Um Cupido Nem Tão Perfeito escrita por Vivs


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Oiii Pessoas! Voltei!

Antes de qualquer coisa, muuuuito obrigada a todos que comentaram o último capítulo mandando mensagens de apoio, vcs são demais! (e para vc que não comentou: SHAME ON YOU!!!!!!!) Desculpem pela demora em responder os comentários, os últimos dias foram uma loucura e só tive um tempinho para respirar agora. Mas obrigado mesmo, vcs me ajudaram a recuperar a animação para escrever e nada melhor para provar isso do que capítulo novo!!!

Esse aqui é para ler ouvindo: All The Right Moves do OneRepulic, ou I'm a Mess do Ed, ou Perfect, da Selena Gomez, vcs decidem ♥

Sem mais delongas,
Boa leitura, meus cupidos! ♥



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*Daliah


          

Eu me sentia tão leve, tão completa. Pela primeira vez, em muito tempo, eu podia dizer: é oficial, Daliah Gonzalez está apaixonada.

Dirigia para a faculdade com os movimentos no piloto automático, porque minha mente estava totalmente ocupada por pensamentos sobre Ben, sobre a noite passada, e sobre o amor.

Como eu nunca havia percebido? Tudo o que eu sempre quis esteve bem ali, na minha frente esse tempo todo. Ben sempre esteve ao meu lado. Sempre. Ele está em todas as minhas melhores histórias, em todas as minhas confusões, e em praticamente toda a minha vida. Todo esse tempo que passei procurando por um amor em caras desconhecidos, não percebi que ele estava bem ali ao meu lado, e era a pessoa que eu conhecia mais do que a mim mesma.

Aumentei o volume da música enquanto avançava pela rua, tentando repassar cada detalhe da noite passada na cabeça. Mas sempre que começava a relembrar, um sorriso enorme tomava conta do meu rosto e eu não conseguia pensar em mais nada, totalmente em êxtase.

Não via a hora de contar tudo para Kate. Pela primeira vez eu teria uma história de amor para contar, pela primeira vez não ia ser a ouvinte. Pensando bem, eu nunca havia mencionado Ben para Kate, talvez eu quisesse guardar esse pedacinho da minha vida somente para mim. E agora eu entendo o porquê. Mas quem sabe, quando as coisas entre nós começarem a ficar mais sérias, eu possa até apresentar os dois. Kate tem que conhecer ele, é claro. Eu vou precisar de uma madrinha de casamento, não vou?

Tentei, inutilmente, controlar minha animação pela décima vez só naquela manhã. Mas estava completamente maravilhada pelo simples fato de estar apaixonada. Não me sentia assim, tão viva, há muito tempo. O mundo parecia ter mais cor ao meu redor, e eu sentia uma vontade maluca de cantar a todo fôlego. Estava embasbacada em perceber o ritmo acelerado das batidas do meu coração ao simplesmente pensar em Ben. Sentia como se pudesse dar uma volta ao mundo em dois segundos.

Estacionei o carro –até consegui a melhor vaga, na sombra, pela primeira vez em meses- e caminhei até o prédio da faculdade. Tinha um tempinho, então decidi ir fazer um lanche –e estavam distribuindo bolo de chocolate gratuitamente-, esse estava sendo realmente um dia maravilhoso. A única coisa que me deixou um pouco para baixo, foi o fato de não encontrar Kate em lugar nenhum. Eu estava parecendo uma pilha, de tanta vontade de contar o que havia acontecido. E na falta de Kate, me vi despejando a história em cima de alguns calouros que eu nunca havia nem cumprimentado na vida. Eles me ignoraram totalmente, mas nem isso conseguiu me desanimar.

E, mais uma coisa boa, nosso professor faltou e os outros estavam em reunião, o que significava: aula cancelada! Saí do prédio pensando em encontrar Ben, mas ele provavelmente ainda estava em aula, então decidi dar a mim mesma um banho de shopping.

Enquanto tentava me decidir entre dois vestidos de matar, deixei uma mensagem para Ben. “Mal posso esperar para te ver de novo”. Tentei ligar para Kate, mas ela não atendia de jeito nenhum, então voltei a tarefa impossível de escolher entre os vestidos. Queria poder levar os dois, mas universitário não tem como ficar esbanjando por aí.

Claro, eu poderia usar o cartão de créditos, sem limite, do meu pai... Não, não, não! Disse a mim mesma. Eu prometi a mim mesma que nunca mais dependeria do grande Sr. Gonzalez.

A verdade que eu nunca contei a ninguém, nem mesmo a Kate ou Ben, é que meu pai é meio... como posso dizer... milionário. É por causa do dinheiro dele que tenho um carro, um apartamento para mim mesma próximo a faculdade e, é claro, o tentador cartão de crédito ilimitado. O problema é que meu pai quer controlar cada pequeno aspecto de minha vida. Ele queria que eu permanece com a família em Seattle, então eu me mudei para a Califórnia. Queira que eu cursasse administração, então eu escolhi jornalismo. Gostava do meu cabelo longo, então eu decidi deixar ele mais curto. A questão é, eu não estava nem um pouco disposta a deixar meu pai escolher meu destino, então tentava evitar tudo o que tinha relação com ele, evitava até falar nele.

Então, não, obrigado. Não vou ceder à tentação. Escolho o vestido branco, de tecido leve e sedoso, que se ajusta a todas as curvas do meu corpo e deixo o amarelo cintilante e despojado para trás. Pago com o que restaram das minhas economias, me lembrando mentalmente de procurar um emprego novo o mais rápido possível, e saio da loja.

Enquanto caminho pelo shopping, meus olhos batem em uma loja de vestidos de noiva, e minha atenção fica presa lá por mais tempo do que eu gostaria de admitir. Afinal, uma garota pode sonhar, não é mesmo? Senti meu celular vibrando dentro da bolsa, e meu coração palpitou ao ver o nome de Ben. Precisamos conversar, Daliah.

Senti minha enorme nuvem de agitação afundar um pouco. O que será que ele queria falar? Eu não havia feito nada de errado, né? Será que ele iria me pedir em namoro, assim tão cedo?

Uma vozinha no fundo da minha cabeça –suspeitamente parecida com a de Kate- me dizia para não criar muitas expectativas. Mas eu não dei ouvidos e continuei fantasiando com vários cenários românticos imaginários.

Já estou indo para casa, digitei rapidamente.

Te encontro lá em meia hora, ele respondeu.

Cheguei antes de Ben, e decidi usar o vestido novo e escovar um pouco os cabelos. Uns retoques não poderiam fazer mal. Estava fantasiando com as coisas imorais que poderíamos fazer mais tarde, quando ouvi a batida na porta, e senti meu coração dar um mortal triplo de costas.

Não precisei de nenhum esforço para fazer um sorriso aparecer. Ele já estava no meu rosto desde o começo daquele dia. Quando abri a porta, não pude evitar ficar um pouco decepcionada. Acho que estava meio que esperando que Ben parecesse radiante como eu, mas ele estava com uma expressão abatida e parecia até um pouco... culpado?

Um pensamento começou a se formar na minha mente. Me lembrei da forma como Ben havia ficado calado na maior parte da manhã. Da mensagem enigmática. Percebi como ele evitava meu olhar a todo custo. Como comprimia os lábios. Como tamborilava os dedos na perna, como sempre fazia quando estava nervoso. Eu conhecia Ben o suficiente para saber que algo estava errado.

E no fundo, eu já sabia o que era.

Só consegui reunir forças o suficiente para sussurrar:

—Me diz que não é o que estou pensando.

Ben passou a mão pelos cabelos e pela primeira vez, desde que entrou ali, me olhou nos olhos. E eu não tive dúvidas. Podia quase ouvir o som do meu coração trincando, e meu peito se retorceu.

—Daliah, eu... –Ben começou a dizer. Ele continuou falando e eu só o estava ouvindo em parte. Conseguia ouvir ele dizer que sentia muito, que não deveria ter me dado esperanças, que o que havia feito tinha sido errado, mas não conseguia absorver nenhuma de suas palavras. Só conseguia ficar lá, estática, o olhando.

Me senti extremamente estúpida parada em sua frente, naquele vestido idiota e exuberante. Sentia vontade de voltar no tempo e me dar um soco, enquanto pensava em todas as esperanças e ilusões que havia nutrido. Tudo isso em um pequeno espaço de tempo de 12 horas.

A verdade me atingiu como um cometa. Não importa quão intensos sejam os seus sentimentos, isso não significa que eles sejam recíprocos.

Percebi que Ben havia parado de falar, e me encarava, esperando que eu dissesse algo. E eu realmente disse.

Eu desisto. –murmurei. Mas aquilo não tinha nada a ver com Ben.

Passei por ele, já correndo, com as malditas lágrimas desse ser idiota borrando minha visão. Ouvi Ben gritando lá atrás, chamando por meu nome, mas não parei. Me sentia muito envergonhada, humilhada para sequer olhar para ele. Me lancei para dentro do elevador, e apertei os botões freneticamente, sem olhar para que andar estava escolhendo. Então sentei no chão, sentindo ódio de mim mesma.

Olhei meu reflexo nas paredes espelhadas do ambiente claustrofóbico, a maquiagem forte escorrendo pelas maçãs do rosto, o cabelo bagunçado, e o estupido vestido.

É claro que Ben não havia sentido o mesmo. Quem sentiria algo por uma pessoa como eu? Uma menininha iludida, que ainda acreditava que um dia teria seu estúpido final feliz de contos de fada.

Foi naquele momento que jurei para mim mesma. Aquela era a última vez. Eu desisto. Não iria mais perder tempo procurando pelo amor verdadeiro. Estava bem óbvio que eu nunca teria isso.

As portas do elevador se abriram, e eu percebi inconscientemente que estava no saguão. Fiquei desorientada por um momento, e ouvi a voz de Ben ficando cada vez mais alta e ele surgiu ali, vindo das escadas. Eu simplesmente não podia encara-lo agora, então corri para a rua, ficando momentaneamente cega com o sol do fim da tarde. Me lancei no meio da multidão e sentia os olhares de todos se virando para a maluca dando um show, no caso, eu. Continuei correndo, sem prestar a menor atenção aonde meus pés me levavam. Metade de mim era tristeza e a outra metade, desespero. Ainda conseguia ouvir Ben me chamando a distância, e estava prestes a me lançar em uma das ruas estreitas do centro, quando uma enorme movimentação chamou minha atenção.

O tempo pareceu desacelerar quando vi Kate cruzando a esquina, correndo desesperada em minha direção de mãos dadas com um garoto. E atrás deles estavam dezenas, não, centenas de pessoas os perseguindo. Ben me alcançou e agarrou meu braço, mas meu cérebro estava meio inerte, tentando entender aquela cena.

Vi Kate trocar algumas palavras com o garoto enquanto se aproximava. Ela me reconheceu na distância, nossos olhares se encontraram e ela não parecia assustada. Ouvi Ben arquejar ao meu lado ao vê-la, vi o garoto ao lado de Kate olhar horrorizado para Ben e mesmo com tudo isso não consegui reunir forças nem para me mover.

Pelo menos não até Kate e a multidão nos alcançarem, e ela agarrar minha mão, me puxando para longe deles. Agarrei a mão de Ben e corremos, os quatro juntos, do desconhecido e em direção ao desconhecido.

 


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Notas finais do capítulo

Hello Again!!

Quase todos os PP juntos! Eles se encontraram, e a confusão está só começando! E aí, se sentiram mal pela Daliah? Desculpem pelo ritmo acelerado dos acontecimentos, mas na vdd os 4 já deveriam ter se encontrado, mas eu fugi um pouco do planejamento, então tive que dar uma adiantada.
Anyway, comentem aí com o que acharam do capítulo, suas teorias conspiratórias e o que vcs acham que vai acontecer agora que eles se encontraram!!!!

NÃO ESQUEÇAM DE COMENTAR, É DE GRÁTIS, FAZ BEM PRA SAÚDE, EMAGRECE E FAZ O CRUSH DIZER QUE TE AMA! ~satisfação garantida ou seu dinheiro de volta~

Até o próximo e não se preocupem se eu demorar pra postar, não vai ser por muito tempo e eu vou voltar!
Bye



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