Opostos que se Atraem escrita por paular_GTJ


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais, por favor! :)
Boa leitura.



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- Gente, vocês estão bem? – Leah voltava seus olhos de mim para Claire, preocupada.

Minha amiga estava cada vez mais branca, se é que isso é possível. Já eu, estava cada vez mais vermelha. Sim, ao contrário de Claire eu sentia raiva, e, por conta disso, meu sangue subiu tão rápido quanto o da outra descia.

- Leve-a para fora Leah, por favor. – Pedi para minha meia irmã, assim que consegui achar minha voz.

Comecei a mancar para fora do refeitório, sentindo mais raiva ainda ao ver os fofoqueiros assistirem a cena intrigados. Alguns chegavam até a espichar o pescoço para olhar melhor. Ah, qual é? Essa gente não tem vida, ou o quê?

Contudo 98% da minha raiva concentrava-se em apenas uma pessoa. Aquela vaca! Ela me enganou e eu fui estúpida o suficiente para cair na armadinha. Na verdade, eu não entendia. O que ela ganharia com aquilo tudo afinal? Ela já não tinha Jacob a sua disposição? Não era esse o ponto de toda a chantagem?

- N-Nessie! – Ouvi a voz de Claire sussurrar atrás de mim.

Voltei-me para ela assim que nos afastamos consideravelmente do refeitório. Seus olhos fitavam-me amedrontados.

- Acalme-se. Vai dar tudo certo. – Fora a única coisa que consegui pensar para dizer no momento. Será que eu devia contar a ela quem era responsável por aquilo estar acontecendo? – Éh... Leah? – A garota continuava parecendo preocupada e curiosa ao mesmo tempo. Encarou-me de imediato. – Pode nos deixar a sós?

- Claro. – Falou a contra gosto, após analisar mais uma vez minha amiga. – Vou almoçar. – Disse por fim, retirando-se.

Obriguei Claire a senta-se em um banco, afinal, se ela caísse não seria eu que iria segurá-la, não é?

- Como descobriram? – Sussurrou passando os dedos pelos cabelos. – Será que eu... Eu engordei tanto assim? – Voltou seus olhos para sua barriga, levemente arredondada.

- Não, claro que não. – Sentei-me ao seu lado.

- Será que nos ouviram conversando sobre isso? – Arriscou novamente.

- Não. Faz uma semana que não estamos mais vindo para a aula. – Mal estava prestando atenção em minha amiga. A raiva ocupava quase por completo a minha mente.

- Então como? – Suspirou, derrotada.

- Juro que vou matar a Stanley! – Falei comigo mesma, sem pensar.

- A Stanley? – Claire repetiu, voltando-se para mim surpresa. – Ela sabe?

Ótimo sua boca aberta. PENSE PARA SI MESMO! – Ralhei mentalmente comigo.

- Bem, é. – Resolvi admitir de uma vez. Qual era o objetivo de continuar guardando aquilo para mim mesma?

- C-como?

Suspirei encarando Claire. Ela parecia extremamente confusa, fitando-me com um olhar penetrante e assustado.

- Ela... Eu... Ah, foi tudo minha culpa, Clai. – Admiti cansada, apoiando os cotovelos em minhas pernas e descansando a cabeça entre minhas mãos.

- Sua culpa? Como assim? Renesmee Swan, o que está dizendo? – Mudou completamente seu tom de voz e encarou-me ameaçadora.

- Não foi por querer. – Defendi-me levantando meus olhos para ela. – Eu e Jacob – Engoli em seco ao pronunciar seu nome. – estávamos conversando sobre você no caderno dele durante a aula, sabe? Como nós duas fazíamos... – Fiz uma pausa, esperando algum sinal de compreensão por parte dela. Nada. Continuei. - E... Ele acabou emprestando o caderno para Stanley sem querer e...

- Eu não acredito! – Ela levantou-se, indignada. – Vocês dois tinham que falar sobre isso em um caderno? E são tão idiotas que nem se deram o trabalho de arrancar a folha fora? – Bufou chutando uma pedra solta do chão.

- Ei! – Franzi o cenho para ela. – Foi um acidente, ok? Ninguém esperava que ela fosse querer um caderno emprestado, ainda mais dele... E justo o qual nós...

- Não interessa! Vocês não tinham o direito de fazer isso. – Pegou sua mochila, colocando-a nas costas. – Muito obrigada. Muito obrigada mesmo! – Finalizou sarcástica, indo embora o mais rápido possível.

- Espera! – Tentei levantar rapidamente, contudo a minha perna maldita impediu-me. – CLAIRE! – Gritei já de pé. Ela não deu bola.

Perfeito! Simplesmente perfeito.

Sentei-me novamente suspirando alto e fechei os olhos, cansada. Por que diabos isso tinha que estar acontecendo comigo agora? Inferno!

Já estava pensando em ligar para meu pai vir me buscar mais cedo, uma vez que não tinha a menor cabeça para aulas naquele momento, quando meus olhos se focaram em uma pessoa mais ao fundo.

Ah, ela me paga!

(...)

- O comportamento das duas foi completamente inadmissível. – A diretora falou rispidamente voltando seus olhos de mim para Stanley com uma rapidez hilária. – Duas moças exemplares e de boas famílias simplesmente saírem no tapa?

- Ela que me atacou! – Jéssica apontou o dedo para mim, irritada.

Tive que conter o riso, uma vez que seu cabelo loiro de farmácia estava todo revirado em função de nossa pequena briga.

Isso mesmo, dessa vez foi demais e eu não fui capaz de me segurar. Mesmo estando de muleta, ignorei todas as dores que ainda sentia e, - usando as palavras da própria - ataquei-a. Sinceramente, estava curiosa pelo fato de ainda sobrarem cabelos na garota, já que os puxei tanto que até levei alguns comigo.

É claro que não durou muito tempo, afinal sempre tem os pacifistas que chegam para interferir. Nesse caso foram Jacob e Nahuel que nos separaram. Meu amigo havia ido viajar durante as duas últimas semanas para um ensaio fotográfico que foi convidado para seguir carreira de modelo. Não consegui conversar muito com ele, já que estava mais focada em quebrar a cara da vaca loira. E é claro que o Black iria defender sua doce Jéssica, não é? Bufei, simplesmente, com o pensamento.  

- Não estou interessada no motivo das suas briguinhas infantis. – A mulher comentou, encostando-se na cadeira de couro e nos analisando por cima do nariz torto. – Além do mais, ninguém apanha por nada, senhorita Stanley.

Reprimi o riso novamente com a careta de desgosto que a loira oxigenada fez.

- As duas estão de detenção. – Finalizou seca, após um pequeno intervalo em silêncio.

- O QUÊ? – Jéssica gritou, levantando-se. – Eu não fiz nada! Isso não é justo! Eu vou falar com meu pai, isso não ficará assim. – Falou ameaçadora.

- Isso não será necessário, senhorita. – A diretora não se abalou com o tom da garota, inclinando-se para frente. - Chamarei os pais de vocês aqui. Eu mesmo conversarei com eles sobre esse evento lastimável que ocorreu hoje.

Rolei meus olhos.

Ótimo! Reneé e Charlie vão surtar. Ainda mais, levando em conta que eu ainda não estou recuperada do acidente. Mas, querem saber? Valeu a pena! Pelo menos consegui descontar um pouco da minha raiva.

- Podemos ir? – Perguntei desinteressada, reprimindo um bocejo.

A diretora assentiu, ainda avaliando-nos minuciosamente. Levantei com certa dificuldade, seguindo Jéssica para fora da sala. Enquanto caminhava, as lembranças de momentos atrás vinham em minha mente.

FLASH BACK

- STANLEY! – Gritei, indo o mais rápido que minhas muletas permitiam para perto da garota.

Ela estava acompanhada por mais duas garotas, assim que me viu abriu um grande sorriso. Fez sinal para as outras saírem.

- Olha quem apareceu. – Cruzou os braços. - Que bom que está bem, Swan, fiquei bastante preocupada. – Comentou, avaliando-se dos pés a cabeça com aquele irritante ar zombeiro.

Eu sentia o sangue subir cada vez mais. Eu sentia uma raiva inexplicável. Suspirei fundo, tentando, inutilmente, conter minhas emoções.

- Que merda é essa? – Fui direta. – Não disse que manteria sua boca fechada caso eu terminasse meu namoro? – Ergui minha mão direita sinalizando a ausência da aliança.

- É, foi o que eu falei. – Concordou, analisando uma das suas unhas da mão, entediada.

- Então? – Falei entre dentes, completamente sem paciência.

Ela gargalhou antes de continuar.

- Eu não iria falar nada. Culpe somente o seu adorável ex.

Franzi o cenho aguardado por mais explicações, contudo, ela não o fez.

- Quer explicar? – Ela tinha uma facilidade incrível de me tirar do sério.

- É que, sabe, não vi nenhum motivo para guardar esse segredo. Como você mesma falou, todos iriam saber uma hora ou outra. – Deu de ombros.

- O que isso tem a ver com Jacob? – Ela estava enrolando ou é impressão minha?

- Ora, o objetivo todo disso era eu voltar com ele. – Continuei encarando-a sem entender e ela rolou os olhos. – Ele nem olhou mais na minha cara depois que você foi atropelada. Simplesmente, não vi motivos em não contar o que sabia.

- O que ele estava fazendo na sua casa então? – Sentia meu coração bater cada vez mais forte. Será que...?

Ela gargalhou outra vez.

- Sabe, você facilitou tanto as coisas, querida. Foi muito mais simples do que eu pensava. Se eu soubesse que você era tão insegura, teria tentando antes. – Fez uma pausa, parecendo lembrar-se de algo cômico. – Aliás, a sua cara quando o viu lá em casa... Impagável.

Aquele seu sorriso irônico foi o que estava faltando para toda a minha paciência ir por água abaixo. Larguei minhas muletas e pulei em seu pescoço.

FIM DO FLASK BACK

- Stanley? – Chamei ainda caminhando atrás dela, encarando seu cabelo bagunçado e segurando o riso.

Ela voltou-se para mim com um olhar gelado. Mantinha o nariz empinado, soberbamente. Não falou nada, apenas fitou-me como se quisesse me matar com sua própria mente.

- Será que pode me responder uma coisa de uma vez por todas? – Não me abalei com sua frieza. Ela, mais uma vez, nada disse. Resolvi continuar. – O que Jacob estava fazendo exatamente na sua casa?

Queria que aquilo soasse indiferente ou despreocupado, contudo, minha voz tremeu ligeiramente. Jéssica notou o leve tom de preocupação em minha voz e sua expressão mudou rapidamente.

- Ora, acho que isso é uma coisa que ficará apenas entre eu e ele. – Sorriu maliciosa.

- Você armou aquilo, não é? – Ignorei a vontade de socá-la novamente.

- Eu? – Fingiu indignar-se. – Eu nunca seria capaz de uma coisa dessas. – Era nítida a falsidade em suas palavras. – Sabe, Swan, às vezes as coisas não são como parecem ser. – Arqueei as sobrancelhas para ela. Ela estava dizendo o que eu achava que ela estava dizendo? – Mas em outras, - Continuou com um sorriso diabólico. – são exatamente o que parecem.

Sem dizer mais nada, virou-se e foi embora. Permaneci ali, equilibrando-me em minhas muletas e encarando suas costas. Sinceramente, ela só me deixou ainda mais confusa do que antes.

Será que Jacob realmente me falou a verdade no hospital? Não é completamente impossível, não é mesmo? Mas... Aquela historinha estava muito mal contada. Eu precisava investigar melhor isso. É, seria mais sensato. Porque eu posso estar errada e Jacob... Jacob pode ser inocente.

Meu coração começou a acelerar ligeiramente com esse pensamento. Será que fui estúpida e burra o bastante para acusá-lo sem fundamento? Terminei meu namoro por uma bobagem dessas? Bem, na realidade ainda havia o fato das conversinhas pelos cantos com as piriguetes da escola e ainda os telefonemas secretos.

E então, meu coração ligeiramente acelerado simplesmente parou por um segundo.

Eu havia saído da sala da diretora e estava rumando para algum banco próximo ao estacionamento. Precisava ligar para Charlie vir me buscar. Possivelmente, a essa altura, ele já havia sido comunicado da minha inflação as regras escolares.

Foi ai que nossos olhos se encontraram.

Ele encontrava-se escorado em seu carro preto com as mãos nos bolsos e a mochila jogada de qualquer jeito em apenas um ombro, como de praxe. Seus dois grandes olhos negros fitavam-me ao longe, parecendo indiferente ou até mesmo entediado.

Parei de andar e permaneci fitando-o. Jacob suspirou ao longe, ajeitou a mochila em suas costas e começou a andar em minha direção. Não me movi. Talvez eu devesse dar a ele outra chance de se explicar, não é?

Foi quando ele parou, sua expressão mudou para raiva e o vi revirar os olhos. Franzi o cenho. Mas o que...

- Nessie! – Senti braços de envolvendo meus ombros. – O que está acontecendo por aqui? Esta escola está uma loucura e eu só estou fora há duas semanas.

Era Nahuel.

- Oi... É, muitas coisas aconteceram sim, e... – Respondi distraída, voltando minha cabeça rapidamente para onde Jacob estava.

Ele, no entanto, não estava mais lá. A única coisa que consegui ver foi seu carro preto sumindo pela rua. Droga! Ele deve ter ficado irritado com a presença de Nahuel, afinal, nunca simpatizara muito com o garoto, apesar de minha grande insistência sobre ele se interessar pela mesma coisa que eu: homens.

- Ness? – Ouvi-o chamar, ainda parado ao meu lado. – Está tudo bem?

Suspirei encarando o chão.

Está tudo bem? Vamos pensar: minha melhor amiga me odeia por ter sido a culpada de espalhar seu segredo pra escola toda; Jacob também não parece estar muito feliz comigo, e sinceramente, não sabia se isso era bom ou ruim, afinal, não estava muito certa ainda sobre o que pensar a respeito do garoto; eu tinha acabado de sofrer um acidente; estava de detenção, o que muito provavelmente, me faria sofrer outro acidente em casa.

Passei os dedos pelos cabelos e voltei minha cabeça para o garoto, o qual me fitava intensamente curioso.

- Não, não está tudo bem! – Respondi simplesmente, sentindo minha visão nublada pelas lágrimas que surgiram.

Pelo menos eu tinha um amigo com quem desabafar.

(...)

- Eu não acho que isso seja uma boa idéia. – Murmurei apreensiva, encarando a estrada movimentada a minha frente.

- Claro que é. Ela está sendo infantil e precisa ver as coisas do modo como são. – Nahuel falou sério.

Surpreendi-me com sua reação, muito mais madura do que esperava. Ele até estava parecendo homem de verdade agora.

Desabafei tudo o que estava acontecendo comigo desde aquela madita tarde em que Jacob se deu conta de que emprestara o caderno para Jéssica e chorei até a última lágrima que havia em meu corpo. Meu amigo ouviu-me pacientemente, somente assentindo e fazendo pequenos comentários. Por fim, declarou que tínhamos que ir até a casa de Claire.

Obviamente eu havia lhe dito que ela não iria querer me ver, nem se eu estivesse pintada de ouro. Ele, no entanto, insistiu. Falou que tudo aquilo era mais do que ridículo; que ela precisava parar de agir como uma criança já que estava prestes a ter uma; que não podia ficar brigada comigo, uma vez que ela não conhecia a historia toda.

Agora nos encontrávamos em seu carro, rumando para a casa da minha melhor amiga. Suspirei, encostando a cabeça no banco. Vi, pelo canto dos olhos, Nahuel me encarar.

- Relaxa amiga, vai dar tudo certo. – O tom de sua voz, incrivelmente, fez o que nenhuma outra pessoa até agora conseguiu: passou-me conforto.

Sorri minimamente para ele, agradecendo-o de modo silencioso.

Um toque musical muito familiar preencheu o ambiente. Abri minha mochila e retirei o aparelho telefônico que piscava ao ritmo da musica. Suspirei lendo quem era no visor.

- Ou nem tanto assim. - Murmurei antes de atender. – Fala, mãe. – Tentei soar desentendida.

- Fala mãe? – Reneé repetiu do outro lado, nitidamente irritada. – Recebemos uma ligação da sua diretora, sabia?

- Ah, é mesmo? – Rolei os olhos e Nahuel riu baixinho ao meu lado, possivelmente ouvindo o tom alterado de minha mãe.

- É mesmo. Algo sobre brigas e detenção. Pode me explicar o que significa isso, Renesmee?

Ih, a coisa está feia mesmo. Se ela me chamou pelo nome inteiro, eu devo me preocupar.

- Posso explicar sim, mãe, mas não agora.

Eu tinha que resolver um problema de cada vez antes que eu enlouquecesse.

- Como assim, não agora? Eu...

- Mãe! – Interrompi-a assim que vi que já estávamos em frente à casa de Claire. – Depois nós nos falamos, está bem? Agora eu tenho que desligar.

- Nem pense nisso, mocinha!

- Tchau, mãe. – Desliguei sem esperar mais resposta. – Se Claire não me matar, Reneé se encarregará disso. – Murmurei temerosa pelo que acabara de fazer, encarando o telefone em minhas mãos.

- É melhor se focar uma apenas uma coisa. – Retirou o aparelho de mim e o desligou. - Sua mãe irá entender. – Piscou para mim, antes de sair do carro e me ajudar com as muletas.

(...)

Foi um tanto quanto complicado fazer Claire nos ouvir. Ela era mais teimosa do que eu, se é que é possível. Primeiro, na verdade, tivemos que expulsar Quil da casa, uma vez que ele se mostrou disposto a ficar ao lado da namorada naquele momento e não queria sair.

No fim, pareceu perceber que o assunto era importante e deu o fora. Claire, obviamente, fez bico e bateu o pé, contudo, ninguém lhe deu atenção.

Nahuel conseguiu fazer com que ela visse como tudo aquilo era ridículo; que ela não podia fugir assim dessa responsabilidade; que ela estava prestes a ser mãe e precisava amadurecer e encarar aquilo de frente; que aquela situação havia ido longe demais e que sumir do mapa em outra cidade nunca resolveria o problema. E querem saber? Claire finalmente aceitou. É, isso mesmo. Esse garoto deve ter poderes mágicos.

Minha amiga, então - depois de muito choro e promessas de todas as partes que estaríamos com ela sempre para lhe apoiar – finalmente me ouviu e eu pude contar a história completa.

- Por que não me contou antes? – Claire sussurrou após meu longo relato.

Suspirei.

- Não sei – Resmunguei brincando com um fiapo solto na poltrona do seu quarto que estava sentada. – Não sei. Sinceramente, achei que o melhor a fazer era guardar aquilo somente para mim. Sei lá, pensei que... Assim Jéssica ficaria quieta e todos sairiam ganhando.

Nahuel levantou-se da cama, onde estava sentado ao lado de Claire, e acomodou-se no braço da minha poltrona. Deitei a cabeça no seu corpo, suspirando.

- Foi por isso que você terminou com Jacob? – Claire perguntou enquanto o garoto brincava com meus cabelos.

- Também. – Sussurrei.

- Também? – Agora foi Nahuel que se pronunciou.

Não havia lhe contado essa parte.

- É... Bem, ele andou muito estranho nesses últimos dias. Falando com meninas escondido e fazendo telefonemas secretos. – Bufei. – E para completar aparece sem camisa na casa da Stanley. Até parece que eu tenho cara de otária.

- Que garotas? – Meu amigo parou de mexer os dedos em meus cabelos e fitou-me curioso.

- Bem, teve diversas vezes que eu o vi conversando com Leah e... E também uma garota que acho que se chama Melissa.

- Ora, Nessie, mas você é muito precipitada. – Rolou os olhos.

Sentei-me corretamente, encarando-o confusa. Claire, sentada na cama, parecia estar se dando conta de uma coisa também.

- Nossa! Como foi que deixei passar isso! – Bateu na testa com uma mão, repreendendo-se.

- Deixou passar o quê? O que está acontecendo? – Voltava meus olhos para ambos, completamente confusa.

- Você não se deu conta antes? – Nahuel encarou Claire como se ela fosse louca.

- Gente, o que... – Tentei novamente, contudo, não me deram atenção.

- Não, não havia associado quando ela me contou... – Minha amiga começou.

- SERÁ QUE ALGUÉM PODE ME SITUAR NO ASSUNTO? – Levantei o tom de voz, colocando as mãos na cintura.

Pelo menos agora eles voltaram seus olhos para mim. E quem disse que eles me responderam alguma coisa? Encararam-se por um segundo, cúmplices.

Bati o pé, impaciente.

- Nessie, o fato é que nós temos que nos focar no caso da Stanley. – Claire resolveu falar, possivelmente prevendo algum surto por minha parte.

- E quanto às outras? É tão importante quanto. – Franzi o cenho, confusa.

Que diabos eles estavam me escondendo?

- Não é relevante. – Nahuel concordou com ela.

- Como assim? Será que vocês podem me explicar...

- Temos que ouvir a história contada pela Jéssica, só assim teremos certeza de alguma coisa. – Claire me ignorou, coçando o queixo, pensativa.

Gargalhei irônica, rolando os olhos.

- E você é ingênua a ponto de achar que a Stanley irá abrir a boca para contar a verdade?

Claire considerou o que eu disse em silêncio.

- Temos que arrumar um pobre dela. Algo para usar contra.

Nós três caímos em um silêncio monótono.

- Espera ai. – Nahuel murmurou de repente. – Estamos falando da Jéssica Stanley, certo? – Nós duas concordamos. – A mesma que você bateu hoje? – Assenti, ignorando o olhar surpreso de Claire. Não contamos isso a ela.

E então, ele caiu na gargalhada.

Claire e eu nos encaramos completamente perdidas.

- Eu não havia feito à ligação. – Ele falou entre risos. – Garotas, eu tenho o chantagem perfeita.





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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Hummm, o que será que o Nahuel sabe da Jéssica, ein? hahaha
Acho que realizei o desejo de algumas leitoras que queria quebrar a cara dela, né? HAHAHA
Algumas até queriam entrar na história pra matar a coitada, né Fanficsdaviick? hahahhaa :D
Como matar é crime, resolvi só arrancar um pouco dos cabelos oxigendos =x haha
Outra coisa meninas, quanto as outras fic's: não desisti de nenhuma, relaxem. É só que é muito mais fácil continuar uma historia em sequencia, já tem a ideia pronta na cabeça... Quando começa a faze varias ao mesmo tempo, perde a linha de raciocínio, entendem? Eu vou terminar a Opostos antes de continuar as outras. Ela já está no final galera... Mais uns dois ou três no máximo :x
Ultima coisa, eu havia excluido uma fic - a minha primeira - há algum tempo atrás. Estava relendo ela, e pensei que talvez eu pudesse continuá-la. Só que eu sempre tive pouca gente acompanhando ela... Seila, vou ver se aparecem leitores novos e me animo a terminar ela também.
Segue o link da fic:
https://www.fanfiction.com.br/historia/64183/Adaptacao
Se quiserem, dem uma lidinha ai e me digam o que acham, se vale a pena continuar :)
Espero que tenham gostado do cap.
Grande Beijo.