Out of Mind - Fred & Hermione escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 11
A Sala de Poções


Notas iniciais do capítulo

Oooi! Como foi o Natal de vocês?? Espero que muito bom!! Gente, já estamos com 91 comentários e TRÊS lindas recomendações! Muito, muito obrigada!! *Abraço coletivo* Espero que gostem do capítulo, e leiam as notas finais! Tenho tipo um recado/pergunta que é bem importante!



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– Eu estou te falando, Ange. Eles estavam juntos, no campo de Quadribol! Eu tava lá! E eu juro que se um arbusto não tivesse se mexido, eles teriam se beijado. – Katie me dizia, exasperada.

Eu sempre gostara da minha relação com Fred. Ia além do time de Quadribol, e ele era ótimo em todos os sentidos. Sentia falta dele, principalmente do aspecto físico do nosso namoro. Queria tê-lo de novo, mas ainda assim... Se ele estava mais feliz com a Granger, não queria estragar a alegria de ninguém.

– Katie, eu sinto muito. Mas se ele superou, eu também devia fazer o mesmo. Não é nada, vou seguir em frente e pronto. – Suspirei, pegando meus livros e me virando para ir para a aula de Herbologia e deixando minha amiga para trás.

– Angelina Johnson, escuta aqui. Olhe para você! Você, eu e a Alicia representamos o poder feminino no campo de Quadribol! E ainda assim, vai deixar a magrela da Granger roubar teu homem? Nem pensar! Você vai reconquistar o Fred, e a Hermione vai ser feliz com o Krum. – Katie disse, se enfiando na minha frente. – Aliás, eu vi ele pedindo para levar ela ao baile quando estava indo pra Sala Comunal, aposto que vão acabar juntos.

– Não custa nada tentar... – Murmurei, convencida com os argumentos de Katie. – Mas não vou fazer nada maldoso. Nem oferecido. Se ele me quiser de volta, vai ser porque ele gosta de mim, e não por alguma armação. Se ele prefere a Hermione, eu vou ser feliz mesmo assim. – Deixei claro, sabendo que minha amiga adorava um bom barraco. – Combinado?

– Tá...

– E afinal, que diabos você estava fazendo seguindo Hermione Granger no meio da noite, Kat?

– Bom, imagine que você está indo casualmente pegar algo da cozinha e vê a menina mais certinha de toda Hogwarts andando por aí com cara de quem esconde algo no meio da noite? É claro que eu ia ver o que era!

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Levantei da cama em um pulo.

Hoje tínhamos dois períodos livres na manhã, e estava decidida a passá-los na biblioteca com Harry. Sabia que a primeira tarefa tinha algo a ver com dragões, o que não seria fácil. Pensei que Rúbeo talvez pudesse nos dar uma mão, mas acho que ele quer manter tudo justo.

Pensei que Ronald pudesse escrever para Carlinhos, mas ele enfiou na cabeça que agora era um momento perfeito para criar birra com Harry, dizendo que ele mesmo colocara o nome no Cálice. Não conseguia entender como ele achava essa suposição minimamente aceitável, e detestei a atitude dele.

– Ronald, já deu, né? Você realmente acha que o Harry que nós conhecemos faria isso? Céus, pare com isso! – Bufei, exasperada para o meu amigo. – Já estou de saco cheio!

– Mione, você não entenderia... – Rony suspirou, correndo as mãos pelos cabelos.

– Não. Eu realmente não entendo. – E com essa frase, saí dali.

Fui em direção a minha primeira aula do dia, ainda morrendo de raiva. Dentro da sala, Harry e Ron sentaram distantes um do outro, e queria cavar um buraco no chão e me enfiar ali dentro. Não sabia por mais quanto tempo poderia aguentar essa rixa entre meus melhores amigos.

Não sabia explicar o quanto fiquei feliz quando aquela aula acabou.

Saí dali rápido, meus livros pesando em meus braços. Com o canto do meu olho, vi Fred vindo em minha direção. Obviamente, fiz o que veio primeiro na minha cabeça.

Correr para longe.

Eu queria ele. Já passara o tempo de negar. Mas não sabia o que éramos, e nem como agir perto dele depois de tudo.

Corri até as estufas para a aula de Herbologia, e suspirei ao chegar lá. Eu não conseguiria evitar Fred por muito tempo, até porque acho que enlouqueceria até lá, mas tinha que colocar meus pensamentos em ordem.

E tinha poucas aulas hoje, então teria poucas oportunidades de tirá-lo da minha cabeça, coisa que eu conseguia razoavelmente bem enquanto havia um professor e uma matéria em minha frente.

Quando a professora Sprout nos liberou, queria que aquela aula continuasse para sempre para que eu pudesse continuar sem nada na cabeça além do conteúdo estudado.

Cheguei ao castelo e enquanto passava pelo corredor para ir guardar meus materiais antes do almoço, fui puxada para dentro de uma sala por uma mão que eu conhecia muito bem e que já tinha me arrastado para todos os tipos de lugares.

Era Fred.

– Mione, o que foi aquilo? – Ele disse, em um tom que tinha um ar de brincadeira. Ainda assim, sabia que ele estava falando muito sério, coisa que ele mostrava por suas sobrancelhas franzidas.

– É... Fred, eu não sei. Acho que te evitei porque eu não sei muito bem o que nós somos, entende? E eu não consigo mais olhar pra você sem corar e ficar meio boba. Não que antes eu não ficasse, porque, bom, eu te encarava várias vezes...

– A diferença é que eu sei ser sutil... – Fred abriu um sorriso divertido, as mãos nos bolsos.

– Ah, então você também me encarava? – Levantei uma sobrancelha em desafio. Ainda assim, tinha que concordar com Fred, já que ele sempre me pegava o observando e nunca deixava passar sem uma brincadeira a respeito.

– Bem, eu adoro ver as expressões que você faz quando lê. – Franzi o cenho, inquisitivamente. Nunca notei que meu rosto mudava durante a leitura. – Quando você lê algo confuso ou que não gosta, você junta as sobrancelhas e retorce o lábio. Se você vê que algo bom aconteceu no livro, você sorri. Entre outras como sua expressão de choque...

E ele desatou a imitar várias expressões e não consegui segurar o riso.

– Sempre gostei do seu riso. – Confessei quando o silêncio voltou a recair.

– Como assim? De todo o meu corpinho, você escolhe meu riso? – Fred fingiu indignação enquanto sinalizava seu corpo com as mãos. – Merlin, Hermione!

– É sério! É alegre e alta e sempre dá pra dizer do que você está rindo. Sempre que a ouço de longe eu sorrio.

Fred fez uma reverência como quem agradece aplausos.

– Aliás, sobre não conseguir agir normal perto de mim, eu sei que geralmente causo essa reação nas pessoas... – Ele brincou, e revirei os olhos. – Mas vamos devagar então. Como se ainda fôssemos só amigos. Só que diferente. Porque, bom, eu gostei do beijo, não sei você...

– Ok. Mas, Fred, temos que manter isso em segredo. Não quero causar mais drama do que já tem, com o Torneio, Ron sendo um babaca com Harry... Aliás, acho que Ron acharia estranho eu saindo com o irmão dele... E se Gina fez um escândalo porque você me trouxe um copo de água, imagine o que ela não ia fazer se soubesse que estamos nos vendo.

– Ele vai ter que aceitar algum dia! Nós formamos um par bom demais para esconder. – Fred argumentou. – E Gina só nos ama juntos demais, o que nunca é um problema. George também faz isso. – Ele riu.

– Eu sei, mas vai ser só por algum tempo. – Suspirei, exasperada.

– Eu topo, mas é só porque vamos ter uma desculpa para vários passeios de noite no castelo. E porque adoraria ver o Filch nos vendo juntos. – Ele piscou para mim, e minha mão foi de encontro a minha testa.

– Fred, nós não vamos ser pegos. De jeito nenhum.

– Tá bom, tá bom. Mas você ainda tem que admitir que seria hilário. – Fred desatou a rir.

– Não, não seria. Agora vamos logo antes que percamos o almoço! – Disse, e enquanto me virava para sair da sala, Fred puxou meu braço e roubou-me um beijo.

– Para quê tanta pressa? – Murmurou, sorrindo marotamente.

– Céus, Fred... – Sorri, puxando-o para mim.

Nossos corpos pareciam se encaixar como peças de um quebra-cabeça. Ele era quase duas cabeças mais alto que eu, e ainda assim parecíamos moldados um para o outro. Nos mexíamos em sincronia, seus braços percorrendo toda a extensão das minhas costas e cada milímetro de mim estava vivo.

Quando saímos dali, meu cabelo estava para todo lado e minhas bochechas vermelhas como um pimentão.

– Sala de Poções. Meia noite. – Fred sussurrou em meu ouvido antes de ir para sua próxima aula.

Ali no corredor, suspirei, correndo uma mão por meu cabelo, enquanto o via se distanciar.

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Depois do almoço, fui para a biblioteca com Harry. Estávamos tendo algum progresso, mas ele parecia estar com a cabeça em outro lugar. Fiquei grata que professor Moody o estivesse ajudando, porque não parecíamos conseguir encontrar algo que fosse a solução perfeita.

Quando saímos, eu tentei animá-lo, mas Harry sabia que tínhamos saído de mãos abanando.

Era a milésima vez que eu amaldiçoava mentalmente aquele Torneio.

Fui para o quarto, e as meninas do dormitório estavam conversando. Havia gente que eu nem conhecia sentada na minha cama. Todas falavam sobre os diferentes aspectos do baile: Algumas sobre a comida, outras se debatiam se teria bebida, umas se perguntavam sobre a música, um grupo menor conversava sobre os pares...

Vi que Gina estava meio desapontada em sua cama, mas conversava com as garotas que discutiam vestimentas.

– Eu estava planejando ir de terninho. – Hanna Abbot ponderou, e achei uma ótima ideia. Ela ficaria ótima!

– Eu nem estava com muita vontade de ir, sabem? Alguém quer ir assaltar as cozinhas comigo e aproveitar o castelo vazio? – Alicia Spinnet sugeriu, e saiu do grupo para se reunir com as meninas que gostaram da ideia.

Puxei Gina para fora do quarto, e perguntei o motivo de estar meio cabisbaixa.

– Mione, você me conhece. Sabe que eu não vou me arrastar pelos cantos por ninguém, muito menos parar minha vida por um garoto. Mas não pude deixar de ficar triste porque Harry está gostando da Cho. Eu fiquei sabendo, e bom.. Paciência. A vida segue. Mas vou ficar bem, Mione. – Ela sorriu, mas tinha uma coisa triste em seu olhar. Acho que era o primeiro coração partido dela, e ela lidou muito bem com tudo. Não sabia o que dizer, já que ela estava decidida a fazer exatamente o que eu iria sugerir, então dei um abraço nela. – E de qualquer forma, eu vou ao baile com Neville...

– Ah, Gina, isso é ótimo! – Abracei-a de novo. Ela iria com um garoto doce e que nunca se aproveitaria dela, e era realmente o melhor para Gina.

– E você, com quem vai? – Ela perguntou.

– Não conte para ninguém. Eu vou com Krum. – Não sabia exatamente se isso era bom ou ruim. Não tinha falado com Fred sobre o baile, e ele era a pessoa com quem eu realmente queria estar no tal dia. Mas ele iria com Angelina, e de qualquer forma estávamos mantendo tudo em segredo.

– Droga! E o Fred? Eu estava torcendo tanto para vocês dois! – Gina disse, triste.

Céus, ia ser difícil esconder isso dela.

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De noite, tinha posto meu pijama para ninguém suspeitar que eu iria sair pelo castelo. Depois que todas estavam dormindo, algumas roncando, outras babando e Gina fazendo os dois, coloquei o o suéter e a saia do uniforme por cima do que eu já estava. Não coloquei a capa, nem as meias, e fui com um tênis mesmo.

Me esgueirei pelos corredores, o coração batendo com o medo de ser pega. Consegui chegar nas masmorras, e fui em direção a sala de poções.

– Fred? – Sussurrei, abrindo a porta.

Não vi ninguém.

– Bu!

Dei um pulo e quase gritei. Fred tinha posto as mãos nos meus ombros e me assustara por trás.

– Fred! Se eu tivesse gritado, poderíamos ter sido pegos. Pior, poderíamos ter sido pegos por Snape! Merlin sabe onde ele dorme, mas não acho que estejamos muito longe! – Sussurrei, brava.

Fred me olhava, entretido. Então, quando eu me preparava para dizer mais, ele me abraçou, apoiando a cabeça em cima da minha. Suspirei, e depois de alguns segundos, o abracei de volta, derrotada.

– Você fica uma gracinha quando está brava, Granger. – Ele murmurou.

Revirei os olhos enquanto nos distanciávamos.

Ele se sentou na mesa de Snape, e peguei a cadeira do professor e me sentei na frente do ruivo.

– Bom, eu gostava de você, mas George se deu conta antes que eu mesmo pudesse me tocar do que eu sentia. Lembra quando Malfoy te chamou de sangue-ruim? Aí que George percebeu porque, segundo ele, eu fiquei puto. E então eu percebi. – Ele riu enquanto jogávamos conversa fora. – Mas eu achei que seria meio estranho por causa da diferença de idade, e porque eu sou muito mais maduro e tal.

– Só nos seus sonhos... – Ri.

– Enfim, Harry sempre soube que eu tinha uma quedinha por você. – Arregalei os olhos. Harry? Como? – Oh, sim. Ele foi perguntar para o George se eu tinha alguma coisa por você, e George mal conseguiu ficar sério. – Fred revirou os olhos com a memória, sorrindo.

– Mas você não estava namorando a Angelina?

– Eu comecei a namorar ela depois que Ron parecia que gostava de você. Daí resolvi ficar na minha, já que ser mais bonito e inteligente que o Roniquito eu já sou, então dar em cima da menina que ele gosta seria meio crueldade demais. – Fred fez uma pose convencida, e desatei a rir. – Daí eu achei que não sentia mais nada por você e tudo o mais, então quando George veio com a ideia de você nos ajudar, eu nem desconfiei que ele estava todo cheio de tramóias. E então, você veio, toda sorrateira, e roubou meu coração de novo.

– Acho que devo um obrigada a George... – Ponderei, e Fred concordou, rindo.

Fiquei surpresa com tudo que estava acontecendo sem que eu notasse.

– Aliás, eu sempre achei que o pulguento do seu gato me odiasse porque sabia que eu tinha uma queda por você! – Fred exclamou.

– É uma teoria, mas ainda acho que ele te odeia porque você fez algo pra ele.

– Ou ele anda saindo com Madame Norra... – Ele disse, malicioso. – Quem sabe ela esteja passando os ideais dela para o Bichento.

– Eu ando com você e nem por isso saio por aí explodindo privadas!

– Não teria tanta certeza disso... – Fred murmurou perto do meu ouvido, fazendo minha pele formigar. – Afinal, você vem ficando cada vez mais ousada...

– Ah, você não faz ideia. – Sussurrei, colocando as mãos em sua nuca e o puxando de encontro a mim. Seus lábios sorriam contra os meus, e sua mãos seguraram minha cintura, me colocando cada vez mais próxima dele.

Logo, eu estava em cima da mesa junto com ele, em seu colo. Já parecíamos um corpo só, e eu me senti leve, viva, como se nada mais no mundo importasse. Ele me completava, e Fred era indescritivelmente perfeito. O abraço dele parecia capaz de me proteger de qualquer coisa, e a maneira com que ele passeava as mãos por meu cabelo me fazia suspirar.

Céus, não me importei de estar na sala de Poções e nem com a iminência de ser pega por Snape enquanto agarrava o irmão do meu melhor amigo.

E isso era um milagre vindo de mim.

Quando conseguimos nos separar e sair da sala, cheguei a conclusão que nunca mais conseguiria olhar para aquela mesa na aula de poções da mesma maneira.


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Notas finais do capítulo

Entããão, eu não sei muito bem se é por causa do Natal, mas as visualizações e o número (notem que número é diferente de qualidade, porque eu recebo uns comentários que me fazem chorar e pular de alegria hahahaha Amo vocês) de comentários caíram bastante. Gente, sério, se tiver algo que não estiver gostando na fic ou que você queira ver mais, me deixe saber. E sempre que puderem, comentem, porque é a minha conexão direta com todos vocês! E se quiser deixar uma recomendação... Garanto que eu vou chorar lendo ela! hahaha