Opostos que se Atraem escrita por paular_GTJ


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Como prometido postei rapidinho, mais rápido do que esperavam, aposto! hahah
AMEI escrever esse cap, e espero sinceramente que gostem!
Boa leitura! =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/66408/chapter/14

POV NESSIE


Maldita costureira que não soube fazer um vestido direito. Agora olha para mim, vestida com uma droga de roupa que parece ser feita para uma criança de sete anos. Odiei ainda mais ter que sair de casa assim depois de ver Jacob rindo de mim.


Eu repetia para mim mesma diversas vezes que o que ele acha ou deixa de achar não deveria importar para mim, contudo, importa!


Estava agora jantando na mesa dos noivos, com cara de poucos amigos. As pessoas não pareciam ligar para o meu insuportável mal-humor. Elas riam e conversavam animadamente, parecendo estar se divertindo muito.


O local da festa era bem agradável. Sue quis se casar ao ar livre, então a cerimônia foi feita ao pôr do sol e a festa no mesmo lugar. Estávamos comendo em um grande jardim, com diversas mesas espalhadas pelo local, e vários garçons passando e servido os convidados.


Havia um palco improvisado perto da nossa mesa, onde meu pai tocaria algumas músicas durante a festa. Perdi a conta de quantos cantores e cantoras famosos eu já vi até aquele momento.


Ao meu lado, Nahuel estava nitidamente em êxtase ao ver tanta celebridade em apenas um lugar. Ele olhava para todas as direções inúmeras vezes e me cutucava freneticamente quando encontrava alguém que gostasse - o que parecia ser todos os presentes.


Meu pai e Sue mantinham um diálogo animado com praticamente todos convidados. Charlie, mais especificamente com o pai de Jacob - que parecia muito interessado em fazer amizades com os conhecidos de meu pai.


Leah conversava de forma descontraída com Bella, deixando Jacob completamente perdido e sozinho. Ele, como eu, não parecia estar se divertindo tanto quanto os outros. Limitava-se em bufava quando olhava na direção de sua irmã e seu amigo - que pareciam ter se esquecido do resto do mundo, absolutamente compenetrados em um dialogo particular.


Aquilo me deixou um tanto curiosa. Jacob e Leah mal se falavam desses dias para cá, será que não estavam mais juntos? Ah, quer saber? Por que eu me importo com isso? Eu não tenho nada a ver com a vida de nenhum dos dois! Embora eu não consiga controlar a enorme felicidade que estava sentindo por dentro se essa minha suspeita fosse verdade.


Desviei o olhar do garoto insuportável, que tecnicamente eu deveria odiar, a muito custo, e meus olhos caíram em Edward, que lançava olhares pensativos à minha irmã a todo o momento. Fiquei imaginando se estaria refletindo sobre o que eu conversei com ele mais cedo hoje...


FLASH BACK


Estava sentada na sala onde deveríamos esperar para seguir para o altar daqui alguns instantes. Tentava manter uma conversa fluente com Nahuel, que tagarelava sem parar ao meu lado, porém eu estava pensando em outra coisa um pouco mais importante.

Eu tinha que falar com meu cunhado hoje, custe o que custar. E aquele parecia ser o momento perfeito, uma vez que Bella não estava presente. Ela ficou ajudando Sue nos ajustes finais com sua roupa na casa.

Edward estava em um canto conversando com o pai de Jacob, com um copo de martini na mão. Se eu não aproveitasse agora, provavelmente teria que aguentar Bella em meu quarto o resto da minha vida!

– Nahuel, - Interrompi-o sem cerimônias no meio de uma frase. – Eu lembrei agora que preciso dar uma palavrinha com meu cunhado. Se importa? – Perguntei já tratando de me levantar.

– Oh, não. – Ele fez um gesto com a mão – muito gay por sinal – como querendo dizer que não havia problema. – Vai lá, amiga!

Ele parecia estar se revelando cada vez mais ultimamente, ou talvez apenas começasse a se sentir mais intimo a mim. Sorri para ele e me encaminhei para onde os dois homens conversavam.

– Ed? – Chamei interrompendo a conversa. – Me desculpa, mas posso falar com você um minutinho?

– Ah, - Ele me olhou surpreso. Virou-se para Billy, que me analisava curiosamente. – Eu já volto!

– Claro, claro. – O pai de Jacob respondeu, sem tirar os olhos de mim.

Credo!

Puxei meu cunhado pela mão até parar em um canto mais isolado da sala. Pelo canto do olho visualizei Jacob no canto oposto da sala conversando com seu amigo Paul. Ele não parecia nada contente. Fiquei me perguntando se isso se devia ao fato de Paul estar acompanhando Rachel...

– Ness? – Edward chamou urgente, devido a minha demora.

– Oh, sim. – Voltei minha atenção ao meu problema maior. – O negócio é o seguinte: você tem que voltar com Bella! – Falei curta e grossa.

Edward franziu o cenho e deu uma risadinha sem graça:

– Ela te pediu para fazer isso? – Sua voz estava carregada de confiança.

– Claro que não! – Disse rapidamente. – Eu só não aguento mais ela no meu quarto, usando minhas coisas, ocupando espaço e enchendo meu saco! – Bufei e ele riu. – E vamos combinar, essa briga toda é uma baita idiotice!

Edward ficou sério imediatamente e cruzou os braços com um bico teimoso. Cara, ele e Bella são tão idênticos nesse aspecto.

– Sua irmã é cabeça-dura demais! Nunca quer dar o braço a torcer.

– Concordo – Acenei com a cabeça. – Mas você sabia disso desde o começo, e ainda assim a pediu em casamento.

– Não é esse o problema, mas onde já se viu gastar tudo aquilo em apenas uma festa? Não tem cabimento!

– Edward eu sei, concordo plenamente com você, só que você tem que entender o lado dela...

– O lado dela? – Riu irônico. – E quem vê o meu?

– Certo! – Murmurei cansada, passando as mãos de leve pelos cabelos. Aquela discussão não estava indo para lugar nenhum! – Me responde uma coisa então. - Suspirei antes de continuar. - Há quanto tempo você está organizando esse casamento?

– Am... – Ele pensou por um momento, com o cenho franzido. – Sei lá, um mês... Um pouco mais. Por quê?

– Ed, Bella planeja esse casamento desde que era pequena! Isso é o que as mulheres fazem, sonham com esse dia mais do que qualquer outro. Para ela o casamento vale muito mais do que todo o dinheiro que irão gastar. É muito mais do que uma festa qualquer, entende?

Ele ficou me olhando por um momento considerando o que eu havia falado. Por fim, revirou os olhos e soltou o ar pesadamente.

– Tudo bem, eu falo com ela. – Se deu por vencido.

– Isso! – Dei um pulinho de comemoração, batendo palmas.


FIM DO FLASH BACK



Eu só esperava que aquela conversa fizesse alguma diferença na relação daqueles dois. Suspirei analisando o ambiente agitado. Meus olhos pousaram em uma figura feminina, com um vestido de cetin roxo, se encaminhando para o banheiro.


Levantei-me imediatamente reconhecendo a pessoa. Falei a Nahuel que iria ao banheiro e me encaminhei para o mesmo, com passos apressados. À medida que eu andava pelo ambiente, as pessoas lançavam olhares divertidos na minha direção, rindo de vez enquanto. Credo, esse pessoalzinho não é nada discreto esse hein!


Abri a porta do banheiro e logo avistei Claire, se olhando em um espelho gigantesco. Ela me fitou por cima do ombro e franziu o cenho se virando para mim.


Olhou-me de cima a baixo, e acreditam o que ela fez? Gargalhou! A minha suposta melhor amiga riu tanto que se curvou para frente com os braços ao redor da barriga. Permaneci encarando-a com um olhar mortal e braços cruzados.


– Acabou? – Perguntei depois de alguns segundos, enquanto Claire limpava algumas lágrimas nos cantos de seus olhos.


– Desculpe... – Ela deu mais uma risadinha antes de continuar. – Seu vestido é um tanto... – Pausou e mordei o lábio, reprimindo o riso. – Interessante. – Completou por fim.


– Interessante? – Repeti incrédula. – Eu pareço uma garota de sete anos que cresceu demais!


Claire riu mais um pouco e eu bufei mal-humorada. Eu juro que mais um pouco vou esquecer o fato dela estar grávida e vou lhe dar um soco no meio da cara!


– Calminha, Cinderela! – Claire percebeu minha aura assassina e recuou um passo erguendo as mãos como se rendesse. Ignorei o comentário sarcástico e o fato dela estar segurando o riso. – Me explica então, qual é a do vestido?


– Aparentemente a costureira imbecil não tem capacidade de fazer quatro vestidos iguais, e como o casamento foi às pressas, ela improvisou este – Segurei a droga do pano que estava usando. – em um que ela já tinha. Provavelmente era uma fantasia para criançinhas! – Bufei. – E eu não pareço com a Cinderela. – Indaguei, revoltada.


– É verdade. Talvez com a Branca de Neve... Tudo bem, eu paro! – Ela acrescentou diante meu olhar raivoso. – Então, você tirou a sorte grande em ser a escolhida para ser a princesa da noite? – Riu mais um pouco.


– Claire, eu estou falando sério, se você falar isso mais uma vez eu vou... – Apontei o dedo ameaçadoramente para ela, mas ela me interrompeu sem se abalar.


– Ok, relaxa! – Deu uma piscadinha debochada na minha direção.


– O Quil está ai? – Mudei logo de assunto antes que as brincadeirinhas continuassem.


– Sim. Ele está tão contente de finalmente ter saído do hospital. – Claire comentou feliz.


Quil teve alta apenas na quinta-feira à noite. Essa era a primeira vez que ele saia realmente após o acidente, e provavelmente estava muito contente de não estar mais trancado em um quarto branco sem graça.


Fiquei ali no banheiro conversando com minha amiga durante muito tempo. Só paramos de fofocar quando ouvimos anunciarem que a valsa iria começar, e como eu teria que dançá-la com Nahuel, me obriguei a sai do banheiro com Claire. Encaminhei-me para onde as damas de honra estavam com seus pares.



POV JACOB



Depois de dançar a valsa com Leah, sentei-me novamente na mesa e fiquei encarando as pessoas irem para a pista de dança. Observava mal-humorado Paul dançar com minha irmã, ambos trocando olhares melosos e abobados.


Eu havia tido minha conversa com ele, porém ainda não estava aceitando aquela ideia daqueles dois namorarem, apesar de estar tentando confiar no que ele havia me dito.


FLASH BACK


Estava escorado em uma parede um pouco isolado das outras pessoas na sala onde deveríamos esperar para seguir para o altar. Rachel e Paul não se desgrudavam e aquilo estava me deixando cada vez mais inquieto.

Não é que eu fosse um irmão absurdamente ciumento nem nada disso, é só que eu conheço o Paul e não quero esse tipo de namorado para a minha irmã. Permaneci encarando meu amigo até que ele percebeu meu olhar penetrante.

Fiz um gesto que queria trocar uma palavra com ele em particular e Paul revirou os olhos, possivelmente já sabendo o que estava por vir. Falou alguma coisa para minha irmã e se aproximou de mim despreocupadamente.

– Fala! – Comentou colocando as mãos no bolso e me fitando com tédio.

– Fala? Quem tem que falar alguma coisa aqui é você! Que porra é essa de sair com a minha irmã?

– Jake, deixa de ser chato, cara! – Bufou. – Qual é o problema nisso?

– O problema é que eu te conheço, Paul. Sei como você trata as mulheres, e, sinceramente, a minha irmã não merece ser tratada como qualquer uma...

– Eu sei. – Interrompeu-me. – Eu não acho que ela seja qualquer uma.

Dei uma risadinha sem graça:

– Ah, por favor! Conta outra.

– É sério, Jake! – Ele tinha um brilho estranho no olhar, algo que eu nunca vira antes. – Talvez você não entenda o que eu quero dizer, porque nunca sentiu isso por ninguém, mas eu não vejo mais graça em nenhuma garota. Só consigo pensar nela, sabe?

Quis responder que sim, mas me contive. Era exatamente isso que eu sentia por Nessie e fiquei me perguntando se era mesmo possível Paul estar sentindo isso pela minha irmã. Ele sempre fora mulherengo, sem se importar com nada, apenas em pegar mulheres sem pensar nas conseqüências e nos sentimentos das pessoas envolvidas.

Mas eu era assim, não é? Revirei os olhos me dando por vencido. Daria uma chance para o idiota do meu amigo, talvez ele estivesse falando a verdade.

– Tá certo. – Comentei por fim, e Paul sorriu aliviado. – Mas eu vou ficar de olho, hein!


FIM DO FLASH BACK


Desviei meu olhar da pista e meu olhar caiu em Nessie sentada na mesma mesa que eu, porém um pouco afastada. Ela analisava Leah conversar com um cara que eu sabia se chamar Embry. A minha suposta acompanhante estava sentada em cima da mesa, com as pernas cruzadas e nitidamente se jogando em cima dele.


Eu não ligava à mínima para aquilo, mas o interesse de Nessie na cena chamou minha atenção. O que será que ela estava pensando? Com certeza não estava prestando atenção em nada do que o babaca do Nahuel falava ao seu lado.


Depois de alguns minutos eu ouvi a voz do par de Nessie soar um pouco fina demais e me virei para encará-los.


– Oh meu Deus! – Exclamou visivelmente chocado com alguma cena. – Aquela é Rosalie Hale? AHHHH!


Esse cara é gay ou o quê? Virei-me para olhar a mulher que ele estava analisando - eu já havia ouvido o nome dela em algum lugar. Meus olhos se focaram em uma mulher loira e gostosa. Eu já havia visto ela tantas vezes na TV. Uma cantora muito famosa, e, aparentemente, o carinha ali do lado é fã número um dela.


– Se importa, Ness? – Ele se virou para ela com um sorriso animado no rosto.


Ei, desde quando ele tem tanta intimidade assim com ela para chamá-la de Ness?


– Claro que não. Vai lá! – Ela deu uma risadinha simpática.


Bufei revoltado quando o garoto lhe deu um beijo na bochecha e Nessie riu ainda mais. Levantei de imediato. Tinha que aproveitar o fato dela estar sozinha agora.


– Oi. – Cumprimentei sentando-me na cadeira desocupada de Nahuel.


– Oi. – Respondeu seca, depois de me analisar por um instante.


Eu não sabia o que falar, porém, nem precisei achar algum assunto, porque Claire e Quil chegaram naquele instante, sentando-se a nossa frente.


– Olá pessoal! – Claire cumprimentou-nos com um sorriso enorme.


– Ness, eu tenho que lhe dizer... – Quil começou com um sorriso reprimido depois de se sentar. – Esse vestido ficou ótimo em você.


A expressão que Nessie fez foi suficiente para que nós três cairmos na gargalhada. Ela apenas lançou um olhar mortal para cada um, demorando um pouco mais em mim. Nossa, que preconceito! Nem fui eu que fiz o comentário sarcástico!


– Não, é brincadeira. – Quil falou depois que parou de rir. – Mas sabe, se for menina, – Pousou a mão na barriga de Claire. - talvez a gente peça emprestada para a primeira festinha de aniversário, sabe? Tem que ser temática!


– Quil, por favor! – Claire ralhou com ele, mas era possível ver o esforço que ela estava fazendo para não rir.


Eu, como um bom cavalheiro, mudei de assunto e ficamos ali conversando por um bom tempo. Charlie subiu no palco após algumas músicas e começou a cantar algumas de suas canções. Pelo canto do olho eu via que Nessie se recusava a olhar para o palco, olhando para todos os lugares menos naquela direção.


Claire e Quil revolveram ir dançar depois de um tempo, deixando-me novamente sozinho com Nessie. O silêncio permaneceu inabalável, e aquilo estava me torturando. Onde está aquele antigo Jacob que sempre tinha algum assunto reserva para momentos como esse? Incrivelmente, com Nessie eu me sinto mais inseguro do que jamais me senti, e não conseguia pensar em nada, a não ser...


– Quer dançar? – Me peguei falando. Ah, não! Eu falei isso em voz alta?


Pelo olhar assustado que Nessie me lançou, entendi que sim. Ela ficou em silêncio por um momento, lançou um olhar para a pista de dança um pouco receosa.


– Ah vamos! – Insisti mais seguro depois de ver a expressão duvidosa em seu rosto. Afinal, eu estava com medo de quê? – Não quer ficar aqui sentada à noite inteira, não é?


– Eu... – Ela ainda parecia indecisa.


Não dei tempo para ela pensar mais. Peguei sua mão e a arrastei para onde as pessoas dançavam animadamente. Para meu alivio, ela cedeu e se permitiu ser guiada por mim.


Quando colocamos os pés na pista de dança a música parou. Era só o que me faltava! Nessie parecia um pouco decepcionada também, mas nossa atenção foi atraída para o palco, onde a pai dela começou a falar.


(Música: Aqualung - Brighter Than Sunshine)


– Esta música eu dedico ao amor da minha vida. – Murmurou, olhando diretamente para Sue, que estava rodeada de amigos com um sorriso de orelha a orelha. – Você me faz o homem mais feliz do mundo! Eu te amo mais que a minha vida, minha sunshine!


O “oh” foi coletivo. Apenas Nessie bufou e cruzou os braços. Permaneci quieto apenas ouvindo a música começar a tocar e os casais dançarem no ritmo dela lentamente.


I never understood before (Eu nunca compreendi antes)

I never knew what love was for (Eu nunca soube para que servia o amor)

My heart was broke, my head was sore (Meu coração estava partido, minha cabeça estava doendo)

What a feeling (Que sensação!)

Olhei para o lado e Quil estava agarrado a Claire. Seu olhar encontrou com o meu e ele piscou maliciosamente, dando uma risadinha debochada. Um pouco mais adiante avistei Paul e Rachel dançando de olhos fechados e com sorrisinhos apaixonados no rosto.


Tied up in ancient history (Preso ao passado)

I didn't believe in destiny (Eu não acreditava em destino)

I look up you're standing next to me (Eu levanto os olhos e você está parada ao meu lado)

What a feeling (Que sensação!)


Encarei Nessie que me olhava um pouco com dúvida. Não pensei em nada, apenas me aproximei dela colocando minhas mãos em sua cintura. Ela descruzou os braços, e para a minha felicidade, os posicionou atrás do meu pescoço chegando mais perto também.


What a feeling in my soul (Que sensação em minha alma)

Love burns brighter than sunshine (O amor queima mais brilhante que a luz do Sol)

Brighter than sunshine (Mais brilhante que a luz do Sol)


Colei nossos corpos e inclinei um pouco minha cabeça, de modo a encostar minha bochecha na sua. Comecei a me mover conforme o ritmo da música, inspirando calmamente seu perfume doce. Senti-me bem instantemente. Como ela podia ter tanto efeito em mim?


Let the rain fall, I don't care (Deixe a chuva cair, eu não me importo)

I'm yours and suddenly you're mine (Eu sou seu e, de repente, você é minha)

Suddenly you're mine (De repente você é minha)

and it's brighter than sunshine (e isso é mais brilhante que a luz do Sol)

I never saw it happening (Eu não vi acontecer)

I'd given up and given in (Eu tinha desistido e cedido)

I just couldn't take the hurt again (eu simplesmente não poderia suportar a dor de novo)

What a feeling (Que sensação!)


Eu só queria que aquela música continuasse a tocar para sempre, e assim eu poderia sentir sua respiração calma no meu pescoço, causando-me leves arrepios. Fechei os olhos apenas me concentrando nela, esquecendo completamente o mundo ao meu redor.


I didn't have the strength to fight (Eu não tive a força para lutar)

suddenly you seemed so right (Mas, de repente, aquilo pareceu tão certo)

Me and you (Eu e você)

What a feeling (Que sensação!).

What a feeling in my soul (Que sensação em minha alma)

Love burns brighter than sunshine (O amor queima mais brilhante que a luz do Sol)

Brighter than sunshine (Mais brilhante que a luz do Sol)

Let the rain fall, I don't care (Deixe a chuva cair, eu não me importo)

I'm yours and suddenly you're mine (Eu sou seu e, de repente, você é minha)

Suddenly you're mine (De repente você é minha)

and it's brighter than sunshine (e isso é mais brilhante que a luz do Sol)


Afastei meu rosto de Nessie encarando seus olhos castanhos de forma penetrante. Ela sustentou meu olhar sem piscar e sem parar de dançar.


Love will remain a mystery (O amor vai permanecer um mistério)

But give me your hand and you will see (Mas me dê a sua mão e você verá)

Your heart is keeping time with me (Que o seu coração está batendo no ritmo do meu)

Sem pensar, peguei a mão que Nessie mantinha em meu pescoço e pousei em meu peito, para que ela ouvisse o meu coração descompassado. Ela permaneceu séria por um momento, e então, inesperadamente sorriu. O sorriso mais lindo do mundo.


Sem dizer nada ela fez imitou meu gesto, mostrando que seu coração estava batendo no mesmo ritmo que o meu. Não ouvi quando a música parou, permaneci fitando Nessie, ambos sorrindo um para o outro. Quem nos olhasse agora certamente nos achariam loucos, mas quem se importa?


Uma música um pouco mais agitada começou a tocar, despertando-me para a realidade. Nessie pareceu sofrer o mesmo efeito que eu. Ela desviou o olhar para o palco e ficou um momento em silêncio. Deixamos nossas mãos cair e eu recuei um passo esperando por alguma reação dela.  


– Sabe o que eu queria? – Nessie murmurou fixando Sue e Charlie em cima do palco, abraçados e dançando juntos.


– O quê?


– Dar o fora daqui. – Ela olhou sugestivamente para mim, e eu sorri em resposta.


– Vem! – Peguei sua mão e comecei a guiá-la para onde meu carro estava estacionado.


Não demorou muito e chegamos finalmente ao estacionamento.


– Aonde vamos? – Perguntou curiosa.


– Dar o fora daqui. – Respondi com o cenho franzido. – Não é isso que queria?


– Certo... Espera um pouco! – Ela parou pensativa. – Eu já volto, fica ai.


Sem dizer mais nada simplesmente sumiu na escuridão, voltando para o local da festa. Fiquei um momento intrigado, mas fiz o que ela disse e entrei no carro.


Esperei por ela impaciente, batucando os dedos no volante. Menos de cinco minutos depois Nessie apareceu abrindo a porta e sentando no banco com uma grande caixa em sua mão e uma sacola em outra.


– O que é isso? – Questionei curioso e intrigado.


– Munição! – Respondeu abrindo a caixa e revelando diversos salgadinhos e docinhos que havia na festa. Abriu a sacola e retirou uma garrafa de vodca.


– Bem pensado! – Ri e liguei o carro.



(...)


POV NESSIE


– HAHAHAHAHAHA – Jacob se contorcia de tanto rir à minha frente.


Eu havia acabado de contar a ele como fora o meu primeiro beijo. E devo confessar, não é a lembrança mais agradável que eu tenho. Fora com um menino que nem estuda mais no colégio. Ele se chamava Mike Newton e era o seu primeiro beijo também, então da para ter uma ideia básica do desastre que foi.


Nós não sabíamos o que fazer com as mãos, então ficamos segurando-as espalmadas como se quiséssemos nos afastar. Devo dizer que essa ideia me passou pela cabeça no momento. Ambos usávamos aparelho nos dentes na época, e como não tínhamos noção de nada, os chocamos fortemente quando aproximamos nossas bocas. Doeu pra caramba!


– Ele saiu correndo? – Jacob conseguiu pronunciar, ainda chorando de rir.


Bem, esse é o final da história. Depois de finalmente desgrudarmos nossos lábios, ele me encarou e simplesmente saiu correndo. Fiquei parada no mesmo lugar com cara de quem não entendeu nada. Até hoje eu me pergunto se o garoto trocou de colégio por minha causa. Eu não o repreendo, foi uma experiência um tanto quanto traumatizante.


– Saiu. – Afirmei jogando uma bolinha de papel em Jacob para ele parar de rir.


Não é uma historia assim tão engraçada! É claro que eu não estou considerando meia garrafa de vodca no sangue dele. Isso deve deixá-la hilária.


– E quanto a você?


– Quanto a mim o quê? – Questionou finalmente parando de rir, secando as lágrimas no canto de seus olhos.


– Seu primeiro beijo... Como foi? – Eu estava desesperadamente curiosa para saber como fora o primeiro, dos muitos, beijos dele.


Como chegamos a esse assunto? Nem ideia! O fato é que estávamos há horas conversando sobre besteiras em um lugar que Jacob dissera gostar de ir para espairecer de vez em quando.


Era um penhasco, com a vista mais linda do mundo! Eu nem sabia que esse lugar existia, mas com certeza era uma paisagem perfeita para uma foto.


– Foi normal. – Deu de ombros, mas pude ver pela sua cara que ele não queria falar no assunto.


– Ah qual é, Jake! Me conta, vai! Eu contei o meu. – Fiz bico cruzando os braços.


Jake me fitou por um momento e riu da minha expressão teimosa.


– Tudo bem, tudo bem! – Disse por fim revirando os olhos. Ajeitei-me melhor para ouvi-lo. – Foi com doze anos... Com uma garota que era minha amiga na reserva onde eu costumava morar. O nome dela era Emily Young.


– Como foi?


– Horrível. – Fez uma careta e eu ri de sua cara. – Fiquei completamente babado no final, e nem nos tocamos, deixamos os braços parados ao lado do corpo. Durou apenas três segundos, mas eu não repetiria aquilo por nada na vida.


Jogou um docinho na boca de maneira despreocupada enquanto eu ria tentando imaginar a cena. Eu estava me sentindo tão feliz que era difícil de acreditar. E, com certeza, não era o álcool a razão da minha felicidade. Fitei Jacob e fiquei momentaneamente hipnotizada.


Ele estava simplesmente maravilhoso. Sem o paletó, as mangas da camisa branca que usava estavam arregaçadas até os cotovelos. Era possível ver os traços de seus músculos bem definidos por ela. Aquilo me fazia imaginá-lo sem camisa quase instantemente. Deve ser a visão do paraíso!


Sua gravata estava levemente afrouxada e os cabelos bagunçados, em função de tantas vezes que ele passara a mão por eles durante a noite.


– Que foi? – Ele perguntou, parecendo constrangido pelo meu olhar penetrante. Também, eu estava literalmente secando o garoto! 


– Nada, não! – Mudei de assunto rapidamente. - Sabe, acho que primeiro beijo não é para ser bom. É como andar de bicicleta, você só aprende praticando. – Filosofei disfarçadamente.


– É, talvez. – Jacob concordou pensativo. Sua expressão ficou convencida quase instantemente. – Até que tem lógica! Agora eu já pratiquei bastante e aprendi como se faz. E muito bem por sinal. – Riu abertamente.


– Modesto. – Ironizei revirando os olhos.


Internamente eu concordava, é claro.


– Você pode muito bem afirmar isso! – Lançou-me uma piscadela maliciosa e eu corei de leve.


– Seu ego é insuportável, sabia?


– Calma, princesa! Estou brincando. – Riu da minha cara fechada por sua ironia em função do meu maldito vestido.


– Sabe, esse vestido até ficou legal em você. – Comentou depois de um tempo. Eu me virei para ele com as sobrancelhas erguidas. Ele está de piada com a minha cara né? Só pode! – Combina com a sua personalidade... Bem delicada. – Concluiu por fim.


Joguei-lhe a caixa vazia das comidas que trouxe na sua direção revoltada, enquanto ele gargalhava e se desviava. Porém não pude deixar de rir do seu comentário. Veja só o que o álcool faz com a pessoa, ri enquanto está sendo caçoada!


– Você também fica bem de terno. – Brinquei assim como ele. – Até que fica parecendo gente.


Ele mostrou a língua para mim e sorrimos um para o outro. Perdi a noção do tempo e quando olhei para o relógio em meu pulso já passavam das duas da manhã.


– Acho melhor irmos embora. – Comentei desgostosa. Não estava nem um pouco a fim de me separar de Jacob.


– É, acho que sim. – Ele parecia tão ansioso para ir embora quanto eu. Tirou as chaves do bolso e começou a se levantar.


– Espera um pouco!


Ele parou o que estava fazendo para me olhar.


– Não está pensando que irá dirigir, não é?


– Am... É claro que eu vou. O carro é meu! – Olhou-me como se eu tivesse problemas mentais.


– Tudo bem, mas você está bêbado. – Falei o óbvio tentando tirar as chaves de sua mão.


– Eu não estou nada. Olha só! – Jacob se pos de pé e fez um quatro com suas pernas, se equilibrando apenas na direita.


– O que está fazendo? – Gargalhei da sua pose ridícula.


– Mostrando a você que eu tenho equilíbro. – Começou a pular em uma perna só, ainda com a outra levantada formando o quatro.


Gargalhei mais ainda quando ele pisou em uma pedra e caiu de bunda no chão com tudo. Jacob me fuzilou com os olhos e eu resolvi ajudá-lo.


– Estou vendo como está em condições perfeitas para dirigir. – Ironizei estendendo-lhe a mão.


O idiota em vez de se levantar me puxou para o chão junto com ele, fazendo com que eu caísse por cima do seu corpo. O álcool, provavelmente, tornou o momento engraçado, porque eu não faço à mínima ideia do motivo de termos caído na gargalhada após eu cair.


Nossas risadas foram cessando aos poucos, assim que começamos a nos dar conta do quão perto nós estávamos. Permanecemos imóveis e sérios, apenas nos fitando sem dizer uma única palavra.


Jacob levantou sua mão e traçou de leve meu lábio inferior com seu dedo. Fechei os olhos, me rendendo aquela caricia. Tudo que eu mais queria era que seus lábios se inclinassem um pouco, só um pouquinho, para frente e se encostassem aos meus.


Uma vibração estranha me fez voltar à realidade um pouco abaixo de minha barriga.


– Ui! – Exclamei pulando assustada e saindo de cima dele. Que porra é essa?


– HAHAHAHA. Ui? – Jacob gargalhou debochadamente enquanto tirava o celular do bolso da calça.


Dei-lhe um soco no ombro, mas ri junto com ele. Que momento eu fui escolher para falar isso!  


– Alô? – Jacob atendeu o aparelho ainda rindo. – Ah, oi mana! – Fez uma pausa e revirou os olhos. – Eu sei, revolvi dar uma volta... – Ele foi interrompido no meio da frase, mas logo continuou. – Tudo bem, eu já passo ai.


Desligou o telefone e resmungou contrariado:


– Tenho que buscar meu pai e Rachel no casamento. Vem, eu te levo para casa.



POV JACOB


Ao que parece esse beijo não está nem perto de acontecer. Sempre que falta um pouquinho só, alguém tem que estragar o clima do momento. Saco!


Entrei no carro e Nessie fez o mesmo, já tratando de sintonizar em uma música no rádio.


– Ei, ei. – Resmunguei dando partida. – Por que vamos ouvir as suas músicas chatas?


– Porque eu passei a noite inteira vestida com uma roupa de criança e mereço uma musica relaxante agora. – Comentou chorosa.


– Tem sentido! – Confirmei só para não contrariá-la. Afinal, o que uma coisa tem a ver com a outra?


Nessie sintonizou em uma rádio um pouco mais agradável do que a que colocou no outro dia. Estava tocando um Reggae e a garota começou a se mexer no ritmo da música ao meu lado.


– Eu AMO essa música! – Exclamou sorrindo.



I’m yours – Jason Mraz



Surpreendi-me quando Nessie começou a cantar a música de forma animada, com a mão fechada perto da boca fingindo ser um microfone, ainda se balançando conforme o ritmo:


Well you done done me and you bet I felt it  (Bem, você fez bonito comigo e pode apostar que eu senti)

I tried to be chill but you were so hot that I melted (Eu tentei ficar frio, mas você foi tão quente que me derreteu)

I fell right through the cracks and I'm trying to get back (Eu caí direitinho mas estou tentando voltar)

Before the cool done run out I'll be giving it my bestest (Antes que o frio passe, eu darei o melhor que posso)

Nothin's gonna stop me but divine intervention (Nada me deterá a não ser a intervenção divina)

I reckon it`s again my turn to win some or learn some (Acho que é a minha vez novamente de ganhar ou aprender alguma coisa)



– Canta, Jake! – Falou antes de continuar. Definitivamente essa garota não pode beber! Estava segurando o riso, enquanto a observava se soltar de um jeito que eu nunca vira antes.


I won't hesitate no more, no more (Eu não hesitarei mais, não mais)

It cannot wait, I'm yours (Não dá para esperar, eu sou seu)

– Vai! – Colocou a mão fechada na minha frente, como se estivesse me passando o “microfone”.


Simplesmente não me contive, a animação dela ela completamente contagiante e eu entrei na brincadeira também.


Well open up your mind and see like me (Bem, abra a sua mente e veja como eu)

Open up your plans and damn you're free (Abra seus planos, e caramba, você é livre)

Look into your heart and you'll find love, love, love (Olhe dentro do seu coração e você vai encontrar amor, amor, amor)

Nessie retirou o “microfone” da minha frente e posicionou mais uma vez na sua, continuando a cantar:


Listen to the music of the moment maybe sing with me (Ouça a música do momento e talvez cante comigo)

I like peaceful melody (Eu gosto da pacífica melodia)

It's your godforsaken right to be loved loved, loved, loved, loved (É seu direito divino ser amada, amada, amada,amada, amada)

Agora ela passou um braço ao redor do meu pescoço, aproximando nossas cabeças e colocando o “microfone” no meio, para que ambos cantassem. Agradeci mentalmente por ser noite e não ter praticamente ninguém na estrada, se não eu com certeza já teria cometido algum acidente.


Nós estávamos literalmente gritando dentro do carro, quase não era possível ouvir a voz do cantor na rádio:


So I won't hesitate no more, no more (Então eu não hesitarei mais, não mais)

It cannot wait I'm sure (Não dá para esperar, tenho certeza)

There's no need to complicate (Não precisa complicar)

Our time is short (O nosso tempo é curto)

This is our fate, I'm yours (Este é o nosso destino, eu sou seu)

Fiquei um momento em silêncio e Nessie fez o mesmo, talvez tenha percebido o mesmo que eu. Eu não havia parado para prestar atenção no que exatamente eu estava cantando, mas quando analisei realmente a letra percebi o quanto se encaixava com a nossa situação.


Encaramos-nos por um momento, deixando a música tocar sem interferência da nossa voz. Foi apenas chegar ao refrão novamente que Nessie continuou a cantar, como se nada tivesse ocorrido.


O que eu fiz? O mesmo que ela. Não iria estragar aquela brincadeira por pensamentos incoerentes fora de hora.


Deleguei o motor estacionando em frente à casa de Nessie, rindo que nem um abobado acompanhado pela garota, exatamente no momento em que a música terminava.


Ela desligou o rádio e permanecemos um momento apenas gargalhando, era incrível como eu me divertia com ela, mesmo que seja apenas cantando uma música qualquer.


Conforme as risadas iam cessando eu me dei conta que teria que me separar dela. Eu ainda não queria que isso acontecesse, então para prolongar o meu momento com ela, sai do carro fazendo-a me olhar curiosa.


Dei a volta por ele e cheguei a sua porta, abrindo-a e estendendo a mão para Nessie pegar.


– Nossa! – Ela comentou entendendo o que eu estava fazendo. Tirou o cinto e segurou minha mão. – Vou começar a lhe dar bebidas mais vezes, Jake. Você até se torna um cavalheiro.


– Estou apenas lhe oferecendo um tratamento privilegiado, princesa! – Brinquei piscando o olho.


Nessie fez cara de brava, mas eu pude ver um sorrisinho se formando em seus lábios. Comecei a andar em direção a porta de sua casa, ainda segurando sua mão, e ela, para minha surpresa, não fez nenhum gesto para retirar sua mão da minha.


Caminhamos em silêncio e quando chegamos à porta, Nessie se virou para mim mordendo o lábio, pensativa.


– Então... – Falamos juntos depois de um momento em silêncio.


Paramos de falar e ficamos esperando para que o outro continuasse. Ao ver que nenhum iria completar, rimos sem graça.


– Boa noite! – Disse por fim.


– Boa noite! – Repetiu.


– Eu me diverti muito essa noite. – Quis prolongar o assunto.


– Eu também!


– É... dorme bem! – Passei a mão pelos cabelos.


– Você também.


Suspirei esperando que ela entrasse em casa, porém ela permaneceu no mesmo lugar, me fitando de maneira penetrante.


– Boa noite! – Repeti sem ter ideia do que falar, fazendo-a revirar os olhos impaciente.


– Jake? – Nessie sorriu me puxando pela gravata.


– Hum? – Murmurei um pouco surpreso por aquela ação dela.


– Cala a boca! – Sussurrou com o rosto muito próximo ao meu.


Abri um sorriso enorme ao entender o que ela queria. E sem pensar muito grudei meus lábios nos dela. Ah, que saudade daquela boca! Talvez eu não tenha percebido na primeira vez como seus lábios são macios, ou talvez tenha sido o fato de ter ansiado tanto esse momento que o tornou ainda melhor.


Abracei-a pela cintura enquanto ela entrelaçava seus dedos em seus cabelos, me puxando para mais perto. Ela abriu seus lábios me dando uma abertura perfeita para penetrar minha língua em sua boca.


Nossas línguas se mexiam harmonicamente, minha boca se moldava perfeitamente na sua. Parecia que ela havia sido feita para eu beijar. E se dependesse de mim, faria isso muitas e muitas vezes. Abracei-a mais forte, tirando-a do chão por um momento.


Separamos-nos quando já não era possível mais respirar. Não que eu me importasse com isso, afinal quem precisa de ar? Dei uma leve mordida em seu lábio inferior e Nessie gemeu baixinho.


Permaneci de olhos fechados, com a testa encostada na dela, apenas apreciando aquele momento perfeito. Quando abri meus olhos lentamente a encontrei me analisando com um sorriso perfeito em seu rosto. Não resisti e abri um sorriso em resposta.


– Boa noite! – Sussurrei e Nessie gargalhou de forma adorável.


Meu celular vibrou no bolso e eu amaldiçoei mortalmente minha irmã que deveria estar querendo que eu fosse buscá-la rápido. 


– É melhor você ir. – Nessie comentou se afastando um pouco. – Boa noite!


Quantas vezes vamos dizer isso hoje?


Puxei-a pelo braço e lhe dei um selinho demorado.


– Boa noite. – Falei, pela qüinquagésima vez, em seu ouvido.


Afastei-me lentamente, andando de costas, sem conseguir desviar o olhar daquela garota que me fazia delirar.


– Ai!


Bati em um poste, já que não estava olhando por onde passava, e Nessie riu colocando a mão na boca, tentando disfarçar.


Boa panaca! – Me repreendi mentalmente.


Mostrei-lhe a língua e decidi que seria mais seguro andar de frente. Virei-me e segui até o carro. Permaneci ali dentro até Nessie entrar em casa e fechar a porta. Agora sim está mesmo confirmado: eu definitivamente estou apaixonado por ela!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? gostaram? Finalmnte esses dois se acertaram, aaaae! o/ Quanto tempo será que vai durar? Mistério! :x hihi (6'Obrigada a todos comentários, não respondi por ansiedade de postar! OAHSEIAHEOISA Mas li todos com muito carinho! =)Tentarei postar rápido também, mas não posso prometer nada parecido como dessa vez haha Obrigada por lerem, amo vocês!!!!!!Beijao