missão era apenas destruir as armas e voltar para a nave – ele retrucou.

O resto da equipe nos observavam calados, mas eu sabia que Stark iria arranjar alguma piadinha para fazer depois.

— Então eu deveria ter deixado eles dois me matarem?! – Bufei, irritada.

— Você devia ter voltado para a nave!

— Eu não sou de fugir e você mais do que ninguém devia saber disso – apontei meu indicador no seu peito.

Ele bufou e me deu as costas. Oi? Ele realmente me ignorou? Sério? Se é assim que ele quer, então é assim que vai ser pensei, indignada com a atitude de criança que ele estava tendo.

Sentei-me em uma das extremidades do quinjet. Todos estavam em um silêncio ridiculamente estranho. Eu não conseguia entender aquelas atitudes do Steve. Tudo bem ficar um pouco estressado por causa da missão, mas não precisava descontar tudo em mim. Poxa, eu não ficava em Starling City por causa das atitudes que Oliver tinha comigo e ele estava querendo ficar igual ao Queen? Eu não era obrigada a aguentar aquilo.

Quando chegamos na Torre, não ajudei ninguém a descarregar as armas (confesso que foi um pouco de egoísmo, já que eu podia ter colocado todas no lugar sem precisar de ajuda) e fui para meu andar.

Tomei um bom e demorado banho. Coloquei um short jeans claro, uma camiseta branca que tinha a estampa da estátua da liberdade e um coturno marrom. E um óculos de sol apenas para não corre o riso de algum paparazzo me encontrar.

Como ainda estava de dia, resolvi sair para espairecer um pouco. Ficar no mesmo ambiente que o Steve não era uma ótima ideia naquele momento. Tinha certeza de que eu o jogaria para fora do prédio sem pensar duas vezes.

Então entrei no elevador, pedindo que ele não estivesse nele. E não estava. Mas Thor entrou logo em seguida. Ele usava óculos de sol, uma camisa cinza e um jeans surrado escuro.

— Vai sair? – Perguntei.

— Você vai? – Ele retrucou a pergunta.

— Vou – suspirei. – Não acho que preciso ficar no mesmo lugar que Steve agora.

Ele deu uma leve risada.

— Acho que eu preciso te contar uma coisa – ele suspirou.

Olhei para ele.

— Provavelmente será melhor se falarmos lá fora. Com Tony Stark aqui, nunca teremos privacidade – olhei para a câmera do elevador.

Ei! Isso é uma calunia contra a minha pessoa! — A voz de Tony se fez presente no ambiente.

Revirei os olhos, com um leve sorriso no rosto.

(...)

— Espera, o que?! – Engasguei com o milk-shake que eu estava tomando.

— Foi o que ele me disse – Thor deu de ombros. – Presumi que seria errado não dizer isso para você depois da briga que vocês tiveram no quinjet.

Estava realmente difícil de respirar naquele momento. Claro! Como eu nunca havia percebido aquilo? Estava tão óbvio...

— O que você acha que eu devo fazer? – Perguntei, um pouco atordoada.

— Acho que você sabe o que deve fazer – ele arqueou uma sobrancelha. – E muito obrigado por esse suco gelado tão bom! Como eu nunca tomei um desses?

— Se chama milk-shake – ri do seu exagero. – E você pode tomar o meu, tenho uma coisa para resolver – dei uma piscadinha para ele.

E ele entendeu o que eu quis dizer.

(...)

O elevador parecia querer demorar de propósito. Eu sabia que ele não iria a lugar nenhum, mas a minha pressa de falar com ele era maior do que o meu raciocínio.

— Ele me disse que está em um dilema. Sua cabeça diz que ele precisa afastar esse sentimento, mas seu coração implora por um beijo seu.

As palavras de Thor voltavam a minha mente como um flashback. Steve, apaixonado por mim. Era tão estranho perceber coisas que eu nunca tinha percebido. Entender as entrelinhas, finalmente.

— Seu Capitão te protege.

 A voz de Oliver, acusatória, também voltou a minha mente. Mas claro que ela voltaria. Ele amava estragar meus melhores momentos sem nem mesmo querer.

— O que foi? – Perguntei, quando notei seu sorriso.

— Nada, só estou feliz por ter te conhecido – ele respondeu.

Cada coisa que ele havia me dito e que nós havíamos passado juntos, parecia voltar a minha mente e martelar as palavras: você também está apaixonada por ele.

— Eu sei – devolvi o suspiro. – Vai ficar tudo bem Capitão – coloquei minha mão sobre a sua e a segurei. – Bucky tem sorte de ter você.

Claro que eu também estava apaixonada por ele. Como era tão imperceptível isso? Eu queria que ele estivesse por perto sempre e não conseguia imaginar como seria se um dia ele se afastasse de mim. Queria voltar para o meu mundo, mas sempre pensava em como sentiria sua falta.

— UOU – ele disse, boquiaberto. – Você está linda – ficou sem graça por causa da sua reação.

— Obrigada Capitão. Você também não está ruim – brinquei, arrumando a gola de sua camisa.

Quando cheguei em seu andar ele estava jogado em seu sofá, pensando em alguma coisa. Concentrado no teto de seu quarto.

— Vim aqui aceitar suas desculpas – eu disse em voz alta, fazendo ele me olhar.

Nós dois nos encaramos sérios por um longo tempo, mas logo rimos, porque não conseguíamos ficar bravos um com o outro. Fui até ele e o abracei.

— Nunca mais grite comigo – sussurrei. – Ou eu vou te jogar dessa Torre.

— Eu não duvido – ele sussurrou de volta.

Quando nos separamos, não pude deixar de notar como seus olhos ficavam bonitos tão de perto. Como eram calmos e diferentes dos que eu estava acostumada a olhar.

Uma mecha caiu dentro do meu olho, mas ele a afastou. Ele também me encarava. Desceu sua mão para a minha cintura e me aproximou dele. Olhei para sua boca e ele entendeu o recado. Uniu nossos lábios como um só. Então, eu finalmente entendi a letra daquela música.

Loving can hurt

Loving can hurt sometimes

But it's the only thing that I know

When it gets hard

You know it can get hard sometimes

It is the only thing that makes us feel alive

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? Ficou bom? Ficou Ruim? Devo apagar? Devo continuar? Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "No Mundo Das Séries" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.