Um Cupido Nem Tão Perfeito escrita por Vivs


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Oii Pessoas!!!

Aproveitando os últimos momentos de férias para deixar mais um capítulo para vocês! ~chorando~
Depois dos últimos capítulos de tensão, para quebrar esse clima eu trouxe Lucy e Luke de volta! Quem estava com falta deles ergue a mão! EEEEEH. Só eu mesmo? Ok. Kkkkk

Anyway, esse aqui é para ler ouvindo Where Did The Party Go do Fall Out Boy ou Love me Again do John Newman, vcs decidem ♥

Sem mais delongas,
Boa leitura! ♥



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*Lucy 


       

Ir para a balada pareceu ser uma boa ideia no começo. Mas o Titanic também parecia ser e todo mundo sabe como aquela história acabou.

Fui despertando e minha mente só conseguia registra uma coisa: dor. Uma enxaqueca lancinante, como se minha cabeça fosse um balão e alguém estivesse soprando tanto que ela estivesse prestes a explodir. Tentei respirar fundo, e meu corpo foi acordando aos poucos.

—Por que tem alguém lutando MMA no meu estômago? –eu resmunguei percebendo a torção em meu estômago, acompanhada de um enorme enjoo. Sabia que precisava vomitar, mas tentei me controlar, odiava vomitar.

Uma das minhas mãos estava inconscientemente acariciando as cobertas. Imaginei encontrar a leveza habitual dos meus lençóis, mas esses eram diferentes, mais densos. Eu não me lembrava de ter trocado meu jogo de cama. A não ser... que eu não estivesse em casa.

“Por favor, que eu não tenha feito nada estupido.”, pedi. Tomando coragem, abri um dos olhos. Estava num quarto enorme, de paredes altas e beges, de aspecto muito profissional. Consegui ver uma enorme televisão, um minibar e até um closet. Ao meu lado, haviam janelas enormes que iam do teto até o chão.

A cama era enorme, mas para meu alivio eu estava sozinha. Ainda assim, não fazia a menor ideia de como eu havia parado ali. Não conseguia me lembrar.

Aliás, eu não conseguia me lembrar de nada. Mordi os lábios tentando me lembrar do que diabos havia acontecido na noite passada, mas tudo era um enorme borrão na minha mente. Só conseguia me lembrar de arrastar Luke para uma boate chamada Temptation, de estar em pé no balcão de bebidas, e de algum velho chamado Tom.

Quanto mais eu tentava me lembrar do que havia acontecido, mais minha cabeça doía. E eu que achava que essa história de tomar um porre tão grande a ponto de perder a memória era coisa de filme.

Ergui o braço esquerdo para tirar as cobertas de cima de mim, e percebi que ele estava coberto de manchas roxas. Será que eu havia me envolvido em alguma briga? Terminei de puxar a coberta enorme, e percebi que não estava com a mesma roupa da noite passada. Ao invés do meu vestido, estava usando uma camiseta social masculina. Antes que eu pudesse criar mais alguma teoria conspiratória (naquele ponto, eu já havia pensado em mil diferentes), a porta do quarto se abriu, revelando um mulher baixinha com uniforme de empregada.

—Ah, a senhorita acordou! –ela exclamou, erguendo as mãos. –O Sr. Thompson mandou avisar que não iria demorar para voltar.

Então ela foi embora, e eu senti minha cabeça rodar ainda mais, e a ânsia de vomito aumentou. Quem diabos era Sr. Thompson? Tentei forçar minha memória mais uma vez, apenas para receber mais uma onda de dor furiosa na cabeça.

Então vamos aos fatos: Eu estava deitada numa cama, sozinha, mas usando uma das blusas do tal Sr. Thompson. Continuava sem me lembrar de nada, mas e se...

Não. Eu não podia ter transado com alguém. Não mesmo.

Enquanto planejava minha rota de fuga para fora dali, a porta se abriu mais uma vez, revelando...

Luke.

—Finalmente a Bela Adormecida acordou! –ele exclamou, sorrindo. Trazia uma pequena bandeja nas mãos. –Você dormiu praticamente um dia inteiro. Não é de admirar, considerando toda a energia que gastou ontem é noite. –ele completou, dando risada.

—Luke?! –exclamei enquanto ele se aproximava. –Onde eu estou? O que, em nome de Deus, aconteceu ontem à noite? Quem é Sr. Thompson?

—Wow, calma! Você não se lembra de nada? –ele questionou, erguendo uma sobrancelha.

—Não! –exclamei, passando a mão pelos cabelos. –Eu só me lembro de chegar na boate, de estar em cima do balcão e de alguém chamado Tom!

—Ufa, ainda bem que você se lembra do Tom. Afinal, você pediu ele em casamento ontem à noite.

—Luke! –gritei, e a dor de cabeça se intensificou ainda mais.

—Toma isso, você vai melhorar... eu espero. –ele disse apontando pra bandeja que trouxe. Nela estavam apenas alguns analgésicos e um enorme copo de suco de laranja. --Você bebeu tanto que eu não me surpreenderia se essa ressaca durasse para sempre. –acrescentou, ainda sorrindo como se eu fosse a coisa mais divertida do mundo.

—Luke, não tem graça! O que aconteceu? Preciso saber de tudo.

O sorriso dele vacilou por um momento, mas Luke logo se recuperou. Me perguntei se ele estava escondendo alguma coisa.

—Bom, o começo você já sabe. Fomos para a boate, e aí você começou a beber. Beber muito. Tentei te impedir, mas você disse que era exatamente aquilo que queria. No começo, você estava muito feliz, conversando com todo mundo e dançando igual uma maluca.

—Ah meu Deus!

—Eu sei, você é mesmo uma péssima dançarina. Mas isso é só o começo. Depois, você bebeu mais e ficou triste. Encostou no bar e começou a falar do ex noivo, chorando e xingando ele. Até quebrou um copo pra expressar sua revolta. –Luke continuou, se dobrando de rir. Ele se sentou ao meus pés na cama e continuou. –Aí depois de muito choro, e muitos xingamentos, você ficou ultra feliz de novo, e dessa vez foi pra valer. Uma música que você mencionou ser sua favorita começou a tocar, mas isso não importa porque toda música que tocava virava sua favorita. Você subiu no balcão do bar e deu um show...

—Ah não...

—Eu sei, você também não é uma cantora muito boa. Na verdade, céus, você é péssima. –ele acrescentou e riu tanto que precisou de um momento para se recompor. –Enfim, então você dançou, gritou, e girou. Todo mundo foi assistir, sério, foi muito engraçado. Eu deveria ter gravado você cantando “Man, I Feel Like a Woman”... Ah é, eu gravei!

Com um sorriso enorme no rosto, ele puxou o celular do bolso e me mostrou o vídeo. Lá estava eu, em cima do balcão, usando uma garrafa de cerveja como microfone. Tentava dançar sensualmente, mas se sóbria eu já sou um desastre na dança, bêbada sou pior ainda. Eu cambaleava para os lados a todo instante, e jogava o cabelo. No meio da música, joguei a garrafa de cerveja pro alto, que explodiu no teto. E para fechar o espetáculo, no último refrão eu cambaleei novamente, mas dessa vez não consegui me equilibrar e cai de cara no chão. Nesse instante a gravação tremeu e acabou.

—Eu fui resgatar você. –Luke explicou, com uma expressão culpada. –Mas cheguei tarde demais e você acabou machucando o braço.

Olhei para o meu braço com marcas roxas novamente, e fui me lembrando da queda aos poucos.

—Por que você não me impediu de fazer essa loucura?! –gritei.

—Acredite, eu tentei! Mas você não quis me ouvir.

—Termine a história. –ordenei.

—Ok, depois disso veio o Tom, o velho bartender. Ele chegou antes de mim até você, e te ajudou a se erguer. Então você jogou os braços ao redor dele e se declarou.

Me declarei?!

—Disse que ele tinha te salvado, e que era o amor da sua vida. Pediu ele em casamento e lascou um beijo na careca do velho Tom.

—Ah, não.

—Ah, sim. Depois disso você se aquietou e eu te convenci a se sentar um pouco. Então... –Luke pausou, me olhando de um modo apreensivo.

—Então o que? –questionei, erguendo uma sobrancelha.

—Então... –ele parecia estar prestes a dizer algo, mas então se recuperou. –Então nada. Você se aquietou por um momento e então começou a vomitar. Vomitou em cima de si mesma, e eu decidi te levar para casa. Mas eu não sabia onde você morava, é claro, então te trouxe para o hotel em que estou hospedado. Pedi para a empregada, Rosetta, tirar seu vestido sujo de vomito e te emprestei essa camisa. E eu sou o Sr. Thompson. Luke Thompson.

Ainda achava que Luke estava me escondendo algo, mas se fosse esse o caso, era melhor eu continuar na ignorância. Minha cota de momentos constrangedores já havia estourado.

—Tem mais uma coisa que você precisa saber. Duas, na verdade. –Luke começou, definitivamente constrangido. –A primeira é que você virou melhor amiga de todo mundo naquela balada, todos eles te adicionaram nas redes sociais, e... Bem, muita gente gravou seu showzinho e agora está por toda a internet.

—Ah, não!

—Pois é, parabéns! Você é uma celebridade agora! Mas isso aqui é a Califórnia, as pessoas estão acostumadas em ver os outros enlouquecendo, então sua fama não deve durar muito tempo.

—E a outra coisa? –perguntei, com medo, e o rosto de Luke só confirmou que ele havia guardado o pior para o final.

—É que... eu tinha ido fechar a conta do bar para podermos ir embora, e perdi você de vista. O lugar estava cheio, então demorei séculos para te encontrar. E quando te encontrei... Você tinha ligado para o Victor.

O que?!

—É. Eu não sei o que você disse, mas ele foi até lá. Ele chegou e exigiu que você fosse embora dali. Fez um escândalo, dizendo que você estava degradante e que devia sentir vergonha, começou a gritar com você, e...

E...?

—Aconteceu muito rápido. Você vomitou nele, e logo em seguida, eu dei um soco nele. –Luke disse, envergonhado, enquanto mostrava a mão direita, cheia de marcas roxas nos nós dos dedos. –Então o segurança chegou e pôs a gente pra fora. E... aqui nós estamos. –ele concluiu.

Fechei os olhos por um momento, tentando absorver tudo o que Luke havia acabado de contar. Surpreendentemente, de tudo o que aconteceu, desde o meu show no balcão do bar, até o fato de eu estar por toda a internet, o que mais me incomodou foi ter ligado para meu ex-noivo.

—Eu não acredito que liguei para Victor. –murmurei, balançando a cabeça.

—Desculpe por não ter conseguido te impedir. –Luke disse, apertando meu pé num gesto de solidariedade estranho.

—Pelo menos você bateu nele. –acrescentei, rindo.

—Ah, seu jato de vomito ganhou mais destaque. –ele respondeu, rindo de volta.

—Nós formamos uma boa dupla.

—É, formamos sim.

Nós trocamos um olhar que durou um segundo a mais do que deveria, até Luke olhar para outro canto, envergonhado. E mesmo assim, eu não conseguia parar de observá-lo. Seu rosto iluminado pela luz laranja do sol, a barba bem feita e os lábios carnudos. Ele era um baita homem.

—Espera, o que? –perguntei a mim mesma, percebendo tarde demais que havia falado em voz alta.

—O que foi? –Luke perguntou.

—Nada, só... um pensamento intruso. –respondi, sem coragem de olhar em seus olhos.

Luke olhou algo no celular, e exclamou:

—Olha que máximo, você tem até um fã-clube agora!

—O que?! Me deixa ver isso. –pedi, e Luke me entregou o celular. Meu rosto estava estampado em todo canto, com montagens infames, edições caprichadas e dezenas de vídeos. O nome do fã-clube era “Man, I Feel Like a Drunk Woman”. Joguei o celular de volta para Luke.

—Olha só, eles estão fazendo até camisetas com seu rosto! Eu preciso de uma! Você acha que vai ficar legal num quadro? –ele perguntou.

—Eu te odeio. –eu disse, sorrindo.

—Não, não odeia. –ele rebateu, ainda sorrindo. –Vamos lá, Rosetta fez um baita café da manhã para você.

Luke me ofereceu uma mão, e eu a agarrei me levantando. Ele parou, como se estivesse congelado, me analisando. Quando voltou a me olhar nos olhos, estava enrubescido.

—Ãhn... A gente tem que arrumar outra roupa para você. –ele murmurou, ainda vermelho, e saiu do quarto. Olhei para baixo, sem entender, e vi a camiseta social que cobria muito pouco das minhas pernas.

Muito vermelha também, segui Luke até o lugar onde eu imaginava ser a cozinha, e outro pensamento intruso tomou conta da minha mente: Só havia uma cama ali. Será que Luke havia dormido comigo? E se sim, por que eu não me sentia incomodada com isso?

 


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Notas finais do capítulo

Oii de novo!!!
Então, o que acharam da noitada da Lucy? Para entrar no fã clube é só deixar um comentário aí em baixo que a carteirinha e a camiseta vao ser enviadas pelo correio, KKKKKKKKKKK

Anyway, COMEEEENTEEEM!!!! Vamos rir, chorar, e se envergonhar juntos! Pra quem volta as aulas amanhã, como eu, que a sorte esteja sempre ao seu favor! E tente não matar ninguém, isso não é legal. A não ser que a pessoa seja extremamente irritante, nesse caso, o assassinato tá liberado! Ashasuahsuahs

Muuito obrigado por ler até aqui e até o próximo!