Procurando por Você escrita por vanessa_56


Capítulo 15
Capítulo 15 - Rendendo-se ao pecado


Notas iniciais do capítulo

N/A:

Er.. Oi, pessoal.

Andei sumida pra caramba, né? Peço mil perdões, mas depois ficamos de conversa, não é mesmo? Vocês já esperaram demais pra receber a continuação da fic para ainda ter que aturar o meu papo furado. Nos vemos no final da atualização.



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      PROCURANDO POR VOCÊ

      Capítulo XV – Rendendo-se ao pecado

      P.O.V. Bella

      Eu estava tendo um dos sonhos mais loucos da minha vida. Na verdade, era mais um de meus sonhos em que minha mente vivia uma noite alucinada e improvável, onde eu e um maravilhoso estranho de olhos verdes nos beijávamos loucamente. Seus braços fortes e másculos com uma pele branca como mármore estavam envolvidos ao meu redor, com suas mãos ora me puxando pela cintura de encontro a ele, ora passeando decididamente por cada parte do meu corpo, enquanto sua língua invadia minha boca com uma fome desenfreada.

      O ambiente era escuro e, definitivamente, familiar; eu tinha certeza de que já estivera ali em algum momento da minha vida, apenas não me recordava quando nem onde. Jogos de luzes coloridas de diversas cores cobriam o teto acima de nós, iluminando nossos corpos colados e ferventes se agarrando com desejo e luxúria.

      Bom, não parecia de fato um sonho e, sim, uma vívida lembrança. Uma deliciosa recordação gravada de forma irreversível em minha mente. Eu podia praticamente sentir o calor do corpo daquele encantador estranho envolvendo o meu como uma manta de pura eletricidade. E, quando minha mente estava preste a identificar de onde vinha a estranha sensação de dejá vù, todo o cenário se transformou em um piscar de olhos.

      Agora, nós dois estávamos em um quarto submerso na penumbra, onde apenas a sombra de seu corpo escultural era vista por meus olhos. Os cabelos desgrenhados e revoltos, os ombros largos e rijos pairando sobre mim e o peito definido e musculoso pressionado contra meu corpo. Porém, antes que eu pudesse me desapontar pela incapacidade de meus olhos apreciarem aquele magnífico espécime de homem, minhas mãos começaram a percorrer por conta própria seu corpo com grande interesse, substituindo o estímulo visual pelo tato.

      A cada toque de minhas mãos curiosas e desejosas, o deus grego posicionado acima de meu corpo retribuía minhas carícias com beijos vorazes e furiosos, onde sua língua iniciava uma intensa e prazerosa exploração, seja por minha boca, maxilar, pescoço, colo... Quanto mais seus beijos desciam, maior era a sensação de loucura que me acometia. Meu corpo entrava em um estado vergonhoso de uma necessidade física intensa que só poderia ser extinta e apaziguada por ele.

      Tremores e arrepios surgiam em meu corpo e viajavam por cada célula de meu organismo até se instalar em meu ventre, onde uma rebelião de sensações criara suas raízes. Quando dei por mim, gemidos incontroláveis escapavam por meus lábios entreabertos em uma corrida muito necessária pelo ar cada vez mais escasso. A fase onde eu apenas pedia por mais fora substituída em algum momento indistinto. Pouco me importava ter chegado ao deplorável ponto de estar implorando para que não parasse com aquela deliciosa e envolvente tortura. Eu queria mais daquilo. Eu necessitava de mais. Desesperadamente.

      Eu estava completamente perdida naquele mar de sensações inexplicáveis, sentindo a respiração daquele homem chicoteando minha pele quente e molhada por seus beijos, quando tudo desmoronou.

      Sem saber ao certo o que estava acontecendo, eu abri meus olhos em um átimo para me encontrar deitada na cama encarando o teto escuro do meu quarto, ouvindo algum som estranho e irritante no cômodo. Pisquei meus olhos incontáveis vezes para tentar entender o que havia acontecido, afinal eu estava com um homem gostoso pra caramba me enlouquecendo de prazer, não é?

      Mas, por mais que eu quisesse que isso fosse verdade, eu sabia que era um sonho. A mesma droga de sonho que eu havia tido na noite passada.

      Meu corpo, ainda carregando os tremores de antecipação causados por aquele delírio, estava coberto por uma pequena camada de suor, fazendo com que alguns fios de cabelo grudassem em minha testa e nuca. A camiseta fina que eu usava estava completamente colada em meu corpo molhado, deixando em evidência a turgidez de meus seios; a respiração, irregular e ofegante. Isso para não falar dos arrepios que percorriam meu corpo. Eu acredito que se me olhasse no espelho nesse exato momento, encontraria uma garota corada e descabelada com seu corpo pequeno e febril.

      E, o pior de tudo: eu estava excitada. Muito, muito excitada. Tanto a ponto de afirmar que minha calcinha estava arruinada permanentemente.

      Sentando-me na cama, eu abanei inutilmente meu rosto em uma tentativa idiota de dispersar o calor que sentia ferver dentro de mim. Meus pulmões puxavam o ar com força e em grandes quantidades como se estivessem há décadas sem inalar oxigênio. Era constrangedor me encontrar assim por culpa de um – maravilhoso, diga-se de passagem – sonho.

      Em algum lugar do quarto, o barulho captando antes por mim reiniciou, tornando-se ainda mais alto e estridente. Imediatamente reconheci o responsável por me acordar em um momento delicioso daquela ilusão. A porcaria do meu celular! A tecnologia está cada vez mais inconveniente, é fato.

      Ao meu lado, sobre a mesinha de cabeceira que combinava perfeitamente com a decoração acolhedora do quarto, estava meu aparelho vibrando e tocando com uma nova chamada. Engolindo um grunhido de frustração, eu peguei o maldito celular e atendi a ligação sem nem ao menos olhar o identificador de chamada antes.

      – Que é? – grunhi com a voz um pouco mais grossa que o normal.

      Talvez – somente talvez – eu tenha sido um pouco mal-educada demais. Mas eu tenho uma desculpa aceitável, não é? Quero dizer, eu estava excitada e quem quer que seja me ligando tinha acabado com o meu recém-descoberto mundo erótico. Afinal, quem é o louco que liga para outra pessoa de madrugada?

      – Eita, Bella! Qual o problema, hein? – perguntou uma vozinha fina e, indiscutivelmente, aguda que reconheci de prontidão.

      – Nada, Alice – respondi a ela, esfregando meu rosto com a mão livre e pigarreando na tentativa de fazer minha voz voltar ao normal, sem obter muito sucesso – Qual o motivo pra você está me ligando a essa hora da madrugada? Acho bom que seja urgente.

      – Que madrugada, Bella? São nove da noite agora! – exclamou ela, levantando um pouco seu tom de voz – Sério, o que está acontecendo? Tô ficando preocupada.

      – Aconteceu absolutamente nada, Ali. Eu apenas caí no sono na cama quando cheguei aqui em casa e pensei que já fosse mais tarde – expliquei a ela, recordando-me que após o embaraçoso almoço com os Cullen, eu vim para casa, tomei um banho e tentei a todo custo dormir para me desligar de meus pensamentos.

      Alice pareceu soltar um murmúrio desconfiado, mas eu não estava a fim de dizer mais nada com relação ao assunto. Sabia que se lhe fornecesse uma brecha, sofreria um interrogatório dos infernos via telefone sobre isso e sobre o que aconteceu na casa de seus pais. Então, enquanto pudesse, evitaria ao máximo qualquer referencia ao episódio.

      – E aí, pra que você ligou mesmo?

      – Ah! Sim, é. Eu quase me esqueci disso – comentou distraída, adotando uma voz mais melosa ao responder minha pergunta. Conhecendo minha amiga melhor do que a mim mesma, sabia que ela me pediria alguma coisa quando usou aquela vozinha – Sabe aquela pasta com as peças da nova coleção de vestidos de Lina Martinelli?

      – Aquela nova estilista que você me falou essa semana? – indaguei meio duvidosa, me lembrando vagamente onde já tinha ouvido esse nome.

      – Sim, ela mesma – concordou alegremente.

      – O que em ela?

      – Eu estava pensando em vender suas roupas lá na loja e...

      – É serio que você me ligou para falar de trabalho, Alice? – interrompi, me perguntando mentalmente qual era o problema daquela criatura. Era domingo e restavam apenas algumas horas de descanso antes de irmos trabalhar. O que custava esperar mais um pouco?

      – Não! – respondeu ela imediatamente, quase gritando ao telefone – Quero dizer, mais ou menos – corrigiu-se em um murmúrio sem-graça.

      – Explique-se – suspirei impaciente.

      – É que eu levei essa pasta aí para casa sexta-feira. Só que vou precisar dela amanhã na loja e eu irei dormir no apartamento do Jazz hoje. Tem como você levar essa pasta para a loja quando for trabalhar amanhã? – pediu ela, tão carinhosamente.

      Eu podia não ter certeza absoluta, mas apostava todo meu salário que Alice estava utilizando o truque dos olhinhos grandes e brilhantes, mesmo por telefone. Já era um hábito dela utilizar aquela expressão suplicante quando queria algo de qualquer pessoa. Não seria nem mesmo uma surpresa se seus lábios estivessem formando um gracioso biquinho. Já conhecia aquela figura mais do que a palma da minha mão, e o pior de tudo é que quase sempre caía em suas artimanhas.

      – Tudo bem, sem problemas – concordei, me resignando ao fato de que nem sempre era possível dizer não para Alice Cullen.

      – Obrigada! – gritou ela, esfuziante – Fico te devendo essa, Bellinha.

      – Claro, claro – murmurei, dispensando qualquer gesto de agradecimento. Não havia nada demais em fazer esse pequeno favor – Agora me diz onde está a tal pasta porque você sempre deixa o ateliê numa bagunça horrorosa. Eu nunca consigo achar as cópias das contas daqui de casa toda vez que você as leva junto com das suas correspondência lá para dentro.

      Depois de ouvir uma explicação detalhada de Alice para abrir uma das gavetas da escrivaninha do pequeno ateliê que a baixinha tinha para desenhar suas criações quando estivesse em casa, levantei da cama e adentrei aquele cômodo buscando o que procurava ainda com Alice na linha. Nunca entendi direito como era possível um ser tão minúsculo como Alice criar tanta bagunça como ela faz. Será que é tão difícil para ela manter as coisas em ordem? Eu jamais conseguiria viver em meio a tanta confusão sem ficar perdida.

      Assim que achei a maldita pasta, tomei cuidado para não deixar que as anotações que Alice havia feito caíssem, como ela havia me recomendado. Se aqueles papéis se espalhassem pelo chão, com certeza não saberia diferenciar esses dos que estavam espalhados por todo o piso do ateliê. Tinham tantos desenhos espalhados pelo chão, sugestões de marcas de estilistas para ingressar no estoque da loja, cartões de contatos, amostras de tecidos... Se perdesse algo ali dentro, minhas chances seriam mínimas de reencontrar o que quer que fosse.

      Com o telefone preso entre o ombro e a orelha, avisei Alice que havia encontrado o que procurava enquanto me dirigia ao quarto para deixar a pasta junto à bolsa – uma forma segura para não esquece-la no dia seguinte. Minha amiga me agradeceu mais algumas dezenas de vezes e, enfim, desligou o telefone para curtir o fim de noite junto a seu namorado.

      Ao término da ligação, considerei minhas opções para o que fazer quando ainda eram nove e vinte e dois de uma noite de domingo. Eu poderia ir para cama e dormir, considerando que amanhã trabalharia cedo na loja, mas eu duvidava que fosse capaz de pregar os olhos sem a ajuda de um medicamento. Minha mente estava despertada demais para se deixar cair no mundo dos sonhos, o que eu agradecia silenciosamente. Não sabia se estava pronta para encarar mais um dos meus sonhos molhados com Edward.

      Céus, somente pensar em seu nome já me deixava com a respiração irregular. Era impossível não associar o irmão de meus amigos a todas as minhas recém-descobertas no campo sexual, àquela sensação de prazer máximo obtido com suas carícias e beijos. Pensando nisso, as imagens de meus sonhos vieram com força total em minha mente, deixando-me atordoada.

      Eu não conseguia entender como alguém que eu nunca antes havia visto em minha vida – exceto por fotos mostradas por Esme em seu momento orgulho maternal de quando ele era uma criança fofa e inocente – podia ter tanto poder sobre mim. Queria entender como aquele magnetismo, aquela atração inevitável era possível. Será que era por que eu não o conhecia, era até pouco tempo um simples estranho para mim? As coisas eram realmente mais interessantes sob esse ponto de vista, mas ainda não explicava minhas reações intensas e impensadas a ele.

      Tudo o que ele dizia ou fazia causava graves efeitos sobre mim, sejam pelo lado bom ou pelo lado ruim. Tanto quanto eu odiava com todas as minhas forças sua presunção e cinismo, eu desejava ardentemente agarra-lo e mostrá-lo que poderia o deixar da mesma forma. Beijar aqueles lábios perfeitos até que nenhum de nós conseguisse lembrar de nada depois.

      Porém, o que eu queria mais do que tudo no momento era desligar minha mente hiper ativa de meus pensamentos, ou simplesmente que Edward não estivesse sempre ali, fazendo-se presente em minha cabeça a todo instante.

      Minha mente traiçoeira, não cansando de simplesmente reavivar todo o fogo que queimava por minhas veias desde que despertei com a ligação de Alice, repassou por meu cérebro as palavras ditas mais cedo por aquele quem não consigo para de pensar.

      "Basta você querer. Sabe onde estou hospedado... É só me procurar"

      Oh, Deus! Aquilo era um convite e tanto. Tenho que admitir que estou mais do que inclinada a aceitar isso. Claro que ainda existe uma parte considerável de mim que me alerta que isso é loucura demais para alguém como eu, mas a outra... Bom, a outra parte já está praticamente gemendo na minha cabeça. Eu quase podia ver as duas Bellas dentro de mim brigando para saber quem assumiria o comando dessa situação e, a cada segundo que passava, uma delas perdia terreno.

      Você não o quer?, questionou uma parte de mim. Ele está a fim e você também. Não há nada demais, é só procura-lo e aproveitar!

      Minha mente malvada, governada apenas pela luxúria, argumentava com a voz sedosa e envolvente em meus ouvidos que aquilo seria o que as pessoas chamam de sexo casual, nada de envolvimentos. O que poderia ser melhor do que isso? Sentir prazer nos braços do homem mais lindo e sexy que já conheci sem me atar a um compromisso. Sem pressões, sem expectativa nenhuma além de satisfazer meus desejos. Só sexo e nada mais.

      Bella, você não é assim, contrapôs a outra parte, a mais centrada entre as duas. Vai se deixar ser regida pelos hormônios? Isso não irá terminar bem, seja sensata.

      Mas aí meu lado racional entrava na jogada, mostrando todos os problemas que eu poderia enfrentar. Eu nunca antes estivera envolvida em nada parecido e minha experiência no assunto era nula. Quem era eu para dizer que isso não me traria arrependimento no futuro? Quero dizer, ele era irmão de Alice. Se por ventura as coisas ficassem estranhas entre nós, em algum momento isso poderia afetar minha amizade com Alice.

      Eu me sentia como nos desenhos animados, onde acima de cada lado do meu ombro, um anjinho e um diabinho sopravam em meus ouvidos tudo o que eu perderia e ganharia se fosse procura-lo.

      Vá e se divirta, soprou o capetinha dentro de mim, exibindo um enorme sorriso malicioso.

      Não faça isso, Bella. Não ouça o que ela diga, argumentou meu lado santo, balançando a cabeça em desapontamento pela opinião da Bella má.

      Ela não sabe o que diz. Se dependesse dessa aí, você jamais teria saído com o gostoso do Edward, retrucou meu lado pecador, apontando para a imagem de minha razão e sensatez com desdém.

      Aquilo foi um enorme erro que não pode se repetir, concluiu meu anjinho, ignorando por completo as palavras tentadoras do meu outro eu..

      Fiquei naquela indecisão por intermináveis minutos, ouvindo as duas partes de mim distintas e opostas que opinavam sobre o que eu deveria fazer enquanto fitava o nada. Ir ou não ir? Ir ou não ir? Ir ou não ir?

      Essa mesma pergunta se repetiu em minha mente incontáveis vezes – mais do que eu seria capaz de lembrar – até que cheguei a uma conclusão definitiva.

      Naquele momento, para a decepção da minha razão, o diabinho venceu a disputa.

      Mandando meu lado santo às favas e indo novamente contra minhas regras – dessa vez sem a desculpa fajuta de estar alcoolizada e fora de mim –, me dirigi ao closet do meu quarto a procura de uma roupa mais interessante e atraente de se vestir do que um moletom velho. Sinceramente, eu não podia aparecer lá usando aquilo.

      Não querendo perder meu tempo, peguei a primeira roupa que Alice escolheria para mim, sem me importar muito se ficaria confortável ou não. Se tudo desse certo, eu não ficaria vestida por muito tempo mesmo, então não havia necessidade para tanta neurose como Alice fica quando vai sair para um encontro.

      Depois de tomar um breve banho, sequei meu cabelo e o deixei solto, caindo de forma rebelde sobre meus ombros. O vestido escolhido era de um tecido suave preto que colava em meu corpo como uma segunda pele até a cintura, valorizando meus seios com seu decote em forma de coração e destacando minha cintura. Nos pés, apesar de fazer uma careta de desgosto, calcei uma sandália preta de tiras douradas finas que davam a impressão de estabilidade em contraste do salto exageradamente alto, que faziam minhas pernas parecer mais longas do que realmente eram. Uma maquiagem básica foi feita por mim e, meia hora e uma checada no espelho depois, estava pronta.

      Peguei apenas as chaves do apartamento e uma pequena bolsa-carteira para levar o dinheiro do taxi e meu celular e saí às pressas de casa, ignorando o olhar chocado do porteiro quando me viu. Eram raras as vezes que saí de casa vestida daquela forma e sozinha, pois na maioria das vezes era arrastada por uma duende saltitante ou um grupo de amigos empolgados demais.

      Sem me deixar afetar, eu chamei um taxi que passava na rua e, bendizendo minha estranha sorte que resolve aparecer quando menos deveria, dei o endereço do hotel que imaginei nunca mais voltar.

      Embora a distância até o destino final fosse significativa, o mundo realmente parecia conspirar para que eu chegasse ao hotel no menor tempo possível. As ruas não estavam repletas de carros tornando o tráfego lento como de costume, os pedestres não atravessavam ruas ou cruzamentos e os sinais de trânsito pareciam abrir ante minha passagem. O percurso entre o meu apartamento e o hotel de Edward levou o menor tempo possível.

      Saltei do taxi e entrei pela porta principal do hotel que era aberta por um porteiro elegantemente vestido com um uniforme impecável.

      Se vacilar, caminhei até a recepção, cuja recepcionista – para meu completo constrangimento – era a mesma presente na noite de sábado, testemunha do meu comportamento anormal e descarado.

      – Boa noite, em que posso ajuda-la?

      A forma cordial e educadamente distante que a jovem morena de olhos verdes me cumprimentou indicava que ela não se recordava de mim, o que eu achei realmente bom. Não era como se eu quisesse que ela se lembrasse da forma como meu me atraquei com Edward no meio do saguão apenas para provocar sua inveja. Quanto mais eu penso naquela noite, menos eu me reconheço.

      – Uhm. Boa noite – cumprimentei, ainda indecisa sobre qual atitude tomar – Hã.. Eu vim falar com o senhor Cullen, ele deve estar me esperando.

      Ao que tudo indicava, sua memória se refrescou com a menção ao sobrenome de Edward, como num passe de mágica. A recepcionista, antes solícita e educada, avaliou-me milimetricamente enquanto dizia que o senhor Cullen já havia anunciado que esperava a minha presença. Aquele presunçoso cara-de-pau havia avisado previamente a recepção do hotel que eu compareceria aquela noite como se tivesse absoluta certeza de que eu não o deixaria na mão.

      A morena de olhos verdes me encarava de forma invejosa enquanto discava o telefone do quarto de Edward e o comunicava que já estava subindo. Somente aquilo me impediu de dar meia volta e ir para casa desfrutar do prazer de deixar aquele idiota a ver navios. Mas, como não adianta tentar enganar a mim mesma, eu sabia que se havia ido até ali e ele já estava sabendo, ir embora não era uma opção; eu iria até o fim. E foda-se se o ego dele cresceu com meu aparecimento. Ao que tudo indicava, Edward já se achava o suficiente antes de me conhecer e eu não estava fazendo muita diferença para aumentar ou diminuir seu conceito sobre si mesmo.

      O trajeto no elevador foi rápido. Houve poucas paradas até o andar de Edward e em questão de dois minutos eu já estava caminhando em direção a porta de madeira simples com os números 1304 na porta. Bastou uma leve batida na superfície polida e a mesma se abriu revelando o gostoso arrogante que me perturbou profundamente.

      Vestindo apenas uma calça jeans baixa, que ameaçava cair perigosamente pelos seus quadris e exibia a barra daquele pecado de cueca boxer branca, Edward correu os olhos por todo meu corpo com a mesma falta de pudor com que eu o analisava.

      Qualquer pessoa em sã consciência poderia ir à loucura ao ser recepcionada pela visão de seus músculos bem trabalhados e tonificados na medida exata. O peito plano de pele branca e perfeita tinha uma aparência tão... deliciosa que minha boca salivou de vontade de beijar cada centímetro exposto. Meu corpo sofreu um forte espasmo de desejo e, quando olhei em seus olhos verdes pude ver a luxúria que eu sentia refletida ali. E, como se já não fosse a imagem viva do pecado, seus lábios suculentos se repuxaram naquele sorriso torto sacana destruidor de calcinhas.

      Edward ameaçou dizer alguma coisa, mas eu o impedi com um beijo sôfrego que beirava a selvageria. Qualquer que fosse a merda que ele tivesse para comentar, teria que esperar. No momento, eu tinha ideias muito mais prazerosas para se fazer com a boca do que manter uma conversar.

      Os braços musculosos imediatamente me envolveram e me puxaram contra seu corpo enquanto sua língua invadia minha boca com ferocidade. Um gemido rouco escapou por minha garganta ao sentir meu corpo sendo pressionado pelo seu, que me puxava para dentro do quarto e batia a porta com força.

      Dali por diante, meu cérebro apenas se concentrou no prazer que aquela criatura despertava em meu corpo. E, no meio daquela onda de sensações inebriantes em que me afogava, tive meu último devaneio coerente pelas horas seguintes.

      Que Deus me perdoasse pelos pecados que cometeria essa noite, pois estava ciente de que acabava de garantir meu passaporte para o inferno.

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LINKS DO CAPÍTULO:

Quarto da Bella:
http://i831.photobucket.com/albums/zz233/Nessinha_Cullen/Procurando%20por%20voce/QuartodaBella.jpg

Roupa da Bella:
http://i831.photobucket.com/albums/zz233/Nessinha_Cullen/Procurando%20por%20voce/Cap15-Bella.jpg

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Notas finais do capítulo

N/A:Bom, galera...Eu não sei nem o que dizer. Vocês devem estar me achando a maior vaca do universo, não é? E eu não tiro a razão de vocês. Fiquei de postar e enrolei, enrolei, enrolei e acabei deixando vocês na mão. Palavras não são suficientes para me desculpar.O pior é que isso já está virando um círculo vicioso onde eu demoro a postar um novo capítulo, peço desculpas, atualizo o seguinte sem grandes atrasos para logo em seguida sumir da net. Eu já nem vou fazer promessas pq me sinto incapaz de cumpri-las.Só espero q não acabem se esquecendo dessa idiota ingrata q merece a indiferença de vocês.Tenho q ir agora, meu tempo tá contado no pc.Bjss e au revoir.



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