Out of Mind - Fred & Hermione escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 15
O Segredo


Notas iniciais do capítulo

Oolá! Gente, sério, eu amei esse capítulo :3 Espero que vocês gostem também! Aliás, MUITO OBRIGADA ♥ Estamos com quase 150 comentários! Sério, se você deixou um desses 148, eu te adoro demais. Mas adoro meus gasparzinhos também ♥ Aproveitem o cap!



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A maioria das pessoas já estavam dormindo, mas sabia que o Baile não tinha acabado por algumas camas ainda estarem vazias. Ainda que tivesse subido para o dormitório fazia tempo, não conseguia dormir por nada. Não conseguia acreditar em tudo o que tinha acontecido no Baile. Olhei ao redor e, iluminadas pela luz da lua que vinha da janela, as meninas estavam acabadas de tanto dançar, e dormiam a sono solto.

Sabia que tentar dormir era uma causa perdida, então me levantei e coloquei meu robe. Peguei meu livro e minha varinha, e sem querer acordar ninguém, resolvi ler na Sala Comunal.

Lumus. – Murmurei, encostando a porta do quarto. Desci as escadas em silêncio, e fiquei surpresa em ver a Sala completamente vazia. Quando pensei, fazia todo o sentido. Afinal, quem não estava no Baile ou nos corredores, provavelmente estaria dormindo.

Me acomodei na poltrona fofa que movi para perto da lareira e comecei a ler. Ouvi a porta abrir e se fechar várias vezes conforme as pessoas chegavam, cansadas demais para me cumprimentar.

Nem sei por quanto tempor fiquei lendo. Sempre me prometia que só leria mais um capítulo, só para acabar me perdendo na história novamente. Mudei de posição mais vezes do que pude contar, até que terminei o livro.

Fechei o livro e vi quem eu nunca esperei que veria. Fred estava sentado no sofá, me olhando com um sorrisinho.

– Fred? Há quanto tempo você está aí?

– Não muito. Cheguei um tempinho atrás e não quis te perturbar. – Ele deu de ombros, sorrindo. Lembrei que ele disse que gostava de me ver ler, e não pude conter um sorriso também. – Como foi a noite?

– Boa. Mas todo mundo ficava encarando o Krum, então a primeira dança foi estranha. Bom, ele é famoso, o que mais eu poderia esperar? – Confessei, dando de ombros.

– Ah, acredite, ninguém estava olhando para ele. – Fred riu, olhando para o fogo da lareira. Seus olhos se voltaram para mim. – Ouça, eu queria te contar o que estava acontecendo, mas George achou melhor te manter longe de tudo isso.

Assenti com a cabeça, esperando que ele continuasse.

– Na Copa Mundial, eu e George apostamos mais ou menos 37 galeões com Ludo Bagman, e ganhamos. Então, quando ele foi nos pagar, isso depois de um atraso enorme, o ouro que ele tinha nos dado desapareceu depois de algumas horas.

– Ouro de duende? – Perguntei, ainda em choque que os dois realmente tinham apostado quase 40 galeões em um jogo de Quadribol. Simplesmente não entrava na minha cabeça. Ainda assim, queria tanto saber o que tinha acontecido que resolvi deixar a bronca para depois.

– Sim! E o Lino nos contou que Ludo também deve dinheiro para o Sr. Jordan, e aí ficamos sabendo das dívidas do Bagman. Estamos perseguindo o idiota o ano inteiro, e eu dei a ideia de informar o Ministro sobre as coisas que Ludo anda aprontando, mas George falou que seria chantagem... – Fred bufou, irritado. Realmente, ele tinha um desprezo pelas regras um pouco maior que o do irmão.

– Fred... Como vocês vão sair dessa? Também, que ideia! Apostar em jogos de Quadribol... – Comentei. Ainda que Fred e George não deveriam ter feito a aposta, Ludo Bagman era asqueroso em continuar com seu vício e prejudicar famílias.

– Ei, teria dado tudo certo se Bagman fosse honesto! – Fred argumentou. – Mas eu e George vamos dar um jeito, nem se esquente com isso.

Levantei uma sobrancelha, e nós dois sabíamos que eu ia me preocupar com os dois não importava o quanto os gêmeos me falassem para não fazer isso. Logo depois, caímos na gargalhada.

– Merlin, eu realmente quero ver a reação do Roniquito quando descobrir sobre nós. – Fred comentou, rindo alto. – Talvez até supere a vez que eu transformei o bichinho dele em uma aranha enorme... Ah, bons tempos...

– O quê ele andou falando? – Perguntei, com a mão na testa.

– Ah, você nem imagina... – Fred sorriu com malícia. – Ele ficou morto de ciúmes de você e do Krum porque ele dançou com você e não sei mais o quê. Imagino o que ele não vai fazer quando descobrir que o irmão dele anda fazendo bem pior....

– Bom, isso vai ser um problema... – Ponderei. – Mas ainda não precisamos nos preocupar com isso. Como foi o seu Baile?

– Hum, deixe-me pensar... – Fred fingiu refletir sobre algo muito importante, os dedos no queixo. – Angelina ficou meio irritada porque eu não parava de pisar no pé dela...

– Mas você dança bem! – Exclamei. Só consegui dançar na frente da escola inteira porque tentei fingir em minha cabeça que Krum era Fred, e estávamos no porão da Toca. Fazia tudo ficar mais simples.

– Quando estou prestando atenção, sim. – Ele riu. – O que me lembra, vem aqui.

Ele tinha se levantado do sofá e estendia as mãos para mim. Peguei-as com as sobrancelhas levantadas e logo estava de pé com ele.

– Não consegui dançar com você no Baile.

Ele me rodopiou pela Sala Comunal, mesmo que não houvesse música. Sua mão em minha cintura me colocava contra ele, enquanto minha mão já tinha deslizado de seu ombro para seu pescoço.

– Sabe, você tem uma mente incrível. – Ele disse, de súbito, enquanto contornávamos poltronas, valsando pela Sala Comunal. Era a coisa mais aleatória que eu e ele já tínhamos feito.

– Como assim?

– Bem, todo mundo hoje ficou dizendo que você estava linda. Mas eu sinto falta do seu cabelo armado e fofo, por mais bonita que você estivesse hoje. É mais... Você. – Fred riu.

– E por mais que você estivesse muito bonito todo arrumado, acho que sua camisa amassada e gravata solta também é mais você. – Ri junto com ele.

– Que alívio! Gravatas normais apertam demais...

Revirei os olhos, sem conseguir parar de sorrir.

– Mas, eu passei a noite inteira sem ar por outro motivo. Fiquei olhando para uma menina a noite toda.

– Ah, é? E como era ela? – Desafiei.

– Incrível. Ela estava usando um vestido muito bonito, por mais que fique perfeita em qualquer coisa. Ela também é extremamente inteligente. Mas quando ela lê, e fica muito concentrada, ela franze as sobrancelhas bem aqui... – Colocou o dedão entre as minhas sobrancelhas com taamanha delicadeza que a pele de seu polegar mal encostou a da minha testa. – E torce um pouco os lábios. E toda vez que ela faz isso, eu me apaixono de novo.

– Hum, ela parece legal. Por quê não chamou ela para o baile? – Perguntei, ainda meio rancorosa por Krum ter me chamado antes, mesmo com todo o tempo que ele teve para me convidar.

– Porque ela já tem meu coração. Acho que seria demais ela ter todo esse corpinho aqui. – Fred piscou para mim. Nem tinha percebido que tínhamos parado de dançar, e estávamos parados de frente um para o outro, muito próximos.

– Você também tem o coração dela. – Sussurrei.

– Justo.

Foi a última coisa que ouvi-o murmurar antes de juntar seus lábios nos meus. Logo eu já estava completamente perdida nele, e suas mãos se aventuravam em meio aos meus cabelos e às minhas costas. Não parecia o suficiente.

Qualquer distância parecia um continente inteiro.

Com os braços em suas costas, empurrei-o com força para mim, aumento a crescente proximidade entre nós dois.

– Boa noite, Fred. – Ofeguei quando conseguimos nos separar.

– Boa noite, Mione. – Ele respirou fundo antes de responder. Piscou para mim e foi para seu dormitório, e logo em seguida subi as escadas para o meu.

Andei pelo corredor com a cabeça girando sem parar. Esse tempo na Sala Comunal compensou por tudo o que Ron tinha dito no Baile. Estava tão feliz e até tonta que não vi que Katie Bell estava ali.

– Ok, Granger, é o seguinte. Eu tentei ser legal, mas essa sua ilusãozinha com o Fred já tá indo longe demais. Então vamos fazer assim. Você vai deixar a Ange e o homem dela em paz, e vai viver sua fantasia com o Krum.

– Katie, por quê você não deixa cada um viver sua vida em paz? – Murmurei, tentando tirá-la do caminho. Estava cansada demais para essa baboseira. Eventualmente, ela saiu, e consegui chegar até a porta do meu quarto.

– Tudo bem. Então acho que essa foto que achei em uma das gavetas da Alicia não causaria nada se... Caísse em mãos erradas? – Ela insinuou. Virei de novo para ela. Como Bell tinha conseguido aquilo?

– O quê você quer?

– Não é óbvio? Deixa a Angelina e o Fred em paz e eu destruo isso e nunca mais te incomodo. – Katie disse, visivelmente irritada.

– Ah, me dá isso aqui. – Tentei tirar a foto de suas mãos, constrangida demais por ver eu e Fred nos movendo daquela maneira no pedaço de papel.

– Nem pense.

Olhei para ela. Katie realmente pensou que teria alguma vantagem só porque Fred não estava comigo? Ah, por favor... Ela ao menos sabia quem eu era?

Colloshoo. - Vociferei, tendo que pensar rápido. Queria ter lançado a maldição Calvario, que faria os cabelos dela caírem, mas isso poderia me colocar em apuros. Ainda assim, meu feitiço fez com que seus pés ficassem grudados ao chão com uma espécie de ectoplasma adesivo.

– O que você...? – Katie murmurou, irritada, enquanto tentava desesperadamente se deslocar do ponto onde estava. Com um sorriso, tirei a foto de sua mão e segui para o meu dormitório.

Ainda assim, tranquei a porta por precaução.

Não consegui nem olhar aquela foto. Era tão... Comprometedora.

Incendio. – Sussurrei, apontando a varinha para a fotografia. Observei-a queimar até que desaparecesse.

Eu teria que falar com Alicia no dia seguinte.

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A aula de Herbologia finalmente tinha acabado, e era nossa última aula antes do almoço. Decidi falar com Alicia no Grande Salão, já que não sabia quais períodos livres nossos coincidiriam.

– Alicia? Posso falar com você? – Cutuquei seu ombro de leve, e Alicia assentiu com a cabeça e me acompanhou até um pilar. – Olhe, temos que fazer algo em relação à Katie.

– Ela me disse que você atacou ela sem nenhum motivo, mas quando vi que a foto tinha sumido, soube que ela tinha aprontado alguma coisa. Eu sinto muito. – Alicia balançou a cabeça, com a mão no meu ombro. Logo, um sorriso surgiu em seu rosto. – Mas pelo que eu pude presumir, você levou a melhor.

– Eu destruí a foto, mas não acredito que Katie vá parar de tentar juntar o Fred com a Angelina.

– Entendo. Olhe, Hermione, eu sei que é pedir demais, mas tente não odiar a Katie. Veja a perspectiva dela, ela acha que Fred é o homem perfeito para Angelina, e segundo ela, Ange chegou primeiro. Ela só... Não entende que os dois já seguiram em frente. Eu também suspeito que tem algo além. Algo que... Bom, não acho que você vá entender, mas ela parece estar reprimindo raiva por algum motivo.

– Tudo bem. Mas o quê vamos fazer?

– Vou dar uma pensada. Você e Fred façam o mesmo. Nos encontramos na Sala Comunal depois do jantar e conversamos lá, combinado?

– Até lá. – Me despedi e voltei à mesa. Vi Fred me olhando com as sobrancelhas franzidas, e tentei sinalizar que conversávamos depois. Ele assentiu, e voltou a conversar animadamente com Lino e George.

As aulas da tarde voaram, e quando pediam alguma leitura ou exercício que eu já tinha feito, tirava o tempo para pensar em alguma alternativa para o problema com Katie Bell. Nada me vinha à cabeça a não ser ter alguma evidência contra ela. Ainda assim, seria muito próximo de chantagem, o que não me agradava muito.

Quando as aulas finalmente acabaram, corri para o dormitório para dar tempo de deixar minha mochila no quarto e ir comer.

Na porta de um dos quartos, vi uma cena mais do que incomum.

Katie Bell soluçava, o rosto entre os joelhos.

– Katie? Está tudo bem? – Perguntei de longe, com cautela. Quem sabe era uma péssima decisão, mas não pude evitar. Ela parecia genuinamente triste.

– Você jamais entenderia, Granger. – Ela murmurou, lágrimas escorrendo sem parar dos olhos.

– Posso tentar. – Me sentei à sua frente. – Não vou contar para ninguém, se precisar desabafar.

– Depois de tudo o que eu fiz para você? Difícil de acreditar. – Katie riu, irônica.

– Nem eu mesma acredito, na verdade. Mas você pode me falar.

– Bom, por onde começar? – Katie de repente estava cheia de raiva, ódio mesmo. – Ah, é! Quem sabe pela parte que Alicia está namorando?

– Alicia Spinnet? Mas... Isso não é algo bom?

– Eu disse que você não entenderia. – Katie se levantou, e coloquei a mão em seu braço. Ela se livrou, e me encarou. Nunca a tinha visto dessa forma, e seus olhos estavam mais expressivos do que jamais os tinha visto.

– Katie, você pode me...

Eu gosto dela, tá bom? – Katie gritou, de súbito. Parecia descontrolada. – Gosto de Alicia como nunca gostei de nenhum garoto.

Fiquei quieta, em choque.

– Eu sempre fui tão calculista e sob controle, e Alicia foi como uma coisa que eu nunca esperei. – Assenti. Na verdade, o que eu tinha com Fred era até bem parecido. A voz de Katie já estava mais calma, embora ainda chorasse. – Acho que venho agindo como agi porque... Eu tenho medo do que sinto por Alicia. E sei que isso vai acabar mal para mim.

– Bom... Você já pensou que Alicia pode ser bissexual? – Perguntei, tentando amenizar a situação para ela. Por mais estranho que soasse, não consegui guardar rancor de Katie depois do que ela me falou.

– Não, mas a mera possibilidade é remota demais. - Já estávamos sentadas no chão novamente. – Olhe, Hermione, ao mesmo tempo que eu não quero me desculpar pelo que eu fiz, eu ainda me sinto mal por você. Eu acho que tentei fazer o que fiz por dois motivos: Me concentrar em algo que não meus sentimentos ajudava a afastar tudo. E se eu não iria achar o amor, Angelina devia ter a chance. Mas falta atitude nela, então eu tive que dar um empurrãozinho. – Katie sorriu, triste.

– Só... Não faça mais isso. Angelina seguiu em frente e Fred também. – Suspirei. – Tente se concentrar no Quadribol, ou nas aulas. Ajuda, sabe? Mas acho que você devia ver se Alicia pode ou não ser bissexual.

– Vou tentar. – Ela disse, se levantando. Logo, seu rosto se tornou sério e frio como o gelo. – Eu agradeço por tudo isso, mas se você contar, para qualquer um que seja... Quero que saiba que eu sou mais forte. E não me importaria quantos feitiços você sabe. Se eu souber que você saiu por aí abrindo a boca...

– Tudo bem, eu entendi. Não se preocupe.

– Bom.

Katie foi embora para seu dormitório, limpando o rosto. Chequei meu relógio, e vi que o jantar já tinha acabado.

Desci para a Sala Comunal na esperança de encontrar Fred ou Alicia. Agora eu via a situação de um modo muito diferente, e não sabia como iria explicar para os dois.

Vi Fred sentado em uma cadeira, as sobrancelhas franzidas e o queixo apoiado nas mãos, batendo o pé nervosamente. Enquanto isso, George e Lino riam ao seu redor.

– Merlin, ele tá parecendo uma mãe preocupada. – Jordan provocou, sorrindo.

– E quando eu chego tarde, o moçoilo espera dormindo. – George bufou, fingindo irritação, o cotovelo apoiado no braço da poltrona do irmão. Quando me viu, Fred bagunçou os cabelos dos dois e veio na minha direção.

– Céus, Mione, onde você estava durante o jantar? – Ele murmurou, preocupado.

– Eu cochilei. – Tive que usar todas as minhas forças para não deixar transparecer minha mentira.

Fred levantou uma sobrancelha, e senti que começava a suar com medo de que ele visse que eu estava mentindo. Ele deu de ombros, mas ainda parecia desconfiado, como se soubesse que algo estava errado.

– Olá! E então? Alguma ideia? – Alicia disse, impedindo que Fred perguntasse alguma outra coisa.

– Eu tive várias. – Fred sorriu.

– Não podemos. – Eu disse, com firmeza. Os dois me encararam, os queixos caídos em incredulidade.

– Como assim? – Alicia conseguiu perguntar.

– Não podemos fazer isso. Simplesmente não podemos.


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Notas finais do capítulo

TAN TAN TAN! Gostaram? Espero que sim!! Se tiverem alguma crítica, opinião ou sugestão, deixem nos comentários! Leio e respondo todos com muito muito carinho! Se quiser ajudar a fic e ser notificado quando novos capítulos forem postados, clique em acompanhar e favoritar! E se estiver gostando MUITO da fic... Pode recomendar que eu deixo, viu? hahahahah Beijosss, até o próximo!!