Um Cupido Nem Tão Perfeito escrita por Vivs


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oii Pessoas!

Vooltei! Desculpem pela demora, escola continua uma loucura, sabem como é. Mas vou tentar voltar a postar mais rápido, pq ficar demorando pra postar ME irrita, então imagina como VCS se sentem! Husahsuahsuahsaushuahsuasha
Então, como vão as vidas de vcs?! Vamos socializar, KKKKKKKKK A minha está a mesma confusao de sempre, vai entender!

Mas aaanyway, esse aqui é para ler ouvindo: Wonderland da Taylor Swift ou When The Day Met The Night do Panic! At the Disco, vcs decidem ♥

Chega de enrolação,
Boa leitura! ♥



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*Luke


         

Okay, admito: eu menti.

Lucy me pediu que contasse a ela tudo o que tinha acontecido em sua noite de bebedeira, e eu olhei em seus olhos e menti. Quer dizer, tecnicamente eu só deixei um pequeno detalhe de lado. Isso não pode ser considerado mentir, pode?

O pequeno detalhe, o pequeno acontecimento que escondi, tão pequeno que havia durado apenas alguns segundos mudava tudo: Lucy havia me beijado.

Ela estava no meio de um de seus intermináveis monólogos cheios de xingamentos sobre seu ex-noivo quando aconteceu.

Já tonta, ela havia passado os braços pelo meu pescoço, tentando se equilibrar e murmurou, dando tapinhas no meu peito:

—Você é uma pessoa muito legal, Luís.

—É Luke, Lucy.

—Muito, muito legal mesmo, Luís.

—Meu nome é Luke.

—Sabe, aquela mulher não te merecia, Luís. Você vai mostrar pra ela, ah, ela vai ver!

—Meu nome continua sendo Luke.

—Como ela não pode perceber como você é engraçado, e tímido, e bonitão.

—Você disse que eu sou bonito?

—Claro que é, Luís! Você não é bonito, é gostoso.

—É, definitivamente, você deveria parar de beber agora. Lucy.

E então ela me olhou, com aquele enormes olhos castanhos amendoados, aqueles olhos que, quando adolescente eu tinha certeza que seriam os que a minha mulher perfeita teria. Ela se aproximou. E me beijou. Simples assim.

O beijo durou no máximo alguns segundos, os lábios dela estavam quentes e úmidos por causa de toda a bebida. Então ela se afastou e riu.

—Uma pena que eu não vou me lembrar de nada disso amanhã, Luke. –ela havia dito, rindo tanto que lágrimas escorriam de seus olhos. Bem, pelo menos daquela vez ela havia acertado o meu nome. Depois disso, Lucy subiu no balcão e começou o seu showzinho.

E desde isso, eu tenho tentado me convencer que aquele beijo não havia sido nada demais. Quer dizer, ela nem mesmo se lembrava do meu nome no momento! A bebida havia alterado suas emoções e ela estava fora de controle. Ela nem ao menos se lembrava do breve beijo. Eu continuava repetindo tudo isso para mim mesmo, como um mantra.

Droga, eu sou um homem e estava agindo como um maldito adolescente. Foi só um beijo. Um beijo embriagado. Só isso.

Não mudava nada.

Mas se eu estava tão convencido disso, porque escondi o fato de Lucy? Por que simplesmente não a contei e ri da situação?

Estava criando uma confusão enorme na minha mente por causa de uma coisa simples, e não fazia a menor ideia do que fazer.

Agora aqui estava Lucy, na minha frente tomando café da manhã. Delirantemente linda em uma de minhas camisas, com os cabelos castanhos bagunçados ao redor do lindo rosto e mordiscando um pequeno morango de um jeito que...

Foco, Luke. Foque no seu chá.

Olhei para minha xicara e continuei bebendo o líquido ensosso. E eu nem gosto de chá em primeiro lugar. Que belo britânico eu sou.

Senti o olhar intenso de Lucy em mim.

—Você está bem? –ela perguntou, deixando o morango mordido ao meu de lado. Demorei o olhar em seus lábios manchados de vermelho mais do que deveria.

—Se eu estou bem? Não fui eu quem virou uma celebridade ontem à noite. –provoquei e ela me deu língua.

—Idiota. É só que... sei lá, você está meio estranho.

Batuquei os dedos na xícara. Esse era o momento. Eu deveria contar para ela. Afinal, ela tinha o direito de saber.

—Eu estou bem. Só um pouco sonolento.

Luke 1 X Coragem 0.

Lucy deu de ombros e remexeu suas frutas.

—Hmm... obrigado por cuidar de mim ontem à noite. Você não precisava ter feito isso. Mas fez, e... enfim, obrigado.

Ela parecia extremamente embaraçada, com a cabeça abaixada e o rosto violentamente vermelho.

Eu ri.

—Nossa, esse foi um belo agradecimento.

Ela me olhou de um jeito um pouco distante.

—É que eu não estou acostumada a ter as pessoas fazendo coisas por mim. Normalmente, o que acontece é o contrário.

Remexi os pés, inquieto. Ela parecia estar pensando em várias coisas, e desviou o olhar. Eu devia consola-la, mas não fazia a menor ideia de como. Eu poderia segurar a mão dela, mas será que tínhamos intimidade o suficiente para isso? Tentei pensar em palavras de consolo, mas minha mente parecia estar com defeito de funcionamento. Eu não era muito acostumado com esse tipo de situação.

—Hmm... pelo menos você tem um fã-clube. –eu murmurei. Gênio. Bravo, Luke. Você é, definitivamente o melhor conselheiro do mundo.

Ela olhou para mim com a testa franzida por um momento, e então, para minha total surpresa, seu rosto se aliviou e ela riu. Uma risada clara e sonora, que fez meu peito se encher e um sorrisinho brotar em meu rosto.

Comecei a relembrar todos os micos de Lucy e de nossa briga com seu ex-noivo, e nós rimos compulsivamente por muito tempo. De um jeito que eu não ria há muito tempo. Me senti leve.

Fomos interrompidos com Rosetta, a empregada, entrando muito acanhada na cozinha.

—Hm... Sr. Thompson. O Senhor tem uma visita.

Essa era novidade. Não podia ser ninguém da minha família, eu nem havia contado a eles que me mudei para a Califórnia, quem dirá o endereço do meu hotel.

Foi quando olhei para o rosto constrangido de Rosetta que juntei uma peça com a outra. Só havia um pessoa que conseguia deixar os outros tão constrangidos assim.

—Oh não, não me diga que ela... –comecei, mas não adiantou nada. Ela já havia escancarado a porta e marchava em nossa direção.

Helena Murphy, minha chefe, a maluca de 80 anos que estava decidida a mudar minha vida.

—Luke! –ela gritou. Gritou mesmo. Para uma mulher tão velha, ela estava bem até demais. Uma vez, cometi o erro terrível de perguntar qual era seu segredo. “Muito sexo”, ela havia respondido. Tenho pesadelos com isso até hoje.

—Sra. Murphy. –respondi, balançando a cabeça enquanto ela me encarava com aquele olhar de quem sabe mais.

—Você certamente me parece bem, espero que já tenha conseguido encontrar alguma mu... –então ela percebeu a presença de Lucy ali, que tentava desesperadamente esconder as pernas expostas puxando a barra da camisa.

—AH! MAS QUE BELEZURA! –a Sra. Murphy gritou, tão alto que a pobre Rosetta derrubou sua vassoura. –Você conseguiu, Luke! Conseguiu uma mulher, e ainda por cima uma mulher linda! Bem mais bonita que aquela sua ex picareta...

—Eu nunca te mostrei nenhuma foto da minha... –eu comecei a indagar, mas ela me cortou com um olhar divertido.

—Eu tenho meus contatos. Mas isso não importa, olhe só essa lindeza! E é jovem, com certeza vai parir muitos filhos lindos e saudáveis! –Sra. Murphy exclamou. A pobre de Lucy parecia querer morrer.

Sra. Murphy...—tentei.

—E vocês formam um casal tão lindo! –ela continuou.

Sra. Murphy...—tentei outra vez.

—E certamente serão um espetáculo na ca...

—SRA. MURPHY! Nós não somos um casal!

Ela e virou em minha direção abruptamente e até largou sua pequena bolsa no chão. Me olhou como se eu tivesse acabado de lhe dizer que o céu era laranja.

—Como assim não são um casal?!

—Nós somos apenas bons amigos! –expliquei. –Essa aqui é a Lucy. Lucy, essa é minha chefe.

A boca de Lucy se abriu em um O perfeito.

—E por que não são um casal?! –ela exclamou, apontando um dedo para mim. –Você não conseguiria enxergar as oportunidades que tem nem que elas batessem na sua cara, Luke. Uma pena... tão jovem, mas tão tapado...

Lucy teve a audácia de rir.

—Sra. Murphy, por favor!—implorei.

Ela começou a andar inquietamente de um lado para o outro, chacoalhando as mãos, exaltada. Fiquei com medo de ter causado um ataque cardíaco na minha chefe.

—Eu tenho um novo trabalho para você, Luke. –ela disse calmamente, e ficou completamente parada. Seus olhos brilhavam, travessos. Senti medo. Vindo de Helena Murphy, eu poderia esperar qualquer coisa.

—Você irá levar essa belíssima moça para jantar hoje á noite.

—O que?! –Lucy e eu exclamamos ao mesmo tempo.

—Isso mesmo que vocês ouviram! –ela exclamou, com uma mão na cintura e balançando o dedo em frente aos nossos rostos.

—Sra. Murphy, isso é... –comecei.

—Perfeito. –ela completou.

—Mas ninguém nem pediu a minha opinião... –tentou Lucy.

—Você pode dar todas as opiniões que quiser, no jantar. –ela completou.

Não tinha como discutir com aquela velha maluca.

—Sra. Murphy, você não pode... –tentei uma última vez.

—Eu posso e vou. Senão te coloco na rua em um piscar de olhos, Luke Thompson! –ela exclamou, mas seus olhos sorridentes traiam sua ameça.

—Hoje á noite. Ás oito horas. No restaurante do hotel. Por minha conta. –ela decretou, deu uma piscadinha para mim e marchou para fora da porta. Se deteve no meio do caminho para encarar Rosetta, que de repente ficou muito interessada em escovar uma palmeira. Então partiu, batendo a porta.

Me virei para Lucy, e ela estava sorrindo.

—Bem... essa é uma senhora, no mínimo, interessante.

Sorri de volta.

—Você ainda não viu nada. Então... parece que nós temos um encontro.

 


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Notas finais do capítulo

Oii de novo!

Então, o que acharam? Eu tenho que ir adiantando a história deles, pq em comparação aos outros, eles estão atrasados (em um dia, mais ou menos, eu acho).

MAS AAANYWAY, CO-MEN-TEM! Amo ler e responder os comentários de vcs, e juro que sou legal! Me conta aí o que achou do capítulo, como foi seu dia, como está sua vida, o que você comeu hoje... OU SEJA, VAMOS CONVERSAR, NÃO IMPORTA SOBRE O QUE, EU SOU SUA, AUSHAUSHAUSHASUAHSUHASH

Muuuuito obrigado por ler até aqui! Alguém já te disse o quão incrível você é hoje?
Até o próximo!



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