Keep u Safe. escrita por Liids River


Capítulo 12
The Parting Glass


Notas iniciais do capítulo

olá seguidores
no video de hoje,vou mostrar pra vocês como sumir e voltar
olá
USAHSAUHSAHSA
amores,eu senti falta de vocês!
estou novamente ativa aqui e vamos aos recadinhos pra vcs
1 - estou bem,não fui sequestrada,responderei as mps e os comentários.
2 - eu estou agora esperando os resultados dos vestibulares,então para me distrair,postarei vários trens aqui ( se não eu enlouqueço)
3 - sai do emprego ( tempo livre,finally), mas tenho planos para jan/2017 entçao não sei por quanto tempo estarei assim
4 - a ccxp dessa ano foi massa! quem aí foi? achei bem bacana.
5 - preciso conversar com vcs no finalzin MAS LEIAM O CAPITULO ANTES HAHABABABA


nome do capitulo é música
várias versões ( escutem a do ed sheeran)




n me matem
amo vcs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/664338/chapter/12

— Estamos decentes? – Nico perguntou do lado de fora da porta.

 Sorri enquanto ajeitava a camisola verde no corpo de Annabeth. Ela dormia tranquilamente e não havia necessidade de acordá-la ainda. A madrugada um tanto quente fazia-me querer mergulhar em uma piscina e não sair nunca mais.

As mudanças climáticas de San Francisco me deixam louco.

Muitas coisas em San Francisco me deixavam louco.

Beijei-lhe no topo da cabeça e ela se remexeu resmungona.  Eu esperava – de verdade – poder dormir mais vezes com ela. Esperava que nada disso fosse nos separar e esperava que Nico estivesse conosco.

Mas eu tinha a impressão de que estava me iludindo. Iludindo-me de verdade.

Saí do quarto,deixando a porta encostada.

— E aí? – Nico olhou-me sugestivamente. - ....danadão.

— Fica quieto. – resmunguei,empurrando-o para longe da porta.

— Eu ouvi vocês sabe... – ele piscou.

— Argh,que idiota! – eu estava xingando,mas estava envergonhado. – Você é o maior babaca na história dos babacas.

— Percy na defensiva,olha só. – ele riu – Fazia tempo que não o via assim! – ele colocou o braço ao redor dos meus ombros e riu,empurrando escada abaixo com ele – Fiquei tranquilo : eu não ouvi nada.

— Certo.

—...quer dizer,talvez...

—Cala a boca,Nico. – ri junto com ele.

Ele se jogou no sofá encardido e suspirou. Parecia cansado –mas não como antes,o cansado : ah,ou me deito ou morro. Estava menos cansado do que antes. E já era o suficiente.

— Não vamos adiar mais... – ele entrelaçou os dedos em cima da barriga e olhou-me tão profundamente,que eu quase pude dizer que ele estava lendo os meus pensamentos. – Você sabe,ou deveria saber,que eu não vou deixa-lo fazer isso sozinho,certo?

— Eu não pretendo-

—Não minta pra mim. –ele sussurrou. Aquele sussurrou que em outras circunstâncias, eu teria me mijado todinho. – Você não é bom nisso.

Sentei-me na mesa,em frente ao sofá. Entrelacei meus dedos,como ele. Eu não queria ter que discutir com Nico,não depois desse tempo todo ao seu lado. Eu acho,só acho...que ficou mais que claro que Nico Di Angelo não é só um amigo. Eu nunca tive irmão,irmão de sangue. Com quem eu pudesse jogar vídeo-game ou jogar futebol. Com quem eu pudesse dividir o preço das revistas +18. Com quem eu pudesse contar para ser meu padrinho de casamento....mas Nico despertava esses sentimento em mim.

Nico Di Angelo exalava irmandade. Companheirismo.

— Nico...

— O que você está planejando, Olhos Verdes? – ele murmurou,olhando-me novamente daquele jeito. – Não me deixe fora dos seus planos,ou vai dar merda. Muita merda. Merda que vai ser espelhada pelo ventilador.

— É pessoal agora Nico – sussurrei. – Você entenderia..

— Eu entendo. – ele disse. – Ele sequestrou ela. Maltratou e sabe lá Darth Vader o que mais ele se atreveu a fazer. – suspirou – Mas você não pode resolver isso sozinho,Percy.

— Eu posso e eu vou Nico – levantei a cabeça. – Você tem seus pais – não que eu acredite que eles ainda estejam vivos...mas a esperança de Nico neles,era algo que eu tinha inveja. Tinha inveja da sua esperança,tinha inveja por ele ter alguém além de nós...e tinha inveja porquê mesmo nesse inferno,o cabelo dele ficava no lugar de tão oleoso. -  Annabeth tem o irmão..eu sou o único que não vai perder muito se der algo errado.

— Só à mim – ele recitou,fingindo estar magoado. – E bem...a garota pela qual tudo isso está acontecendo. Você não vê o tamanho da sua estupidez? Você nem me contou nada e eu já estou reprovando!

— Eu não preciso de aprovação nenhuma. – murmurei de maneira grosseira.

— Vamos ver o que ela acha disso então – ele levantou as sobrancelhas.

Moleque insolente.

Eu tive vontade de acertá-lo com um copo. Um copo de vidro e quebra-lo bem no meio daquela fuça.

— Perseu – ele se ajeitou no sofá,ficando de frente para mim. Próximo o suficiente para que eu visse que,menina quantos cravos nesse rosto! – Você pode contar comigo.

Analisei-o. Eu sabia disso. Sabia com todas as letras que compunham a sentença :         v o c ê   p o d e   c o n t a r    c o m i g o.

Mas ele tinha muito ainda. Ok,talvez ele não tenha senso de direção,coordenação motora,senso crítico e muitas coisas,mas ele tinha mais do que eu,você e qualquer outra pessoa nesse mundo : ele tinha alguém. Alguém de sangue. Alguém que – se estivesse  vivo – ele encontraria e tentaria sobreviver a isso. Nico tinha o que qualquer pessoa deveria ter além da esperança exacerbada : ele tinha o sangue vivo.

Então eu resolvi fazer a coisa mais certa que consegui pensar : eu menti.

Mentir é errado! – eles dizem.

Em situações normais,talvez seja.

— Tudo bem – pigarreei – Esse é o plano,Nico : enquanto Annabeth vai atrás do irmão,eu vou...

—x-

Eu peguei dois copos em cima da pia,e lavei-os. Nico parecia convencido em seguir o que eu havia dito,por mais que fosse arriscado para ele. E era,muito arriscado. Era arriscado do tipo : ele não vai fazer,quem vai sou eu.

Mas ele não precisa saber disso.

Ele abriu a geladeira e riu baixinho. Eram quatro ou cinco horas da manhã. Não conseguimos dormir depois de tudo,conversamos sobre tudo e rimos de besteiras. Não deveria,mas parecia a minha despedida dele.

Eu estava me despedindo.... ele só não sabia disso.

E a despedida com Annabeth? Bem... essa não precisa acontecer. Se depender de mim : não vai.

— O que foi? – perguntei,colocando os copos em cima da mesa.

 Ele levantou uma garrafa de Budweiser e riu.

— Cerveja? – perguntou.

Revirei os olhos. Como já mencionado,eu não era o cara que ia para as baladas,enchia a cara,tirava foto e postava no instagram. Não fazia tweets bêbados e muito menos mandava áudios para alguém....

— Cerveja. – concordei.

....eu não acho que Nico também fosse esse cara.

Ele colocou a garrafa no meio da mesa e nos sentamos. Ele arrumou os cabelos e suspirou,parecia nervoso.

— O que foi? – perguntei.

— Eu nunca bebi – ele riu. – Ensine-me,óh grande Perseu.

Revirei os olhos...seria um bom momento para dizer que eu não era fã dessas coisas. Mas talvez... talvez fosse o momento certo para ser. O copo de despedida,talvez.

Abri a garrafa e despejei um pouco nos copos. O líquido amarelado não parecia vencido. Está aí algo que talvez eu deva perguntador para o criador da Budweiser quando eu for pro inferno : esse negócio não tem vencimento?

O que? Vocês acham que ele foi lá pra cima? Por favor.

— Não parece ruim – ele murmurou,pegando o copo. Levantou-o até o nariz e riu – Argh,tem cheiro de...cevada.

— Bem observador – eu ri.

Levantei o copo,colocando-o na altura do dele. É,eu evitei isso.

Mas eu,Percy Jackson,estava tendo um momento. Um momento com Nico Di Angelo.

Maravilha!

— Hn... – pigarreei novamente. Ele virou a cabeça de lado,segurando um sorriso. – Saúde a todos...todos os...

—...bolinhos.

— ... isso. Bolinhos. Todos os bolinhos que a gente...você sabe...

—...comeu. – ele mordeu os lábios,fingindo falar do tempo.

—....exato. Saúde a todos  os bolinhos que comemos. – revirei os olhos – É o brinde mais tosco da história.

— Eu não diria o mais tosco,mas sim o único brinde no apocalipse. Com toda certeza. – ele olhou para o copo e suspirou,ficando sério de repente – E que tudo que planejamos...dê certo. – ele bateu o copo levemente no meu e fez careta.

— Claro – sussurrei. Bebi um gole da cerveja e ele fez o mesmo,rindo.

Depois de mais dois goles,terminamos nossos copos. Ele levantou e deixou ambos os copos na pia,sorrindo.

—...

—...

Ele me olhou. Estendeu o braço e murmurou :

— É a pior coisa que eu já bebi!

Ah,Di Angelo! Balancei a cabeça negativamente. Droga.

Se eu pudesse,se eu conseguisse achar uma saída na qual eu sairia vivo dessa...eu o levaria para beber algo de verdade. Tequila,talvez. Whiskey é caro demais.

— Eu tenho que concordar – sorri.

—x-

Dez para as seis horas da manhã.

Ele não havia chegado ainda.

Nico vigiava a casa ao lado pelo jardim. Mandava sinais pela porta dos fundos, mas era sempre o sinal de “não”. Porquê ele estava adiando tanto?

Desembainhei a minha espada e peguei o anel no fundo. Era um negócio simples,mas era da minha mãe. Papai havia pedido ela em casamento em Londres, no topo da London Eye. Segundo Sally,ele balançava a cabine tentando assustá-la e quando ela finalmente fechou os olhos de medo,papai ajoelhou-se e tirou o anel do bolso ( papai não gostava de caixinhas,era um homem prático). Era um anel feio – até eu tenho que admitir – era simples exatamente como meu pai. Era fininho,delicado,prateado e sem pedrinha nenhuma.

Poseidon era meio pobre quando pediu a mamãe em casamento. Quando nós – Paine e eu – nascemos – eles ficaram totalmente pobres. Mas juntos.

“Hold on”. – era a única coisa no anel. Do lado de dentro,em uma caligrafia bonita e pequena por conta da finura do anel.

— Mantenha-se firme – sussurrei e ri sem humor – Você quase matou a mamãe balançando aquela cabine.

— Perdeu a cabeça de vez? – sussurrou no fim da escada – Ou está se sentindo sozinho e voltou a falar com seu amigo imaginário?

Ela estava toda descabelada. A camisola amassada e a cara totalmente inchada.  Mas os olhos brilhantes,as mãos inquietas e o sorriso tímido,deixava todo o resto bem pequeno. Ela se aproximou devagar,pegou a espada do meu colo e deixou-a encostada na mesa de centro. Annabeth colocou a mão direita no meu cabelo e sorriu ainda mais. A mãozinha gelada enrolando-se no meu cabelo seboso.

Credo.

— Você dormiu bem? – porquê eu estava sussurrando?

— Como há muito eu não dormia – sussurrou,sentando-se no meu colo.

— Você gosta de ficar assim,hun? – provoquei-a,sorrindo. Passei os braços pelo seu corpo,colocando o anel no meu mindinho,para que ela não visse.

— É meu lugar favorito no mundo – ela sussurrou inclinando-se para beijar-me no rosto.

Olhei-a novamente.

Tem certeza que não vai se despedir desse rostinho?

— O que foi? – ela murmurou,cerrando os olhos cinzentos – Tem alguma coisa que você quer me dizer?

Ah,você sabe menina. Sabe que você foi – provavelmente – a coisa mais importante que me aconteceu. Foi o “achado” mais perfeito que esse universo poderia me dar. Tudo,cada palavra,cada toque,cada xingo – que não foram poucos – foram os melhores e que eu faria de tudo para mantê-la segura. Porque se eu tinha um primeiro propósito e eu falhei miseravelmente em cumpri-lo , algum Deus – se é que isso existe – me deu uma segunda chance. E,pode ser que sim ou não,mas eu acho que tenho feito bem. Você é um propósito. Um caminho. E eu escolhi cumpri-lo mesmo sabendo que ia falhar de novo.... deixar você,vai ser a coisa mais difícil desde Paine Jackson. Vai me matar – literalmente. Mas se eu tivesse uma terceira chance,se todos os fatos ocorressem da mesma forma e eu tivesse que escolher entre você ou Nico,eu abriria a terceira opção novamente e escolheria à mim mesmo ( mais uma vez). Porque...ah diabos,poquê esse sou eu. E esse sou eu fazendo a escolha certa. Esse sou eu e eu ao você.

Então eu faria tudo de novo. Sem piscar,sem pensar duas vezes.

— Não me faça esperar – ela sussurrou,agora preocupada.

—Não – sussurrei também – Na verdade,eu queria te dar uma coisa.

Ela se remexeu em meu colo e sorriu. Parecia uma criança animada com um saquinho de doces no dia das bruxas.

— Presente? – ela riu – O último presente que eu ganhei... nem consigo me lembrar.

Sorri para ela,puxando minha mão para frente. Annabeth se apoiou com as mãos em meus ombros e sorriu. Olhava-me em expectativa e eu esperava que não tivesse tanta como aparentava. Era só um anel feio e pequeno.

— Hn.. – pigarreei. – É uma coisa que eu peguei da minha mãe quando...cê sabe – sorri sem graça.,rodando o anel ridículo nos dedos – Eu acho que tem mais valor simbólico do que valor financeiro,é bem pequeno e feio,eu sei lá porquê minha mãe aceitou casar com meu pai depois desse negócio horrível – sussurrei e ri sem humor. Eu estava nervoso.

Ah não nos diga. Ninguém percebeu.

— O que é ? – ela sussurrou,tomando-o das minhas mãos – Eu não consigo ver,você balbuciando aí,escondendo meu presente!

— Mal-educada – sussurrei revirando os olhos.

Ela pegou o anel e sorriu. Era pequeno demais para representar o quanto ela era especial para mim. Talvez...um dia eu conte o valor que ele tem para mim. E para minha família.

Que ridículo. Ela vai odiar esse negócio feio. Melhor contar agora e talvez ela finja gostar só pela história.

— É pequeno.. –ela sussurrou rodando-o nos dedos.

— É,eu sei. Mas se eu fosse te dar alguma coisa que representasse em tamanho o quanto eu gosto de você.... eu teria que te dar a Disney. – murmurei irônico.

— É tão delicado – ela murmurou e fungou baixinho – Parece que eu vou quebrar de tão desajeitada que eu sou.

—Não vai,docinho – sorri,acariciando sua bochecha enquanto ela não tirava os olhos do anel – esse negócio deve ser mais resistente que adamantium.

Ela balançou a cabeça negativamente,rindo baixinho.

— É geladinho – ela sussurrou novamente. – É como eu.

Eu a observei enquanto ela observava o anel, como se fosse a Torre Eiffel. Ou a coisa mais preciosa que você possa imaginar. As pupilas dilatadas voltaram-se para mim e para o anel de novo. Ela virava ele e sorria com as palavras gravadas. Parecia contente e..ok,eu também estava. Para um caramba.

— Diga alguma coisa – sussurrei,passando a mão no anel,junto com ela. – Por favor.

— Por que está me dando isso? – perguntou. Os olhos agora marejados e a voz embargada.

Epa.

Não é pra ser assim. Você não ameace chorar!

— Hn...- cocei a nuca – Porque eu quis?

—Percy-

—Porque eu posso?

—Não,você-

—Porque eu não acho que combina comigo? – tentei novamente. La revirou os olhos e olhou-me tão profundamente quanto Nico. Eu precisava treinar esse tipo de olhar..

— Por quê? – sussurrou.

Irritei-me.

Sim,do nada. Igual um leão :

Estou tranquilo. Olha como estou tranquilo aqui na selva e ah olha só tem carne ali eu estou irritado agora!

— Se você não o quer,eu posso ver se combina com Nico – tomei-o de sua mão. Por que ela não podia só...aceitá-lo? Era só colocar aquela porcaria no dedo e fim. Por que diabos ela tinha que questionar tudo e a todos? Achar que há alguma coisa por trás disso.

Porque há. Você sabe que há.

Ah,vá se lascar.

— Você sabe que não é isso – ela sussurrou irritada. – Devolva-me!

—Vai aceitar e ficar quieta? – perguntei com raiva.

Dar o anel da família? Péssima ideia,aparentemente.

— Você não manda em mim – resmungou. -  Devolva-me.

Joguei-o de volta em suas mãos e revirei os olhos. Se quiser,ótimo.

Se não,ótimo também. Talvez caiba no anelar de Nico.

Por mais irritado que eu estivesse,não consegui tirar os olhos dela. Limpou os olhos com as costas da mão e  suspirou diversas vezes antes de pigarrear e perguntar-me :

— Você não está indo embora,está?

Minta.

— Não – sussurrei de olhos fechados – Não seja ridícula.

Ela colocou ambas as mãos em meu rosto e sussurrou novamente :

— Mais uma vez.

— Não estou indo para lugar algum – sussurrei.

Seria menos torturante se ela estivesse com dois ferros ligados de cada lado do meu rosto e pressionasse-os em minhas bochechas. Seria mais fácil estar sentado em uma cadeira elétrica ou em uma cadeira cheia de spikes que perfurariam meus órgãos.

Seria mais fácil se eu fosse corajoso o bastante para parar de mentir.

Senti seu hálito em meu rosto e mais um suspiro.

— Eu amei – sussurrou. – Você colocaria em mim?

Abri os olhos dando de cara com a imensidão cinzenta. Tranquila,o sorriso tímido de volta. Os lábios vermelhos e as bochechas mais rosadas. A mão direita segurava o anel apontando para mim e a mão esquerda – um tanto trêmula – estendida.

— Na mão esquerda? – sussurrei.

— Na mão esquerda. – concordou,as bochechas ficando mais rosadas.

Peguei o anel e sorri.Ela colocou a mão esquerda mais para frente e sorriu também.

— Em qual dedo,senhorita Ninguém? – brinquei. Ela riu baixinho,colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha rapidamente e voltou com a mão para mim. As bochechas ainda naquela vermelhidão adorável.

— Em qual você quiser. – sussurrou.

 Coloquei-o no dedo anelar e beijei-lhe a mão de forma delicada. Com a mesma mão,ela puxou minha cabeça para a sua reta e sorriu de novo. Eu queria tirar uma foto do seu sorriso mas não achei que fosse necessário. Eu veria aquele sorriso,pode não ser nessa vida,mas eu veria.

— Eu amo você – sussurrou e beijou-me nos lábios de forma lenta. As mãos geladas em meus ombros subiram para o meu pescoço enquanto ela beija-me. Annabeth poderia pedir para que eu pulasse de um prédio altíssimo,que eu o faria quando ela quisesse.  Ela empurrou meu corpo para que minhas costas encostassem inteiramente no sofá,ainda deixando-me sentado. E foi nesse momento que eu percebi o quão tenso eu estava desde a hora que conversei com Nico.

Eu precisava relaxar ou colocaria tudo a perder.

— Eu amo você – sussurrei quando ela me deixou respirar,beijando-me no pescoço. Passei as mãos para os seus cabelos,enrolando-os nos dedos e puxando sua boca novamente para a minha de forma delicada.  – Seu sorriso – surrei,beijando-a na bochecha. Ela arfava baixinho e puxava minha camiseta – Tudo. Você inteira.

—Eu amo você em pedacinho? – ela brincou – Tudo. Você inteiro – sussurrou,puxando o zíper da minha calça para baixo e sorrindo de lado,sem vergonha nenhuma.

Puxei sua boca para minha novamente,deixando-a sem ar.  Na minha cabeça,eu só conseguia repetir o meu mantra : não é uma despedida. Não é uma despedida. Passei minhas mãos do inicio da sua coxa ao fim da parte interna. Ela suspirou alto e escondeu a cabeça em meu pescoço.

— E você ainda diz que não está indo embora. – sussurrou chorosa.

—Não estou – sussurrei com tanta convicção que quase eu mesmo acreditei – Não estou indo a lugar algum.

—Prove. – sussurrou remexendo-se em meus dedos.

—Já não estou fazendo isso? – sussurrei,mordendo-lhe a orelha – O que mais você quer de mim Annabeth? Se no momento,você é a única que me tem por inteiro?

Ela afastou minha mão de si,e rapidamente – sem nem eu mesmo perceber – encaixou-se em mim. Pela terceira vez, éramos um só. Fisicamente falando. Ela gemeu baixinho quando empurrei-a para baixo de maneira nada delicada.

—Desculpe – sussurrei,encostando sua testa na minha. Ela entreabriu a boca mas não disse nada. Só franziu as sobrancelhas e pediu por mais,como se fosse preciso.

Ela gemeu mais alto e mordeu meu pescoço. A mão gelada puxou minha mão para sua e ela entrelaçou os dedos. Empurrei-a mais uma vez e ela levantou a cabeça,olhando-me diretamente nos olhos... quase como se dissesse...

Não é uma despedida.

— O que você está fazendo? – sussurrei,empurrando-a mais uma vez. Ela mordeu os lábios e se moveu comigo. –Hn,Annabeth-

Encostou sua testa na minha,ainda de olhos abertas,movendo-se comigo. O que ela estava fazendo?

— Eu disse que amo você – ela sussurrou entre arfadas baixinhas. – Estou amando você.

Puxei seus lábios de volta para os meus quando seus movimentos já não podiam ser comparados aos meus. Era quente,talvez o lugar mais quente do universo. E era totalmente antagônico visto que Annabeth era fria.  Ela era um show particular ou uma miragem feita só para mim. Era a coisa mais estranha e maravilhosa. Insegura mas cheia de si.

Ah o que eu estou dizendo? Desde o ínicio Annabeth fora assim : os oposto na mesma pessoa.

— Percy – sussurrou mais alto,apertando minha mão na sua.

Ela era força e fraqueza.

Não é uma despedida.

— O que foi,meu amor? – sussurrei,puxando seus cabelos para fora do rosto,a mão apertando a minha,os olhos fechados,a testa franzida,os lábios entreabertos.

Ela era o bom e o ruim. Fria e quente.

— Agora? – sussurrou baixinho – Por favor,agora. – mais uma vez.

Ela era insegura e cheia de si. Doce,delicada.

Bruta e hostil.

Segurei seu cabelo e puxei-a novamente para cima,empurrando-a contra mim rapidamente. Ela choramingou baixinho e apertou ainda mais minha mão.

— Percy – sussurrou.

Ela era tudo. Ser tudo era a única coisa que ela não era o oposto. Ela era tudo e fim.

—Agora – sussurrei.

—x-

— E você quer o café agora? – ela sussurrou para seu irmão.

Estávamos em ação.  Não conseguimos deduzir que horas ele chegaria,ou como chegaria,então já estávamos em ação.

Voltamos para a casa de Annabeth pelos fundos. Nico,ela e eu entramos e logo fomos nos escondendo pelos cantos. Como ela mesma havia dito,o irmão não seria um problema. Prometos doces,balas e um ps4 quando saíssemos disso tudo. E quando Nico mencionou as palavras “pai”,”seu” “matar” “iremos”,o garoto não gritou o tentou nos bater. Pelo contrário : ele nos fez prometer que iriamos fazê-lo.

Os cabelos dele era tão loiro quanto os de Annabeth. Os olhos eram cinzentos também,porém mais claros. Ele tinha um metro e meio e parecia ser dobrável e colocável no bolso,caso desse problema.

—Você parece um pirata – ele murmurou quando Annabeth disse meu nome para ele. – Um pirada porque seus olhos parecem o mar do caribe.

—Você já esteve no caribe? – sussurrei de volta. Parece que os dois Chase’s tinham o dom de me encantar.

— Não – ele riu – Mas eu vi no Jack Sparrow. Sabe aquele filme? Tem aquela música tandantanda tandantanda tdandandanda tandandtaram.

Annabeth tinha as bochechas vermelhas mas sorria também,enquanto olhava o garotinho.

— Sei – sorri para ele.

Eu sabia que estava ferrado. Não apenas uma Chase eu teria que salvar. Mas os dois. E eu não me perdoaria se não o fizesse.

— Os meninos precisam se esconder,ok Malcom? – sussurrou. – Dê tchau. Já já estaremos fora daqui.

—Tchau,amigos –ele sussurrou apertando nossas mãos.  – Ei pirata – ele chamou,fazendo-me olhá-lo – Traga-me o horizonte!

Ele citou.

Quando ela fechou a porta do armário,senti seus olhos em mim,mas não a olhei de volta. Ou estragaria tudo.

Fechou a porta e logo Nico pegou uma lanterna no chão, ascendendo-a. Era um armário cheio de pó e casacos. No chão,haviam algumas caixas de sapatos e  tubos de filmes,daqueles dvds antigos. Havia uma pilha de livros no quão estávamos sentados. Nico colocou a luz em meu rosto e disse :

— Não fique tão aflito.

— Não estou – sussurrei,apertando minha espada em mãos. Nico segurava o bastão de Annabeth e duas armas que ela pegou no armário do pai dela. Passei a mão pela minha lâmina e suspirei mais algumas vezes. – Talvez um pouco.

— Não fique – ele sussurrou – Logo já estaremos longe daqui.

— Você vai atrás dos seus pais,certo? – perguntei sem olhá-lo.

—Iremos todos – ele riu de lado – O bom vai ser o pirralho para não segurar vela sozinho. Vamos caçoar horrores de vocês dois.

Balancei a cabeça sem acreditar naquilo. Não,não aconteceria.

Nico ficou em silêncio pelos próximos minutos. O que foi ótimo.

Eu ouvia três coisas .

Meu coração. O coração dele pulsando. E a conversa dela com o irmão. Pelo menos,duas daquelas coisas precisavam continuar a serem ouvidas pelo universo. E eu precisava fazer aquilo acontecer.

“...você não pode mencionar nada sobre eles..” – ela dizia.

Ele não o faria. Era um menino esperto. Mais velho que a minha menina,mas tão esperto quando Paine.

Eu só consegui rir do meu desespero. Eu olhava o meu reflexo na minha espada me perguntando o porquê de ter tanto medo de morrer. Eu não quis admitir mas eu havia me despedido. Havia dito tchau. Havia aceitado,então porquê...?

Eu não queria ir.Não quero.

Você não precisa.

Mas alguém vai. Frederick é esperto,inteligente e sagaz. Sem falar em perspicaz. Somos em quatro pessoas,alguém vai ficar. Quais as probabilidades de que vamos sair os quatro sem riscos? Eu não farei as contas porquê não existem.

Nico.

Não pode ser. É forte,inteligente e tem muito o que ver ainda. Tem muito bolinho lá fora esperando por ele.

Annabeth.

Não. Só de pensar nessa hipótese,,eu me enraiveço comigo mesmo. Eu cortaria dois deos,um braço, e meu nariz para que isso não acontecesse.

Malcom.

De jeito nenhum.

Percy.

.....

.....

Tinha de ser eu.

Eu não tinha relógio. Não fazia questão de ter noção do tempo. Nico dizia ser três da tarde? Quatro? Eu não sei,mas estava atento aos movimentos lá fora.

O plano,era simples : Annabeth diria ao irmão para quê estávamos lá. Eu e Nico nos esconderíamos no quarto de Frederick – essa parte foi mudada. Annabeth disse que ele passava mais tempo na sala do que no quarto. Esperaríamos dar a hora do jantar e enquanto ele estivesse na sala,em seu aconchego,lendo um de seus livros – como ele sempre fazia,segundo Annabth – surpreenderíamos ele. Seria rápido.

Quer dizer,eles achavam.

Eu o faria sofrer. Prolongaria sua dor.

Dessa parte,Nico sabia. Annabeth não sabia,se não ela limitaria tudo para mim.

O que Nico não sabia,é que enquanto estivesse com Frederick,todos os outros três já deveriam estar bem longe. Eu ameaçaria atirar neles – roubando uma arma de Nico – e os faria ir para bem longe.

Eles iriam? Não sei. Deveriam. Devem.

Porquê se der problema,eu não os quero aqui.

Então eu ouvi. Desviei os olhos para Nico rapidamente e no mesmo momento que nossos olhos se encontraram,ele desligou a lanterna.

Olá família!— nojo e desprezo. Era só o que eu sentia ao ouvir a voz daquele grandíssimo filho da puta.

Respirei fundo algumas vezes. Aproximei-me de Nico,puxando seu pulso para frente de meus olhos.

6 p.m. Eu não tinha mesmo noção do tempo.

Depois disso,eu peguei apenas conversas paralelas e pela metade :

“...aquele macarrão? Por que? Ah sim,eu tive contratempos no caminho,queria. Por isso me atrasei...”

Gradissímo.

“...sim,meu filho. Claro que sim,pegaremos outro ônibus se você gosta tanto deles....”

Filho.

“... acho que vou continuar a leitura. O jantar estava supimpa,queridinha....mais tarde,conversaremos em particular. Você está mais brilhante hoje....esse creme deve fazer bem...”

Da puta.

Nico segurou-me pelo pulso e sussurrou :

— Calma.

Ouvimos os barulhos de passos no corredor do lado de fora. O armário de casacos ficava na parede esquerda à cozinha,e a cozinha era separada da sala apenas pela bancada americana. Segundo Annabeth,ele estaria sentado no sofá de costas para a bancada. E fim.

Duas batidas leves. Nossa deixa.

Abri a porta sem fazer barulho. Nico acompanhava-me,fechando a porta atrás de si. Eu via só os cabelos loiros de Malcom e Frederick sentados no sofá de costas à bancada. Annabeth colocou dois copos na pia,com as mãos trêmulas,fazendo demasiado barulho e chamando atenção dele.

Agachamos embaixo do balcão americano e fez careta para ela.

— O que houve aí? – Frederick perguntou. Ouvi seus passos,ele deveria estar à...seis,sete passos. Só levantar e...cortá-lo em pedacinhos.

Respirei fundo.

—Estou falando com você,Annabeth. – ele repetiu,grosso.

Não fale assim com ela.

Nico apertou meu pulso. 

— Caiu da minha mão,papai – ela sussurrou,colocando-os de volta na pia,em pé. – Eu acho que não comi muito,estou toda trêmula.

— Bem,você deve se alimentar querida –ele disse,sua voz ficando mais ao longe. – Tenho alguns planos para você quando chegarmos em Chicago,para onde pretendo ir. Aliás,venha. Sente-se conosco hoje,vamos discutir alguns...

Não mesmo.

Ela suspirou,dirigindo-me um olhar rápido e indo se sentar com eles.

— Aflição da porra – Nico moldou com os lábios sem voz.

Esperei mais alguns momentos enquanto ele falava sobre uma futura viagem. Levantei-me,olhando para Malcom que logo desviou os olhos de mim,para não despertar suspeitas.

Bom garoto.

Apontei com a cabeça para o lado direito,e Nico obedeceu. Faria Malcom de refém para ver se Frederick se entregaria tranquilo.

O que não aconteceria de jeito nenhum. Ele não é esse tipo de cara.

— ... e aí,se houver mais gente como nós e eles colaborarem comigo : faremos de você uma dançarina da boate de Greg. – ele dizia.

Eu tive vontade de vomitar em cima dele. Talvez eu o faça.

Um.

Levantei o dedo para Nico. Malcom balançava a perna nervoso.

Dois.

Mais um dedo para Nico. Annabeth concordou com a cabeça para as bobagens que Frederick dizia.

Três.

Mais um dedo. Frederick riu.

— E eu sou idiota assim. – ele disse.

Corri até a borda do sofá,colocando minha espada ao redor do seu pescoço,puxando-o para fora do sofá,fazendo-o cair no chão,em cima de mim. Eu tinha minha espada ao redor de seu pescoço, Nico apontando ambas as armas para ele e Malcom havia corrido para junto de Annabeth,que estava com seu bastão em mãos.

Ele ainda ria.

— Qual é a piada,seu cretino? – perguntei. Quer dizer,eu acho que perguntei. Não sei se reconheço a minha voz nesse momento.

Ele era mais alto que eu,mas também era mais lento. Tnetou sair do aperto da minha espada duas vezes,até Nico vir até nós,e lhe dar um chute no saco.

E ele ainda ria.

— Ahn,querida – ele murmurou,olhando para Annabeth. – Você é a piada,querida.

— Não fale com ela – puxei a espada mais para a pele dele,fazendo um rasgo. – Opa.

Annabeth puxou Malcom para trás de si. Nico mantinha os olhos em mim e Frederick.

— Você e seus amiguinhos se acham grandes por me pegar? – ele perguntou,tossindo em seguida. Nico aproximava-se lentamente de Annabeth e Malcom. Esse,eu mal conseguia ver de tão escondido. – Vocês são a piada.

— Cala essa boca – eu ri. – Ou eu juro por Deus-

—Ah garoto – ele forçou a cabeça para me olhar. Ao contrário dos olhos dela,os dele tinham maldade. Explicita e bem clara maldade. – Eu sabia que você era problema no momento em que te vi.

— Então sabe que não deve se meter comigo,Frederick. – murmurei,puxando-o para cima. Ele tossia e o rasgo em sua garganta sangrava de forma constante.

— Eu sei,garoto – ele piscou.

— Então por que o fez? – perguntei retoricamente.

— Ela não é sua,garoto – ele murmurou,apontando para Annabeth. – É minha.

Onde estava Malcom? Eu só conseguia ver seus cabelinhos atrás de Annabeth.

— Ele vai matar você – Annabeth murmurou com a voz trêmula – E eu não ligo nem um pouco com a sujeira que vai ser.

— Você,querida...- ele apontou para ela. – Sempre foi parecida demais com a sua mãe. Você não vai deixa-lo fazer isso.

— Eu não me importo – ela disse estridente. – Nem um pouco.

Ele se mexeu e eu apertei-o novamente.

—Cuidado com isso,garoto. Pode machucar alguém. – riu. Novamente,olhou fixamente para Annabeth,fazendo-a desconfortável. – Por que está tão brava,querida? – perguntou,a voz pingando o sarcasmo.  – Foi porquê eu toquei em você enquanto você dormia,bebê?

Arrastei a lâmina pela sua garganta.

—Oh,você já sabia,garoto? – ele riu de lado. Apesar de não transparecer,parecia com dor.  – Ela é uma boa foda,hn?

Empurrei-o para fora dos meus braços,e joguei-o no chão. Pisei em seu tornozelo,fazendo-o gritar apontando minha espada para ele,levantei uma das mãos para Nico :

—Arma.

Nico inclinou a cabeça e suspirou.

—Percy...

—Arma,agora! – gritei sem tirar os olhos daquele monstro.

Nico passou pelos sofás,vindo até mim. Colocou a arma na minha mão e suspirou.

—Não faça besteira.

Frederick levantou a sobrancelha e abriu os braços. Annabeth se mexeu desconfortável.

— Só acabe logo com isso,Percy – pediu – Por favor.

— Sabe quem é o cretino,garoto? – ele perguntou retoricamente. Apontei a arma para o seu rosto e suspirei – Você. Um pai volta para buscar a filha depois de muuuuito tempo-

—...e depois de tentar mata-la. – grunhi.

— Detalhes – ele riu. – E você quer mantê-la longe de mim. Que monstro horrível.

Atirei contra seu braço,fazendo-o gritar de dor.

Quase lá.

— Percy – Nico gritou – Vai chamar atenção das coisas lá fora!

— Vão indo na frente – resmunguei – Eu alcanço vocês.

Annabeth riu sem humor,e pegou na mão de Nico.

— De jeito nenhum.

— Não mesmo.

Suspirei. Ah Deus.

Frederick parecia alheio a tudo, a mão apertando firme o braço ensanguentado. Como se soubesse o que ia acontecer. Babaca imbecil metido a sabe-tudo.

Olhei-a nos olhos.

— Tô mandando ir embora – resmunguei. – Agora,Annabeth.

— Não. – ela gritou. – Você não vai me afastar agora.

—Hn,pessoal... – Frderick chamou atenção,a mão no braço ensanguentado e a voz esganiçada. – Onde está Malcom?

Isso não estava nos planos. Nem nos que todos sabem,nem nos meus.

— Ei,pirata. – do topo da escada,Malcom murmurou – Larga essa arma e deixa o papai.

Malcom segurava uma pistola,apontada para mim. Annabeth correu para o meu lado,desviando o olhos de mim para Frderick e por fim,para Malcom. Nico apontava a arma para Frederick assim como eu,sem entender absolutamente nada.

Mas eu não tinha tempo,nem paciência para aquilo.

— Dê um jeito nisso – sussurrei para ela.

Annabeth aproximou-se da escada,o taco de baseball nas mãos.

— Larga isso. – sussurrou – E vamos embora.

— Deixe o papai em paz. – ele sussurrou – Vai pirata!

Frederick riu. Engraçado quando a pessoa que mais está na merda,dá risada.

— Malcom,ele não é o papai. – ela sussurrou – É um monstro. Nós conversamos sobre isso,Malcom,larga esse negócio.

— Eu não confio no Pirata! – ele gritou. – Confio no papai.

—Meu garoto – Frederick piscou para mim , fazendo-me perder a paciência e atirar novamente contra ele.

Na perna esquerda,o qual ele gritou como uma garotinha. Parecia música para os meus ouvidos.

— Ele tá machucando o papai,Annie – ele desceu alguns degraus ,ficando mais próximo de Annabeth . A voz têmula,o olhos cinzento escuro perdido.– Não é certo!

— Malcom...- ela sussurrou a voz embargada – Você foi mordido. Seu braço....

E realmente,o braço de Malcom sangrava até pingar. Ele suava,estava pálido.

Por Deus...por favor,não.

Nico avançou sobre Annabeth,agora ao seu lado. Malcom desviava os olhos de mim para Frederick como se realmente acreditasse que quem estava fazendo o mal,eu era eu.

E de repente,nada mais parecia fazer sentido.

Frederick se levantou na mesma velocidade que os Power Rangers morfam. Ele pegou passou o braço ao redor de Annabeth,fazendo-a gritar por mim. Nico atirou contra ele e Malcom atirou contra Nico.

Mas o que diabos...?

No mesmo minuto em que Nico gritou de dor,Malcom caiu da escada.

Silêncio.

Todos paramos no momento exato em que o corpo de Malcom caiu no chão. Ao redor,lentamente,a poça de sangue se espalhava ao redor do corpo.

Quem... quem atirou em Malcom?

Foi quando eu percebi os olhos de Annabeth,Frederick e Nico em mim. O braço de Nico sangrava,e ele fazia careta. Aproximou-se de mim,agarrando meu pulso com força.

Minha mão direita levantada,com a arma. Um pozinho engraçado no chão...

—Nico.. – murmurei horrorizado. O que eu havia feito?

Annabeth tinha os olhos atentos. Abalada. Aflita. Não com Malcom – talvez,ela já tivesse aceitado o que estava por vir – mas com Frederick.

— Você... – Frederick arfou e apontou a arma para Nico. Annabeth se debateu,gritando para que ele parasse. – Eu sou um cara que preza a justiça,então...

—Percy! – ela berrou – O Nico!

  Eu me coloquei em frente de Nico,mas o aperto em meu pulso ficava mais forte.

— O que você está fazendo? – gritei com ele. – Nico,pare!

Ele empurrou-me,jogando de volta ao seu lado. O apertou no meu pulso,desde que saíamos do armário de casacos juntos,só aumentava. Mas naquele momento...

—... nada mais justo, Jackson.

E atirou.

Tiro certeiro na cabeça de Nico Di Angelo.

...o meu pulso estava livre do seu aperto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

eu sofri nesse capitulo mano
eu já pretendia matar o Nico e tal,mas eu sofri
não me matem
pq se vcs acharam isso ruim.....
n vou spoilar nobody


vamos lá migos
first of all
obrigada a todos pelos comentários na ultima One.
Eu não abandonei as Ones gente (mps demais sobre isso),não abandonei. Eu tenho duas continuações e mais um monte pra postar. Eu preciso ver se vou mudar alguma coisa.

Eu recebi um comentário bem desagradável esses dias ( alguns meses,i think) ;
dizendo que eu não escrevo como antes e galera : isso é óbvio.
muuuuita coisa mudou na minha escrita ( os erros por digitar rápido demais continuam rsrsrsrsrsr vou consertar isso qualquer dia ) e Keep U Safe é a prova disso. Eu me limitava muito a algumas coisas e em Keep U Safe,você pode perceber como eu tirei esses limites de mim. Foi uma critica que eu recebi de coração aberto,por mais que a pessoa seja um "who",e que eu tô sabendo que foi pessoa x que falou pra pessoa y que Liids River tá destratando pessoa x ( EU DESTRATANDO PESSOAS RSRS)
ENFIM GALERA
não tenho tempo pra criancice : se você tem algo a me dizer,diga logo. Não usa pessoa y pra isso.
Somos mulheres,fortes,donas da rua. Vamos resolver isso logo,ok? Eu aceito críticas de pessoas que acompanham desde o ínicio,ou de pessoas que me acompanham do meio...mas chegar agora no fim - usando provavelmente - um perfil falso para isso...
i m a t u r i d a d e



para meus bebêzinhos que sabem que são meus bebêzinhos lindezinhos : amo vcs

de coração
amo vocês



( vou corrigir os errinhos de digitação assim que eu tomar vergonha na cara rsrs)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Keep u Safe." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.