Um Cupido Nem Tão Perfeito escrita por Vivs


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oii Pessoas!

Eu sei que disse no capítulo anterior que ia precisar da um pausa e tals, nada muito longo, mas aí eu percebi que dava pra encaixar mais esse capítulo aqui antes, e alguma coisa me diz que vcs vão gostar bastante ou odiar esse... muahahaha

Aaanyways, esse aqui é para ler ouvindo Harder to Breath do Maroon 5 ou Ties do Years and Years, ou Irresistible do Fall Out Boy (parece que alguém não consegue se decidir, NÃO É MESMO???)

Enfim,
Boa leitura! ♥



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*Daliah

–Onde diabos estava você?! –grito assim que Ben aparece, lindo e descabelado na porta do meu apartamento. –Estou te esperando há séculos!

–Estava na faculdade, Daliah! Estamos no meio da semana, o que deu em você? Nós só saímos no fim de semana. –ele exclamou, enquanto entrava.

E era verdade, há muito tempo atrás nós tínhamos decidido que as semanas eram dedicadas aos estudos, e os fins de semana a perdição.

Mas... depois que Kate apareceu para mim, toda apaixonada, narrando o encontro perfeito com o Sr. Perfeito eu fiquei muito para baixo. Aquilo me fez perceber o desastre que é a minha vida amorosa, sempre indo de balada em balada, de ficante em ficante, sem nunca encontrar o cara certo, sem nunca entrar em um relacionamento sério. Me fez perceber a quanto tempo estou sozinha, e o pior, a quanto tempo me sinto sozinha.

Depois da conversa com Kate, não consegui me concentrar em absolutamente nada, a não ser na tristeza imbatível que havia tomado conta de mim. Eu me sentia péssima, afinal ela era minha melhor amiga, eu devia me sentir feliz por ela... E eu estava feliz por ela, o que não me impede de estar triste por mim.

Eu sempre tento me manter animada, sempre exibindo meu melhor sorriso para o resto do mundo, sempre escondendo a solidão que existe dentro de mim, mas hoje ela havia tomado conta de todo o meu corpo. Minha máscara havia caído.

Então, depois de muito remoer, e de chorar um pouco, admito, percebi que só havia um jeito de afastar aquela tristeza: balada.

–Eu sei, mas... Eu realmente preciso sair hoje, Ben. Vou acabar enlouquecendo se continuar aqui. –eu digo, e Ben abre a boca por um instante, determinado a argumentar, mas quando seus olhos encontram os meus ele percebe. Ele sabe. Nós somos amigos tanto tempo que ele não precisa fazer nenhuma pergunta e eu não preciso dar nenhuma explicação.

–Se você precisa... então vamos. –ele conclui e eu dou um gritinho enquanto agarro seu braço.

–Ben, você é o melhor!

–Me diz alguma coisa que eu já não saiba.

Retoco o batom vermelho escuro, agarro minha bolsa e sigo Ben para fora do prédio. Nós descemos as escadas até o estacionamento, onde o carro dele nos esperava. Assim que entro, coloco nossa playlist mais animada para tocar e em questão de segundos estamos cantando, muito altos, muito animados, e muito desafinados dentro do carro. De um jeito que só a gente sabe fazer, Ben faz a primeira voz e eu a segunda e conforme a playlist avança, toda a tristeza dentro de mim vai embora. Tenho a sensação de que quanto mais eu grito, mais espanto os demônios de dentro de mim.

Ben nos leva pelo caminho que já é tão familiar até nossa balada favorita. Quando desligo o rádio e coloco a mão na porta para descer, ele trava o carro.

–O que foi? –pergunto, me virando até ele, que com um olhar preocupado pergunta:

–Daliah... o que aconteceu?

Mordo o lábio, tentando pensar em algo. Eu quero mentir, dizer que está tudo bem, quero muito. Mas simplesmente não consigo. Não conseguiria mentir para Ben, nem que fosse para salvar minha própria vida.

–Depois. –é tudo o que eu consigo dizer.

Ele assente, e destrava as portas, finalmente. Descemos do carro e caminhamos até o clube Temptation. Até do lado de fora, a música de dentro faz o chão vibrar.

O segurança da porta nos cumprimenta, animadamente. Joe nos conhece é claro, já teve que dirigir para nós dois quando estávamos muito bêbados, já teve que nos resgatar de umas brigas bem feias. As historias que Ben e eu compartilhamos superam a capacidade humana de contar.

Quando entramos e as luzes coloridas, a música envolvente e o calor humano toma conta de tudo, eu não me dirijo direto para a pista de dança, como é costume. Meus pés me levam direto para o bar antes que minha mente consiga sequer registrar o que estou fazendo.

Tomo um drink, dois, três, vários até que perco a conta. Sem parar por um segundo, nem para olhar ao redor ou parar respirar fundo. Quando minha música favorita começa a tocar, eu não pulo no meio da multidão. Quando um cara gato me chama para dançar, eu nem ergo meu rosto. Só consigo olhar para o fundo do copo vazio e pedir mais bebida. E bebo mais. E mais. E mais. E mais um pouco.

Até que Ben finalmente me encontra e tira o copo das minhas mãos. Segurando meus ombros, ele me guia pela multidão até um dos sofás confortáveis que ficam no canto, afastados de toda a loucura da pista de dança.

–O que tem de errado comigo, Ben? –eu pergunto, as palavras engasgando na minha garganta, as lágrimas queimando nos meus olhos.

–Não tem nada de errado com você, Daliah! –ele exclama, esfregando minhas costas com ternura e secando minhas lágrimas.

–Tem sim! –eu exclamo mais alto. –Por que eu estou sempre sozinha?!

Um olhar de compreensão toma conta do rosto de Ben.

–Ahhhh, então é por isso que você está assim! Você só não encontrou a pessoa certa ainda, Daliah.

–Mas e se eu nunca encontrar? E se eu ficar sozinha para sempre?

–Não seja boba, pode ter certeza que os homens do mundo não vão demorar muito para perceber o quanto você é incrível, e engraçada e linda.

–Eu só... só quero encontrar alguém para ficar essa noite e esquecer tudo isso. –eu sussurro.

E de repente, a mão de Ben em minhas costas não parece tão inocente assim. E minha cabeça em seu ombro, minhas mãos em seu peito também não. Nossos olhares se encontram e há uma concordância mutua entre eles. E um único sentimento que eu conheço muito bem:

Desejo.

Então suas mãos estão na minha nuca, puxando levemente meus cabelos. Seus lábios pressionando os meus com vigor. Minhas mãos explorando a pele debaixo da sua camisa, acariciando todo o seu peito.

Ele leva uma mão até minha perna, minha coxa, minha bunda, minha barriga, meus seios... Eu ouço minha própria voz soltar um gemido fraco e ouço Ben arquejar. Sua língua quente na minha e nossas respirações entrecortadas.

E aquilo continua, ficando mais e mais intenso a cada instante e de repente estamos de volta em meu apartamento, nossas roupas jogadas pelo chão, o corpo de Ben pressionando o meu, dessa vez em cima da cama...

Então eu acordo na manhã seguinte, com o corpo nu e quente de Ben ao lado do meu e sinto um pouco de culpa misturada com outro sentimento bem maior...

Satisfação.


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Notas finais do capítulo

[PS: Vcs nao imaginam o trabalho que esse gif me deu]
Oii de novo!
Então agora sim, preciso decidir como fechar as pontas da história lááá na frente :v
COMENTEM! O que acharam? Surpresos? BORA CONVERSAR MEU POVO!!!

Muuuito obrigado por ler até aqui!
Já já volto, vcs nem vão perceber que eu sumi :v
Até o próximo