Out of Mind - Fred & Hermione escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 35
As Cartas


Notas iniciais do capítulo

Chegamos, gente. O último, último capítulo da fic ♥ Confesso que geralmente eu amo terminar as fics, mas essa aqui tá me dando uma dor no coração... Não queria que acabasse. Acho que só tenho a agradecer a todos vocês por ficarem comigo até aqui e permitirem que a fic fosse tão longe assim. Muito, muito obrigada. PORÉM, PARA VOCÊ QUE QUER MAIS FREMIONE: eu acabei de postar uma nova fic desse casal! É pós-guerra, e eu adorei a ideia. Espero que vocês também gostem! https://fanfiction.com.br/historia/716786/Kettering_-_Fred_Hermione/ Nos vemos por lá ♥ Enfim, espero que gostem do final



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“Fred,

É a terceira vez que tento escrever essa carta. Acho que é difícil pensar que talvez eu possa morrer nesse meio tempo, procurando Horcruxes ou lutando contra Comensais, e se isso acontecer, queria deixar algo para você.

Suponho que tudo que eu tenha a dizer é obrigada por esses últimos quatro anos. Se eu tenho arrependimentos, é de não ter me aproximado de você antes. Acho que deu tudo certo, mesmo com os nossos dois períodos muito curtos de término ou com o tempo interminável que ficamos separados. Nosso namoro a distância foi péssimo, mas você o tornou suportável.

Fred, eu amo muitas coisas em você. O jeito que a sua risada é alta, escandalosa e vem por qualquer motivo. Como seu cabelo parece fogo na luz. Como você é praticamente impossível de levar a sério. A forma com a qual você odeia regras que para mim fazem todo o sentido. Seu estoque aparentemente inesgotável de cantadas bregas, com algumas agradáveis escondidas no meio. Seus olhos que parecem nunca ter uma cor só. Seu berro de susto que vem com qualquer coisa. Aquela mancha um tanto quanto estranha nas suas costas que você nunca tinha reparado, mas que acabei achando adorável depois que a encontrei. Seu pé anormalmente grande. Como você adora brincar em momentos muito inusitados. Sua expressão de fascínio quando eu te mostro coisas do mundo trouxa, principalmente sobre Star Wars. Seu jeito protetor quando a Katie começou a namorar a Abbot. Seu jeito de sempre me dar beijos na testa. Sua cantoria afinadíssima no banho que é impossível de calar. A bagunça organizada do seu quarto. Seu jeito de jogar Quadribol. Sua confiança. Suas camisas amassadas, que sim, eu admito, só te deixam mais bonito. O seu programa de rádio completamente desafiador com Lino e George, caçoando sem medo do bruxo das trevas mais poderoso. Sua expressão quando você descobre uma ideia nova para a loja, assim como sua paixão pelo que você faz. O jeito como você ama George, e como acabei ganhando ele de brinde ao namorar você. Como você sorri de rosto inteiro, não só com os lábios. Como você fala que as coisas mais simples são uma aventura. Se eu continuasse citando tudo, provavelmente não teria tinta ou pergaminho que desse conta.

Você me deu os melhores momentos possíveis em meio ao caos de uma Guerra, Fred Weasley. Fazendo guerras de comida no meio da noite enquanto tentamos fazer um bolo, tentando me ensinar a dançar e voar, me beijando no meio da chuva enquanto eu conseguia sentir as frieiras horrorosas se formando entre os dedos do meu pé, estragando completamente a forma que eu vejo a mesa da sala de Poções (e muitos outros lugares de Hogwarts, diga-se de passagem), fazendo quase toda a escola depor para o jornal alegando que já fizeram todo tipo de coisa com meu melhor amigo, me provocando de formas imensamente pervertidas para que eu desistisse da ideia de tentar proteger você, me ajudando a encontrar a sala de Rowena Ravenclaw e montando um acampamento lá, me esperando quando sabia que não estava pronta, e fazendo a melhor noite da minha vida quando estava, cozinhando biscoitos de Natal e ouvindo músicas trouxas enquanto dançávamos como loucos de madrugada. Tem tantas coisas que aconteceram em quatro anos, Fred. Tantas. E ainda assim, me faltam formas de expressar o quão grata eu sou por cada uma delas. Mesmo pelos erros, porque sem eles não saberíamos como são paradisíacos os acertos.

Fred, se essa carta chegou até você, eu provavelmente já não estou mais com você. Mas me recuso a pensar que não estarei viva pelo menos na sua memória ou no seu coração. Não é o suficiente, mas é o que há por enquanto. Eu sei que você será feliz, porque a tristeza não tem lugar na sua alma, Fred. Nunca ouse parar de ser exatamente quem você é, pois foi por essa pessoa por quem me apaixonei perdidamente, e por quem muitas outras ainda vão cair de amores. Só peço que espere alguém que seja digna de você. Alguém que seja a melhor parte do seu dia, que faça dos seus sonhos um objetivo também, que seja o motivo por trás da sua risada.

 É isso, Fred. Você está marcado no meu coração. Quem sabe você esteve desde que quase o tirou do meu corpo quando me assustou na Estação King`s Cross no começo do quarto ano. Você me mudou, e espero ter tido algum efeito em você também. Não pense em mim, você fica bem mais bonito quando está sorrindo. Invente mais mil produtos genialmente desobedientes para a loja, e faça com a mesma paixão que você sempre teve. Acabe com mais regimes escolares injustos, sempre com uma saída em grande estilo. Abra mais franquias ao redor do mundo da sua loja, viaje, tente, erre, acerte... Viva, Fred.

              Sua, hoje e sempre,

              Hermione Granger.”

              Escorreguei o bilhete no bolso de Fred no minuto em que o vi depois de entrar na Sala Precisa ao lado de Harry e Ron, quando fui envolvida em um abraço apertado. A Armada de Dumbledore estava reunida novamente, e até mesmo com novos membros, todos refugiados por quase duas semanas do novo regime de Snape e dos irmãos Carrow em Hogwarts. A sala tinha se expandido para abrigar novos membros, as paredes decoradas com tapeçarias da Grifinória, Lufa-Lufa e Corvinal. A passagem pela qual eu, Harry e Ron entramos, guiados por Neville, apareceu quando os alunos começaram a passar fome, já que comida era uma das coisas que a Sala não era capaz de providenciar. A A.D usara os galeões que eu enfeiticei no quinto ano para convocar todos os membros, inclusive Fred e George, informando que era hora de retornar a Hogwarts para lutar e ajudar Harry quando chegasse a hora.

              - Finalmente. – Fred sussurrou em meu ouvido quando o abracei com força, lágrimas ameaçando descer dos meus olhos. – Como foi no resort, querida? – Ele brincou no meu ouvido, me fazendo rir.

              - Estava com tanta saudade. – Murmurei, me recusando a soltá-lo. Meus punhos estavam cerrados contra sua nuca, apertando-o ainda mais contra mim.

              - Vai ficar com mais saudade ainda quando eu morrer sufocado. – Fred riu baixinho, e afrouxei o abraço lentamente.

              - Hermione, temos que ir. – Ron chamou, indicando a porta com a cabeça. Luna levaria Harry até um tal de Diadema perdido que pertenceu a Rowena Ravenclaw, e que era uma possível Horcrux. Eu e Ron, no entanto, tínhamos que voltar até a Câmara Secreta para buscar um dente do cadáver do Basilisco, que era uma das poucas coisas capazes de destruir um pedaço da alma de Lord Voldemort. Tudo isso em meio à iminência de uma batalha, provavelmente a última.

              - Certo. Já vou. – Respondi, limpando fantasmas de lágrimas que não ousaram cair até o momento.

              - Mione, assim nós dois vamos pagar micão. – Fred sussurrou enquanto segurou com carinho os dois lados das minhas bochechas, passando os polegares nas minhas olheiras consideravelmente aparentes.

              - Por quê? – Perguntei, confusa.

              - Eu e você sabemos que não sei o que fazer quando você chora.

              Fred me agarrou pelo pescoço e me beijou, ainda que de forma casta por estarmos em público, com desespero. Minhas mãos estavam pressionadas contra os dois lados de seu rosto, que estava franzido como quem reprime o choro. Eu queria que nosso reencontro fosse mais do que isso, muito mais. Passamos tanto tempo separados. Tanto, tanto tempo. Eu, Harry e Ron havíamos passado meses e meses procurando Horcruxes, e foi somente no dia anterior que obtivemos algum sucesso ao achar o cálice de Helga Hufflepuff, que ainda não fora destruído porque não tínhamos como.

              - O que é isso? – Perguntei, quando Fred discretamente colocou um anel em meu dedo, como se para ninguém, nem mesmo eu, perceber.

              - O que parece? – Ele perguntou, rindo. – Olha, eu sei que não é como você sonhou, mas tecnicamente não é um pedido oficial. É uma... Promessa. Isso. – Fred sorriu ao finalmente encontrar a palavra que procurava. Sorri, olhando a joia em meu dedo anelar. – Só não aperte a pedrinha.

              - Por quê? – Olhei para a peça central alaranjada do anel dourado. (https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/95/7b/23/957b23731ba96ffcf28bfb5394623838.jpg )

              - Dá choque. – Fred riu. Olhei para ele de sobrancelhas erguidas, sem conter o riso. – O que você esperava de mim?

              - Também não sei. – Ri junto, puxando-o pelo pescoço para um beijo. – Você esqueceu da pergunta mais importante, Weasley. – Sussurrei, com seus lábios a milímetros dos meus.

              - Qual?

              - Eu aceito. – Sorri, tomada por sua boca mais uma última vez.

              - Tem uma coisa para você na bancada do meu apartamento. – Ele sussurrou quando nos separamos, de mãos dadas. - Nos encontramos depois? – Fred sorriu, com a sobrancelha levantada. Do jeito que ele falava, parecia que ele ia visitar outra loja enquanto eu estava comprando livros, ou como se ele fosse em um restaurante diferente no shopping.

              - Nos encontramos depois.

              Soltei sua mão e corri com Ron.

              ..................................................

              “Minha queridíssima Hermione,

              Começarei esta bela carta dizendo que você é péssima em esconder as coisas. Sério, eu estava só procurando um lugar para esconder seu presente de Natal e achei sua carta de despedida. Eu confesso que não ia escrever nada, mas me sentiria mal se eu não deixasse nem um bilhete depois do que eu li. No entanto, nós dois sabemos que uma carta romântica minha seria incrivelmente ruim e forçada, então vou te presentear com as melhores cantadas que eu ainda não tive a chance de usar.

              Hermione, eu estou fazendo uma campanha de doação de órgãos. Gostaria de contribuir me doando seu coração? (Brincadeira, eu sei que já o tenho)

              Você não é pescoço, mas mexeu com a minha cabeça.

              Snape devia nos estudar; a química que rola entre nós é grande demais.

              Se beleza fosse gnomo, você seria tipo o jardim da minha casa.

              Mione, que roupa horrorosa! Tire esse horror agora! (Na verdade, não sei bem se já usei essa, e se usei, também não lembro se deu certo...)

              Quero achar  1/2 de te levar para 1/4  (Essa realmente só faz sentido quando escrita, então aproveitei a oportunidade)

              Olha, eu não sou batom, mas adoraria estar nos seus lábios.

              Mione, eu já não fiquei com você antes? Não? Vamos dar um jeito nisso. (Você não sabe o quanto eu me arrependo de não ter usado essa naquele dia da chuva)

              Meu nome é Arnaldo, mas pode me chamar de Naldo, porque o Ar eu perdi quando te vi.

              Você acredita em amor à primeira vista ou vou ter que passar aqui de novo? (Essa eu nem preciso porque sei que você bateu o olho em mim e já pensou em como eu ficaria lindo sem roupa. Não tente negar.)

              Se beleza fosse dinheiro, você seria o Gringotes e eu seria o maior investidor. (Por favor, se eu morri, mande o Bill usar essa com a Fleur. Por favor.)

              Sabe qual é a diferença entre mil galeões e você? Mil galeões eu tenho em casa. (Agora que estou podre de rico, essa funciona. Se bem que eu também tenho você...)

              Hermione, você é tão gata que se eu te matar ainda sobram 6 vidas.

              Você sabe qual é o motivo do meu sorriso? A primeira palavra dessa pergunta.

              Eu tenho que comprar um capacete com tantas quedinhas que eu tenho por você.

              Mione, eu sempre me perguntei se você gosta de crianças, porque eu sei fazê-las muito bem. (A proposta ainda está de pé. Isso se eu não morrer de forma trágica e completamente heroica, obviamente)

              Se as estrelas fossem tão lindas como você, eu passaria a noite olhando para o céu.

              Depois dessa última cantada, acho que acabaram as que eu ainda não tinha usado com você, Granger. Eu acho que nunca conseguirei achar um depósito de cantadas tão bom quanto você, até porque para não ter me dado um fora mesmo depois de eu ter gastado TODO o meu estoque, você não me deu um fora. E olha que nem todas eram inocentes, como você sabe muito bem.

Espero ainda te dar muitas outras cantadas.

— F.W”

 


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Notas finais do capítulo

Muito, muito obrigada por lerem até aqui. Desde que eu comecei a fic, não sabia como terminar, e finalmente achei o único final que eu gostei, e espero que vocês tenham gostado também! Comente o que achou, e se tiver amado a fic como eu amei, recomende ♥ Beijos, obrigada de novo!