No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 10
Eu Não Sei Dançar


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!!!
Demorei? Não né? Hahaha Bom, capítulo novo e muito empolgante para os que são a favor do casal KingxRogers ♥
Enjoy!



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— A missão é simples – Fury ditava para nós. – Vocês dois vão se infiltrar na festa como se fossem convidados. Embaixo da casa existe uma arma biológica que pode causar um estrago. Vocês devem pegá-la. Se cair em mãos erradas, a arma pode causar muita destruição.

Steve e eu havíamos sido chamados por Fury para essa missão que segundo ele era importantíssima. Tanto que ele precisou nos chamar para cumpri-la. Não que eu não goste – cada missão dessa me rende dois mil reais por hora – mas eu preferiria assistir algo na Tv.

— Onde e que horas essa festa é? – Steve perguntou, com os arquivos em mãos.

— Starling City, amanhã às oito – Fury respondeu me fazendo engasgar com a saliva.

— Starling City? – Perguntei, tentando entender suas palavras.

— Sim, algum problema? – Fury perguntou.

— Não, nenhum senhor – eu murmurei.

Steve pegou o resto dos arquivos, informações, passagens aéreas, identidades falsas, roupas e dinheiro para que a missão fosse completa. Nós partiríamos naquela mesma noite, por isso, logo que saímos da cede da SHIELD, fomos direto para o apartamento, pegar nossos trajes.

— Starling City não é onde o seu amigo vive? – Steve perguntou enquanto entrava em seu apartamento.

— É, é sim – respondi, olhando para o chão.

(...)

Chegamos na cidade pela parte da manhã. E foi quando descobrimos que não tínhamos um lugar para ficar até a festa da mesma noite. Fury não tinha alugado um quarto de hotel porque achou que poderia ser perigoso.

— E agora? – Steve perguntou.

Ele carregava uma mochila nas costas, onde estavam seu uniforme, as passagens aéreas, dinheiro e seu escudo.

— Acho que meu amigo não vai se importar se nós aparecermos por lá – suspirei, sabendo que aquilo era uma mentira das grandes.

Fomos em direção ao esconderijo de Oliver. A cidade parecia escura mesmo que ainda fosse dez da manhã. Não estava frio, mas poderia estar mais quente. E a calma e paciência de Steve eram notáveis. Ele ficou um pouco irritado com Fury por não ter nos dado um lugar para ficar, mas por algum motivo sua raiva não durou muito tempo.

Eu gostava de ficar olhando para seu rosto enquanto caminhávamos. Terno e acolhedor – além de lindo. O que qualquer mulher sonharia para ter. Afinal, quem não gostaria de se casar com o Capitão América? Tão doce e protetor. Tudo o que as mulheres precisam em um homem.

— O que foi? – Ele perguntou, me fazendo notar que eu estava olhando demais para ele.

— Nada – eu sorri, sem graça. – Só estava pensando em algumas besteiras – ele sorriu. – Como quer fazer isso? Eu distraio o pessoal, enquanto você pega a arma?

— Não – ele olhou para frente. – Acho melhor fazermos isso juntos. Não seria bom nos separarmos.

— Claro – concordei. – Não entendo como a crueldade do ser humano é tão grande a ponto de fazer uma arma para matar.

— Você não viu nada – seu semblante ficou sombrio. – O ser humano é capaz de coisas terríveis. Já estive em duas guerras que provam isso.

Fiquei calada. Sabia que esse assunto era algo que Steve não gostava de falar sobre. E eu também não gostava de falar sobre a crueldade humana.

— Chegamos – eu disse, apontando para a boate.

— Seu amigo mora em uma boate? – Ele perguntou, surpreso.

— Não, mas digamos que é quase isso – eu respondi.

Demos a volta no prédio e fomos para a entrada dos fundos. Eu estava cruzando meus dedos para que Oliver estivesse ali dentro. Não queria ser presa por invasão ou algo assim. Não que eu fosse ficar presa por muito tempo.

Entramos pela porta e entramos no esconderijo. Para a minha sorte, Oliver estava com Roy, Felicity, Diggle e Sara no esconderijo. Eles estavam conversando, por isso não notaram a nossa presença. Steve ia falar algo, mas eu fiz sinal para que ele fizesse silêncio.

— E como está a Lucy? – Sara perguntou.

— Ótima – Oliver respondeu, seco. – Ela e seu novo namorado não se desgrudam.

— Ele não é meu namorado! – Eu disse, entrando na sala com Steve ao meu lado, fazendo todos eles quase morrerem de susto. – Oi gente.

Diggle, Felicity, Sara e Roy tentavam se recuperar do susto. Mas Oliver apenas me encarava. Quer dizer, me fuzilava, ora olhando para o Steve e ora olhando para mim.

— Desculpe por entrar assim – Steve se pronunciou. – Mas nós precisamos de lugar para ficar apenas até o fim da noite.

Oliver olhou para ele e eu podia jurar que ele queria muito atacar o Steve. O porquê disso eu não sabia.

— Você deve ser o famoso Capitão América – Oliver se aproximou e os dois apertaram as mãos.

E ficaram apertando as mãos em uma disputa de olhares muito louca.

— Cara você é o Capitão América?! Você é foda! – Roy se empolgou.

Oliver soltou a mão de Steve para que ele cumprimentasse o resto do pessoal.

— Você pensou em ligar pelo menos? – Oliver começou a bronca.

— Foi de última hora – respondi, revirando meus olhos.

— E ainda traz esse cara para o meu esconderijo. E se ele contar meu segredo? – Oliver apontou para Steve que já tinha se juntado ao resto do pessoal para assistir nossa briga.

— Como se alguém da SHIELD ou dos Vingadores não soubesse quem você é – revirei meus olhos, sem paciência.

— Você não tem o direito de trazer alguém para cá sem antes me falar!

— Se quiser, eu vou embora e fico vagando por ai o dia todo!

— Agora que já trouxe, de que adianta ir embora.

— Você é um babaca, alguém já te disse isso?!

— Sim, uma mimadinha que se acha superior a razão já me disse – ele retrucou, se aproximando.

— Idiota – me posicionei bem perto de seu rosto, para encará-lo.

— Infantil.

Alguém pigarreou nos fazendo voltar a realidade. Eu estava muito perto de Queen, por isso dei alguns passos para trás.

— É sempre assim? – Steve perguntou para Diggle.

— Na maioria das vezes, sim – Ele respondeu.

Oliver se virou para treinar em um boneco de madeira que havia lá. Ele batia com tanta força, que fazia eco no lugar. Steve foi mantido ocupado por Diggle. Os dois ficaram conversando sobre alguma guerra ou estratégias do exército.

Sara teve que sair para encontrar Laurel e eu fiquei conversando com Felicity sobre as plantas do local em que iríamos ter a missão. E acabei por descobrir que eles teriam uma missão no mesmo local. Ótimo, tudo o que eu precisava era estar em uma missão com Oliver Queen falando no meu ouvido.

— Ele é lindo – Felicity disse, se referindo ao Steve. – Não que eu esteja reparando nem nada assim. Mas ele é. E você tem sorte de ter ele.

— Fel, ele não é meu namorado – eu disse, com a maior paciência do mundo.

— Oh – ela pareceu chocada. – Me desculpa, é que o Oliver fala tanto de como você anda namorando com ele que eu achei...

— Por que o Queen fala isso? – A interrompi.

— Sei lá – ela deu de ombros. – Mas de dez palavras que ele fala, dezenove são “King e Rogers”.

Dei risada do jeito que ela falou isso.

— Oliver Queen tem sérios problemas comigo – suspirei.

(...)

— Bem, estou pronta – disse, saindo do lugar escondido que eu havia ido para colocar meu vestido.

— Eu também – Steve disse, já com seu terno.

— Eu devo estar sonhando – Roy disse.

Acho que ele se referia ao fato de estar com dois vingadores bem ao lado dele. Oliver também estava em um traje elegante, assim como Felicity. O plano era que nós todos iriamos nos infiltrar na casa como convidados da festa e, assim que Diggle tivesse estudado as plantas da casa, Steve, Oliver e eu iríamos atrás da arma enquanto Felicity acionava os alarmes de incêndio, criando uma distração.

O plano era perfeito, se não fosse pelo fato de que eu e Oliver estávamos na mesma equipe.

Quando o horário certo chegou, nós saímos para a festa. Fel estava linda em um vestido azul claro. Eu usava um vermelho que tinha um decote em V. Steve estava lindo naquele terno. E o Oliver... Bem... Não posso dizer que ele estava feio apenas porque eu não gostava dele.

— Que engraçado – Felicity riu sozinha.

— O que? – Steve perguntou.

— Todos aqui são loiros com os olhos azuis, menos a Lucy – ela respondeu.

— É porque eu sou diferente – sorri para ela.

O carro em que estávamos era uma das limusines de Oliver Queen e Diggle era o motorista.

Demoramos alguns minutos para chegar e foram os piores e mais constrangedores minutos da minha vida. O silêncio era tão pesado que eu juro que, se eu esticasse minha mão, poderia tocá-lo.

Quando finalmente chegamos, Diggle foi estacionar o carro e nós quatro entramos na festa. Era uma festa linda, devo dizer. O lugar era enorme e estava cheio de pessoas ricas. Steve era meu parceiro, por isso eu estava com meu braço enlaçado no dele.

— Vamos nos misturar – Oliver disse, enquanto pegava uma bebida para nós. – E você não bebe.

Revirei os olhos e decidi não retrucar. Não estava no clima de beber de todo jeito. Nunca fui muito de beber.

— Quer dançar? – Perguntei a Steve.

— Eu não sei dançar – ele falou, meio envergonhado.

— Que fofo – Oliver foi sarcástico, me fazendo lançar um olhar mortal para ele.

— Eu também não – dei um sorriso gentil para Steve. – Vai me deixar pagar mico sozinha?

Ele sorriu e se deixou ser guiado por mim até a pista de dança. A música era All About Us do He Is We. Não era lenta e muito menos rápida, era uma melodia suave. Algo ótimo.

Coloquei minha mão em seu ombro devagar e ele colocou a sua em minha cintura. Ergui minha mão direita e ele ergueu sua mão esquerda e nós as unimos. Eu sorria alegremente para ele e por alguns minutos consegui esquecer que estávamos em uma missão.

Nós balançávamos de um lado para o outro sem falar uma palavra, apenas nos olhando sorridentes. E ele era tão lindo sabe. Como o céu quando ele está limpo. Como o barulho de um grilo em um dia de chuva. Como o cheiro que a chuva deixa nas árvores. Como uma cachoeira aonde um arco-íris termina. Simples e lindo, a sua maneira. 

— O que foi? – Perguntei, quando notei seu sorriso.

— Nada, só estou feliz por ter te conhecido – ele respondeu.

— Awwn – Oliver surgiu do nada, pregando-me um susto. – Vocês podem deixar o namoro para depois? Temos uma missão para cumprir.

Fiquei tão estressada que eu podia fazer a cabeça dele ir parar em um lugar que não bate sol. Mas apenas fiquei calada, o que era raro para mim. Não estava muito no modo de começar uma briga. Não na frente de todo mundo.

— Vamos, a Felicity vai disparar os alarmes e só temos treze segundos antes disso acontecer – ele disse, já nos arrastando para um dos corredores.

Andamos até o final deste, onde Diggle havia deixado nossos trajes na janela. A troca de roupas foi algo tão rápido que demoramos menos de um minuto. E, logo que estávamos com nossos trajes e máscaras, o alarme de incêndio foi disparado. Enquanto o pânico se instalava no salão, nós passamos pelos corredores até chegarmos em uma porta que dava para o porão. Abri a fechadura com um mover de mãos e nós entramos. A escada era bem iluminada e mais tecnológica do que devia ser. Quando ela terminava, um corredor longo se mostrava presente.

Andávamos cautelosamente. Cada câmera eu destruía com minhas mãos, não sem antes dar um pequeno tchau, deixando bem claro que eu tinha feito aquilo junto com o Capitão América e o Arqueiro. No final do corredor, havia uma porta branca – que eu também destravei – onde a arma estava escondida. Pegamos ela e voltamos pelo corredor. Foi até fácil. A única coisa contra a qual tivemos que lutar foram sete guardas, mas eu deixei os meninos fazerem isso porque não estava com vontade de bater em alguém.

Então, quando saímos da casa, Felicity fez questão de apagar todas as imagens de segurança, mesmo que eu tivesse falado para ela que não era necessário.

(...)

— Já tem que ir? – Felicity estava um pouco triste. – Você podia ficar mais um pouco. As coisas que estão acontecendo por aqui são bem malucas...

— Desculpe, mas não posso – a abracei. – Tenho um emprego. E uma equipe também.

— Você sempre fará parte da nossa equipe – Diggle disse, me abraçando também.

Steve e Oliver conversavam no canto da sala. Pareciam ter uma pequena discussão, mas eu não sabia dizer se sim ou se não, porque eles falavam muito baixo.

— Não deixem Oliver se meter em confusão – eu disse, ainda olhando para aqueles dois.

— Isso é impossível – Felicity disse, me fazendo rir.

— Cadê o Roy? Achei que ele iria querer se despedir do Capitão América – Diggle perguntou, dando ênfase as últimas palavras.

— Ele já nos fez tirar uma foto com ele – eu disse, sorrindo ao lembrar do pedido dele. – Acho que está bem feliz com isso.

Diggle e Fel deram risada.

— Onde está a Sara? – Perguntei, sentindo falta dela.

— Não sei – Fel deu de ombros – por aí.

Oliver e Steve finalmente terminaram a conversa. Eles pareciam um pouco tensos, mas resolvi não perguntar o porquê. Não era da minha conta.

— Tchau Queen – eu disse, quando eles se aproximaram da gente.

— Até mais King – ele respondeu, apertando minha mão.


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Notas finais do capítulo

Então??



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