Máscaras... escrita por Maddu Duarte


Capítulo 1
1º Capítulo - Medos.


Notas iniciais do capítulo

Olá,
Eu espero que gostem, é a minha primeira vez escrevendo uma fanfic de ML, e eu admito que estou bem receosa em trabalhar com personagens tão desconhecidos - visto que o desenho não está muito preocupado em mostrar suas características obscuras e existe muito pouco sobre ele.

Eu espero que a estória a seguir seja de seu agrado,
Att,
Aria.



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De relance, a única coisa que ele viu, foi o vermelho.

Ela estava sangrando? Ou ele estava apenas imaginando?

O que estava acontecendo?! Chat Noir não era capaz de assimilar a batalha que prosseguia independente de suas ações.

My lady!, ele gritou, embora soubesse que era impossível para ela escuta-lo.

Ele enxergou o vermelho que escorria das bochechas rosadas da garota e misturava-se com o negro de sua gola, então, também viu o corpo da garota caindo – com ou sem a permissão daquele tonto gato – e se sentiu inútil ao não poder segura-la.

Ele não pode agarrar o único rastro da real felicidade que possuía em sua pequena existência, e por isso, se afundou no oceano que era o olhar assustado de sua doce senhora.

Adrien acordou. Felizmente, ele acordou.

Outro pesadelo, o modelo suspirou. Não era algo raro, estava cercado de medos todas as noites ao se deitar e todos eles estavam ligados a sua senhorita, é claro que a maioria de seus sonhos eram pesadelos tolos – ele confiava em sua senhoria, sabia que não existiam chances de perdê-la em uma batalha, ela era incrível demais para isso –, no entanto, o medo era completamente real.

Ele temia perder Ladybug.

O medo que ele sentia era diferente do de sua infância, aqueles que criamos quando somos jovens e inconsequentes, subindo em árvores – mesmo sem permissão – ou entrando em piscinas fundas e não encontrando a borda. Não, Adrien conhecia aqueles medos e poderia afirmar, o medo de perder Ladybug era maior do que qualquer um deles.

Ele confiava sua própria vida na heroína, ele daria sua própria vida para salva-la – afinal, ela era sua dona e sem ela, ele seria apenas um gato de rua –, contudo, ele sabia que não poderia contar apenas com sua máscara para protegê-la.

As ruas de Paris poderiam parecer tranquilas a primeira vista, mas ele não poderia confiar nisso eternamente, afinal, como saber quando algo de fato ocorreria? Um maníaco em um cinema, ou um latrocínio, um carro descontrolado... Tantos acontecimentos. Chat Noir não temia as batalhas, ele confiava nela naqueles momentos e não eram os monstros que o assustava, eram as pessoas normais, aquelas que ele não pode prever quando irão atacar e que mesmo que pudesse, não saberia como reagir, pois ele nem ao menos saberia dizer se aquela pessoa era a sua real joaninha.

Ele tinha tantos medos.

E existiam tantas formas de perdê-la.

No entanto só existia uma Ladybug, apenas um tropeço para ela ir embora para sempre de sua vida, como sua mãe foi.

Os medos o controlavam pelo menos na maioria de suas batalhas, ignorando até mesmo o bom senso, tudo em troca de sua joaninha. Ele gostaria de protegê-la de tudo, principalmente do que ocorria quando ela tirava sua máscara e ele não conseguia pensar em uma boa forma de descobrir quem estava por trás de sua dama. Ladybug já havia deixado claro seu desejo de permanecer desconhecida, principalmente no episódio de LadyWifi, quando o akuma tentou de todas as formas revelar a identidade da garota, sem se importar dos riscos que isso significava – que de certa forma, condizia com a personalidade oficial de Alya.

Porém, Adrien não a culpava por essa obsessão pela heroína, ele também possuía, no entanto, ele temia que ela não tivesse a noção do preço da fama, certamente, a menina não cresceu rodeada de pessoas querendo tirar vantagem de sua existência e sendo tratada apenas como mais um objeto, ela nunca conseguiria imaginar a quantidade de coisas que se é obrigado a parar de fazer quando se é famoso para ter um pequeno espaço que lhe permita respirar. Principalmente, quando você é uma heroína que reconstrói todos os danos ocasionados em batalhas, retirando lucros de certas pessoas – ele conhecia as pessoas, pelo menos as de poder, ele sabia que por mais que Ladybug salvasse Paris, algumas pessoas ficariam gratas se ela sumisse em meio a uma batalha, deixando o dano virar dinheiro vivo em seus bolsos.

Porém, ele não queria revelar sua identidade ao mundo, ele queria simplesmente vê-la – e ter a pequena chance de protegê-la de verdade – então, que dano isso acarretaria em sua vida? Ele não a seguiria para casa como um maníaco e não fazia sentido que Joaninha não confiasse tanto nele como deveria, afinal, ambos eram parceiros – e isso significava que ela confiava sua existência nele e vice versa – mas e se existisse algo mais importante do que a própria vida para ela? Sempre altruísta, talvez existisse algo mais importante que si própria, no entanto, será que isso não acabaria a levando à morte?

Adrien sabia como ela era – ele enxergava a bondade transbordar pelas piscinas que eram seus olhos – e ele temia que essa característica a tirasse dele.

Foi apenas para protegê-la, somente por amor, que ele abriu a porta enquanto o brinco de sua senhorita apitava desesperadamente.

Ou pelo menos, foi nisso que ele preferiu acreditar.


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Notas finais do capítulo

Olá,
O que acharam?
Eu espero que tenha sido agradável a leitura, eu ainda estou me sentindo estranha com a escrita, mas espero que vocês gostem!

Eu adoro ML, e eu adoro escrever.
Foi um sonho fazer isso.
Eu também adoro o Adrien - quem não?!