Keep u Safe. escrita por Liids River


Capítulo 2
Knowing.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas
Feliz Ano Novo ♥
como foi a passagem de ano aí? aqui foi bem divertido!
essa continuação tá pronta tem um tempão,eu quem atrasei na hora de postar shaushsau
mais tarde eu posto a continuação ( e provavelmente ultimo capítulo).
Obrigada pelo carinho e pelos comentários lindos de vocês. Tanto aqui,quanto na minha one The British boy!
A Victória me deu a ideia de fazer aquela One pela visão do Percy,contando como que ele foi parar na América e eu abracei a ideia com todas as minhas forças ( The American Girl).
É estranho ter o nome de uma One e não o conteúdo. Eu geralmente escolho na hora UASHSUAHSAUSAH
Sobre esse capítulo : Annabeth é BadAss sim!
eu amo cada um de vocês ♥



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Era um cinza diferente. Não era qualquer tipo de cinza,não mesmo. Parecia que ia cair uma tempestade e ao mesmo,o so, apareceria,no sentindo mais literal que eu posso dizer. Eu não me lembro de já ter visto um cinza tão confuso e bonito.

Era escuro,e às vezes claro. Era um cinza que podia incendiar pessoas e ajuda-las a apagar o próprio incêndio. E quando ficava maior,tanto por medo,ou quando ela ria...? Eu podia definitivamente me casar com esse cinza.

Annabeth. É um belo nome para a Srta.Ninguém.

Depois de passar um mês com ela,eu me dei conta de algumas coisa :

Ela é extremamente teimosa. Teimosa como ninguém!

Eu pensei de verdade em deixa-la sozinha. Deuses,como pensei.

Mas eu sou um cavalheiro,e não podia deixa-la.... não porquê ela não sabe se defender das coisas lá fora,ou porquê eu quero protege-la ( só as vezes). Mas por uma razão extremamente egoísta : eu não quero ficar sozinho. Depois de todo um tempo absorvendo o que estava acontecendo comigo,e bem,com o mundo...eu não deveria ficar sozinho. Não mais.

E a Srta.Ninguém estava lá....vocês sabem.Tentando voltar para a melhor amiga – que infelizmente – já não era mais sua melhor amiga.

Durante esse mês junto com Annabeth,além de perceber que ela era uma tremenda teimosa,eu identifiquei algumas outras coisas nela.

Como o jeito tímido dela ainda iria leva-la à morte.

Como ela é distraída.Isso também vai leva-la à morte qualquer hora dessas.

Nós nos aproximamos nesse tempo. Quero dizer,não é como se tivéssemos escolha,éramos só nós dois e um monte de coisas que nos queria mortos. Ela me irritava como ninguém também. Annabeth conseguia me tirar do sério.

Principalmente quando me chamava de mandão. Por que ela não percebe que eu estou apenas tentando protege-la?

Mas ela cozinhava,e isso era bom. Pelo menos,tudo aquilo que estava em lata.

Eu gostava de Annabeth. Ela me fazia dormir.

Sem pensamentos maliciosos,por favor. Ok,talvez um pouco.

A verdade é que depois de ver meu pai devorando as tripas da minha mãe,e depois d éter que matar a minha irmã Paine,tudo aquilo que passei,vinha na minha cabeça justo na hora de dormir.

E então a Ninguém apareceu.

Ela tinha mais problemas que eu,sem dúvida alguma. Ela nunca me contou,e eu nunca exigi. Assim como eu não queria voltar “lá”,eu não podia exigir que ela voltasse. Ela era forte,mas desabava às vezes.

E forte eu digo também no sentido literal da palavra. A menina dá uns socos fortes,tenho pena dos zumbis que tentarem comer o pedaço de queijo dela,sem que ela veja.

Outra coisa bastante perceptível em Annabeth : ela observa tudo e à todos.

O cinza não parava em instante algum. Eu devo admitir que se não fosse Annabeth em algumas das vezes em que procurávamos onde ficar,eu teria sido morto. Ela sempre vê as coisas lá fora antes de mim.

São como os olhos de uma coruja.

E a garota é inteligente. Nos momentos mais entediantes,ela sempre vem com um fato interessante....seja do que for.

Uma das coisas que mais me incomoda nesse relacionamento com a ninguém,é a falta de diálogos entre nós. Não,não esses diálogos sem fundamento,isso nós fazemos de monte.Mas diálogos sobre nós.

Quem era a Annabeth antes disso acontecer? Por que diabos o pai dela matou a mãe? O que ela fazia antes disso? Ela tinha um emprego? Um namorado? Um cachorro? Um peixe?

Ela – assim como eu –não gosta de falar sobre essas coisas.

Mas ela questiona.

Sempre querendo mais informações de como eu estou sobrevivendo esse tempo todo. Como eu sobrevivi esse tempo sem ninguém – já que segundo ela,com o meu péssimo hábito de alimentação,eu já deveria ter morrido.

Ela ainda é um mistério. Confiável,mas ainda assim,é um mistério.

Às vezes,passávamos o dia todo sem trocar uma palavra.Ela cozinha pra mim,eu a ajudo a treinar e usar aquela adaga feia,mas particularmente eu gosto quando ela usa o taco de baisebol pra arrebatar as cabeças das coisas lá fora.

Dias em que ficávamos no : “Bom dia.Trienar?Sim.Café? Ok.Obrigada.”

E dias que eu tinha até liberdade para chamá-la de docinho sem que ela ficasse irritada.

Mas uma coisa – e apenas uma coisa – era a mesma,todos os dias. Quando já estava escuro lá fora, e já estávamos devidamente alimentados,seja com piadinhas na hora de comer ou sem,ela tinha o mesmo ritual antes de dormir.

Ela segurava a minha mão entre as suas,me deitava seja lá onde fosse,se deitava de frente pra mim,acariciava o meu nariz com o seu,pedia-me desculpas – isso apenas nos dias difíceis - ,entrelaçava nossos dedos de uma mão,e passava a outra pra minha nuca,fazendo-me carinhos,e então .. dormia.

Todos as noites. Todas,sem exceção.

E era assim que ela conseguia me fazer dormir. Era estranho...e bom.Estranhamente bom,o carinho na nuca. Deixava-me sonolento e ter o corpo quente dela perto do meu,parecia certo. Então eu deixava que ela fizesse tudo isso,mesmo me tratando com indiferença em alguns dias.

Eu gosto dela.

–Você tá viajando de novo – ela sussurrou,com a cabeça escondida embaixo dos braços que estavam apoiados na mesa da velha cambana que encontramos na ultima noite. Depois de matar alguns...algumas coisas daquelas lá fora,tudo que queríamos era dormir. Um deles conseguiu pegar o taco de baisebol de Annabeth,deixando-a com tanta raiva,que ela foi pra cima dele apenas....com as mãos. A adaga estava comigo.

Bem...depois de um dia daqueles,eu tinha que ter ficado com ela. Como eu disse acima,ela é bem distraída. Annabeth tropeçou em alguns galhos,chamando atenção para nós,umas...duas ou seis vezes.

Mas quem está contando?

Eu não a culpava. Ninguém é 100% uma coisa.

Olhem para mim,eu sou lerdo para sacar algumas coisas.Na verdade,todas elas.

Ela já estava para baixo por não ter conseguido tirar a adaga de um dos...das coisas sem cortar o próprio dedo,então ter o taco de baisebol roubado por um deles...a deixou furiosa.

Foi assustador vê-la com tanta raiva.

–Você... tá se sentindo bem? –perguntei,tirando minha jaqueta preta,e jogando-a no chão da salinha da cabana.

Até que era um lugar arrumado,mas pela poeira e as marcas no chão,eu diria que não tinha ninguém ali por muito tempo. Ficava quase à eira da estrada que seguíamos ,e era cercada por floresta.Tinha uma cozinha pequena,uma sala menor ainda,um banheiro minúsculo e por mais que tudo parecesse menor do que deveria,era aconchegante. Não tinha um quarto,o que era bom....até agora,só dormimos em sofás e no chão puro.

Não sei como seria ter uma cama de novo.

E os banhos? Bem,aqui vai algo que as séries não retratam...por mais que você saiba o quão perigoso e o quão fria é a água,e já que na maioria das cidades a energia elétrica sumiu,você precisa disso.

Banhos são necessários. Vocês não tem ideia de quantas vezes eu já virei minhas cuecas do avesso só para vesti-las mais vezes...Mas eu não acho que vocês estão interessados na nossa higiene pós apocalíptica.

–Eu tô bem – ela sussurrou de novo,escondendo a cabeça. Já passava das dez horas lá fora,estava escuro,e eu podia ouvir pingos de chuva.

Ótimo. Desde que essa porcaria de apocalipse chegou,eu só via chuva lá fora.

Annabeth usava uma calça jeans preta que – com muito custo –roubamos da Marshalls mais próxima do centro da cidade. Uma camiseta azul escura com uns escritos que eu não conseguia identificar,deixava sua cintura marcada,e eu tinha que conter minhas mãos teimosas.

O quê?

Pessoal...eu ainda sou um rapaz. Um rapaz caminhando por uma estrada sinuosa com uma garota extremamente bonita ao meu lado. Eu ainda tenho interesse...nessas coisas.

E bem...ela é linda. É complicada,mas é linda.

Ela fácil de gostar. Difícil de lidar.

Ninguém é toda oposta.

Os cabelos loiros estavam presos em um coque bagunçado,como se estivesse prestes a dormir e tudo lá fora estava bem. OS pés pequenos cobertos por meias pretas,o all star – roubado dá própria loja da Converse – postados ao lado da porta. A jaqueta também escura em cima da mesa.

Sentei-me no sofá – mais duro que o chão – e suspirei,ainda observando-a. Os ombros curvados,suspiros constantes...

–Você... não tá chorando,está? –perguntei.

–Não.

– Ótimo – pigarreei – Não sei lidar com choros.

Ela levantou a cabeça,olhando-me nos olhos por um segundo e deu de ombros,voltando a deitar a cabeça nos braços apoiados na mesa.

–Annabeth-

–Eu já disse que tô bem –ela reclamou.

–Eu sei,é que eu tô com sono.

–Então vá dormir.

–Venha até aqui então – reclamei,deitando-me.

Eu ouvi seus passos delicados – agora ela tenta não ser distraída? Pelos amor dos deuses – até mim. Annabeth parou de frente para o meu sofá e passou a língua no lábio inferior,batendo com o indicador na ponte do nariz.

Ela estava nervosa. Mas que diabos?

– Você também? –perguntou baixinho,os olhos vagando para os pés.

– O quê,docinho? – arrisquei.

–Não consegue mais dormir sozinho? – pigarreou revirando os olhos,deitando-se ao meu lado no sofá estreito,tomando todo o cuidado de não encostar em mim.

Ok,vamos pontuar algumas coisas aqui : Desde de o maldito dia em que essa menina me jogou no chão da igreja – golpe de sorte –ela não tem sido nem um pouco cuidadosa em encostar em mim. Pelo amor dos deuses,ela gosta de pegar na minha mão até quando vamos colher tomates nas plantações alheias!

Então...tinha alguma coisa errada com a Srta.Ninguém.

Eba! Mais um mistério.

Isso foi uma ironia. Estou trabalhando nisso.

Joguei meu braço ao redor da sua cintura,só para provocá-la.Só por isso.Juro mesmo. Não tive segundas intenções nenhuma.Sério.É sério.

...

...

Não,não é.

– Você me acostumou muito mal esses dias – murmurei,olhando-a nos olhos. Ela desviava o olhar constrangida e suspirava,pegando a minha mão e finalmente – depois de um dia estressante – entrelaçando nossos dedos.

–A gente precisa estabelecer alguns limites,Percy – e lá estava ela,sussurrando o meu nome daquele jeito doce e firme,que só ela – e apenas ela – sabia. Eu tenho a impressão – e isso vai soar mais clichê do que deve – de que...se eu estivesse a armar uma bomba atômica de destruição em massa no planeta,e Annabeth aparecesse do além,e sussurrasse o meu nome daquela forma...eu pararia imediatamente o que estava fazendo.

E..eu não sei se isso é bom,porquê...para alguém que não confiava nela há alguns dias,isso é um tremendo avanço.

– Limites? – perguntei,acariciando,seus dedos.

– Você sabe – ela olhou para baixo – Eu não quero machucar você,caso .... você se apaixone por mim.

....tarde demais....

Epa.

Aquela música,sabe? Tarde demais?

De repente me deu vontade de falar o nome dela aqui nos meus pensamentos.

Isso. É uma música.

E você pare de olhar assim.

–Docinho – brinquei – Quem vai se apaixonar aqui é você.

E depois de longas horas sem nem um repuxar nos lábios,ela sorriu. Um sorriso tímido,mas um sorriso.A curvinha do lado direito,os dentes perfeitos a mostra.

Se eu estivesse prestes a usar uma bazuca para destruir um continente e ela me desse esse sorriso,eu pararia imediatamente o que estava fazendo.

Hm,droga.

– Você é tão idiota – ela riu um pouco mais.

–E a senhorita é a espertinha? – brinquei.

Ela se afastou e arqueou a sobrancelha.

–Sou.

– É...essa tarde nos confirmou isso -brinquei de novo,fazendo-a se levantar raivosa.

–Idiota – murmurou,sentando-se na parede longe de mim – Foi sem querer!

–Sempre é – respondi,colocando o braço por cima dos olhos. Nada de Annabeth esta noite então? Tudo bem.

Eu sei dormir sem ela. Não o contrário.

–Você consegue ser mais irritante que todas as pessoas irritantes do mundo! – reclamou mais alto.

–Shiu,tô tentando dormir aqui.

–Não faz “shiu” pra mim!

–Tenho certeza que se juntássemos um milhão de pessoas da sua espécie,ainda assim você seria a mais irritante – provoquei.

Eu não descrever Annabeth com raiva. Ela simplesmente levanta as sobrancelhas,franze as sobrancelhas,os lábios formando um beicinho...

–Olha Percy,que tal assim : você não fala comigo e eu não falo com você. Nós passamos o dia assim,porque mudar isso agora? – afastei o braço dos olhos,só para vê-la se levantar e andar até a cozinha,raivosa.

...ela parecia...parecia um gatinho fofo com raiva.

Não dava para levar Annabeth – Srta.Ninguém – a sério.

Então eu ri. O mais alto,espontâneo e sincero riso que eu já dei na minha vida.Eu simplesmente não consegui me segurar ao vê-la fazendo aquele beicinho marrento e cruzando os braços bufando como uma garotinha pequena que queria bolachas mas os pais compraram brócolis. E então,num momento eu estava rindo,e no outro eu estava sendo pressionado no sofá por uma Annabeth furiosa,segurando a sua adaga – de forma errada. Totalmente errada,e eu já lhe ensinei como segurar essa coisa – contra o meu pescoço.

Meu riso cessou no mesmo instante.Não,não porquê ela estava segurando aquilo contra mim,mas porque depois de tantas vezes lhe dizendo que deveria segurar de um jeito,ela estava segurando de outro. Segurando daquele jeito,ela só ia causar mais um corte na mão.

–Dá risada agora,seu...babaca! – grunhiu,passando as penas ao redor da minha cintura,prendendo minha mão esquerda ao lado da minha cabeça – Você se acha o espertinho,não é? Só porquê...bem,só porquê você tem essa sua pose de “Eu sobrevivi,eu sou demais”,não quer dizer que todo tenha que ser igual a você,seu idiota!

–Eu não acredito que você está fazendo isso! – resmunguei ofendido – Depois de tantas aulas,você ainda tá segurando errado!

–Seu imbecil,eu vou cortar sua cabeça fora! – ela gritou. – Eu vou cortar a sua cabeça fora!

–Eu ouvi da primeira vez – fiz força para tirá-la de cima de mim,mas aquele menina era forte demais para o seu peso – Agora sai de cima de mim. Limites.

– Cala essa boca – ela murmurou cada palavra com cuidado,fechando os olhos e franzido as sobrancelhas ainda furiosa – Ou eu vou mesmo cortar toda a sua cabeça fora!

Suspirei e comecei a refletir.

Eu podia culpar Annabeth por enlouquecer?

Não.

Mas eu estava.

Não é como se quando eu estou com raiva eu sai por aí tentando cortar a cabeça de outras pessoas de forma irregular.Tinham algumas coisas que Annabeth precisava a aprender se fôssemos fazer aquilo juntos : Não chorar e agir como uma criança mimada é uma delas.

E ela teria que aprender da pior forma.

Olhei nos olhos cinzentos – agora mais parecidos com uma tempestade do que tudo - suspirei de novo.

Peguei no seu pulso direito,tirando a adaga da minha jugular – mas cá entre nós,aquilo só ia causar problemas a ela mesma –girando seu punho para trás,fazendo-a gemer de dor e sair de cima de mim.

–Se você não me soltar agora eu vou gritar!

–Pra quem,Annabeth? –gritei de volta,puxando seu rosto para a reta do meu – Você não se tocou ainda,meu amor? Somos só nós dois agora! – ela olhou-me assustada e tentando se afastar,mas eu não a machucaria. Essa é outra coisa que ela precisa entender. – Você e eu,Annabeth. A gente pode fazer isso do jeito fácil ou do jeito difícil.... mas você só tá me deixando um jeito disponível.

–Você não entende!

–Para de chorar feito uma criança mimada!– reclamei,puxando seu cabelo para fora dos seus olhos cinzentos e raivosos.

Raiva é bom. Raiva é melhor do que choro.

–Seu-

–Vem comigo.

Saí até a entrada da casinha de madeira,puxando-a sob seus protestos,pelo braço até o lado de fora,não sem antes arrebatar o taco de baisebol em cima da mesa da cozinha. Era tarde,estava escuro,eu não enxergava nada direito e eu duvidava que ela – apesar de ver muito melhor que – também pudesse ver um palmo na frente do rosto devido à chuva torrencial que caia sobre as nossas cabeças.

–Percy!

–Anda – puxei-a pelo pulso,jogando-a do lado de fora da casa.

Ei...eu nunca disse que era um cara delicado e paciente.

–Per-

–Ei – gritei para o outro lado da estrada,onde também era coberta por floresta. – Ei pessoal! Tem uma pessoa aqui querendo cortar cabeças,apareçam!

Apesar da chuva,eu sabia que tinham alguns...algumas coisa daquelas ali. Eu tinha certeza,nenhum lugar é 100% livre daquilo.A floresta do outro lado estava escura,a chuva também não colaborava e a estrada estava deserta,assim como quando chegamos à casinha de madeira.

Annabeth pulou do meu lado,tentando soltar o pulso da minha mão,xingando-me de tantas coisas e tantos palavrões desconhecidos por mim,que tive a impressão de ela estava falando em grego.

–Fica quieta!

–Você tá tenatndo matar a gente,seu bocó? Tem ideia de quantas daquelas coisas virão prá cá? – ela deu um tapa no meu ombro – forte,mas não tanto – E vamos gripar. Com certeza vamos gripar!

Yohooo,tem alguém aqui querendo decepar vocês! Se eu fosse isso aí que vocês são...eu não deixaria hein! – gritei novamente,apertando a mão ao redor do pulso dela – Daqui a pouco ela tá xingando a mãe de vocês e tudo...

–Percy! – ela gritou,já em desespero.

Não,eu não cedi a insanidade mental. Ainda não. Esse sou eu dando uma lição de moral em quem eu gosto de verdade e quero proteger.

Imagine em quem eu não gosto.

Isso mesmo.

Quando a primeira coisa surgiu no meio das árvores, eu soltei o pulso de Annabeth e olhei-a nos olhos. Ela estava assustada e paralisada olhando para mim como se eu tivesse vestido de palhaço cantando Fluorescent Adolescent.

– Percy-

–Vai – empurrei-a para a estrada,vendo que a segunda criaturinha desumana estava saindo detrás da outra árvore. Annabeth virou-se para mim,suspirando e tentando tirar o cabelo molhada de frente dos olhos.

–Percy,eu entendi ok? – ela suspirou – Eu entendi. Não usar a adaga em você,eu entendi.

–Não,você não pegou a temática do espetáculo,docinho –empurrei-a novamente –Anda,estão se aproximando.

–Percy! – ela gritou,socando-me no peito.

Parecia uma massagem,ela não estava usando sua forcinha extra.

–Annabeth! – reverenciei-a abaixando um pouco o corpo e estendendo-lhe os braços. – Você queria corta umas cabeças...vá pegá-los.

Annabeth passou as mãos nos cabelos,tirando-os do rosto. Olhava desesperada para as três criaturas que – literalmente – babavam sangue. E estavam há uns cinco passos de nós. Ela virou-se novamente para mim,com os olhos arregalados,pegando o taco de baisebol da minha mão,sussurrou :

–Odeio você.

–Não odeia não.

Depois disso,tudo virou ainda mais borrões na minha frente.Vi Annabeth acertar a primeira criatura na cabeça com tanta força,que ela saiu voando e ensanguentando tudo ao redor. Os outros,olhos caídos e bocas abertas babando sangue seguiriam caminhando em direção à Annabeth como se ela fosse um pedaço de carne ou batatinhas fritas deliciosas, e ela fez o mesmo com o Sr.Olhos Caídos,porém dessa vez ela continuo acertando-lhe o corpo até que ele estivesse completamente amassado.

Eu disse que ela estava furiosa.

Mas por alguma estranha razão...ela sorria.

Todo mundo precisa extravasar de vez em quando.

O Sr.Boca Aberta continuou seguindo em direção à ela,porém dessa vez,ela tropeçou nas pedras jogadas no canteiro da floresta,caindo no chão.

O quê? Eu pensei em correr até lá. Foi o meu primeiro pensamento.

Mas ela levantou-se ainda mais rápido do que caiu,jogando o Sr.Boca Aberta para trás e gritando mais palavrões para ele,como se ele entendesse o que ela estava falando.Ela gesticulava e passava as mãos nos cabelos,apontava pra mim e parecia realmente uma conversa normal se ela não acertasse o coitado do Sr.Boca Aberta todas vezes que ele se aproximava mais.

E então por fim,ela segurou o taco com as duas mãos na base , e girou-o fazendo-a cabeça voar e o corpo cair no chão aos seus pés.

Annabeth caminhou de volta para mim,devagar e limpando o rosto com as mãos,porém elas estavam ensaguentadas,sujando-a ainda mais.Ela parou de frente pra mim,os olhos mais limpos,as bochechas molhadas de sangue,a boca vermelha por conta da chuva,os cabelos molhados e bagunçados,e eu posso dizer aqui que ela nunca esteve mais linda.

Colocou o taco de baisebol na minha mão e suspirou.

– Da próxima vez,Percy ... – pigarreou - ...eu corto a sua cabeça fora.

Puxei a mão dela,ainda ensanguentada para a minha –como ela mesma gostava de fazer – e entrelacei nossos dedos,puxando-a para dentro da casinha de madeira,antes que mais algumas coisas daquelas quisessem aparecer.

Puxei-a pela mão,acariciando seus dedos com os meus,escondendo um sorriso.

Minha garota forte. Talvez eu deva mesmo me apaixonar por você.

Eu ainda estava com sono,porquê ao contrário do que eu pensei...eu não conseguiria dormir sem a Ninguém.


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Notas finais do capítulo

Sobre esse capitulo : o nome fala exatamente o que quer dizer...que por mais que eles confiem um no outro de olhos fechados ( e numa situation dessas),ninguém se conhece de verdade até você chamar um monte de Sr.Bocas Abertas e Sangrentas pra cima da sua crush.
Lição de vida hein
USAAHSUHAS
até mais!
(provavelmente eu posto o ultimo hoje ou amanhã)
(vai ter beijo sim)
(vai ser daora pacas)
(amo vcs)
(quem tá com saudade da família tradicional : eu já vou voltar com eles