Keep u Safe. escrita por Liids River


Capítulo 11
(break) You&I


Notas iniciais do capítulo

oin bebês
vamos lá : esse capitulo é pra deixar claro o que o pai da Annabeth fez (ou não) com ela.
o capitulo de porradaria vem já já
espero que vcs gostem desse
me deu um trabalhinho,but...eu precisava escrever um romancezin
eu amo romancezin percabeth

To ansiosa demais pro enem,então talvez tenha ficado meio merda
mas eu gostei
no próximo,programação normal : porradaria.



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Eu não se se já narrei como Annabeth estava quando eu a encontrei. Talvez,a minha Srta.Ninguém,fosse a garota mais esperançosa que eu já tivesse conhecido. E é óbvio que eu sou suspeito pra falar,visto que...eu sou completamente apaixonado por ela. Visto que eu faria de tudo para mantê-la segura e faria de tudo para vê-la feliz...

... mas ela era. Eu tinha que admitir que isso também era bem irritante as vezes.

Quando eu vi a cabeleira loira tentando argumentar com o copo curvado – completamente vestido de preto – eu sabia que tinha que ajuda-la. Na época,eu não conhecia nem 1/3 de Annabeth Chase.... mas eu sabia que ela era doidinha.

Tentar argumentar com um sem-vida. Doida ou maluca.

Então eu descobri que ela era os dois. Bem...isso bem depois.

Ela gesticulava e implorava para que a amiga – que mais tarde eu descobri ser Thalia – parasse com aquilo e voltasse para ela. Depois eu descobri que era a segunda vez que ela tentava argumentar com um sangrento.

Parece que ela não aprendia mesmo.

Quando eu a puxei para dentro da igreja,com aquele taco de baisebol encharcado de sangue,e ela me derrubou no chão – novamente lembrando que foi um golpe de sorte – de certa forma,eu quis larga-la lá. Mas caramba...era um se humano. O único depois de Pane,na minha vida.

Se eu soubesse que ela ia ser tão especial,não teria nem pensado em deixa-la sozinha.

Agora,ela estava ali de novo. Havia sido tirada de mim – como muitos na minha vida haviam sido tirados antes – e eu havia corrido atrás dela. Havia lutado,andado o tempo que fosse para tê-la novamente comigo.

Andado :  ✓

Lutado : por vir.

Encolhida no meu colo. O vestido havia subido,mas ela não parecia ligar nem um pouco.

“- Ele encostou em mim”

Eu apertei Annabeth em meus braços. Ela escondeu a cabeça em meu pescoço e soluçou. Eu odiava tudo e todos no momento. Se um entregador de pizza me visse,agora,com a melhor pizza do mundo,eu mandaria ele pra bem longe. Haviam poucas coisas que me deixavam irritado de verdade.

Irritadiço,qualquer coisa me deixava. Uma respiração mais forte ou um revirar de olhos.

Mas irritado de verdade? Vocês,amigos,nunca me viram irritado de verdade.

Eu tinha planos. Tinha planos para o pai dela e quem quer que tivesse feito mal à Annabeth. Para executar todos os meus planos,o pai dela teria que fugir. Na minha mente,seria como gato e rato.

Eu faria ele implorar pela própria vida. Eu faria ele pedir desculpas ajoalho nas pedras à Annabeth. E depois,ele encoliria um dos dedos que encostou nela.

Annabeth estremeceu em meu colo como se eu tivesse dito meus planos em voz alta e ela não aprovasse.... o que era completamente contraditório visto que ela queria mais a morte dele do que eu mesmo.

Passei o braço ao seu redor com mais força e puxei seu queixo para o meu campo de visão. Meus olhos cinzentos e esperançosos não tinham vida nenhuma. Era como se Annabeth fosse um desenho feito pelo melhor desenhista da cidade. Todos os traços eram perfeitos e ela compunha a melhor paisagem do universo,ao meu ver.

Para alguns,as melhores paisagens eram os céus multicoloridos dos finais de tarde.

Eram florestas verdinhas e gramas molhadas.

Para mim,a melhor paisagem era ela. Ela por inteiro,não partes dela. Tudo. Cada detalhe perfeitamente encaixado em Annabeth,era facinante para mim.

— Ele tentou mais alguma coisa? –sussurrei,passando as mãos pelos seus cabelos. Eu teria nojo de me abraçar se eu estivesse no lugar dela. Como já pontuado,Annabeth estava impecável. Limpinha como nunca esteve. E eu...bem,minha camiseta rosada com o mapa de San Francisco já fora rosada....agora era tudo cinza de tão sujo. Eu provavelmente tinha sangue nas roupas,junto com alguns rasgos e bem... meus cabelos não conheciam shampoo e minha barba não conhecia uma gilete.

Ela estremeceu e suspirou,agarrando minha camiseta com mais força.

—Não me faça dizer – pediu baixinho.

Não parecia a minha menina. Minha garota brava e corajosa.

Era um caco dela. Eu precisava de alguma forma juntar todos os caquinhos e construí-la de novo,talvez levasse algum tempo. Talvez,levasse tempo demais. Talvez....levasse tempo pra caralho.

....mas aqui vai um fato curioso sobre pessoas quebradas :

Elas valem a pena.

— Por favor – sussurrei,encostando minha testa na sua. Ela fechou os olhos,mais lágrimas descendo – Conta pra mim,docinho.

Ela sorriu sem querer.

Ela lembrava.

— Faz muito tempo que você não me chama assim – ela murmurou,beijando-me de leve na bochecha. – Tanto tempo...parece até outra vida.

— Não desvie da minha pergunta – sussurrei. Eu não queria pressioná-la...mas eu precisava me certificar do quão danificada o pai dela a tinha deixado. – Conta pra mim.

Ela balançou a cabeça fazendo o cabelo balançar e tentou sair de cima de mim. Eu queria ouvir a verdade. Queria saber tudo,para poder pelo menos...pelo menos,tentar ajuda-la.Eu puxei suas coxas de volta para mim e ela caiu sentada no meu colo novamente. O rosto agora irritado mostrava que talvez...é,talvez ela ainda conseguisse recuperar sua braveza.

— Me solta.

—Não.

—Eu vou gritar.

—Gritar pra quem?

—Nico. – ela levantou a sobrancelha. – Ele ainda acha que você quer me matar.

— Ele nunca achou isso – sussurrei,puxando sua cabeça pra próximo da minha – Ele nunca acreditou nisso. Ele sabe que eu não faria mal algum a você.

Ela suspirou,passando os braços ao redor do meu pescoço,parecia magoada. Se todos os sentimentos que apareceram nela,esse fora o primeiro que eu achei ser direcionado para mim.

— Não acredito que você achou que eu estava traindo você – encostou a testa na minha e beijou-me nos lábios de leve –Você acreditou mesmo que eu trairia você? Não confia em mim?

—Eu confio.

—Não confia não – suspirou,beijando-me na testa – Mas tudo bem.

— Não é assim – puxei sua mão para entrelaçar com a minha. Macia e quentinha. – Eu estava confuso. Você ficaria se fosse o contrário.

Ela balançou a cabeça,passando a mão livre pelos meus cabelos e rosto.

— Eu amo você. – ela sussurrou. – Eu amo você. Não posso perder você agora,Percy.

—E não vai – sussurrei de volta.

Annabeth balançou a cabeça,prendendo o choro. Parecia tão perdida que eu me senti perdido também. Não que eu duvidasse dos sentimentos de Annabeth,mas ela....ela era tão misteriosa que eu chegava a duvidar de algumas coisas. Como por exemplo,a sua existência.

Ela era perfeita demais para ser real.

— Ei,escuta – puxei seu rosto para a reta do meu – Você acha que depois disso tudo eu vou deixar você sair daqui? – perguntei,enrolando minhas mãos em seus cabelos perfeitos – Acha mesmo?

— Eu não quero perder você – ela sussurrou novamente.

— E não vai. – sequei suas lágrimas com as pontas dos dedos. 

Annabeth beijou-me novamente. Parecia desesperadamente me pedir alguma coisa. Coisas as quais ela não queria – ou não pudesse – me pedir em voz alta. Eu sei que pra mim fora um inferno ficar longe dela esse tempo todo. Eu imaginava que para ela,também deveria ter sido.

Com seu pai dando uma de estuprador então..

Afastei-me dela abruptamente.

— O que foi? – perguntou,com os lábios roçando nos meus.

— O que mais ele fez com você? – perguntei,apertando-khe as mãos – Conta pra mim,por favor.

— Ele tentou me beijar – ela fez cara de nojo – Tentou fazer com que eu..... Ele não tá bem,Percy – ela sussurrou – Eu tenho medo do que ele pode tentar fazer com você e com Nico..

Eu quis socar alguma coisa. Eu queria mesmo era acabar com a raça daquele imbecil.Puxei sua mão para perto do meu coração e esperei até que ela olhasse no fundo dos meus olhos.

Ela não o fez.

—Não quero que você sinta vergonha disso – murmurei- Olha pra mim.

Ela balançou a cabeça negativamente e mordeu o lábio.

— Olha pra mim,Annabeth – pedi.

Sem respostas.

— Você não tem culpa da falta de sanidade dele,meu amor – sussurrei. Ela começou a ameaçar chorar novamente. – Não tem.

— Eu estou com nojo – ela suspirou,fechando os olhos com força – Nojo de mim,nojo dele,nojo de você,nojo de tudo.

— Eu sei que eu estou um pouco sujo,mas não precisa ter nojo de mim – brinquei,puxando seus lábios para os meus novamente. – Eu amo você. Toda você. Você da igreja. Você da cabana,você doida por bolinhos,você que cozinha brócolis,você que fica comigo na minha cama empoeirada. Toda você. Você de antes,você de agora. Só você.

Ela soluçou no meio do seu choro. Eu senti meus próprios olhos um pouco molhados e quis me bater. Alguém tinha que ser forte entre nós dois. Alguém precisava continuar com as rachaduras no lugar. E tinha que ser eu,já que ela não estava em condição. Ela balançava a cabeça negativamente.

 O que esse monstro fez com você,Srta.Ninguém?

— Você não existe – sussurrou.

— Eu pensei a mesma coisa sobre você segundos atrás – olhei em seus olhos. Cinzentos,meus olhos favoritos,ameaçando brilhar novamente com aquele tom de esperança que eu tanto precisava – Eu quero você de volta. Essa Annabeth. Essa aqui – apertei-lhe com força.

—  Vocês tinham que ir embora – ela pediu. – Você e o Nico-

—Não ouse nos mandar embora – grunhi. – Não.

— Não vou fazer isso.  –ela riu de lado,sem humor – Eu sou egoísta demais pra isso,Percy.

Nós ouvimos um barulho vindo do lado de onde viemos. Annabeth levantou-se imediatamente e eu suspirei. A cabeleira escura sebosa apareceu e eu já queria elaborar mais um plano de combate.

— Ah! – ele suspirou vendo-me sentado – Ok,parece que ninguém quer matar ninguém mais.

Annabeth correu abraçando-o. Ele de inicio,ficou surpreso. Depois retribuiu seu abraço apertado e sussurrando algumas palavras de consolo à ela. Novamente,eu fiquei agradecido pela presença dele. Eu tinha muitas opiniões e muitos sentimentos sobre Nico Di Angelo. Por sorte,a maioria era positiva.

— Vocês estão bem então? – ele perguntou,olhando-me. – Os dois?

Balancei a cabeça. Nem tudo estava bem,pra falar a verdade. Mas eu não tinha certeza de que ela queria que ele soubesse dos ocorridos.

Se quisesse,tinha dito na frente dele.

Touché.

—x-

Ela segurava minha mão. O tempo todo.

Parecia querer se certificar de que eu estava ali de verdade.

Eu fazia o mesmo. Quem nos culparia por segurar mãos?

— Eca. –Nico reclamou seguindo-nos. – Vocês não se desgrudam..

—Essa meio tempo foi o suficiente pra mim – ela sussurrou.Desviou os olhos insegura para mim. Ainda envergonhada. Mas eu faria com que ela esquecesse tudo isso. -...pra você?

—Com certeza. – entrelacei nossos dedos com mais força.

O plano era : nós ficaríamos na casa do lado. As casas eram germinadas,umas ao lados das outras. Parede com parede. Tudo que eles fizessem na casa ao lado,nós ouviríamos.

Com alguma fé...

Eu achava o plano uma bosta. Se não conseguíssemos ouvir,como...como eu ficaria sabendo a qual distancia ele estava dela? O quão próximo pretendia chegar e o quão próximo de tocá-la?

— É melhor – ela havia dito – Eu...eu vou ficar bem.

Ia o caralho. Não ia ficar nada bem,mas ela estava no modo altruísta de novo.

— E quando ele volta das comprinhas? – Nico ironizou.

Ela suspirou ainda envergonhada.

—Eu... eu acho,não posso dar certeza...– ela suspirou – Ele volta amanhã,no máximo. Ele não rouba nada aqui.  Ele sempre vai a cidade vizinha...mas da última vez,ele voltou no mesmo dia.

— Ótimo – suspirei – Seria ótimo se ele voltasse ainda hoje – grunhi.

Abrimos a porta da casa vizinha e a poeira voou.

— De qualquer forma,a gente precisa de organizar – Nico sussurrou – Por quê estou sussurrando?

Annabeth revirou os olhos sorrindo para ele.

A casa era pequena e estranhamente arrumada. Havia um sofá na sala e uma escada estreita que levava ao cômodo de cima. A cozinha estilo americana estava abarrotada de louça jogada pelo chão e no balcão.  Armários abertos e caixas de cerais em todos eles. Parecia que alguém havia ficado ali por um bom tempo.

Olhei para Annabeth interrogativo e ela sorriu.

— Ficamos aqui por um tempo – suspirou – Eu e Thalia.

Assenti sem prolongar o assunto. Eu precisava colocar minha cabeça no lugar. Ia me planejar com Nico,mas já tinha um plano em mente. Precisa encaixá-lo com o que quer que Nico pretendesse fazer,para que nem ela e nem ele saíssem machucados.

Já que eu sairia.

Por que com certeza,alguma coisa daria errada. E se alguém fosse se machucar,que seja eu. Adentrei na casa,sob o olhar dos dois. Curiosos. Joguei-me no sofá,e suspirei recostando minha cabeça finalmente no encosto.

O mais importante eu sabia : ela estava bem. Estava na casa ao lado.

Nico foi até a cozinha atrás de água e Annabeth continuei em pé na porta. Olhava para todos os lados,menos pra mim. Eu queria sacudir seu corpo e pedir para que pelo amor de todos os Deuses,ela parasse com aquilo. Que todo aquele comportamento estava me matando. Que tudo que ela havia passado ia acabar e ela ia poder arrancar os olhos dele fora.

Mas eu só levantei a sobrancelha esquerda e disse :

— Você tá um brotinho,viu?

Ela até jogou a cabeça para trás de tanto sorrir e rir. E dpor enquanto....só por enquanto,minha missão estava completa.

—x-

Era dez. Não oito,não nove. Dez horas.

Nada. Aquele velho metido a Cowboy do velho-oeste não havia chegado ainda. Eu não havia saído nem um minuto da jenal.Não tinha parado de pensar nela nem por dois segundos seguidos. Não conseguia deixar de me perguntar porquê a casa ao lado era tão silenciosa. Não havia conseguido pregar os olhos nem um segundo que fosse para descansar.

´Parece que meu cérebro problemática havia associado só agora as coisas que havia passado nas ultimas horas : encontrar Annabeth,seu pai,saber de tudo.

 A raiva veio depois. Junto com a fúria e a vontade de quebrar algumas coisas.

Eu o fiz. Acordando Nico diversas vezes.

— Tá cara,só cuidado pra não machucar a mão – ele havia dito sonolento,subindo as escadas novamente,indo descansar.

Haviamos nos dividido : ele descansava agora e eu depois.

Mas eu estava ligado no 220 voltts. Eu só conseguia pensar em Annabeth e nos meus planos para o seu pai. Eu torcia para que nenhum deles andasse para trás. Afinal,é monstro,mas é o pai dela. Por isso,minha parte secreta do plano tinha que ser secreta. Só eu,eu,eu e eu mesmo sabíamos o que fazer.

E se desse errado?

Daria errado só pra mim.

Eu estava vasculhando uma das caixas de cereal quando a maçaneta da porta começou a se mover. Para que não chamássemos atenção,não havíamos ligado nenhuma luz,mas o barulho dos roncos de Nico acordaria qualquer um.

Peguei o taco de baisebol da minha menina e fui até a porta.

— Sou eu – ela murmurou – Tá frio! Me deixa entrar.

Abri a porta,puxand-a para dentro no memso instante.

Ela riu baixinho e entrelaçou os braços ao redor do meu pescoço.

— Meu taco. – sussurrou – Quero de volta.

— O que está fazendo aqui? –perguntei puxando-a para o sofá. Ela vestia uma camisola verde água,os cabelos soltos caindo pelas costas. Os olhos – meus olhos – cinzentos esperançosos quase,quase de volta.

— Quer que eu vá embora? – perguntou,sorrindo. Parecia mais contente. Isso era bom.             

Revirei os olhos,olhando-a cautelosamente. As coxas tinham marcas roxas,os braços estavam com os band-aids novos e a mão estava novamente enrolada em minha camiseta velha. Segurei sua bandagem e sorri de lado.

— Vou querer esse pedaço de volta – sussurrei.

Ela inclinou a cabeça de lado e sorriu.

— Talvez eu devolva pra você. – murmurou baixinho.

Olhei-a,as pupilas dilatadas,a voz rouca e as bochechas vermelhas. Parecia mais saudável e disposta. Annabeth era garota da noite.

— Você me tem de volta agora – sussurrei – Não vai precisar se agarrar a nada material quanto a isso.

— Eu vou me agarrar é em você,mocinho – ela sussurrou de volta,as bochechas ainda mais vermelhas – Sua chance de ficar sem mim já passou.

Sorri para ela,beijando-lhe o topo da cabeça.

— Seu irmão...? – perguntei.

—Ele dorme muito cedo e acorda muito tarde – ela riu de lado,passando as mãos ao redor do meu pescoço – É a única coisa que é igual aos velhos tempos.

Ela encostou-se novamente em meu peito,observando-me. Ela não precisava dizer a cada cinco minutos que me amava. Isso era visto de longe em qualquer escala de distancia. Em qualquer grau de movimento. E em qualquer unidade de medida errado que eu acabei de mencionar.

— Vocês falam muito – Nico reclamou,descendo as escadas. – Não deixam ninguém dormir!

—Você estava roncando! Dava pra ouvir de outra cidade – reclamei.

— Vai,vai logo – ele me puxou pelo braço,me empurrando escada acima.

Eu não queria deixa-la,mas ela sorria para Nico,como se precisasse ficar um tempinho com ele.  Parei no primeiro degrau,olhando-os. Os dois já estavam em uma conversa muito interessante para que ela me notasse.

Ei,parou.

Nada disso agora.

— Se alguém precisar de mim... – reclamei,coçando a nuca sem graça – não que alguém vá,mas-

—Vai logo – Nico reclamou.

Revirei os olhos e subi.

.

— Você chamou por mim – ela sussurrou.

Abri meus olhos. O quarto estava escuro. Tinha uma janela entreaberta e mesmo assim,a luz da lua não fora o suficiente para que eu conseguisse enxergar alguma coisa. Só quando ela entrou no meu campo de visão,foi que eu consegui ver seu cabelo dourado sendo iluminado pela pouca luz da lua cheia. Eu tentei levantar,mas não conseguia. Ela estava sentada em cima de mim,a cabeça apoiada em meu peito,os olhos fixos em mim.

— Annabeth – sussurrei.

—Assim mesmo – ela inclinou a cabeça,deixando um beijinho singelo no meu bíceps. – Só que mais alto.

— Convencida – sussurrei,passando o braço para cima dos olhos.

Ela se remexeu em cima de mim,e retirou o meu braço dos olhos. Olhei-a pela quinquagésima vez nesse dia.  Eu não tinha ideia de que horas eram,não tinha medo do que poderia acontecer comigo,ou com Nico. Ela estava ali. Só o que importava era ela,ali comigo.

— Não cobre os olhos – pediu baixinho – Eu fiquei muito tempo sem eles.

— Desculpe – sussurrei,sentando-me na cama,encostando as costas no apoio da cama. – Eu esqueci esse detalhe,docinho.

Annabeth  se sentou novamente em cima de mim. As pernas ao redor da minha cintura,as mãos em meus braços,os olhos fixos em mim.

— Tudo bem?- perguntei. Eu estava começando a ficar constrangido com seu olhos. E cá em ter nós...eu não fico constrangido,eu constranjo os outros.

— Eu senti sua falta – ela murmurou baixinho,beijando-me no pescoço.  Entrelacei minhas mãos atrás de suas costas e sussurrei :

— Eu também,docinho.

Annabeth puxou meu rosto para a reta do seu e sorriu de lado. Beijou-me com fervor e pressa,puxando minha camiseta para cima. Levantei meus braços confuso – quer dizer,não é como...como se eu não quisesse,mas... bem, alguma coisa estava errada – deixei que ela tirasse minha camiseta. Ela suspirou baixinho,quase como uma suplica e eu a afastei.

— Não – sussurrei. – Assim não.

Ela puxou a camisola para baixo com pressa.

—Não! – grunhi com raiva,puxando as alças para cima.

—Por favor –ela pediu baixinho,escondendo a cabeça em meu pescoço – Por favor.

Ela começou a se mover : cima,baixo,cima,baixo.

Parei seu quadril com a mão.

—Não – sussurrei,puxando seu rosto para mim – Assim não.

—Por que? – ela sussurrou – Por que?!  – ela me fitou com raiva,os olhos marejados mas nenhum lágrima derramada.Eu sorri de lado,puxando suas mãos para mim. Eu dei a volta por cima,deitando-a na cama fazendo-a ficar ainda mais irritada.

Ela estava com as bochechas vermelhas. A pele quente,a boca entreaberta e a respiração ofegante. Raivosa.

—Me solta! – ela reclamou – Você não me quer mais assim. Eu entendo afinal-

Eu calei-a com um beijo. Puxei sua perna para cima,entrelaçando em meu quadril. Imediatamente suas mãos correram pelo meu cabelo,meus braços,meu abdome. Ela suspirava baixinho quando eu lhe dava pausas para respirar.Puxei sua camisola de volta para o lugar e ela grunhiu de novo.

—Tira minha roupa – ela reclamou baixinho.

—Não – sussurrei,deslizando minha mão por sua coxa – Ainda não. Assim não.

— Percy –ela grunhiu – O que você está fazendo?

— Você ainda tá se culpando – olhei-a. Ela arregalou os olhos,ficando vermelha,a boca trêmula. – Eu sei disso. Eu conheço você aqui – toquei sua testa com o indicador – aqui – toquei o lado esquerdo do peito,onde seu coração pulsava tão rápido quanto o meu – e aqui. – sussurrei por fim,tocando-a no meio das pernas.Ela fechou os olhos com força – E eu não quero isso se você ainda se sente culpada por seja lá o que aconteceu.

Ela fechou os olhos... a boca ainda trêmula.

— Eu preciso disso – ela sussurrou,abrindo os olhos por fim – Eu preciso saber que você vai me querer mesmo...mesmo...

— Mesmo...? – incentivei.

Ou ela diria agora ou nunca mais.

—...mesmo depois desse tempo todo – ela soluçou.

Eu franzi as sobrancelhas confuso.

O que diabos..?

Ela suspirou,parecendo totalmente sincera.

Então...

— Ele não...? – perguntei.

—Não,Percy –ela sussurrou,puxando minha mão para o seu rosto,beijando a palma - Ele não. – ela desviou os olhos para o teto,como da primeira vez. – Você não ia me amar se ele tivesse feito isso?

Revirei os olhos para ela com a sua pergunta absurda.

Claro que ia. Ia sim,com muito mais raiva dele do que antes. E muito mais raiva de mim mesmo,por não ter chegado antes.

Ela sorriu de lado,puxando meu rosto para o seu.Acariciou o nariz com o meu.

 - Eu amo você - sussurrei - Eu só ia ter mais razões para matanças se ele tivesse tocado em você como eu toco de verdade. - beijei-lhe na bochecha - Porquê...porque você é importante demais. Eu mataria qualquer coisa que lhe fizesse mal,você não entende?

Senti um alivio imediato e eu pude soltar o ar que estava preso nos meus pulmões desde muito tempo. A raiva ainda existia,mas era menor. Eu ainda mataria ele,mas por razões diferentes.

— Ele não vai – ela continuou – Eu tenho você aqui agora. Você não vai deixa-lo encostar em mim – ela afirmou,balançando a cabeça negativamente – Ninguém mais vai tocar em mim. Só você. Eu e você.

— Eu e você.  – concordei,puxando sua camisola para cima. Ela levantou os braços,deixando-me tirá-la. O corpo perfeito,só meu e dela.Annabeth puxou minhas mãos para os seus seios,como antes. Fiz careta e ela sorriu :

— O que foi?

—Eu não preciso de guia – sussurrei,deitando-me com a cabeça em seu pescoço. – Eu preciso só de você. Aqui.

— Eu e você – ela sussurrou baixinho no meu ouvido – Amanhã a gente resolve o resto,hn? – sussurrou,puxando minha calça jeans para baixo.

Beijei-a novamente,dessa vez com mais leveza. Não tinha pressa. Era mais uma noite só nossa. Nem Nico,nem Malcom,nem Paine se passou pela minha cabeça. Só ela. Ela e eu ali.

Annabeth suspirou alto quando eu me encachei entre suas pernas,sussurrando seu nome. Ela sorriu quando eu puxei sua mão enfaixada para junto da minha,entrelaçando meus dedos nos seus. Ela beijou-me na testa e sussurrou que me amava mais de uma vez. Ela disse que sentira minha falta.  Que sabia desde o inicio que eu iria atrás dela e que tudo que seu pai havia tentado fazer com ela,seria esquecido ali,naquele momento.

Que eu podia fazer aquilo.

Ela sorria de lado toda vez que eu sussurrava seu nome. Ela era minha menina ali. Aquela de sempre. Não a envergonhada e distraída. Sem jeito. Era minha Annabeth. Minha Srta.Ninguém.

Quando ela por fim, chamou por mim mais alto,eu tive que beijá-la. Quando eu grunhi seu nome mais alto,ela me beijou.

—...

—...

—.... você também tá um brotinho,meu bocó.

Eu sorri.

Era só eu e ela.

...

...

Por essa noite.


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Notas finais do capítulo

espero que vcs tenham gostado
eu - particularmente - gostei
eu amo meu percabeth daqui
~ o pai dela vai ter uma morte tão linda migos ~
aqui entre a gente,não esperem muito claro
até amanhã com one
amo vcs tudo



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