Out of Mind - Fred & Hermione escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 18
O Artigo


Notas iniciais do capítulo

Ooolá! GENTE! 200 COMENTÁRIOS! ME SEGURA IEMANJÁ! Muito, muito obrigada mesmo! Sério, ai meu pai! Não sei nem como agradecer todos vocês, de verdade ♥ Espero que gostem do cap!



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Foi um percurso complicado.

Fred era bem mais pesado do que eu, e só conseguimos parar para respirar quando entramos no castelo. Ofeguei, apoiada na parede.

– Sabe... Eu poderia carregar você até a Sala Comunal. – Fred disse alto, com a voz embargada. Tampei sua boca com minha mão antes que ele nos metesse em encrenca. Ele começou a rir contra minha mão, me fazendo revirar os olhos.

– Tive uma ideia. Fred, você pode não gostar muito, mas é a melhor opção no momento.

Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, peguei minha varinha e fiz o feitiço de levitação em seu corpo. Ele começou a rir, e disse alguma coisa que não pude entender.

– Fred, eu sinto muito. – Disse. – Silencio.

Com Fred temporariamente mudo e flutuando em minha frente, guiei nós dois até a Sala Comunal sem nenhum problema. Fechei a porta do retrato da Mulher Gorda com um suspiro.

Como as escadas para o dormitório masculino não eram encantadas, consegui levar Fred até seu quarto sem problemas, depois que ele murmurou o número da porta.

Coloquei-o em sua cama e desfiz os feitiços. Ele sorria, abobado. Não queria nem pensar no tamanho da ressaca que ele teria no dia seguinte...

– Fred, entra logo... Nessas... Cobertas. – Ofeguei com o esforço de tentar enfiar o corpo inerte de Fred dentro dos lençóis.

– Hermione, você é uma obra de arte? – Ele perguntou, com a voz arrastada e os olhos quase fechados, seu sorriso se estendendo.

– O quê?

– Porque eu quero te prender contra a parede... – Fred disse, rindo como se tivesse sido a coisa mais hilária do mundo. Revirei os olhos e coloquei a mão na testa, sem conseguir reprimir o riso também.

– Ok, Fred, agora durma.

Terminei de ajeitar as cobertas, tentando a todo custo ignorar que havia meninos roncando e alguns até mesmo sem camisa deitados nas camas ao redor.

Ele já estava completamente apagado, e sorri. Ele ficara ridiculamente hilário bêbado, e agora estava largado na cama, com o rosto de um anjo. Dei um beijo em sua testa e saí daquele dormitório o mais rápido que pude, acidentalmente pisando em algumas peças de roupa jogadas no chão.

Me deitei na cama e finalmente, dormi.

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A visita a Sirius deu a todos nós muito no que pensar. Ron entrou em um campo perigoso ao indagar se Percy se voltaria contra sua família se eles estivessem no caminho de sua carreira da mesma maneira que Crouch fizera com seu filho. Não achava que fosse algo possível, afinal, qualquer um que tenha crescido com os Weasley jamais faria algo contra eles.

No dia seguinte, no café da manhã, muitas cartas chegaram para mim. Não sabia o quê tudo aquilo significava, mas quando abri-as, logo percebi.

Eram cartas de pessoas que tinham ligo o artigo. Me xingando de tudo o que era possível e dizendo que Harry merecia melhor.

Abrindo carta por carta, e vendo que todas tinham mais ou menos a mesma mensagem, bufei. Rasguei o último envelope, quando senti uma dor enorme tomar conta de minhas mãos. Olhei para baixo e minha pele estava coberta de dolorosas bolhas cheias de pus. Corri para a Ala Hospitalar escondendo minhas mãos nas vestes e com o rosto contorcido de dor.

Madame Pomfrey nem perguntou como aquilo tinha acontecido, como sempre. À essa altura, ela sabia que eu, Harry e Ronald nos metíamos em todo tipo de confusão.

– Teremos que tirar o pus dessas bolhas. – Madame Pomfrey disse, analisando minhas mãos. Havia bolotas do tamanho de sementes de abacate, e estremeci só de pensar naquela gosma amarela saindo delas.

Cada bolha teve que ser furada, e era extremamente nojento ver o pus escorrer pela minha mão e cair no potinho que Madame Pomfrey colocou embaixo delas. Quando aquilo finalmente acabou, ela passou um unguento no local e me deu uma poção que nem consegui ver o nome.

Fiquei deitada por algum tempo, as mãos enfaixadas.

– Senhor Weasley, peço que se retire. A senhorita Granger precisa de descanso. – Ouvi a voz da enfermeira ao longe. Me levantei de súbito.

– Madame Pomfrey, nós dois sabemos que eu vou entrar de um jeito ou de outro. Só por cinco minutinhos? – Era a voz de Fred, e soube de longe que ele estava sorrindo.

– Você não desiste, não é mesmo? Tudo bem, tudo bem. Mas sem perturbações!

Ouvi os passos de Fred ecoarem até ele chegar na minha maca. Sorri para ele.

– Olhe só, parece que o jogo virou, não? – Fred brincou, se sentando na cadeira que estava ao lado da mesa de cabeceira.

– O quê está escondendo? – Perguntei, apontando com a cabeça para as mãos que ele escondia atrás das costas.

– Prioridades primeiro. Como estão as mãos? – Ele perguntou.

– Melhores. Tudo culpa daquela Rita Skeeter, eu juro que ainda vou descobrir como ela anda conseguindo as informações... – Resmunguei. Não conseguia encontrar nenhuma explicação lógica ou plausível em minha mente, mas agora era uma questão de vingança.

– Bom, eu acho que encontrei uma solução. – Fred sorriu. Seu olhar era malicioso, a típica expressão de alguém que aprontou algo.

– Merlin, Fred, o quê você fez?

– Ah, deixe eu ver... Só uma das ideias mais brilhantes que eu já tive. – Ele brincou, irônico. – Pense comigo. Digamos que você espalhe que eu como muito bolo. – Franzi as sobrancelhas, indagando onde ele queria chegar. – Todo mundo ficaria chocado. Mas, se a escola inteira começasse a dizer que come inúmeros pedaços de bolo, a história perderia credibilidade.

– Onde você está querendo chegar?

– Veja você mesma. – Fred disse, me entregando o que ele estivera escondendo em suas costas. Era um exemplar do Profeta Diário.

[N/A: Aqui, eu fiz uma mudança em relação ao livro, já que, para mim, é algo que o Fred faria na situação da Hermione. Confesso que ri!]

Não li a matéria inteira, mas havia trechos de entrevistas em um negrito que saltavam em meus olhos.

"Sim, eu e Potter somos mais do que amigos." - Viktor Krum comenta.

"Eu mostrei várias coisas para Potter no banheiro." - Cedrico Diggory, o outro campeão de Hogwarts, revela para Gertrude Edgecombe, nossa repórter.

Cedrico foi difícil de convencer, ele não gosta de mentir. - Fred comentou, rindo. - Krum disse que faria por você, mas acabou entrando em uma encrenca com Karkaroff. Muito romântico.– Fred revirou os olhos e continuou a admirar seu trabalho comigo.

"Mas é claro, Harry Potter é tão adorável! Tive que agradecê-lo por salvar Gabrielle de alguma forma..." - Fleur Delacour revela.

– Acho que Fleur não entendeu muito bem o motivo de estar fazendo isso, mas acabou topando porque acho que ela está gostando do carinha que foi com ela para o Baile, então pedi para ele convencer ela. - Fred disse, sorrindo. Merlin, como ele sabia essas coisas?

“Fizemos de tudo com ele. Ao mesmo tempo.” – Fred e George Weasley, irmãos gêmeos de Ronald Weasley, supostamente mantêm uma relação tripla com Harry Potter, e não se acanharam ao falar sobre o assunto.

“Ah, acho que pode-se dizer que Harry monta mais do que só uma vassoura.” – Olívio Wood, capitão do time da Grifinória de Hogwarts, comenta.

“Harry é a sensação do time de Quadribol, com toda a certeza... Eu, Katie Bell e Angelina Johnson com certeza sabemos bem disso.” – Alícia Spinnet, artilheira do time de Quadribol de sua casa, alega já ter feito mais do que jogar um simples jogo com Harry Potter.

“Digamos que Harry ter pego o pomo de ouro com a boca não é uma coincidência.” – Angelina Johson completa.

“Ele me salvou na Câmara Secreta, tive que agradecê-lo da melhor maneira que pude.” – Ginevra Weasley, irmã de Ronald Weasley, justifica seu caso com o menino que sobreviveu.

“Acho que ele e Malfoy sempre estão se atracando pelos cantos...” – Lino Jordan conta sobre os boatos que correm por Hogwarts.

Cobri a boca para conter o riso diante daqueles depoimentos. Havia tantos outros que provavelmente algumas pessoas só falaram por entrar na brincadeira mesmo.

– Fred... Como você conseguiu? – Exclamei.

– Fácil. Todo mundo sabia o que tinha acontecido, e estavam bem indignados. Então, só pedi para as pessoas espalharem que tinham se envolvido com Harry para qualquer repórter que vissem. – Fred sorriu, como se fosse algo simples.

– Muito obrigada, Fred. Mesmo. – Apertei meus braços ao redor dele, quase caindo da maca no processo. Como não podia usar minhas mãos, segurava-o com meus pulsos.

– Você acha mesmo que eu deixaria todo mundo pensar que você está com qualquer um que não seja eu? – Ele sorriu quando nos distanciamos. Sacudi a cabeça. Não conseguia nem expressar o quão eu estava grata por ele ter feito aquilo por mim, e tinha que agradecer a todos depois.

– Obrigada. – Murmurei, puxando-o para mim de novo. Ele encostou o queixo na minha cabeça, passando as mãos pelas minhas costas e pelo meu cabelo.

– Sempre, Mione.

Ficar ali, com ele afagando meu cabelo, era tudo o que eu mais queria. Me separei abruptamente dele quando um pensamento me atingiu.

– Fred! Harry não vai se meter em encrenca por isso? Estão praticamente dizendo que ele é... Rodado.

– Ah, estava demorando para você perguntar! – Ele riu. – Bom, acho que você não leu a conclusão do artigo. De qualquer forma, acho que Harry tem mais preocupações do que isso.

– E o resto das pessoas? Elas não tiveram problema em falar essas coisas por aí? – Perguntei, exasperada, enquanto imaginava o tamanho dos problemas em que elas poderiam se meter por minha culpa.

– Claro, porque, realmente, todo mundo vai acreditar nessa matéria... – Fred disse, sarcástico, com um sorriso no rosto. – Leia logo o final da matéria e você vai entender.

Corri os olhos pelo final da matéria, onde a repórter responsável concluía:

“Podemos ver, pelo tipo de afirmações exageradas, que é só uma brincadeira adolescente. Rita Skeeter devia checar sua pena antes de publicar coisas não confirmadas, afinal de contas. Harry Potter, infelizmente, foi o bode expiatório de Skeeter para salvar sua carreira jornalística.”

– É impressão minha ou essa repórter parece não gostar da Skeeter? – Indaguei, notando as claras alfinetadas no jornal.

– Nem um pouco. Pelo jeito, Ritinha fez muitos inimigos ao longo de sua ilustre carreira, e tive sorte de abordar a pessoa certa para publicar minha obra de arte. – Fred sorriu, orgulhoso.

Merlin, ele era mesmo um gênio.

– Senhor Weasley, seu tempo acabou! – Madame Pomfrey gritou de longe. Logo, ouvimos os passos apressados dela, que vinha para expulsá-lo dali.

– Tudo bem, tudo bem, estou indo! – Fred ergueu as mãos em sinal de rendição. Piscou para mim e se dirigiu para a porta.

Olhei para o exemplar do Profeta Diário que estava em minha cama, Eu com certeza guardaria aquilo para sempre. Peguei-o para colocá-lo no bolso, e vi que Fred deixara algo ali antes de sair.

Era... Um bolinho de cenoura. Meu favorito.

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Finalmente, fui liberada da Ala Hospitalar com minhas mãos novinhas em folha. Da próxima vez, abriria o correio com muito mais cuidado, e, de preferência, usando luvas.

Logo, acabei parando de receber cartas de ódio, e tudo voltou ao normal.

A Terceira Tarefa estava se aproximando, mas não havia muito o quê fazer para praticar ou algo assim, já que Harry só seria informado da tarefa um mês antes. Eu, no entanto, estava muito grata que logo, aquele torneio acabaria de uma vez por todas e tudo voltaria ao normal. Harry nem precisava ganhar, só sobreviver.

Estava indo para a Sala Comunal pegar o material de Ron, que tinha me pedido para verificar suas anotações de Transfiguração, quando dois pares de braços abraçaram meus ombros.

– Olá, Mione! – Eram as vozes dos gêmeos.

– Oi, meninos! O quê vocês estão fazendo? – Perguntei, surpresa.

– Convidando você para um jogo de Quadribol. – George respondeu. – Começa em meia hora.

– Você vem? – Fred perguntou, seus olhos brilhando.

– Eu tenho que...

– Ótimo, te vejo lá! Nos deseje sorte! – George interrompeu, sorridente, e correu para o campo de Quadribol.

– Os jogos não tinham sido suspensos? – Perguntei à Fred.

– Só os oficiais. – Ele respondeu. – Você vai? Por favorzinho?

– Posso pensar, já que você deu um argumento tão convincente.

– E você pode... – Ele puxou um cachecol de suas vestes. – Usar esse cachecol? Para dar sorte?

– Não achava que o incrível Fred Weasley precisasse de sorte... – Provoquei, erguendo uma sobrancelha.

– Não preciso, mas prevenir nunca é demais. – Fred respondeu, enrolando o cachecol em meu pescoço por cima do meu cabelo. Quando ele terminou, me puxou gentilmente pelas pontas da lã e roubou um beijo. Estávamos no meio do corredor, ainda que vazio, e poderíamos ter sido pegos. Antes que eu pudesse repreendê-lo, Fred sorriu e se justificou. – Para dar sorte.

E disparou para o campo.

Apertei o cachecol contra o meu pescoço. Ron podia se virar sozinho, mas eu daria um jeito de pelo menos dar uma ajuda depois. Não ignoraria meus amigos por causa de um romance, afinal de contas. Mas era só um jogo, com certeza não teria problema.

Desci para o campo de Quadribol, finalmente. As arquibancadas estavam vazias, e me sentei na primeira fileira. Fred e George acenaram para mim de longe, pulando. Acenei de volta, sorrindo.

Todos montaram em suas vassouras, e jogavam rindo e brincando, ocasionalmente acertando a goles nas cabeças uns dos outros. Me perguntei se todos os times eram assim, mas quando lembrei de Marcus Flint, pensei que provavelmente o da Sonserina não era.

Fred sempre trocava olhares comigo, fazendo George gargalhar e Alicia e Katie sorrirem. Angelina parecia ter superado, e sorria discretamente para mim também. Todos estavam tão felizes, e naquele momento, tudo que eu queria era parar o tempo.

Observei Alicia e Katie jogarem a goles uma para a outra e comemorarem juntas quando conseguiram marcar um gol em Olívio.

Merlin, como eu queria que aquelas duas acabássem juntas.

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O jogo tinha acabado, e havia sido o melhor treino que já tivemos.

Bom, principalmente porque Wood não ficou berrando o tempo inteiro.

Foi difícil não encarar Alicia durante aquele jogo inteiro, o que acarretou em inúmeras boladas na minha cabeça porque eu não estava prestando atenção ou estava brincando. Tive minha vingança quando derrubei George da vassoura. Duas vezes.

Vi Granger nas arquibancadas, e acho que, dentre o time todo, só Olívio e Harry não sabiam que ela e Fred estavam se agarrando pelos cantos. Merlin, como era óbvio...

Pela primeira vez em muito tempo, eu estava feliz. Não alegre, não animada. Feliz. E Alicia também.

Hoje eu iria tentar. Se Granger e Fred estavam juntos e ninguém tinha descoberto, quem sabe eu e Alicia conseguiríamos. Eu iria contar para ela. E, se eu finalmente tivesse um pingo de sorte, quem sabe ela iria retribuir.

Geralmente, durante os jogos, as palavras de minha mãe ficavam martelando em minha cabeça, e assim, eu conseguia virar uma fera dentro do campo, e era uma coisa boa. Eu amava jogar, mas era um tanto quanto doloroso relembrar tudo aquilo durante os jogos e sair com um bolo na garganta em algumas partidas.

Mas eu nunca chorava. E me orgulhava disso.

A única vez que eu perdi o controle foi quando Alicia arrumou aquele maldito namorado. Quando ele a traiu, não pude evitar e ficar feliz. Por mim e por ela. Finalmente, Alicia se livrara daquele peso morto que só traria desgraça para a vida dela.

Droga, eu tinha tanta certeza que eu era melhor para ela. Se eu tivesse só um pouco de coragem, só um pouco...

“Katie, se você continuar usando essas roupas horrorosas, é claro que nenhum homem vai te amar, quem dirá um rico. Vá se trocar. Agora.”

Não me importava mais com minha mãe. O que eu mais queria no mundo era fugir daquela casa, e só voltar para visitar meu pai. Ele era tão ingênuo, não notava que aquela mulher casou com ele puramente por dinheiro. Era tudo que ela conseguia ver. E não sabia por quê, mas desconfiava que a doença de meu pai era tão inexplicável por causa dela. Infelizmente, sempre que eu tentava avisá-lo, ele dizia que quando eu conhecese o amor, entenderia.

Ele a amava desesperadamente, e minha mãe não sentia o mesmo.

Eu falaria o que sinto para ela. Porque, se eu finalmente estava feliz, naquele campo com meus amigos, quem sabe era um sinal.

Quando todos desmontamos das vassouras, rindo e empurrando uns aos outros, e nos dirigíamos para o vestiário, achei melhor falar tudo quando já tivéssemos tomado banho. Suor não era a coisa mais atrativa do mundo.

Finalmente estávamos todas saindo. Angelina tinha saído mais cedo, já que não queria topar com Fred e Granger juntos. Quanta besteira.

– Alicia, nós... Precisamos conversar. – Puxa vida, que começo ridículo. Estávamos na porta do vestiário, e eu digo essa frase que me fazia parecer uma maluca. Ótimo.

– Merlin, Katie, por quê tão séria? – Alicia respondeu, rindo. – Diga.

Digamos que eu não encontrei as palavras. Abri e fechei a boca, como um peixe, sem conseguir dizer nada.

E então, eu fiz a única coisa que veio à minha mente.

Beijei Alicia.

Foi um beijo rápido, nem deu tempo de uma de nós tomar uma atitude ou de Alicia rejeitar ou corresponder. Quando me afastei, ela estava perdida, em choque. Ela abriu a boca para falar algo, mas eu achei melhor interromper.

– Eu gosto de você, Alicia. Gosto de você da forma como eu deveria gostar de garotos. – Disse, moderadamente confiante. Afinal, se eu já tinha ferrado qualquer possibilidade de continuar amiga dela, por quê não ir com tudo? – E eu nunca me senti dessa forma antes. Você é aquela coisa que praticamente faz meu dia valer a pena. Quando eu estou tento o pior dia da história da humanidade, você chega. Eu gosto de você, Alicia. Desesperadamente.

– Katie...

– E eu acho que ferrei com a nossa amizade no momento em que me dei conta disso. E eu sinto muito. – Interrompi-a, concluindo o que eu tinha começado.

O rosto dela estava uma mistura de pena, remorso e condescendência. Eu sabia o que estava por vir.

– Katie, eu sinto muito... – Ela começou.

Resolvi colocar um fim naquilo tudo. Eu não teria a estabilidade emocional para aguentar um pé na bunda vindo dela.

– Tá. Eu entendi. Quer saber? Eu fui burra. Burra de pensar que isso podia dar certo. E agora, adivinhe? Eu perdi minha melhor amiga também. Ótimo. Não é sua culpa, não precisa ficar com essa cara de dó. Não sou nenhum sapo abandonado na rua. Tchau, Alicia. – Disse, com raiva, e saí pisando forte. Realmente, não era culpa dela, mas minha resposta natural foi agir com ódio.

Fui, não sei por quê, para a orla da Floresta Negra. Quem sabe aquele lugar era tão escuro quanto meu coração naquele momento. Chorei. Chorei tudo o que eu não havia chorado em anos.

Afinal, eu era como meu pai. Desesperadamente apaixonada por alguém que não sentia o mesmo. Minha mãe finalmente estava certa. Eu estragara as chances de alguém me amar.

Naquela Floresta, eu chorei.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do cap? Gente, me avisem se eu estiver escrevendo muito no ponto de vista da Katie, é que eu amei tanto a história dele que não consigo mais me conter! Enfim, se tiverem alguma crítica, opinião ou sugestão, deixe nos comentários! Ou, se quiser ajudar a fic, clique em acompanhar e favoritar, claro! E vocês sabem que eu não recuso uma recomendação... Beijosss, até o próximo!