Opostos que se Atraem escrita por paular_GTJ


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Tô amando os comentários de vocês =) mais um capitulo, como pedido um POV JACOB sobre o beijo! É realmente dificil escrever pelo ponto de vista masculino, mas eu fiz o meu melhor, espero que gostem!



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POV JACOB



Nessie tagarelava ao telefone com sua mãe e eu apenas admirava a cena a minha frente, encostado na parede. Ela era tão... Não sei nem uma palavra correta para defini-la com precisão. Gata? Gostosa? Parecia tão pobre perto do que ela realmente é. Estava começando a ficar assustado comigo mesmo.


Quando foi que eu fiquei assim tão idiota por causa de uma garota? Porém, não havia como não se encantar por ela e eu usava isso com argumento contra mim mesmo e continuava a babar pateticamente por ela.


Agora a olhando com mais calma e clareza era simplesmente encantador o jeito com que ela falava ao telefone: enrolando uma mecha de seu cabelo em seu dedo indicador e ainda mais linda com a minha jaqueta de couro, visivelmente maior que seu corpo magrinho e delicado.


– Estamos salvos! - Ouvi-a murmurando sorridente na minha direção. Aquele sorriso torto me fez perder um pouco o rumo da conversa. Deveria ser crime ter um sorriso tão perfeito.


– Que? Quer uma foto? - Nessie perguntou um tanto envergonhada devido ao meu provável olhar intenso.


– Não. - Respondi sorrindo. Ela pareceu prender a respiração. - Ficou bonita! - Me peguei falando sem pensar.


– Como? - Parecia confusa. Eu sou um animal mesmo, quem mandou falar isso em voz alta?


– Seu cabelo... Ficou bonita - Passei as mãos no cabelo um pouco constrangido e me repreendendo mortalmente por falado aquilo em voz alto, IDIOTA!


– Sem cantadas baratas Black! - Respondeu debochada.


– Quem disse que eu estou te cantando Swan? - Tentei contornar a situação.


Já achei bastante ruim ouvir um deboche seu por um ELEGIO que eu fiz. Era verdade, eu não estava cantando ela, sabia que Nessie não era o tipo de garota que se deixa levar pelas coisas que eu falo para qualquer uma. Eu estava sendo sincero e ela ainda tira com a minha cara?


– Você é muito convencida sabia?


– E você é um metido. - Fechou a cara para mim, cruzado os braços.


Não pude evitar o sorriso que brotou em meu rosto. Eu já disso como ela fica linda estressadinha? Nessie tinha o mesmo olhar fuzilante de Rachel, e falando na minha irmã, acho que ela deve estar surtando em casa pela minha demora.


– Calma garota. - Falei enquanto andava em direção ao telefone e percebi pelo canto do olho Nessie me olhando com cara de pavor.


Ela estava temendo que eu fosse atacá-la por acaso? Não que a idéia não me agradasse...


Jacob controle seus pensamentos!


– Não irei te agarrar ou algo do tipo. Vou apenas fazer uma ligação! - Expliquei calmemente.


Ouvi-a bufar ao meu lado e rumar para a outra sala. Ri baixinho enquanto discava o número de casa no telefone. Nessie era impagável, ela deveria estar na TPM porque não é normal alguém oscilar tanto de humor como ela.


O telefone foi atendido no primeiro toque. Credo, Rachel estava surtando mesmo!


ALÔ?


– Rach, sou eu... - Comecei a falar, mas ela me interrompeu.


JACOB WILLANS BLACK, ONDE É QUE VOCÊ SE METEU?


Rachel era assim comigo desde que minha mãe falecera, quando eu tinha oito anos. Ela provavelmente pensa que tem o dever de ser uma figura materna para mim, então tudo que eu faço e todo lugar que eu vou é controlado por aquela baixinha irritante. Eu já estava acostumado com isso, ela até me passava mais sermões do que meu próprio pai. Dá pra acreditar?


– Relaxa mana, eu tô no colégio... - Comecei a relatar sendo interrompido por ela de novo. Eu não posso terminar uma frase, não?


NO COLÉGIO? SÃO NOVE HORAS DA NOITE! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO NO COLÉGIO A ESSA HORA DA NOITE?


– Primeiro, maninha do meu coração, será que pode falar um pouco mais baixo? Eu vou ficar surto se você não parar de GRITAR! - Gritei a última palavra para ela entender o meu tom de sarcasmo.


Rach era outra que devia estava na TPM, porque ela deu uma risadinha após esse meu comentário e falou mais doce. Mulheres!


Desculpa Jake, mas eu tava preocupada né! Eu liguei pro seu celular várias vezes e ele deu caixa postal. Tentei falar com o Quil, mas ele também não atendeu.


– Sim, é uma longa história. Eu acabei preso em uma sala aqui no colégio... Mas tá tudo bem depois nós conversamos.


Preso? Como assim? Tá tudo bem mesmo? Quer que eu vá te buscar?


– Não, eu estou de carro. Não precisa se preocupar mana.


Tem certeza Jake? Eu posso... - Rachel começou a falar, mas agora foi minha vez de interrompê-la.


– Não, é sério. Daqui há pouco eu estou em casa e eu te explico tudo o que aconteceu. - Nunca que eu ia ser louco de deixar meu carrinho no colégio durante a noite.


Tudo bem então. Quer que eu faça alguma coisa especial para você jantar? Você deve estar morrendo de fome! – Rach falou preocupada.


Eu estava mesmo. A barrinha de cereal de Nessie realmente APENAS enganou bem de leve meu estômago.


– Qualquer coisa, Rach, desde que seja comestível eu estou feliz! - Ela cozinhava muito bem, isso só aumentou minha vontade de chegar em casa logo.


Tudo bem, qualquer coisa liga. Te amo.


– Também te amo, tchau.


Eu já estava pensando em todos os pratos de comida que eu amaria comer naquele momento, me deliciando com os pensamentos e já ouvindo o meu estômago roncar de ansiedade. Uma voz falou atrás de mim me tirando do meu prazer mental momentâneo.


– Não acha que agora você iludiu a moça demais, não? - Nessie resmungou com um tom nada amigável.


– Iludi quem? - Perguntei sem se me virar e recolocando o telefone no lugar.


– A garota do telefone, Black. Dizer eu te amo é um pouco demais, não acha não?


Virei-me lentamente em minha direção a ela - que estava perto da parede atrás da mesa onde eu estava. O que aquela garota maluca estava querendo dizer com aquilo?


Ela tinha uma expressão de raiva, que tentava sem sucesso disfarçar. Estava quase saindo fumaçinha pelas suas orelhas, que nem desenho animado, e isso estragava tragicamente sua tentativa de indiferença. Espera ai... Ela estava com CIÚMES? Nessie com ciúmes DE MIM? Sorri internamente com isso. Aquilo me deixou mais feliz do que imaginei.


– Hum. - Aproximei-me lentamente para ver qual seria sua reação. Queria provocá-la um pouco. Sorri internamente ao constantar que ela agiu exatamente da mesma forma de antes: um pouco assustada, porém não mexeu um músculo. - Está com ciúmes senhorita Swan? - Deixei um sorriso aparecer no meu rosto, mas não queria demonstrar realmente o quanto aquilo estava me deixando feliz, então tentei deixar o sorriso mais parecido com uma zombaria.


– Vai sonhando garoto! - Nessie riu debochadamente, revirando os olhos e começando a andar para trás.


Eu até teria acreditado que ela estava me desprezando, mas sua risada saiu um pouco trêmula, o que me levou a entender que ela estava um tanto nervosa. Ela parou de recuar quando chegou ao limite da parede. Sorri com isso. Eu estava no controle mais uma vez. Eu já disse que adorava essas situações?


– Olha aqui Black, - Ela apontou o dedo para mim de forma ameaçadora. - se você der mais um passo eu juro que eu...


– Que eu? - Insisti, parando de andar sem conseguir tirar o sorriso do rosto. Ela estava tão nervosa, chegava a ser cômico.


– Vou lhe dar um tapa nesse seu precioso rostinho. - Falou naquele tom autoritário que usava especialmente comigo e eu ri um pouco alto fazendo-a fechar a cara para mim.


– É mesmo? - Debochei, dando um passo para frente e ficando muito próximo.


Queria provocá-la para ver até onde aquela coragem toda que ela transparecia chegava. Para minha grande surpresa Nessie era uma garota de palavra. Tive apenas um segundo para pensar e sua mão já estava a centímetros do meu rosto. Se ela não tivesse jogado a mão para trás, para pegar impulso, - grande erro - eu não teria conseguido segurar seu pulso a tempo.


Muito previsivelmente ela jogou a outra mão em direção ao meu rosto e eu, mais uma vez, agarrei-a antes de me atingir - dessa vez com mais facilidade.


– Além de ser mais forte sou mais rápido que você, Swan. - Sussurrei simplesmente amando a situação de controle.


Ela estava agora COMPLETAMENTE sem ter o que fazer. Encurralada em uma parede com as duas mãos presas. Eu tinha que controlar meus pensamentos que se tornavam cada vez mais indecentes por ter ela assim tem próxima e tão vulnerável.


– Será que é tão forte assim? - Abriu um sorrisinho ingênuo que eu nunca vira antes em seu rosto, olhando para baixo da minha barriga.


Opa, ao que parece ela não está assim tão encurralada.


Não dei tempo para ela concluir o ato que estava em sua mente diabólica e sem pensar, dei um passo para frente empurrando Nessie contra a parede e segurado suas mãos acima de sua cabeça.


A intenção era que ela não conseguisse mexer as pernas e atingir meu amigão, entretanto eu não calculara como agora nós ficaríamos tão próximos. Senti meu coração descompassar e desviei meu olhar involuntariamente para sua boca entreaberta - um convite irresistível para um beijo.


Nessie começou a falar alguma coisa, mas foi só ela abrir um pouco mais os lábios que eu não agüentei mais e sem pensar duas vezes grudei minha boca na dela. Eu queria sentir seu gosto e simplesmente não sei como descrever como era a sensação daqueles lábios carnudos nos meus. Inexplicável.


Agora meu coração palpitava de força um pouco dolorosa no peito, mas eu não me importei. Eu não conseguia pensar em mais nada no momento.


Surpreendi-me quando Nessie parou de debater suas mãos nas minhas, ainda tentando sair do meu aperto. Eu não havia sentido que ela ainda lutava para tirar suas mãos dali, apenas dei-me por conta disso quando ela parou. O que me surpreendeu mais, porém, foi quando senti seus lábios se moverem junto com os meus. Ela estava me beijando de volta? Sem conseguir me conter, sorri entre seus lábios.


Bem, ela não parecia mais querer sair dali, não é? Então não vi mais motivos para mantê-la prisioneira daquele jeito, por mais que aquilo tivesse me agradado. Soltei suas mãos e as levei em sua cintura fina, empurrando-a com mais força contra a parede e levando meu corpo junto.


Não havia mais como aumentar a nossa proximidade, mas para Nessie não parecia ser suficiente porque ela puxou meus cabelos com força me levando mais próximo a ela.


Passei minha língua por entre seus lábios, moldando seu lábio inferior e sorri internamente quando ela entreabriu mais sua boca, me dado passagem para explorá-la mais a vontade. Não há palavras para descrever o que eu estava sentindo.


Eu já beijei MUITAS meninas, mas nunca senti aquilo em momento algum. Muito menos em um simples beijo. Aquele era o melhor beijo do mundo! Passei com a mão pelas suas costas, nunca abaixando mais da sua cintura.


É eu sei que isso pode parecer entranho vindo de mim, mas Nessie era diferente. Não era qualquer uma que eu simplesmente fazia o que queria na primeira vez que estava beijando. E eu tinha a leve impressão que ela não aprovaria uma intimidade TÃO forte assim logo de cara.


Eu estava completamente desligado de todo o resto. Eu só sentia Nessie puxando meus cabelos, seus lábios nos meus, nossas línguas em uma dança harmônica. Porém, senti a garota congelar um pouco de repente e logo entendi o motivo.


Alguém estava abrindo a porta.


Larguei Nessie e me afastei o máximo que consegui passando a mão discretamente na boca e tirando os indícios de que alguma coisa acontecera ali, enquanto várias pessoas adentravam a sala.


O que foi que eu fiz? – Era só o que eu pensava enquanto duas mulheres e um homem entravam na sala da secretaria e eu e Nessie tentávamos acalmar nossas respirações descompassadas.


– Filha! - Levei um susto quando reconheci o homem que se encontrava na sala: era um dos cantores de Rock mais famosos do país. Ele se encaminhava para a garota ao meu lado.


Nessie franziu a testa para ele e lançou um olhar de questionador para uma mulher - que supus ser sua mãe pela similaridade em alguns traços no rosto. A mãe de Nessie se encontrava um pouco afastada do ex-marido e ela simplesmente deu de ombros para o olhar da filha, lançando-lhe, em seguida, um olhar carinhoso.


– Amorzinho! - Uma voz me fez despertar e parar de encarar as reações de Nessie ao meu lado.


Não, não, não! – Pensei fechando os olhos com força e virando a cabeça milimetricamente para o lado onde a voz soou.


Da onde ela surgiu? Abri os olhos demoradamente, rezando para que eu estivesse tendo uma ilusão, porém, para a minha enorme infelicidade eu não estava.


Lá estava Leah, com as mãos na cintura e me olhava com reprovação como se eu fosse uma criança que tivesse aprontado alguma.


– Ahm... Oi Leah. - Passei as mãos no cabelo. Ela estava com um bico enorme, porém antes dela falar qualquer coisa eu me antecipei. - Por que todo mundo resolveu aparecer juntos AGORA?– Tentei dar a impressão de que estava indignado com a demora, mas o que me deixou mais irritado foi o fato deles terem chegado BEM na melhor parte dessa porra de dia que eu estava tendo.


Todos começaram a falar ao mesmo tempo sem que ninguém entendesse absolutamente nada.


– PAREM! - Nessie e eu falamos juntos.


Olhei para ela com certa curiosidade, no mesmo momento em que ela virou-se para me encarar. Nessie corou um pouco ao encontrar meu olhar e voltou sua cabeça para frente. Ela estava com vergonha de mim agora?


– Um de cada vez, por favor. - Nessie pediu calmamente.


– Bem, eu me lembrei algumas horas atrás de vocês. - A secretária cabeça oca falou parecendo envergonhada. - Eu estava em casa repassando meu dia agitado, então lembrei que vocês estavam na minha sala fazendo seus horários. Eu não conseguia lembrar se vocês haviam saindo ou não... Eu só lembrava que sai com pressa e tranquei a porta...


– Um ato muito irresponsável. - Charlie Swan interrompeu-a, abraçando Nessie pelos ombros.


A garota revirou os olhos e fez sinal para a secretária continuar. Tive que reprimir o riso e me focar no que a moça dizia.


– É, de fato! - Ela passou a mão pelo cabelo lançando um olhar receoso para a diretora, que até então que não havia reparado que estava presente. Ela e Leah devem ter surgido do chão, porque não vi nenhuma delas entrando pela porta antes. - Eu tentei ligar para cá, mas como ninguém atendeu subentendi que vocês deveriam ter saído sem que eu percebesse.


– Faltou luz e o telefone não funcionou mais. - Expliquei.


– Sim. Um carro bateu em um poste elétrico aqui por perto. - Respondeu a mãe de Nessie calmamente. - O bairro inteiro ficou sem luz por duas horas.


– Eu realmente sinto muito! Estava com muitas coisas na cabeça e... Esqueci completamente! - A secretária suplicou olhando de mim para Nessie sem parar. - Fiquei muito preocupada quando a diretora me ligou informando o ocorrido.


– Não esquenta... - Nessie ia dizendo, mas seu pai interrompeu-a.


– Acredito que um processo possa fazer sua memória melhorar um pouquinho.


– PAI! - A garota gritou saindo do seu abraço e cruzando os braços para ele. - Ela não teve culpa. Foram apenas duas horas, ok? Relaxa! Eu estou viva, não estou?


Charlie olhou a filha com dúvida antes da diretora se pronunciar friamente. Eu já comentei como eu odeio aquela mulher?


– Não se preocupe, Sr. Swan. - Falou formalmente. - Tomaremos as devidas previdências para que ocorra uma punição adequada e tomaremos cuidado para que essa lástima não se repita. - Agora ela lançou um olhar severo para a secretária. Coitada!


– Que é isso diretora... Não foi nada demais. - Murmurei um pouco preocupado com a moça, afinal ela não fez por mal. Nessie concordou com a cabeça ao meu lado.


– Isso cabe a direção da escola decidir, Sr. Black. - Cuspiu ríspida. - Agora acredito que devemos seguir para nossas casas e, por hora, esquecer o ocorrido, sim?


Charlie puxou Nessie pelo braço e a levou para fora sem dizer mais nada. A mãe da garota os seguiu em silêncio. Eu fiquei travado no mesmo lugar por um momento.


– Por gentileza Sr. Black. – A diretora indicou, sem muita sutileza, a porta para mim.


Fiz o mesmo que os outros três e rumei finalmente para fora daquela sala. Senti Leah em meus calcanhares. Ela ainda tinha uma cara de poucos amigos, mas isso não a impediu de se grudar em mim e entrelaçar nossas mãos. Urgh!


– Querida, já estamos indo. - Uma mulher jovem e bonita, que esperava do lado de fora da sala perto de Charlie Swan, falou olhando para Leah assim que saímos.


Nessie estava um pouco afastada dos dois, olhando com cara de nojo e ao mesmo tempo curiosidade a mulher que se comunicava com Leah. Sua mãe estava ali do seu lado olhando para o outro lado, totalmente indiferente à cena que Nessie aparentemente não estava gostando.


– Ah... - Leah começou a falar, mas Charlie a interrompeu enquanto passava o braço por cima do ombro da mulher, fazendo Nessie fechar ainda mais a cara.


– Querida, acho que Leah quer aproveitar um pouco seu namorado. - Ele lançou uma piscadela para mim.


CHARLIE SWAN estava falando comigo? Eu nem havia prestado atenção em suas palavras. Estava tentando entender aquela situação.


Ao que parecia, aquela mulher era a namorada/noiva de Charlie. Nessie não gostava dela e sua mãe estava se fingindo de desentendida... É, aquilo fazia sentindo. Mas da onde aquela mulher conhecia Leah?


– É mãe! Vão para o jantar de vocês que Jake me leva para casa. - Leah falou calmamente ao meu lado.


MÃE? A noiva do cantor, pai da Nessie, é mãe de Leah? Isso quer dizer que Leah e Nessie serão "irmãs" depois do casamento daqueles dois? Não era pra menos que Nessie estava com a cara tão fechada... Mas espera ai! Quem leva quem pra casa? Porra, como eu tô lento hoje!


– Ah tudo bem então. Não demore, ok? - A mãe de Leah falou alegremente, já se encaminhando para o outro lado.


Nessie puxou a mãe para perto dela e elas se apressaram a andar na frente do casal que vinha atrás. Enquanto isso, Leah nem me deu tempo para falar qualquer coisa e já estava me puxando em direção ao meu carro que estacionara ali tantas horas antes.


– Por que não me contou? - Leah perguntou durante o trajeto até o carro.


– Como soube que eu estava aqui? - Fugi da sua pergunta para outra que estava martelando na minha cabeça.


– Bom, - Começou, entrando no carro e colocando o cinto. - eu estava em casa e a Bella, irmã da Nessie, ligou dizendo que a mãe dela estava indo buscá-la no colégio, que ela estava trancada em uma sala da secretaria. - Ela falava animadamente como se fosse o fato mais interessante do mundo. - Ai Charlie, que estava lá em casa com minha mãe, ligou para a diretora para confirmar o fato. A diretora ligou para a secretária que avisou que você e ela estavam lá fazendo seus horários desde a tarde e que ela saiu com pressa para uma reunião e trancou sem querer vocês por lá.


– Sua mãe é a noiva de Charlie Swan? - Perguntei ainda sem acreditar.


– Sim. - Leah respondeu indiferente e de repente voltou a fazer bico. - Mas você está evitando uma pergunta minha.


– Ah! - Tentei me fazer de desentendido e não respondi aquilo de novo.


– Por que não me contou Jake? – Insistiu.


– Não queria te deixar preocupada. - Falei a primeira coisa que me veio à mente.


Para Leah pareceu ser suficiente porque ela logo tratara de começar outro assunto totalmente diferente e não parar de tagarelar mais. Eu me deixei vagar por pensamentos, apenas respondendo um 'ahãm' ou 'hmm' quando o silêncio - muito raro - tomava conta do carro.


A minha mente, como previsívelmente, estava em apenas um lugar. Em Nessie, claro. Ela brigando comigo; ela sendo inacreditavelmente simpática e se abrindo sobre sua vida pessoa;. sua inesperada reação quando a beijei; ela retribuindo meu beijo - e que beijo, devo dizer!


Eu não conseguia parar de relembrar o seu gosto doce e aquele desejo por mais apenas aumentou de intensidade.


Por que eu estava tão ligada a essa garota? Eu não posso estar apaix... Não, não!


Besteira!


Ela é apenas uma garota muuuuuuito gostosa e que gosta de fazer um doce. Por isso que eu estou assim. È SÓ por isso!


– Jake? - Leah chamou me fazendo voltar à realidade enquanto eu estacionava o carro na frente da sua casa. Amém!


– O quê? - Perguntei olhando a estrada a minha frente.


– Como o quê? Você estava ouvindo o que eu estava falando? - Ela cruzou os braços na frente do corpo e me olhou indignada.


Arrisquei uma olhada para Leah. Pela sua expressão a resposta mais segura para não levar uma bofetada era...


– Claro, claro. - Dei-lhe um sorriso amarelo.


– Então? O que você acha? - Falou mudando seu semblante para alegre e seus olhos brilharam de expectativa.


O quê? O que eu acho? Como assim o que eu acho? Viu seu idiota, pra quê mentir que você estava prestando atenção? Bem, já que eu tava nessa, preferi a resposta que parecia mais razoável e a que Leah parecia esperar.


– O que eu acho? Acho que... Sim? - Minha suposta afirmação soou mais como uma pergunta.


Por um momento pensei que tinha dado um furo. Leah tirou o cinto de segurança parecendo não acreditar no que ouvira e eu franzia a testa ainda mais para ela. Que droga da conversa eu havia perdido?


Inesperadamente, Leah se jogou em cima de mim beijando cada centímetro do meu rosto que estava em seu alcance, ao mesmo tempo murmurava emocionada.


– Ah Jaaaaake! Você não sabe como eu fico feliz! - Ela não parava de me beijar. Que porra era aquela?


– Leah... - Comecei a falar, mas ela me interrompeu com um selinho estalado.


– Boa noite, amor! - Saiu do carro batendo a porta e se encaminhou, ou melhor, saltitou porta adentro.


Eu continuei ali, encarando a porta de sua casa fechada e tentando, inutilmente, lembrar com o que aquela maluca me fez concordar. Coisa boa não podia ser!





POV NESSIE:


Meu pai me puxava para fora da sala da secretaria sem que eu pudesse me opor. Cheguei lá fora, relutando, e dou de cara com quem? A namorada/noiva (Urgh) do meu querido e amado papai.


O que ela estava fazendo aqui? Isso explica a expressão de poucos amigos da minha mãe, apesar de quando ela olhava diretamente para mim seu semblante era de preocupação.


– Nessie! Que bom que você está bem. - Sue disse sorrindo angelicamente para mim. Falsa!


Lancei-lhe um sorriso amarelo e sai do aperto de meu pai. Apressei-me para o lado de minha mãe, enquanto Charlie e Sue esperavam sei lá quem sair pela porta. Talvez meu pai quisesse dar mais um sermão na secretária, coitada!


O que ela está fazendo aqui?– Sussurrei urgente para minha mãe.


Ela estava na casa do seu pai quando Bella ligou avisando... - Minha mãe começou a explicar no momento em que Jacob saia da sala com as mãos entrelaçadas com a vadiaizinha da Leah. Por que aquilo me incomodou tanto? Eu já havia visto os dois de mãos dadas. E hoje ainda!


– Querida, já estamos indo! - Sue falou para Leah me fazendo franzir a testa.


Querida? E da onde ela conhece a Leah afinal? Minha mãe agora olhava para o lado, como se quisesse ficar totalmente alienada da cena a nossa frente. Pensei em puxá-la e levá-la para fora, mas fiquei curiosa com essa comunicação entre Leah e Sue.


– Ah... - Leah começou, mas meu pai interrompeu-a enquanto abraçava Sue pelos ombros.


IDIOTA! Será que ele não se tocava que minha mãe estava aqui do meu lado? Será que ele não tem o mínimo de respeito com ela, não?


– Querida, acho que Leah quer aproveitar um pouco seu namorado. - Ele não fazia idéia de como aquelas palavras surtiram efeito em mim.


Mais do que isso: uma raiva maior tomou conta do meu corpo quando reparei em Jacob não contradizendo-o, apenas o olhando com certa curiosidade. Eu estava esperando o que? Que ele "terminasse" com a peguete dele APENAS porque nós nos beijamos momentos atrás?


Quer dizer, para ele aquilo não deve ter passado de um beijo sem significado nenhum como todos os outros com suas ficantes insignificantes. Ótimo! Agora eu faço parte da lista das idiotas que Jacob Black já pegou da escola. Boa Nessie!


– É mãe! - Leah falou me tirando de meus devaneios.


PERA AI: MÃE?


Leah Clearwater é filha de Sue... Espera ai, como é mesmo o sobrenome da namorada/noiva de meu pai? E ela tem uma filha? Desde quando? Por que nunca me falaram isso? Quer dizer que eu vou... Vou ser irmãzinha daquela ali? OMFG, eu só posso estar em um pesadelo INTERMINÁVEL!


– Ah tudo bem então, não demore ok? - Sue respondeu depois de avisar Leah que iria sair para um jantar e mandou Jacob levá-la para casa.


Não precisei de mais nada para puxar minha mãe pelo braço e levá-la em direção ao seu carro, estacionado mais ao longe. Para o meu completo desagrado, Charlie estacionou o carro dele ao lado do de minha mãe, então ele veio para o mesmo lado, juntamente com aquelazinha.


– Nessie, você está bem? - Ele perguntou chegando mais perto.


– Tô ótima pai, não se preocupe! - Lançei-lhe um sorrisinho.


– Espera aqui um instante! - Falou me parando com o braço e indo em direção ao seu carro.


Fiquei sem entender por um segundo e lancei um olhar questionador para Reneé, mas ela parecia mais confusa do que eu. Sue continuou ali com nós, lançando sorrisinhos amigáveis ora para mim, ora para minha mãe - que no momento parecia muito interessada em suas unhas da mão.


– Então, Leah é sua filha? - Perguntei querendo ter certeza de que não estava alucinada ou alguma coisa do gênero pela falta de comida.


– Ah sim! - Sue respondeu surpresa. - Pensei que você soubesse.


– Não, não fazia idéia de que você tivesse filhos, na verdade. - Comentei franzindo a testa.


– Hum. - Sue pareceu decepcionada. - Tenho certeza que já havia comentando com você sobre isso.


– Então acho que não prestei atenção. - Fingi estar pensativa e ignorei o risinho abafado que Reneé produziu ao meu lado.


– Aqui está! - Ouvi a voz de Charlie exclamar enquanto Sue me analisava um tanto frustrada. Ora, eu NUNCA ouvia o que ela me falava, como ia saber que era importante?


Para minha enorme felicidade Charlie segurava uma pizza tamanho grande e sorria animadamente para mim.


– Pai, você leu meus pensamentos! - Comentei contente indo o mais rápido possível pegar a pizza de sua mão e já ouvindo meu estômago roncar alto de felicidade. - Valeu mesmo!


Subi nas pontas dos pés e lhe dei um beijo na bochecha. Charlie sorriu abobadamente enquanto gesticulava com a mão e murmurava que aquilo não fora nada. Eu deveria dar um descontinho para meu pai de vez em quando. Ele era sempre preocupado comigo e eu sempre era essa delicadeza em pessoa!


Quer dizer, agora.


– Muita gentileza sua Charlie. - Minha mãe murmurou em um tom educado. - Ness, acho melhor irmos...


– É. - Concordei imediatamente. Estava sonhando em comer aquela pizza e cair na cama logo em seguida - Valeu de novo, pai!


- Que é isso, gatinha. Acho que vamos também! - Charlie puxou Sue pela mão. - Nessie, eu quero conversar com você algum dia nesses pela... Hum... Por causa do casame...


– Tudo bem pai, tchau! - Interrompi quando senti Reneé se mexer desconfortavelmente ao meu lado. Será que ele não se dava conta de que certas coisas deveriam ser faladas sem a presença de algumas pessoas?


Entrei no carro e já tratei de pegar um pedaço de pizza com a mão mesmo. Minha fome já ultrapassava o limite da etiqueta.


– Nessie, sem sujeira no carro. - Minha mãe ralhou comigo assim que fechou a porta e colocou o cinto.


– Ah mãe, estou morrendo de fome! - Falei com a boca cheia e saboreando aquele pedaço MARAVILHOSO de pizza de strogonoff de frango, minha preferida. Papai é um gênio!


Reneé revirou os olhos e fitou a estrada em silêncio.


– Então, posso saber da onde aqueles dois surgiram? – Não que eu não tivesse gostado do meu pai aparecer com aquela pizza, mas estava achando difícil ter sido idéia de minha mãe convidar Sue para o meu resgate.


– Bella estáva lá em casa esperando Edward, para planejar o casamento. – Minha mãe respondeu me fazendo revirar os olhos. – Ela ouviu quando eu falei com você pelo telefone e quando sai de casa ligou para seu pai comunicando-o.


– Idiota! – Comentei balançando a cabeça e dando uma dentada na pizza.


– Na verdade foi bom ela ter feito isso. – Reneé deu de ombros quando eu lhe lancei um olhar surpreso. – Se ela não tivesse ligado para seu pai, ele não poderia ter se comunicado com a diretora, já que eu não tenho o número dela, e nós não poderíamos ter entrado na escola. E ela veio só porque sua filha soube que o amigo dela estava ali também.


Tentei não pensar em Leah e Jacob naquele momento. Eles deveriam estar aproveitando a noite, sozinhos em casa. Argh!


Ficamos em silêncio, cada uma com seus próprios devaneios. Minha mãe estava mais pensativa do que o normal e eu não precisava de muito para saber o que ela tava pensando.


– E ai, como está lidando com isso? - Perguntei analisando sua expressão cuidadosamente.


– Lidando com o quê? - Fez-se de desentendida.


– Ora dona Dwyer, você terá que disfarçar melhor do que isso para enganar sua filhinha aqui. - Murmurei, arqueando uma sobrancelha para ela.


Reneé me lançou um sorriso amarelo, respirou fundo e respondeu:


– Tenho que aceitar filha, que outra opção eu tenho? - Disse tristonha - Eu sempre soube que isso poderia acontecer. Seu pai sempre deu a entender que ama muito Sue, muito mais do que ele me amou.


Aquelas palavras pareceriam doer ao serem pronunciadas e eu fiquei temporariamente muda tentando imaginar como aquilo estava fazendo minha mãe sofrer - bem mais do que ela demonstrava.


– Tudo bem mãe, - Dei-lhe um tapinha no ombro, tentando ser descontraida. - homens só servem para dar dor de cabeça!


Pelo menos eu consegui fazê-la rir, o que me deixou menos angustiada.


– Falando em homens... - Reneé me olhou com um sorriso sacana. Me-do! - Você acha que eu não percebi?


– Percebeu o quê? - Perguntei nervosa, não estava gostando nada nada da expressão de minha mãe.


– Ora dona Swan, você terá que disfarçar melhor do que isso para enganar sua mãe aqui! - Imitou minhas palavras anteriores com deboche.


– Como assim? - Eu estava completamente confusa.


– Você acha, sinceramente, que eu não percebi o que eu você estava fazendo antes de entrarmos na sala? - Reneé comentou fazendo com que minhas bochechas adquirissem uma coloração rosada instantemente.


COMO ASSIM? Ela não pode ter visto!!!


– Mas... Como... Mas... - Gaguejei inutilmente.


Reneé me lançou um olhar divertido e explodiu na gargalhada. Eu sou a única que está boiando completamente por aqui?


– Ah meu Deus! Joguei verde e colhi maduro! - Ela ainda ria de se matar. - Aconteceu mesmo alguma coisa? - Agora ela me olhava curiosa. Ah, eu não acredito! Minha mãe é maligna mesmo!


– Isso não se faz, mãe. - Murmurei ainda envergonhada. - Não pensei que você fosse assim. É feio jogar sujo desse jeito!


– O mundo é dos espertos, não é? - Sorriu abertamente. Bem, pelo menos seu humor estava bem melhor agora. - Eu tinha visto vocês dois um pouco ofegantes de qualquer jeito. - Deu de ombros como se aquilo explicasse tudo, ainda sorrindo.


– Ah, sei lá... Só um beijo... - Resmunguei, lutando para controlar o calor nas minhas bochechas. Como eu queria controlar aquilo!


Eu gostava dessa relação que eu tinha com minha mãe, sempre me abria com ela sobre qualquer assunto. Não tanto quanto com Claire, mas era parecido.


– Sei. E essa jaqueta? - Reneé perguntou ainda em tom divertido.


Meu Deus, a jaqueta! Eu não havia reparado que ainda estava usando isso, ela estava me deixando tão quentinha! Ao mesmo tempo fiquei intimamente feliz. Eu teria uma desculpa para falar com Jacob amanhã.


Não acredito que pensei isso! Deve ser o sono, já que a fome não podia mais ser usada como desculpa.


– Ah, Jake me emprestou porque eu estava com frio... - Agora o olhar da minha mãe mudou para reprovação.


– Quantas vezes eu já lhe disse para levar uma jaqueta na mochila para casos como esse?


– Desculpe mãe, - Rolei os olhos, sarcástica. - da próxima vez não vou esquecer do casaco, sabe, caso fique trancada na secretária do colégio de novo.


Minha mãe revirou os olhos e continuamos o trajeto conversando sobre outras coisas. Eu tentava falar sobre coisas sem importância, principalmente para distrair minha mãe do seu sofrimento particular.


Cheguei em casa e ouvi vozes alteradas na cozinha. Encaminhei-me para lá com a pizza na mão. Eu já havia comido a metade dela.


O quê? Eu estava com fome, ok?


– Não, não e não! - Bella discutia cruzando os braços para meu amado cunhado.


Os dois estavam sentados na mesa da cozinha, um de frente para o outro, com um milhão de papéis sobre o móvel. Aquela cena me fez lembrar de um momento do meu infeliz dia, mas afastei rapidamente aquela lembrança da cabeça.


– Mas Bella, não tem fundamento gastar tudo isso em uma festa de casamento. Pense bem... - Edward ia dizendo, mas minha irmã já estava falando com a voz mais alta que a dele.


Ai, ai! Mais conflitos amorosos. Hoje é o dia!


– Eu não quero saber! Eu sonho com meu casamento desde criança Ed! - Bella murmurava pateticamente frustrada.


– Só porque ela é uma idiota. - Comentei recebendo um olhar fuzilante da minha irmã na minha direção. - Só estou comentando. - Dei de ombros, - E ai cunhadinho. - Cumprimentei Edward com um aceno de mão singelo.


– Oi Ness. - Falou sorridente. - E ai, está tudo bem? Fiquei sabendo do episódio que você se meteu hoje.


– Ah, tudo certo sim. – Respondi sorrindo para ele e me virando para Bella carrancuda. - E devo lhe agradecer por chamar o papai. – Murmurei baixinho para Reneé, qu estava no cômodo ao lado, não ouvir. - Mamãe ficou realmente contente em ver ele com aquela vadiazinha.


– Nessie! - Bella me repreendeu com um olhar indignado. - Não fale assim dela. Você sabia que eles vão se casar?


– Tô sabendo. - Resmunguei irritada.


– Então pare de tratá-la assim e tenha um pouco mais de respeito. - Indagou a pacifista da casa. - E mamãe já deveria ter superado essa história, já faz bastante tempo!


– Ai Bella como você é tapada mesmo! - Cruzei os braços encostando-me na bancada da pia. - Será que não se da conta que ela ainda AMA o nosso pai? Você deve ter herdado a falta de tato dele!


Olha aqui garotinha, – Bella apontou o dedo para mim tentando parecer ameaçadora. - eu não tenho culpa de querer trazer um pouco de paz para essa família! Se você não se deu conta, já vivemos no meio de brigas nossa infância inteira. Eu só quero um pouco de tranqüilidade! Será que é pedir muito? E se para isso eu preciso me tornar amiga da namorada no nosso pai, é o que eu vou fazer! Você deveria seguir o meu exemplo e quem sabe a mamãe o siga também.


Me poupe Bells! Se você quer ser amiguinha daquela mulher, bom aproveito! Mas pare de tentar meter eu e a mamãe nessa sua amizade fajuta. - Era muito estranho aquela nossa briga. A primeira vez na vida que estávamos discutindo em tom de voz baixo, para Reneé não escutar.



– Ok, ok. - Edward interveio, antes que Bella conseguisse contra-argumentar. - Podemos voltar a falar do nosso casamento?


Bella encarou seu noivo um pouco desorientada, olhou os papéis em cima da mesa e balançou um pouco a cabeça para poder se focar naquilo novamente.


– Sim, sim! - ela pegou um papel em cima da mesa e o analisou com atenção. - Este lugar está completamente fora de cogitação! Não vou me casar nesse muquifo de jeito nenhum.


– Amor, - Edward disse puxando a folha da mão de Bella e analisando ele mesmo o conteudo do papel. - Olha só, cabe o número de pessoas suficiente para uma cerimônia mais intima. Podemos usar o dinheiro para uma viajem...


– EU JÁ DISSE QUE NÃO! - Bella gritou pegando a folha da mão no noivo e rasgando no meio. - Por que é tão teimoso?


– Por que é tão cabeça dura? - Resmungou, irritado.


– Me chamou de quê? - Bella lançou para ele o olhar que sempre usava comigo.


– Bem, se me dão licença, - Falei sem ser ouvida porque os dois já começaram a falar ao mesmo tempo em tom de voz elevado. - vou deitar.


Subi as escadas rapidamente repassando meu dia. Que loucura, eu beijei JACOB BLACK! Eu só podia ter tido um distúrbio mental naquele momento. Parei na frente do espelho e analisei minha imagem.


Eu ainda estava usando sua jaqueta de couro. Era extremamente grande para mim, mas incrivelmente perfeita. Tirei-a do corpo e dei uma fungada no tecido me hipnotizando imediatamente com aquele cheiro indescritível.


Era couro misturando com perfume e com um cheiro especial., O cheiro dele. Fui fazer minha higiene pessoal, coloquei o pijama e me enfiei embaixo das cobertas. Eu sei que pode parecer estranho vindo de mim, mas eu dormi com a jaqueta de Jacob, cheirando-a que nem uma viciada.


Era simplesmente maravilhoso aquele aroma, e instantemente eu dormi, mesmo com os gritos da cozinha. Sonhei a noite inteira com o dono da jaqueta de couro.


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Notas finais do capítulo

E aaai? Oq acharam? =) Bjão