Procurando por Você escrita por vanessa_56


Capítulo 9
Capítulo 9 - Noite produtiva


Notas iniciais do capítulo

N/A:

Oie, gente!

Tô de volta aqui. Sei que demorei – de novo –, mas acho que isso não é mais uma novidade para ninguém, não é? Mas aí está! Nos vemos no final do capítulo.

Ah! Antes que eu me esqueça, esse capítulo possui LEMONS! Cada um sabe o que lê, então já estão avisados. Quem não gosta, espere pelo próximo capítulo pois não afetará a leitura.



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PROCURANDO POR VOCÊ

 

Capítulo IV - Noite produtiva

 

P.O.V. Edward

 

Eu a acompanhei até a área VIP, onde ela disse que estava sua mesa, para que pudéssemos pegar sua bolsa e, assim, sairmos dali rumo ao meu quarto de hotel. Durante todo o pequeno trajeto, eu me recusei a me separar dela, mantendo-me às suas costas, com meus braços cruzando sua barriga em um abraço possessivo, sempre distribuindo beijos por todo seu pescoço. Cada vez que meus lábios tocavam sua pele, seu corpo tremia levemente.

 

– Dá para parar?

 

– Com o quê? – perguntei com minha melhor voz de inocente.

 

Eu já havia notado o quão sensível ela parecia ser aos meus toques. Toda vez que eu falava perto de seu ouvido, sua pele se arrepiava. Quando minhas mãos a acariciavam, seu corpo estremecia com o contato. A cada ato meu, seu corpo respondia prontamente. Eu estava deliciado de saber que podia causar esse efeito nela, isso significa que ela também não é imune a essa tensão sexual que nos envolvia.

 

Bella bufou irritada e tentou se afastar um pouco de mim, mas ela não parecia realmente querer criar uma distância entre nós. Apenas, ao que tudo indicava, não gostava de ser contrariada ou tão vulnerável nas mãos de uma pessoa como parecia que acontecia quando estava em meus braços. Dava para perceber isso em sua postura entregue, embora ainda relutante. Ela não gostava de se ver sobre o controle de outra pessoa e estava começando a ficar vermelha de raiva.

 

Mas antes que ela pudesse fazer mais uma tentativa fraca e despropositada de fuga, meus braços a puxaram para mais próximo, para logo depois assoprar em seu pescoço.

 

– Você tá arrepiada? – perguntei, incrédulo, enquanto reprimia uma risada. Ela ficava ainda mais atraente quando estava irritada.

 

– Tô! Agora você pode esperar até sairmos daqui?

 

Aquela postura enfezada de quem está perdendo a paciência me deixou ainda mais louco de desejo por ela do que antes. Ela era simplesmente tentadora demais irritada. Eu a puxei para um beijo abrasador, demonstrando todo o desejo que eu sentia por ela naquele momento. Apertei seu corpo contra o meu e deixei minha língua explorar cada canto de sua boca, escutando um gemido baixo como resposta. Tive que me lembrar que ainda estávamos em público e, mesmo não querendo, encerrei aquele beijo.

 

– Agora sim. Vamos logo, antes que eu te agarre aqui mesmo – disse a ela, sentindo sua respiração vindo em arquejos a minha frente.

 

Ela assentiu ainda meio perdida, apenas me guiando até onde estava sua bolsa para sairmos logo dali.

 

Ao nos aproximarmos da mesa, encontramos um casal bem empolgado se divertindo juntos. A mulher, morena de cabelos cacheados e pele bronzeada de sol estava aos beijos com um homem de cabelos escuros bem curtos. Eles não pareciam se importar nem um pouco em estar em um lugar público, muito pelo contrário, pareciam até motivados.

 

Eu fiquei assistindo meio abobalhado com a forma que eles pareciam se devorar ante meus olhos.

 

– E CORTA! – gritou Bella, deixando-me surpreso – A cena do filme pornô de vocês ficou muito boa, pena que o cinegrafista esqueceu de ligar a câmera. Mas vamos ao que interessa. Preciso de um favor, Any.

 

Eles apenas sorriam como se não tivessem sido eles que foram pegos em plena sessão de amasso. Continuaram abraçados intimamente enquanto suas atenções se focavam em Bella, temporariamente.

 

– Manda – incentivou a mulher, olhando para Bella.

 

– Eu não acho que elas vão se lembrar de mim, mas se qualquer uma das meninas perguntar por mim, diga a elas que eu já fui e que não é para se preocuparem.

 

A garota, Any, enfim percebeu que Bella não estava sozinha. Ela lançou olhares significativos de Bella para mim numa pergunta muda, mesmo sendo evidente o que nós faríamos depois que saíssemos daqui.

 

– Não vai dormir em casa hoje não, Bella? – perguntou ela, com um tom excessivamente sugestivo.

 

Bella revirou os olhos, se recusando a responder a pergunta óbvia que lhe foi feita. A única coisa que ela fez foi corar. Não parecia que ela estava com raiva. Na verdade, ela desviava o olhar, evitando o casal a nossa frente como se estivesse... embaraçada com a situação. Ela estava com vergonha?

 

Eu não entendi o porque daquilo, mas acho que não seria nada demais deixar tudo mais claro. Então, com uma voz rouca e um sorriso repleto de malícia, eu respondi.

 

– Não se depender de mim.

 

De uma forma que eu achava ser impossível, Bella ficou ainda mais vermelha. Mesmo com a escuridão do lugar, eu pude ver seu rosto se tornar cada vez mais vermelho e ela olhava para todos os lados, se recusando a olhar para sua amiga.

 

Any sorriu para ela, lançando uma piscada de olhos e mexeu os lábios sem emitir som algum quando Bella olhou em sua direção.

 

– Divirta-se – e então soltou uma risadinha.

 

Com certeza iremos, afirmei em pensamento, já imaginando eu e ela em meu quarto.

 

Bella pegou sua bolsa que estava em cima da mesa com pressa, tentando fugir dali. Ela pegou minha mão e começou a me guiar para fora do clube.

 

– Já estamos indo – disse já se afastando – Ah! Onde estão Michelle e Carlos? Eles já foram?

 

– Acho que não. Devem estar no banheiro – disse o homem que acompanhava Any.

 

– É – concordou ela – Eles têm uma tara por banheiros públicos – acrescentou.

 

Banheiro! Claro, como eu não havia pensado nisso antes? Seria sem dúvida muito mais rápido do que esperar chegar até meu carro alugado e leva-la até o hotel a algumas quadras.

 

– Nós podemos ir para lá também – sussurrei baixinho em seu ouvido apenas para saber sua reação a minha proposta.

 

Tenho que admitir que foi uma cena realmente cômica ver Bella arregalar os olhos de uma forma impossível, aparentando que eles sairiam de suas órbitas e rolariam pelo chão da boate apenas ao me ouvir sussurrar aquela proposta em seu ouvido.

 

Sua pele, que antes começara a clarear, novamente ficou vermelha, só que dessa vez de uma forma ainda mais intensa e um pequeno som de engasgo saiu de sua garganta, como se ela estivesse sufocando por falta de ar.

 

Após alguns poucos segundos, ela pareceu mais recomposta e respondeu em uma voz fraca e falha.

 

– Não, obrigada. Fica para uma próxima.

 

– Olha que eu vou cobrar, hein.

 

Assim que eu lhe disse isso, seus olhos se arregalaram um pouco e seu olhar tornou-se ligeiramente desfocado, como se estivesse visualizando algo – invisível para mim – a sua frente. Não fazia ideia do que se passava por sua mente, mas imaginei que não era algo puro e inocente considerando o leve rubor que se apoderou de sua face e o pequeno – quase imperceptível – sorriso malicioso que ela deu.

 

Ela balançou a cabeça rapidamente e sua atenção voltou ao meu rosto.

 

– Vamos antes que eu mude de ideia?

 

Sem mais nenhuma palavra, nós dois já estávamos do lado de fora da boate, caminhando em direção ao estacionamento um pouco mais a frente onde estava o carro que eu alugara hoje mais cedo.

 

Já procurando a chave do carro no bolso da minha calça, eu percebi que a morena deslumbrante que me acompanhava acenava para um táxi e caminhava em direção a este, se afastando rapidamente de mim. Antes que ela desse mais um passo, eu segurei seu braço esquerdo. Seu rosto se virou para o meu com uma pergunta muda no rosto.

 

– Achei que fosse comigo.

 

– E vou – afirmou, ainda aparentando confusão.

 

– Então, para que o táxi?

 

– Nós vamos a pé? – indagou com a voz uma oitava mais alta.

 

– Você é tão absurda! Meu carro está estacionado ali – indiquei o estacionamento do outro lado da rua.

 

– Vamos de táxi.

 

Eu não podia acreditar na criatura teimosa que estava na minha frente. Havia acabado de dizer que estava de carro e ela estava mais do que disposta a ir de táxi. Incrível. Qual o problema com meu carro?

 

– Dirigindo o carro, suas mãos vão estar muito ocupadas com o volante e seus olhos com a estrada. Já de táxi... – ela se interrompeu, deixando óbvio sua intenção no sorriso sugestivo.

 

– Vamos de táxi. Pego meu carro amanhã.

 

Dane-se! Para que me preocupar? O carro não é meu e, se acontecer algo, eu paguei pelo seguro.

 

Pegamos o táxi e, nos poucos minutos em que estivemos lá, fiz questão de aproveitar cada segundo que estive perto dela. Por algum motivo que eu ainda não entendia, seu corpo clamava pelo meu em um grito mudo em minha mente. Quanto mais perto eu ficava, menos eu queria me afastar. Era como se um instinto primitivo, até então desconhecido, fosse despertado e regesse meu corpo para que eu seguisse meus instintos mais básicos e pecaminosos.

 

Em poucos minutos eu cheguei ao meu destino e, antes que eu pudesse piscar, Bella já estava do lado de fora do táxi me esperando pagar a corrida. Ia perguntar se havia algum problema, mas ao analisar o sorriso sacana do taxista e o rosto corado de Bella, eu podia ter uma noção do motivo por trás da pressa.

 

Quando percebi que ela ia discutir comigo sobre a corrida do táxi, eu apenas neguei e a abracei possessivamente pela cintura em direção ao hotel.

 

Vi que o elevador estava descendo e a qualquer minuto estaria no térreo, então puxei Bella até a recepção para poder pegar meu cartão do quarto e então, aproveitarmos a noite.

 

Ignorei os olhares pouco profissionais da recepcionista e, enquanto ela teclava algo em seu computador, meus olhos se focaram na blusa de Bella. Estava um pouco amassada e fora do lugar devido à sessão amasso-no-banco-traseiro-do-táxi, então seu decote pequeno estava um pouco deslocado, me dando uma visão mais do que perfeita de seus seios.

 

Aqui, em um ambiente mais bem iluminado, eu pude apreciar melhor as formas do corpo pequeno e perfeito a minha frente.

 

Sua pele, como eu pensava, era branca e de aparência suave e macia, convidativa as minhas mãos e boca. O corpo era tão, ou talvez mais, atraente do que eu notara. Ela parecia possuir as medidas exatas para torna-la uma mulher sensual, sem nada a mais ou a menos. Os seios nem grandes nem pequenos, a cintura fina em contraste com o quadril redondo e as pernas longas e torneadas.

 

E seu rosto... Era encantador. Os traços leves e delicados reafirmavam aquela aura de inocência e pureza que eu já havia notado antes. Sobrancelhas finas e bem feitas sobre os olhos mais brilhantes e intensos que eu já vira. Aqueles orbes chocolates eram a característica mais marcante de seu rosto, destacados por cílios longos e naturais que faziam sombra em suas bochechas rosadas.

 

Mas talvez eu estivesse enganado sobre algo. Seus olhos eram realmente intensos e escondiam um universo que eu jamais seria capaz de decifrar, mas ainda havia algo que se sobressaia a eles. Os lábios. Vermelhos e cheios. Uma verdadeira tentação a qual eu não fazia a menor questão de resistir.

 

Quando percebi que a recepcionista me chamava, nem ao menos notei seu rosto. Peguei o cartão ainda olhando os lábios de Bella, vislumbrando o exato momento em que a ponta de sua língua correu pelos lábios secos. Senti meu corpo estremecer com aquela visão. Envolvi novamente seu corpo com meus braços e, de repente, me senti sendo agarrado ali mesmo. Em frente à recepção, Bella me deu um beijo que me deixou em uma situação um pouco constrangedora para quem olhasse mais ao sul, mas mesmo assim não me importei. A única coisa que me permiti fazer foi corresponder o beijo com a mesma urgência que ela.

 

Já estava tarde – passava das duas e meia da manhã – e não havia mais ninguém além de nós dois no elevador, e isso era perfeito. Em um rápido movimento, eu a prendi entre a parede do elevador e meu corpo, a beijando de uma forma violenta. Eu a queria e estava pouco me importando com a câmera filmando a forma como eu a agarrava ali. Ela correspondeu à altura, suas mãos me abraçando e apertando meus braços enquanto um gemido escapava ocasionalmente.

 

Em um determinado momento, ouvia a porta dos elevadores se abrirem e comecei a conduzir para fora. Girei a esquerda e seguimos pelo corredor deserto. Beijos eram dados por mim e, a cada vez que precisávamos respirar, eu desviava meu foco para seu pescoço.

 

Por todo o percurso, Bella manteve os olhos fechados enquanto eu a guiava até o meu quarto. Eu acho que ela nem ao menos percebeu que estávamos andando até que fora imprensada novamente por mim, mas dessa vez contra a porta do meu quarto. Tateei a porta até achar a fechadura e introduzi o cartão de acesso com apenas uma mão, a outra estava firmemente posta nas costas de Bella, a mantendo contra meu corpo. Quando ouvi o barulho que indicava a abertura da porta do quarto, a conduzi para dentro com pressa.

 

Estávamos tão afobados, ou pelo menos eu estava, que acabamos não olhando por onde pisávamos. Não sei ao certo em que, já que não havia nada no nosso caminho, mas Bella tropeçou logo na entrada do quarto. Para evitar uma queda, escoramo-nos na parede e gargalhamos de nossa pressa. Era incrível como um simples fato como esse fosse capaz de nos fazer rir tanto quanto rimos; acho que a bebida nos deixou muito mais leves e desinibidos do que se estivéssemos sóbrios.

 

Mas nem mesmo a risada foi o suficiente para quebrar o clima que havia entre nós, porque no segundo seguinte nossas bocas devoravam uma a outra com a mesma ânsia e urgência. Senti quando Bella tirou os sapatos, pois, sem os saltos, ela era bem mais baixa do que eu. Então, enlacei meus braços em sua cintura e suspendi seu corpo até que ela estivesse da mesma altura que eu, para não ter que ficar curvado, facilitando assim meu acesso ao seu pescoço.

 

À procura de apoio, ela envolveu minha cintura com suas pernas, cruzando os tornozelos em meu quadril, e eu sustentava o peso do seu corpo com as mãos sobre sua bunda, massageando e apertando, a fazendo arfar constantemente.

 

Eu a coloquei novamente contra a parede, pressionando meu corpo contra o seu, não deixando nem um único espaço entre nós. A nova posição fez com que nossos sexos se encontrassem, arrancando gemidos de ambos que foram abafados por beijos cada vez mais desesperados.

 

Daquela forma, eu consegui equilíbrio o suficiente para que minhas mãos novamente vagassem sem rumo certo por seu corpo. Toda a lateral de seu corpo foi explorada e, quanto mais próximo aos seios eu chegava, mais alto ficavam seus gemidos.

 

Eu passei as mãos pela barra de sua blusa e a retirei, jogando-a por cima dos meus ombros e deixando cair em um canto qualquer atrás de mim, revelando seu sutiã de renda preto. Beijei cada milímetro da pele agora exposta, enquanto ela lutava com minha camisa, puxando-a para cima.

 

– Te agrada? – perguntei, ao notar que sua atenção estava inteiramente

focada em meu peito já livre da camisa.

 

– Muito – sussurrou com a voz rouca de desejo.

 

– A minha vista também é muito agradável.

 

E não era mentira. Sem nenhum pudor, eu a devorei com os olhos. Pude notar que ela ficou constrangida ao perceber que estava sendo milimetricamente avaliada por mim, mas não parecia desconfortável com isso.

 

– Linda – disse, dando um beijo rápido em seus lábios tentadores – Cheirosa – respirei findo contra a pele de seu pescoço, onde eu sentia um suave perfume de lilás e o odor de morangos vindos de seus cabelos – Perfeita – e mais um beijo que nos deixou sem ar.

 

Eu distribuí beijos por todo o seu rosto, mordendo meu queixo, e descendo para o pescoço. Meus beijos faziam gemidos baixos escaparem de seus lábios de forma entregue ao prazer, mas eu queria mais. Sem me deter, continuei descendo por seu colo até encontrar os seios cobertos por seu sutiã de renda preto. Uma mordida no seio esquerdo dela e eu senti seu corpo estremecer violentamente. Suas costas arquearam, se desencostando da parede e um ofego alto foi ouvido por mim.

 

O desejo que eu sentia estava cada vez mais forte e intenso. Meu membro se contorcia dentro de seu confinamento, implorando para alcançar o máximo de prazer que eu poderia encontrar. E Bella não parecia muito diferente de mim. Ela já não se controlava mais e agora estava tão – ou talvez mais – ávida do que eu nas carícias e toques.

 

Lutando contra o impulso de penetrá-la de uma vez ainda contra aquela parede, eu a carreguei pelo quarto, com seu corpo ainda firmemente agarrado ao meu, e a empurrei delicadamente até estar deitada na cama.

 

Não pude perder o tempo que eu gostaria apenas para ver e apreciar seu corpo. No segundo seguinte eu estava pairando sobre ela, com meu corpo apoiado sobre meus braços para evitar que meu peso ficasse desconfortável para ela. Minha mão logo estava sobre fecho frontal de seu sutiã, quando ela tentou me impedir. Sem entender, fitei seu rosto para entender o que havia de errado. Ela queria parar?

 

– Edward – sussurrou ela, também me encarando, seu rosto com uma expressão séria e apreensiva.

 

Eu não fazia a mínima ideia do que poderia ter provocado aquela mudança brusca de comportamento. Eu não havia feito nada que até então ela não quisesse. Ou teria?

 

– Eu quero isso – sussurrou baixinho, alisando meu peito para dar ênfase ao que dizia e eu lutei contra a vontade de ataca-la quanto senti suas unhas pequenas me arranhando levemente –, mas você precisa saber que eu não tenho muita experiência no assunto.

 

Ela mordeu os lábios e deu uma risada curta e sem humor, mas eu não estava realmente prestando atenção. A única coisa que eu via agora era os lábios inchados e vermelhos a poucos centímetros do meu rosto e que pediam – ou imploravam, melhor dizendo – por um beijo meu. Tentei me focar no que ela estava dizendo, mas as palavras não pareciam ter sentido algum para mim. Provavelmente notando minha expressão de confusão, ela soltou um suspiro resignado e explicou-se melhor.

 

– Na verdade, eu não tenho experiência nenhuma no assunto – disse, destacando a palavra "nenhuma" de uma forma diferente.

 

Passei a analisar o sentido da palavra junto à frase e, aos poucos, a compreensão me atingiu rápida e certeira. Só havia um único sentido no qual eu conseguia pensar e, definitivamente, não era o que eu esperava. Eu não sabia o que esperar, mas, com absoluta certeza, não era isso.

 

Virgem.

 

A palavra pipocava em minha mente, me deixando atordoado. Ela não parecia assim tão jovem ou inexperiente. Era possível que ela nunca tenha feito sexo realmente ou eu apenas havia entendido erroneamente suas palavras?

 

– Quer dizer que você é...? – me recusei a terminar a frase, não realmente acreditando que isso pudesse ser verdade.

 

Eu cheguei até mesmo a pensar que era algum tipo de brincadeira, mas o olhar envergonhado e o rosto corado de Bella já eram respostas suficientes. Como se não bastasse isso, sua cabeça balançou minimamente, assentindo a minha pergunta.

 

Rolei para o outro lado da cama, me afastando dela para pensar em outra coisa que não fosse o fato de ela ainda estar na minha cama. Era uma tarefa difícil focar minha atenção em outra coisa que não fosse as curvas do corpo dela e, nesse momento, eu precisava pensar com a cabeça de cima, não a de baixo.

 

E, quando começo a enxergar algo com clareza através da neblina do desejo e luxúria, ela se levanta da cama e senta em meu colo.

 

Eu tive que respirar fundo, mantendo meus olhos fechados. Era um esforço sobre humano me manter longe de seu corpo. Eu não podia simplesmente ignorar o fato de que ela era virgem. Não que eu tivesse algo contra, mas havia várias coisas a se considerar quando a situação envolve um termo como esse. Ela queria mesmo transar com um homem que ela nunca vira em sua vida?

 

– Edward... – ouvi sua voz me chamar, mas não respondi.

 

– Ei! – forçou meu rosto a virar na direção do seu quando me afastei.

 

Eu estava a todo o custo tentando manter minha razão. Não era justo fazer nada com ela. O mais provável seria que na manhã seguinte ela acordasse de ressaca e se arrependendo amargamente do que aconteceu entre nós – isso se lembrasse de algo. Eu fui criado melhor do que isso e não me aproveitaria dela dessa forma.

 

– Eu quero você – disse ela em uma voz bem baixa, mas firme, com o rosto colado ao meu – Quero de uma forma que não quis ninguém antes.

 

Eu sabia que era errado, mas não pude resistir ao ouvir seu pedido. Por mais insano que fosse eu tirar a virgindade de uma garota que eu mal conheço, a razão de nada valeu nessa hora. O que era verdadeiramente importante para mim naquele instante era sentir seu corpo contra o meu, nossos suores se mesclando enquanto ouvia sua doce voz gemendo meu nome.

 

Quando as imagens de nós dois nus sobre essa cama se formaram em minha mente e eu estava plenamente ciente de sua proximidade, nada pude fazer contra. As palavras faladas por ela há poucos instantes martelavam em minha cabeça, provando que não havia nada de errado nisso. Ela queria, certo? Qual era o mal de eu lhe dar aquilo que ela desejava?

 

Ela me olhou de uma forma intensa. A determinação era evidente naquele mar de chocolates que eram seus olhos, mas também encontrei uma gama de sentimentos. Dentre eles, a luxúria. O desejo era gritante em seus olhos. As pupilas dilatadas tornavam seu olhar ainda mais intrigante e cativante. Quando dei por mim, já estava envolvido naquela imensidão desconhecida.

 

Senti uma leve pressão em meus lábios, quase como uma carícia, e percebi que Bella estava me beijando.

 

Ela me beijou, de forma tímida e contida, mas beijou. E eu não pude ignorar. Pondo de lado todo meu debate interno, no lugar da confusão, a certeza se firmou em mim e retribuí o beijo ansiosamente.

 

Um beijo calmo e sereno foi compartilhado por nós dois, mas era claro que isso não bastava. Em menos tempo do que eu achava ser possível, já estávamos nos beijando intensamente. Línguas trocavam carícias cada vez mais íntimas, se conhecendo e explorando como nunca antes.

 

Em um ato claro de incentivo, ela pegou minha mão e a colocou sobre o fecho do seu sutiã, num pedido silencioso para que eu a livrasse daquela peça de roupa que agora nos parecia muito inconveniente. Não dei tempo para que ela me pedisse uma segunda vez e, no instante seguinte, o mais belo par de seios que eu já vira estava exposto para mim. Pode parecer exagero de minha parte, mas era verdade. Eles eram perfeitos os meus olhos. Nem grandes, nem pequenos. Mas sim na medida exata para minhas mãos. Seus mamilos rosados combinando perfeitamente com a pele branca deixaram minha boca seca.

 

Bella mordeu os lábios de forma apreensiva quanto corava de vergonha. Bobinha. Perfeita do jeito que era, deveria ser mais confiante. Não é qualquer uma que pode deixar alguém do jeito que eu fiquei apenas olhando para seus seios. Imagine a hora que eu envolvê-los em minha boca, provando o gosto de sua pele...

 

Um sorriso bem malicioso surgiu em meu rosto e eu não esperei nem mais um segundo para fazer aquilo que eu mais desejava. Beijei sua boca novamente e, quando o ar se revelou realmente indispensável, realizei o percurso que me levaria a perdição. Queixo, maxilar, pescoço, clavícula e, finalmente, seus seios.

 

Um beijo curto e estalado foi dado por mim apenas para saber qual seria sua reação e, quando ela arqueou o corpo de encontro ao meu rosto, um sorriso de satisfação se formou sem que eu percebesse.

 

Impaciente demais para continuar com brincadeiras, eu envolvi seu seio esquerdo com minha boca a levando à loucura. As mãos pequenas e delicadas de Bella encontraram caminho por meus cabelos onde ela puxava cada vez mais forte à medida que eu colocava mais pressão em meus toques. Minha língua brincava com seu seio esquerdo, enquanto o direito era massageado por minha mão, conseguindo arrancar um gemido consideravelmente alto dela.

 

– Edward...

 

– Pra que pressa, Bella? – perguntei enquanto a deitava na cama.

 

Movi minhas mãos para o botão de seu jeans e, logo depois, ele repousava no chão do quarto, junto com as demais peças. Também tirei minha calça e percebi que Bella me seguiu com seus olhos. Ela ofegou e se contorceu minimamente na cama olhando para meu corpo, apertando as coxas à procura de alguma fricção.

 

Olhei para seu corpo estendido na cama e apreciei a visão. Ela era ainda mais sensual do que eu imaginava.

 

Voltei para a cama e distribui beijos por todo o seu corpo, começando pelas pernas e só parando quando cheguei até sua calcinha – a única peça de roupa que me impedia de ter a melhor ilustração da perdição do homem na terra.

 

Para não perder tempo, eu rapidamente removi a peça e voltei a me deitar sobre ela, meu rosto novamente à altura do seu. Beijei sua boca mais uma vez enquanto acariciava seu sexo quente e úmido. Eu já podia imaginar seu calor me envolvendo e senti meu membro estremecer ante a futura sensação.

 

O polegar massageando seu clitóris inchado e sensível, e o outro brincando com sua entrada. Eu a estimulei ao máximo, sempre recebendo como respostas lamúrias e choramingos por mais.

 

– Edw...

 

Ela tentou falar algo, mas meu dedo a penetrou nesse exato instante e a única coisa que saiu de seus lábios foi um gemido alto e seu corpo começou a se mover contra minha mão.

 

Movimentei meu dedo ora rápido ora devagar, sempre me guiando por suas reações. Em um determinado momento, ela começou a ficar mais agitada e, em resposta a seus pedidos por mais, eu introduzi outro dedo, aumentando o ritmo das investidas.

 

Novamente abocanhei seu seio e pude perceber que ela estava próxima ao orgasmo. Seu corpo tremia visivelmente e o aperto de seu sexo em torno de meus dedos ficou mais forte. Seus músculos se contraíram e seus olhos se fecharam quando o orgasmo a atingiu. Os lábios cheios se abriram em um grito estrangulado.

 

Deixei Bella na cama enquanto ela tentava respirar normalmente – sem obter sucesso algum –, eu peguei minha calça no chão e busquei um preservativo que sempre carrego comigo na carteira para situações como essa. (N/A: Sexo seguro, gente! Não precisava nem dizer, né?). Quando virei em direção à cama, um par de olhos castanhos me encarava fixamente, mas seu olhar estava direcionado não para meu rosto e sim ao meu membro ainda preso na boxer preta que eu usava.

 

– Perdeu algo, Bella? – perguntei enquanto reprimia uma gargalhada.

 

– Hã?

 

Sem me controlar, eu ri da situação e ainda mais quando seu rosto corou absurdamente. Tirei minha boxer e coloquei a camisinha frente a ela, estudando seu rosto e suas reações. Ela ficou com o olhar meio perdido, fora de foco, mas captando cada movimento meu. Sua língua passou por entre os lábios inchados de forma automática. O olhar que eu encontrei era de pura e selvagem luxúria.

 

Seus olhos vagavam o tempo todo, me medindo detalhadamente e, quando a camisinha já estava posta, voltei a me deitar na cama com seu corpo sob o meu.

 

Nossos rostos estavam muito próximos e nossas respirações ofegantes se mesclavam.

 

– Pronta? – perguntei baixinho.

 

Ela acenou a cabeça e ondulou seu corpo ao meu enquanto eu me posicionava entre suas pernas. Sem em nenhum momento romper contato visual, eu a penetrei lentamente.

 

Pouco a pouco, meu membro foi envolvido por seu sexo quente e úmido. Quando chegou a barreira de sua virgindade, eu não hesitei, mas continuei a penetrando com calma. Eu podia notar em seu olhar o desconforto inicial que ela sentia, mas não fez nada além de soltar um gemido baixo de dor.

 

Esperei pacientemente que ela se acostumasse em me ter dentro de si, mas foi uma tarefa árdua. A única coisa que eu queria era investir contra ela com força até que eu gozasse e lutar contra esse ímpeto não foi fácil. Beijava seu pescoço, mordiscava seus ombros, acariciava seus seios e mordia o lóbulo de sua orelha, ficando imóvel dentro dela, para distrai-la da dor até que seu corpo se acostumasse àquela nova sensação.

 

Alguns segundos depois – que pareceram uma eternidade para mim –, eu notei que ela já não sentia a dor como foco principal. O vislumbre de prazer em seus olhos foi confirmado quando seu corpo se mexeu embaixo de mim e seus quadris se moveram de encontro ao meu.

 

Fechei os olhos e respirei fundo, me obrigando permanecer são. Iniciei meus movimentos, entrando e saindo devagar para evitar qualquer desconforto para Bella. Mas eu não precisei me controlar muito.

 

Pouco tempo depois, ela enlaçou suas pernas em minha cintura e começou a erguer seu quadril de encontro ao meu. Naquela nova posição eu podia ir ainda mais fundo, arrancando gemidos de ambos. A voz dela – mais rouca e falha do que antes – chegava aos meus ouvidos entre gemidos, pedindo para que eu acelerasse meu ritmo.

 

Bella fechara os olhos e aproveitara ao máximo cada sensação que sentia. Cada vez mais ela apertava suas mãos em meus braços e ombros, suas unhas curtas firmando-se na minha carne e proporcionando uma dor que se misturava ao prazer intenso que me acometia.

 

Ela mordia o lóbulo de minha orelha, arranhava minhas costas e ombros, suas mãos se fechavam em punhos nos meus cabelos e os puxavam com força, até mesmo apertava minha bunda me puxando para investir nela com mais força e rapidez quando não atendia a seus pedidos.

 

A cada minuto que passava, eu acelerava meus movimentos – com estocadas curtas e fortes –, já sentindo a chegada do orgasmo. Eu podia sentir meu coração martelando com mais força em meu peito e sabia que faltava pouco para meu mundo explodir em fagulhas e o êxtase me dominar.

 

Senti o corpo de Bella tremer fortemente enquanto ela me apertava ainda mais em seus braços, sua cabeça pendia para trás e seus olhos rolaram nas órbitas antes de suas pálpebras fecharem e um grito sair por seus lábios. Bella atingiu seu orgasmo e eu apenas senti meu membro ser apertado violentamente antes de sentir o clímax que ela experimentava. Beijei seus lábios quanto percebi que minha garganta se rasgava na necessidade de gritar.

 

Não sei precisar exatamente quanto tempo ficamos sem nos mexermos após voltarmos a realidade, aos poucos normalizando nossa respiração instável. Meu rosto estava enterrado na curva de seu pescoço e eu não movi um músculo sequer para tirar meu peso de sobre ela. Mas ela também não reclamou.

 

Quando senti que estava um pouco mais recuperado, ergui meu rosto e encontrei seus olhos – agora doces e misteriosos – me fitando. Sorri de leve e sai de dentro dela, ouvindo um gemido quase inaudível de protesto. Sem dizer nada, peguei minha boxer e fui para o banheiro.

 

Tirei a camisinha e a joguei no lixo e, então, vesti minha cueca. Ainda esperei algum tempo para voltar ao quarto, gastando esse tempo para dar uma olhada no espelho.

 

Meu rosto ainda estava corado pelo "esforço da noite" e era possível ver uma gota de suor escorrendo de minha têmpora. Abri o lavatório e lavei meu rosto, jogando água em minha nuca para aliviar um pouco do calor que eu estava sentindo. Após secar meu rosto, eu respirei fundo e girei a maçaneta, sem saber ao certo o que falar.

 

Não que eu não tenha tido sexo casual antes. Se eu afirmasse isso, seria uma mentira imensa. Mas nunca estive em uma situação em que a mulher era virgem. Eu não tinha ideia de como agir ao certo. O correto seria eu apenas agir como sempre, mas se fosse assim, por que estaria ansioso e desconfortável como estou agora?

 

Ignorando meu dilema interno e decidindo encarar o que tivesse que acontecer, eu abri a porta e voltei para o quarto apenas para descobrir que não era necessário todo esse drama.

 

De costas para mim, repousava um corpo pequeno e tranquilo. O suave movimento de seu peito sugeria que Bella estava dormindo – ou muito próximo disso. Segui a passos leves até o outro lado da cama e tentei ao máximo não despertá-la agora.

 

Quando me deitei, seu corpo se virou em minha direção e eu praguejei mentalmente. Ao que tudo indicava, ela ainda estava acordada, mas não fez nenhuma observação. Ela parecia estar lutando contra o sono e quando fechei meus olhos, tive certeza de que não seria o único a dormir profundamente esta noite.

 


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Notas finais do capítulo

N/A:

Espero que tenham gostado desse capítulo. Ainda falta melhorar muuuuito, mas estou contente com o resultado.

Eu também gostaria de comentar com vocês que não pretendo fazer novamente um POV do Edward – pelo menos não tão cedo. É simplesmente muito mais difícil para mim estar na mente dele e isso me bloqueou de continuar. Acho que não sou tão capacitada assim para estar na mente dos homens. E depois nós, mulheres, é que somos difíceis de entender! rsrs

Mas falando sério agora, seguirei mantendo o ponto de vista da Bella exclusivamente. Assim farei um trabalho melhor e, possivelmente, mais rápido, sem falar de que dará um tempero a mais não saber de tudo o que se passa. Algumas coisas ficarão em incógnitas e eu gosto disso.

Aí está, gente! Isso é tudo por hoje e podem ficar tranquilas que, como o próximo capítulo já está prontinho, não faltará nada além das minhas preciosas reviews para que ele apareça aqui rsrs.

Au revoir.



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