Máscaras... escrita por Maddu Duarte


Capítulo 3
3º Capítulo - Trabalhos.


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Aqui ainda é dia 11, isso significa que eu conseguir postar os capítulos em dias seguidos, WoW!
Eu sei, parece nada, mas eu estou surpresa com a minha capacidade de melhorar o tempo de escrita, quer dizer, eu realmente adoro escrever com esses babys.
Eu queria agradecer muito a página Ladybug Brasil por divulgar a fanfic, isso me deixa MUITO alegre saber que vocês estão gostando.
Nos vemos nas notas finais!



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Aquele dia parecia que iria ser péssimo para Marinette antes mesmo de ela chegar à escola. É claro, sua perca de horário era frequente, no entanto, isso não significava que ela gostava de se atrasar – ou pudesse fazer isso – e a garota ainda sentia as dores da batalha da tarde anterior. Como se não bastasse ser uma estudante – com sua pilha de dever de casa e as obrigações extracurriculares –, a menina ainda tinha que lidar com os ataques a Paris.

Demorou apenas cerca de nove minutos para se arrumar completamente, três minutos abaixo da média, ela se parabenizou mentalmente.

O problema era que Marinette sabia que era completamente impossível que ela chegasse à escola em menos de sete minutos, a única pessoa que seria capaz de realizar esse feito era Ladybug e isso parecia extremamente errado. Em sua bolsa, Tikki criticou a ideia do abuso de poder, ao mesmo tempo em que não a impediu de realizar tal ato. A culpa do excesso de sono não era somente de sua companheira, a pequena kwami já havia vivido tempo suficiente para compreender como a estudante estava depois de lutas como a do dia anterior, além disso, concordou que ela raramente abusava de suas habilidades.

Marinette ainda era uma estudante e o excesso de poder deveria ser algo incrível, mas a menina tentava lidar da melhor maneira possível com isso e não costumava reclamar, mesmo que tivesse total direito. Ninguém a criticaria por temer as batalhas ou pelos pesadelos que a atormentava durante seus sonos, muito menos pela insônia que a atingia, Tikki sabia que ela sentia todos aqueles sentimentos – era normal, sua companheira ainda era somente uma criança – e sabia que Marinette costumava se perguntar se seu parceiro sentia a mesma coisa.

Demorou quase um minuto e meio para que Ladybug percorresse o trajeto até a escola, fazendo algo que a menina quase que desconhecia:

Chegar na hora.

A sua sala de aula não estava muito diferente de todos os outros dias, Chloé e Sabrina estavam realizando seus comentários maldosos e Nathanäel permanecia afastado no canto, enquanto desenhava alguma coisa, a única coisa que diferia de todas as outras era a estafa aparente de Adrien, que acabava dispersando-o e deixando notório que ele não estava psicologicamente presente na aula, o que era algo completamente oposto de seu comportamento normal. Até mesmo Alya – que não costumava focar tanto no loiro como Marinette – reparou na mudança brusca do rapaz, incentivando a amiga a perguntar para ele o que estava ocorrendo. O plano acabou falhando, visto que a menina era incapaz de escrever um pequeno bilhete sem se enrolar completamente.

Felizmente, Marinette ainda era uma joaninha, e ela estava abençoada com o a boa sorte. Em partes. O trabalho em equipe entregue pela professora a juntava com Alya, assim como com a dupla de garotos que sentava na sua frente, o que não seria um desastre por completo se ela não tivesse certeza absoluta de que Alya daria um jeito de relaciona-lo com Ladybug – ela enxergava isso no olhar brilhante e denunciador da sua melhor amiga – e o pior de tudo é que ela não possuía o poder de se multiplicar por dois para exercer ambos papeis ao mesmo tempo.

Já no final da aula, Alya estava conversando e debatendo sobre o trabalho junto com Nino – e Adrien –, ela parecia ansiosa demais para realiza-lo e a garota de olhos azuis como o céu desejou não ser tão tonta e conseguir pelo menos realizar alguma coisa perto do garoto que gostava, nem que fosse apenas ficar parada sem se derreter totalmente, afinal, ela não precisava estragar ainda mais o trabalho da equipe.

— Então, o que faremos? — perguntou Nino despreocupadamente.

A sua voz tentou não falhar e ela tentou não desmaiar quando Adrien lhe entregou um aceno de olá, como se quisesse cumprimenta-la sem atrapalhar a morena, que informava praticamente tudo sobre o trabalho escolar – que seria sobre Ladybug, mas Marinette não conseguia escutar ou se importar muito, na verdade, ela nunca ficava muito atenta quando estava perto do loiro – e deixava Marinette apenas acenando em forma de afirmação, como se realmente estivesse concordando – e ouvindo – tudo.

Seria mais simples se ela estivesse prestando atenção em algo sem ser o sorriso de Adrien.

— Marinette, você está me ouvindo? — Alya chamou a atenção dela.

— Estou, é claro!

Ela não estava, o pior é que ela sabia que não estava e Alya também sabia que a amiga estava na Adrilândia novamente.

— Bem, então, está confirmado que eu e Marinette iremos pesquisar nas cinco primeiras vilas, enquanto Nino e Alya irão tentar fotogravar a sexta, sétima, oitava e nona. Tudo bem para você, Mari? Posso lhe chamar assim?

Ela pensou em desmaiar ou gritar quando o loiro pronunciou seu nome em formato de apelido e em seguida lhe entregou um sorriso, a vontade só piorou quando ela compreendeu o que teria que realizar. Como assim teria que visitar as cinco primeiras vilas com Adrien? Tudo bem que poderia ser pior, ela poderia ter pegado o sétimo e isso significaria ter que ir a um dos pontos mais românticos da cidade com o garoto, porém, tirando isso, não tinha como ser pior.

— Pode me chamar do que desejar... — gaguejou.

Então, ela sentiu o pé de Alya ir contra o seu e a realidade finalmente bateu em sua porta, junto com a terrível questão: Marinette não era capaz de ter uma simples conversa com o modelo, como iria realizar um trabalho – no qual ela não entendia o que era para fazer porque estava ocupada demais sonhando com os olhos verdes do menino – que duraria uma semana e passaria por vários pontos famosos para encontros?

— Bem, eu estava pensando — enrolou-se em suas próprias palavras, como sempre —, o que temos que fazer especificamente?

Ela observou sua melhor amiga estapear a própria testa, como se não acreditasse que a amiga estava realmente no mundo da lua, para a morena, ir atrás de Ladybug não era uma atividade difícil e Paris era uma cidade pequena, qualquer pessoa conseguiria visita-la por completo em uma semana e era quase certo que a heroína apareceria em qualquer hora naqueles dias. Porém, Alya conhecia Marinette e não se surpreenderia nenhum pouco se a menina simplesmente esquecesse como se respira ao lado de Adrien.

E então, o trabalho inteiro seria prejudicado por uma paixão não confessada de pré-adolescente.

— Vocês dois vão procurar alguma imagem de Ladybug e Chat Noir para por no documentário sobre a atual situação da sociedade Parisiense para o trabalho de ciências sociais. Separamos apenas os principais pontos da cidade, certamente não será trabalho para as duplas se locomoverem caso um dos heróis seja visto nas redondezas — explicou novamente Alya, que não parecia ter nenhum problema em repetir sua rotina quase que diária.

Marinette então pensou se isso realmente entraria no trabalho dado à sua sala, quer dizer, ela tinha escutado a professora relatar que as equipes deveriam procurar fatos do cotidiano e filmar um documentário sobre eles, mas seria lutar contra akumas um fato do cotidiano? E ainda tinha o pior dos problemas, era impossível que ela filmasse Ladybug.

Ela era Ladybug, como iria conseguir gravar a si mesma enquanto estava com Adrien? Por alguns instantes, ela havia se esquecido desse grande detalhe.

A garota de cabelos negros bufou e Adrien – que ainda a observava atentamente, como se quisesse reunir alguma fagulha de um comportamento semelhante ao de sua dama – não conseguiu compreender o que desejava de verdade expressar. Por um minuto, ele havia imaginado que tinha traçado um plano perfeito – o rapaz havia tido muito cuidado com as palavras quando foi pedir para Nino escolher ser parceiro de Alya – e não conseguia pensar em um motivo para que a amiga tivesse ficado irritada, além do fato de que ela não faria seu trabalho com Alya, como era costumeiro.

O único motivo seria se ela soubesse o que ele tinha feito e esse terrível pensamento até chegou a passar por sua cabeça, mas foi expulso logo em seguida, ele sabia que era completamente inviável, o loiro tinha certeza absoluta que havia desaparecido antes da heroína notar que estava sendo espionada. Certamente, Marinette estava irritada com outra coisa – alguma coisa que Adrien não era capaz de protegê-la – e logo ficaria melhor. Ou talvez, ela apenas estivesse com a mesma preocupação que ele.

A forma inviável de se realizar um trabalho em que você tem que gravar a si mesmo, de uma forma que ninguém saiba que é você, inclusive seu parceiro.

Sendo ela Ladybug e ele Chat Noir, era quase impossível que os dois ajudassem no projeto e como estavam preso um com o outro, provavelmente, não poderiam se transformar. Pensando nisso, ele se amaldiçoou por atrapalhar toda a equipe por um simples desejo egoísta, ele conhecia sua senhora e sabia que ela nunca se revelaria em sua frente. Teria sido muito mais fácil se tivesse ficado com Nino e inventado alguma desculpa para deixar o amigo sozinho por tempo suficiente até que a gravação fosse boa o bastante para o documentário.

Porém, ele precisava passar um pouco de tempo com sua amada, Adrien acreditava que essa era a única forma de ganhar seu afeto por completo, o modelo tinha esperança que talvez isso minimizasse os danos ocasionados pela quebra de confiança que ela teria ao descobrir que ele não respeitou seu desejo de se manter secreta, além de que, acreditava que isso o ajudaria a descobrir uma forma de fazer com que ela o amasse.

Adrien era egoísta e ele se odiava por isso, como Chat Noir, ele sabia que podia querer tê-la para si sem nenhum ressentimento, mas como um representante da família Agreste, seu sobrenome parecia pesar mais que seus desejos.

A única coisa que ele desejou é que com o erro já feito – ele não teria coragem para desfazer o pedido, sabia que todos iriam estranhar caso ele informasse que queria mudar de dupla e isso só pioraria a convivência de ambos –, conseguisse ao menos descobrir uma maneira de conversar naturalmente com Marinette.

Ele já havia piorado demais a situação do trabalho, afinal, ao contrário de todos ali, era o único que se encontrava com a agenda completamente lotada e isso acarretaria em atrasar o inicio do trabalho para o dia seguinte – o loiro esperava que isso fosse tempo o suficiente para adiantar suas sessões de fotos e toda sua agenda da semana –, Adrien não admitiu em voz alta, mas ficou extremamente feliz ao ver que todos pareceram compreender perfeitamente sua situação.

Naquela noite, quando a lua brilhava quase no centro do céu, um gato preto estava decidido a visitar sua senhorita.


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Notas finais do capítulo

Olá!
A fanfic está crescendo rápido, eu fiquei bastante surpresa com todos os comentários que recebi, além de ficar muito feliz, é claro.
Eu fico tão alegre, gostaria de continuar lendo as opiniões de vocês (deixem comentários, se quiserem, óbvio).

Espero ver vocês no próximo capítulo, ou nas respostas dos review's!
XoX



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