No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 11
Lutar Como Um Mulher


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAHHHHHH OMG, RECEBI A PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO!!!!!!!!!
MUITO OBRIGADA SleepInTheGardenFan!!!! VOCÊ ESTÁ NO MEU CORE E ESSE CAPÍTULO É PARA VOCÊ!!
Bom, para as demais leitoras, desculpem pela demora!! E desculpem pelo capítulo estar tão curtinho, fiz ele às pressas só para não deixar vocês não mão!
Se estiver muito ruim, por favor, não me matem heheh
Enjoy!



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— À esquerda – Steve falou pela nonagésima vez quando ultrapassou o homem que corria com ele ao redor do lago. Eu não gostava muito de correr, por isso fiquei de longe observando. E quando eu digo de longe, quero dizer que eu estava voando em cima do Steve, porque, convenhamos, voar é muito melhor do que correr.

O homem que corria já estava ficando estressado com o fato de Steve estar ultrapassando ele tantas vezes. Chegava a ser engraçado. Eu sentia que ele era familiar, mas não conseguia me lembrar de onde.

— Não, fala não fala...

— À esquerda

— Qual e! – O homem reclamou quando Steve passou por ele mais uma vez.

Decidi descer para o chão e ir até onde Steve estava. Ele também havia parado de correr, assim como o homem, que estava quase morrendo, enquanto Steve estava apenas um pouco suado.

— Precisa de um médico? – Steve perguntou para ele, zombando do seu jeito exagerado.

— Preciso de pulmões novos – ele conseguiu responder entre uma respiração e outra. – Como você conseguiu aquilo?

— Não comecei muito bem – Steve reclamou da forma que correu, me fazendo revirar os olhos.

— Você tem razão. Vai lá dar outra volta, ah é, você já deve ter isso e voltado – o homem zombou.

— A cama ajuda muito – Steve comentou.

Eu me encostei na árvore, aproveitando a brisa enquanto os garotos falavam sobre as coisas do exército. E como tudo era melhor para Steve nesse século, por causa da internet e coisa e tal. O homem se apresentou como Sam Wilson e eu tinha certeza de que já havia ouvido esse nome antes.

— E você? Também e do século passado? – Ele perguntou, me trazendo para a conversa

— Sou de outro mundo na verdade – respondi, com um sorriso no rosto.

— Ah claro – ele desacreditou de mim.

Ia perguntar o porquê quando a Nat me mandou uma mensagem, dizendo que chegaria num instante para outra missão. E assim ela o fez.

— Oi garotos, algum de vocês sabe onde fica o museu? Eu vim buscar um fóssil – ela zombou de Steve.

Fui em direção ao carro, dando um leve aceno para Sam, que retribuiu. Steve logo entrou e nós partimos em direção a SHIELD para nossa missão.

(...)

O porta-avião estava um pouco cheio para o meu gosto, mas não era como se eu tivesse muita opinião naquele mundo. Natasha e Steve arrumavam as coisas em uma mochila, enquanto eu prendia uma faca reserva no meu pulso. Dei um jeito de deixa-la bem escondida.

— Vai fazer alguma coisa sábado à noite? – Ouvi Nat perguntar para Steve.

— Considerando que todos os meus amigos estão mortos, não – Steve resmungou.

— Obrigada – disse, sentindo o meu orgulho ferido.

— Oh, desculpe. A maioria dos meus amigos – Steve consertou.

— Você podia chamar a Kristen da estatística para sair – Natasha completou.

— É verdade, tenho certeza que ela aceita – ajudei Nat com essa.

— É por isso que eu não chamo – Steve disse, já indo em direção a porta de trás no avião.

Um dos agentes a abriu.

— Sem coragem? – Nat perguntou.

— Sem tempo – Steve disse, antes de saltar do avião.

— Ele é sempre tão dramático, né? – Comentei com ela, que riu, e depois pulei do avião.

Sentir o vento gelado da noite era algo muito bom. Era uma paz que eu podia me permitir ter por alguns segundos. Pena que eu tinha uma missão para seguir e não poderia aproveitar muito a queda livre.

Por isso, assim que cheguei próximo ao navio, peguei um impulso e comecei a analisar a lateral da embarcação. Não teria como eu parar ele apenas com as mãos. Além de não poder cruzar a fronteira, o navio estava cheio de agentes da SHIELD que estavam sendo mantidos como refém.

Assim que terminei de analisar o navio, fui até onde Steve e o resto da equipe estão. Cheguei a tempo de ouvir as instruções que Steve deu para todos, minha missão era ir até onde os reféns estão sendo mantidos e criar uma distração.

— E aquela sua vizinha que é enfermeira? Ela parece ser legal – Natasha insistiu e tive a pequena sensação de um dejà vú. 

— Vá para cabine de armas primeiro, me arrume um encontro depois – Steve ordenou, mas ele não estava bravo, apenas queria que a missão fosse cumprida.

— Sou multitarefas – ela brinca. – E além disso, Lucy me ajuda – ela deu uma leve risada e depois saiu.

— Não olha para mim, é você quem precisa de um encontro – eu disse, antes de sair voando.

Voei entre os decks, tentando não chamar muita atenção. Mas é inevitável não chamar atenção. Por isso, sou atacada por três homens. Empurro os três para trás com um movimento de mãos.

Entro por uma porta no corredor que leva até a cabine em que os agentes estão sendo mantidos reféns. Havia apenas um guarda, mas ele é muito grande, por isso, antes que eu pudesse jogá-lo pelo ar, ele me socou contra a parede, me fazendo sangrar.

— Lute como um homem e quem sabe você possa ganhar – ele cospe.

Eu olhei para ele com fúria nos olhos. Péssima escolha de palavras. Fui para cima dele, que se posicionou para um ataque, mas deixou as pernas abertas e eu passei por baixo delas. Levantei-me e comecei a correr em direção a porta, mas ele me puxou pelo cabelo e me jogou para trás. Bati minha cabeça com força na parede e me senti meio tonta, mas levantei a tempo suficiente de desviar do soco que ele iria me dar.

Segurei sua mão e peguei um leve impulso, me jogando para trás dele e torcendo sua mão. Ele grunhiu de dor e segurou a mão, aproveitei sua distração e chutei seu rosto, fazendo ele cair para trás. Subi em cima de sua barriga e comecei a socar seu rosto. E não parei até ver sangue. Uma vez que ele estava desacordado, sussurrei para mim mesma:

— Acho que prefiro lutar como uma mulher.

Continuei meu caminho, para criar a distração. Retirei do bolso do meu uniforme, uma granada de mão e a coloquei na porta da cabine onde os reféns estavam e me afastei o máximo possível. Minha missão estava concluída.

Depois de um tempo, os reféns, que já não eram mais reféns, passaram por mim, junto com os agentes. Uma outra explosão ressoa no navio, fazendo ele tremer um pouco. Merda pensei Steve vai estar de mau-humor.

(...)

O que aconteceu naquele dia, foi o seguinte: Nat tinha outra missão. E o Steve ficou com muita raiva em saber disso, porque, segundo ele, não se pode liderar uma equipe onde cada um tem suas próprias missões. Por isso, ele foi discutir com o Fury sobre isso.

Eu resolvi não ir. Não era a capitã da missão. Eu era só mais uma agente. Quando ele chegou no meu apartamento – que já havia virado praticamente sua casa – ele me explicou o que o Fury queria falar com ele. O projeto Insight e tudo mais. E isso ficou martelando na minha cabeça. Por que eu já havia ouvido falar do tal projeto?

— Tenho certeza que não vai dar certo – comentei minha opinião sobre o tal projeto. – Essas coisas de super-vilão nunca dão.

Steve riu, como se eu estivesse falando alguma bobagem.

— O problema é que ele não é um super-vilão – ele completou.

Meneei a cabeça, concordando com seu ponto de vista. Mas, droga, da onde eu lembrava do tal projeto?

— Que tal irmos visitar o museu do Capitão América? – Sugiro. – Fiquei sabendo que abriram ele faz poucos dias e que tem tudo sobre você lá.

Ele sorriu docilmente e me fez lembrar de um outro sorriso que era muito diferente do dele. Um que não demonstrava carinho ou gentileza. Apenas repreensão e intensidade.

— Por mim tudo bem – ele deu de ombros.

(...)

Com nossos disfarces (um boné para Steve e um par de óculos para mim), fomos para o tal museu. Estava cheio de gente lá, mas apenas um garotinho nos reconheceu. Ele ficou nos olhando, extasiado. Mas Steve colocou um dedo em frente a boca, em um gesto de como quem pede segredo.

Nós vimos toda a trajetória de vida do Steve, mas eu sabia que era mais do aquilo. Sabia que Steve sentia falta de seu tempo tanto quanto eu sentia falta do meu mundo. E que ele daria tudo para poder voltar.

Passamos pelo memorial do Buck, melhor amigo do Steve. Novamente, senti que já havia visto aquilo antes, em algum lugar, mas não comentei isso com Steve. Então, depois de termos visto cada lembrança de um passado um tanto triste, mas que ainda dava muitas saudades ao Steve, fomos ver um depoimento de Peggy Carter. Juro que Steve estava se segurando muito para chorar.

Entendia porque, afinal, aquela era a mulher pela qual ele havia se apaixonado. Eu não sei o que faria se um dia perdesse todos aqueles que amo... Espera, eu perdi.

No final, Steve quis visitar a Peggy no lar de idosos que ela estava. Fiquei assistindo de longe os dois conversarem e senti uma ponta de inveja deles. Apaixonados um pelo outro, mesmo depois de tanto tempo...

— O mundo está diferente, nenhum de nós pode voltar. Só o que nos resta é fazer o nosso melhor. E muitas vezes o nosso melhor é recomeçar – ela disse para ele, mas olhava para mim.

Não entendi no momento porque ela olhava para mim. Mas eu simplesmente sorri para ela. Foi quando ela teve uma crise e se esqueceu das coisas recentes de sua vida. Ficou feliz por Steve estar de volta e eu senti pena dela. Se esquecer das coisas recentes não devia ser algo bom.

— Não podia abandonar minha garota, não quando ela me deve uma dança – foi o que Steve disse para ela.

Virei meu rosto para o lado, impedindo que eles me vissem derramar uma lágrima. A cena era muito tocante. Parecia até mesmo o enredo de um filme.

Enredo de um filme pensei, analisando minhas palavras. Oh meu Deus, estamos no segundo filme do Capitão América! “O soldado Invernal”.


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Notas finais do capítulo

E então? Buck finalmente vai aparecer



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