Out of Mind - Fred & Hermione escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 4
A Aventura


Notas iniciais do capítulo

Ooolá! Então gente, eu geralmente posto capítulo novo todo dia à meia-noite, mas ontem deu um problemão com a minha internet e não deu. Então hoje eu vou postar esse cap aqui e mais um à meia-noite, pra deixar tudo em dia! Já tenho pronto até o cap 8 ou 9, então fica mais fácil hahahah Aproveitem, espero que gostem!



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De manhã, conversei com Molly sobre os trajes a rigor pedidos na lista de materiais. Eu não havia conseguido comprar nada enquanto estava em casa, e não sabia exatamente o que usar.

– Ah, não se preocupe, querida. Eu pretendo ir ao Beco Diagonal hoje, e pretendia levar você e Gina enquanto Arthur e os meninos vão buscar Harry. Que tal?

– Por mim tudo bem. Obrigada, sra. Weasley! – Dei um abraço nela enquanto recebi uma bronca por não chamá-la logo de Molly.

Tomamos café e fomos ao jardim. Ron e Gina apostavam corridas em suas vassouras, enquanto eu, Fred e George sentávamos e conversávamos.

– Eu, George e Ron ficamos surpresos que não íamos buscá-lo mais cedo.

– Parece que ninguém percebe que o Potter tá preso em uma casa completamente abusiva. – George completou.

– Podem nos botar em encrenca à qualquer hora, mas alguém tem que fazer o que nenhum adulto na vida do Harry fez pra ele.

Se eles já não estivessem lá em cima no meu conceito, eles subiriam muito mais. E o pior é que era verdade. Sempre imaginei como foi para Harry crescer naquela família. Ter as primeiras palavras completamente ignoradas ou até repreendidas, seus primeiros desenhos de quem ele achava que eram sua família rasgados, tentando jogar bola com Duda e acabando no chão, decepcionado a cada aniversário passado sem nenhum presente, sendo expulso do quarto ao tentar aparecer no retrato da família.... Só de imaginar estremeci.

– Eu não sei como alguém tão bom conseguiu surgir de uma família abominável. – Foi a única coisa que consegui dizer depois de todas as cenas que vieram à minha cabeça. Fred colocou a mão em meu ombro, me dando aquele sorriso que ele dava às pessoas quando ele sabia que estavam tristes.

– Logo ele vai poder sair de lá.

– Fora que já pensou como seria completamente louco morar com o Sirius? – George completou.

– Só não consigo parar de pensar que eles saem impunes de tudo! Harry é tão bom que nem se importa. Bom, ele se importa, mas não seria capaz de socar os tios, entendem? Ugh, eles acham que são uma família exemplar! – Desabafei, estressada e ofendida. Eu desprezava os Dursley.

No som da palavra impunes, Fred e George se olharam com o mesmo sorriso. O sorriso maquiavélico que os dois sempre trocavam quando tinham uma ideia.

– Não por muito tempo. – Disseram juntos. E com isso, os dois dispararam para o porão.

Ficaram lá por um tempo, até que Arthur apareceu no jardim com Molly ao seu lado.

– Ron, Fred, Geor... Onde estão os gêmeos? Temos que ir logo, vamos causar uma péssima impressão nos trouxas! Ronald, vá procurar seus irmãos agora! Vamos nos atrasar! – Ele gritou de longe, claramente empolgado e nervoso.

– Meninas, vamos? Agora as lojas não ficam tão cheias quanto à noite. – Molly nos chamou, e eu e Gina fomos.

Fred e George eram empurrados escada acima por Ronald. Vi um volume estranho nos bolsos de Fred, e reconheci a forma dos caramelos que faziam a língua inchar e crescer. Mas até onde eu sabia, elas ainda não haviam sido testadas...

– Calma, Roniquito!

– Sabemos que você e o Harry claramente tem um caso, mas não precisa ficar tão apressado! – Fred disse.

– Ah, calem a boca e vamos logo. – Ron bufou.

Fred e George correram até a mãe para entregar o dinheiro para as roupas deles. Claramente Ron não fazia a menor ideia que roupas de gala eram necessárias, mas quando fui avisar, eles já estavam na lareira, e muito atrasados.

Molly nos deixou à porta da loja de Madame Malkin e foi comprar os trajes dos garotos. Cada uma de nós teve a ajuda de uma atendente, e a minha foi extremamente simpática. Expliquei a situação, e ele me apresentou alguns vestidos. Acabei escolhendo um azul lindo, que ia em camadas dos pés até a cintura, com uma fita escura para separar a parte debaixo da de cima. As mangas curtas eram feitas de um tecido leve, azul e transparente. [N/A: Aqui, fiz como se fosse o modelo do vestido do filme, que eu acho lindo, mas ficaria mais lindo ainda com a cor do livro, azul. Imagens nas notas finais.] Rodopiei nele algumas vezes no provador, e me senti a garota mais linda do mundo nele. Sabia que era o vestido perfeito.

Molly chegou com uma sacola enorme, lotada de roupas. Quando Gina mostrou o vestido que queria para a mãe, ela sorriu humildemente e balançou a cabeça, um tanto quanto triste.

– Oh, Gina, mas eu já comprei seu vestido. Ele vai precisar de alguns ajustes, mas eu mando pelo correio. As roupas de Ronald também vão precisar, de qualquer jeito.

Paguei minhas vestes e saímos. Aproveitamos para comprar sapatos e enfeites para os cabelos. Aproveitei e comprei discretamente uma poção capilar alisante Sleekeazy. Seria muita mão de obra usar todos os dias, mas daria conta do serviço no baile.

Voltamos para a Toca antes dos meninos, e eu e Gina subimos para o quarto. Entrei primeiro, e logo depois ela fechou a porta de um jeito completamente assustador.

– Ok. Precisamos conversar. – A ruiva disse, sentando em sua cama e dando tapinhas no lugar ao seu lado. – O que é que está acontecendo entre você e o Fred? Vocês ficam todo dia até tarde no porão, e esses dias eu acordei com ele batendo na porta e você indo atender! Eu nem sei se estava sonhando, porque as coisas ficam estranhas quando eu durmo, mas ainda assim, é mais estranho ainda você ficar até tarde com ele. No porão!

Resolvi interromper ela antes que ela começasse a falar mais besteira.

– Gina.

– E podemos só acrescentar que ele é mais velho e...

– Gina.

– Além disso, o George já sabe? Porque se ele ficou sabendo antes de mim, vou ficar seriamente ofendida. Até porque quem esteve observando cuidadosa e secretamente vocês dois foi eu!

Gina! Por Merlin! Primeiro, não tem nada entre nós. Eu ajudo ele com os estudos, só isso. E segundo, sim, ele passou aqui, mas foi para entregar um copo de água e só isso. Terceiro, observar os outros é estranho, Gina.

Ela levantou uma sobrancelha, inquisitiva.

– Ok. Mas se acontecer qualquer coisa....

– Sim, você vai ser a primeira a saber. – Ri, completando a frase dela.

Conversamos por mais um tempo, e notei a ansiedade crescente nela. Obviamente, era pela chegada iminente do Harry.

– Gina, calma. Ele vai chegar e você e ele vão ter bem mais tempo juntos dessa vez. Quem sabe eu arrume um plano para distrair o Ronald, ou algo do tipo. Combinado?

– Ah, Mione, o que eu faria sem você? – Gina dramatizou, com uma mão na testa e caindo em cima de mim. Me abraçou logo em seguida, sorridente.

Bill e Charlie logo chegaram. Bill era completamente diferente de qualquer pessoa que trabalha em um banco. Tinha cabelos compridos, e era surpreendentemente descolado. Tinha um sorriso contagiante, e era muito simpático. Charlie também, com as mãos cheias de calos e coberto de cicatrizes, as quais ele tornava bonitas.

Ficamos sentados na sala ouvindo as histórias que cada um tinha para contar, e as marcas de Charlie carregavam histórias boas demais para serem esquecidas, e entendi o motivo por qual ele não quis que fossem magicamente removidas e as exibia com orgulho.

A calmaria da casa foi quebrada por risadas dos gêmeos e um Arthur muito, muito, estressado. Ouvi Harry e Ron tentando intervir, e já imaginei o que havia acontecido.

– Oh, Merlin, o que esses dois aprontaram agora? – Gina tirou uma mecha do cabelo, abrindo a porta do quarto.

– Coisa boa não pode ser... – Bill riu, indo em direção à lareira.

Chegando lá, Fred piscou para mim, e logo soube que destino os doces em seu bolso tomaram. Só queria ouvir a história que os dois iriam contar quando eu descesse no porão à noite.

Depois de passar a noite com a família e matando a saudade de Harry, todos foram dormir. Esperei até que todos estivessem dormindo e desci até o que se tornara o ponto de encontro para mim e para Fred a cada noite.

– Olá, garotos. – Disse, entrando sorrateiramente no recinto.

– Oi, Mione. – Os dois disseram em uníssono, com caras infinitamente inocentes.

– Agora vocês querem fazer o favor de contar o que fizeram?

Então eles me contaram. E por mais que fosse completamente genial, eu devia admitir que havia sido extremamente perigoso.

– Vocês não fazem ideia de como isso podia ter dado errado, não? Já pensaram que ele podia ter se sufocado com a própria língua, ou sofrido outro efeito colateral? Além disso, o pai de vocês trabalha duro para manter as relações entre trouxas e bruxos, e vocês foram lá e quase matam o filho de uma família com doces mágicos!

– Mione... – Fred disse, segurando meu rosto. – Você está esquecendo um pequeno detalhe.

– Nada disso aconteceu. Deu tudo certo! – George disse com um gritinho e um sorriso que mal cabia no rosto.

– Mais do que isso! Ele teve o que mereceu, e nisso eu sei que você concorda. – Quando Fred disse isso, eu não pude evitar. Gargalhei, assentindo.

– E tivemos a oportunidade de finalmente testar os caramelos! – George se entusiasmou. – São ótimos! Mas podemos maneirar um pouco no tamanho da língua, porque só Merlin sabe o que teria acontecido se o pai não estivesse lá. Bom, agora vocês façam aí a parte difícil das coisas e eu vou fazer um chá e.... Dormir! Adeus, ótarios!

Sem faltar no seu hábito de fazer o sinal de sentido, George saiu dali. Até abrimos nossos livros, mas não íamos nos concentrar mesmo. A empolgação com a chegada de Harry e da Copa Mundial era muita, e as emoções do dia também.

– E então, como foi fazer compras com Molly Weasley? Das nossas aventuras você já ouviu, agora conte as suas.

– Ah, foi bem tranquilo, na verdade. Só compramos o que precisávamos e fomos embora. Confesso que adorei meu vestido. As roupas do Ron e da Gina vão precisar de alguns ajustes. Mas pelo luxo de tudo aquilo, vamos ter um baile ou algo do tipo.

– Claro que vamos. Aliás, você deu uma olhadinha no terno do Roniquito? – Ele perguntou, não se segurando e começando a rir escandalosamente.

– Não... O que tem o traje dele?

– Bom, não vou estragar a sua surpresa. – Ele parou por algum tempo, para do nada arregalar os olhos e se colocar de pé. – Quer ir em uma aventura?

– Depende... Essa aventura não pode esperar até que não seja meia noite? Tipo amanhã? – Perguntei, com as sobrancelhas franzidas.

– Mas é óbvio que não! Vamos logo, deixe de corpo mole. – Fred disse, me puxando pelo braço escada acima, correndo.

– Fred, eu não tenho pernas tão compridas! Vai mais devagar! – Protestei, não conseguindo manter o mesmo passo que ele e não conseguindo livrar meu braço.

– Não tem problema, já chegamos ao nosso destino. – Abriu os braços como se fosse mostrar a Terra do Nunca.

– A cozinha? A não ser que haja uma passagem secreta da qual eu nunca tenha ouvido falar, não é exatamente uma aventura. – Levantei uma sobrancelha em desafio.

– Ora, Hermione Granger! Qualquer coisa com Fred Weasley já é uma grande aventura! Além disso, quantas pessoas você conhece que já cozinharam um bolo à meia-noite?

– Certo... E que bolo Fred Weasley teria em mente?

– Que tal... Cenoura? – Ele perguntou, o rosto iluminado por um sorriso de uma criança.

– Como você sabia que era o meu favorito?

– Na verdade, eu meio que escolhi porque era o meu favorito, mas vamos fingir que eu fiz isso porque sou um cavalheiro. – Ele piscou para mim. Pegou o livro de receitas gigantesco da sra. Weasley e com um movimento da varinha, a página exata se abriu à sua frente. – Vejamos...

Com um feitiço Accio para cada ingrediente, logo estávamos com tudo pronto. Começamos a ler a receita juntos, e adicionando cada parte de acordo com o que Molly escreveu.

– Bom, Hermione, agora só falta a farinha na tigela... – Fred pegou uma xícara e me virei para alcançar a forma que pegamos. De repente, senti uma batida na minha cabeça. Peguei um fio de cabelo, e estava coberto de farinha.

– Fred Weasley, você não fez isso... – Eu ri, pasma, quebrando um ovo em sua cabeça, enquanto ele fazia uma cara de choque.

– Ah, se fiz! – Ele sorriu maquiavelicamente. Ele enfiou as pontas dos dedos na massa do bolo e antes que eu notasse, sua mão já encostara em minha bochecha.

– Você vai se arrepender tanto! – Peguei um punhado enorme do chocolate em pó que separamos para a cobertura e joguei na cabeça dele, tornando os cabelos cor de fogo dele marrom.

Logo, estávamos completamente sujos de pó: farinha, açúcar, chocolate, tudo o que se podia imaginar. Não conseguíamos parar de rir, e gradualmente paramos de jogar comida um no outro. Olhei nos olhos dele, e Fred limpou minha testa com a mão que não estava cheia de massa de bolo. Aquela fração de segundo pareceu durar uma eternidade e um piscar de olhos ao mesmo tempo, tudo enquanto observava cada detalhe em seu rosto, e a cada noite que passávamos juntos, ele parecia mais e mais diferente de George.

Acordei do transe quando nós dois vimos que a tentativa de limpar minha testa de Fred não foi de grande ajuda, e voltamos a rir.

– Você sabe que temos que assar isso ainda, não? – Eu perguntei. Não sabia como bruxos faziam bolo, afinal, nunca achei que fosse precisar disso na minha vida. Mas sempre que minha mãe fazia um, ele ia no forno por um bom tempo.

– Puxa, e eu achando que íamos comer assim! – Disse, sarcástico, dando um tapinha na própria testa. – Você sabe mexer nisso?

– Acho que sim, se for igual o da minha mãe... Fred, você que devia saber esse tipo de coisa! Você mora aqui! – Protestei, quando vi que era diferente de qualquer forno normal.

Fomos apertando botões bem aleatórios até que, por algum milagre, um fogo acendeu ali e colocamos o bolo para assar, sentando na frente do forno enquanto esperávamos.

Apoiei minha cabeça no ombro de Fred em algum ponto da conversa. Vi que tanto minha voz quanto a dele começavam a ficar engraçadas, e nossas palavras paravam de fazer sentido pouco a pouco. Consegui ver que eram 2 da manhã antes de cair no sono, e logo senti ele adormecer em cima de mim também.

Fui acordada algum tempo depois por um cheiro ruim pinicando meu nariz.

– Fred... – Balancei-o, e seus olhos esverdeados se arregalaram, assustados. – Fred, eu acho que tem algo errado com o bolo...

– Você acha? – Ele riu, sonolento. – Meu Merlin, tem mesmo!

Ele acordou subitamente. Tirou o bolo queimado dali, e olhou-o com pesar.

– Poxa... Eu realmente estava afim de um bolinho de cenoura. Pena que não tem nada para salvar. – Jogou-o no lixo com uma expressão tão tristonha que me dobraria de rir se eu mesma não estivesse com vontade também.

– Um final tão triste para a nossa incrível aventura... – Comentei.

– Mas quem disse que precisa ser o final?

[ Links do vestido:

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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que siim