Um Cupido Nem Tão Perfeito escrita por Vivs


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oii Pessoas! VOLTEI!
Miiil desculpas pela demora, passei CINCO FUCKING dias sem internet! Mas o lado bom é que tive bastante tempo para escrever, então vou voltar a postar frequentemente!

Anyway, esse capítulo é para ler ouvindo Rolling in the deep da deusa Adele, ou Do I Wanna Know do Arctic Monkeys uma das bandas mais ULTRAMEGAFUCKING incriveis do mundo na minha opiniao :3

Chega de blá blá blá,
Boa leitura! ♥



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*Ivye

Em todos os meus anos como cupido, eu já desempenhei umas tarefas bem vergonhosas. Uma vez, há alguns anos atrás, eu implantei uma calcinha qualquer no meio das roupas de um homem, para causar o divórcio do casal e facilitar minha missão. Mas eu não cheguei a pensar no fato de que a tal peça intima era bege e do tamanho de uma tenda, então a esposa dele (que era minha missão e estava casada com esse homem errado) simplesmente assumiu que a calcinha era da mãe idosa do homem, que estava passando as férias na casa deles. No fim, não precisei fazer mais nada, os dois entraram numa briga enorme, se divorciaram e ela encontrou sua alma gêmea logo após.

Ainda antes disso, na antiga Veneza, conspirei para que uma dama de honra (que era minha missão) de um casamento pomposo bebesse vinho alem da conta, para ficar um pouco tonta e esbarrar casualmente em sua alma gêmea, o padrinho do casamento. Ela ficou bêbada sim, e tropeçou certamente. O problema é que ficou bêbada demais, e tropeçou bem no meio do enorme bolo de casamento. No final, o padrinho do casamento a retirou da festa e cuidou dela, por mais maluca que estivesse.

O que estou tentando dizer é, já fiz algumas coisas bem ridículas ao longo dos anos. Mas manipular um bando de mortais para fazer as coisas darem certo entre Dan e Kate talvez tenha sido a que mais me incomodou. Porque dessa vez eu não tinha um propósito nobre, não estava conspirando para unir almas gêmeas, ao contrario, estava contribuindo no afastamento de Kate e Ben!

Com tudo isso acontecendo, não pude evitar pensar que talvez Cupido tivesse razão, talvez fosse melhor encontrar um jeito de interferir e parar com essa loucura antes que fosse tarde demais. Mas então eu via os olhares bobos e apaixonados que Dan e Kate trocavam a cada minuto e o monstrinho rebelde dentro de mim se sentia satisfeito. Sim, eu estava quebrando as regras ajudando os dois a ficarem juntos, mas era para a felicidade do meu melhor amigo.

–Ivye, você está me ouvindo?! –exclamou Dan, me despertando dos meus pensamentos e me fazendo dar um pulinho de susto.

–Ahn... não, desculpe. Me perdi entre “Kate é tão maravilhosa” e “Estou tão apaixonado”. –respondi, sorrindo.

–Mas eu não estava dizendo nada disso! –Dan sibilou, irritado.

–Talvez não com sua boca, mas seus olhos gritam isso a cada instante, menininho apaixonado. –brinquei.

–Haha, muito engraçado. –ele respondeu, tentando se manter sério. –Mas Kate deve chegar a qualquer momento e eu preciso ter certeza de que está tudo certo!

Soltei um suspiro alto e revirei os olhos.

–Já te disse mil vezes: está tudo certo. Manipulei cada humano naquele maldito parque de diversões para fazer seu segundo encontrinho de amor dar certo. –disse, amargurada, o que fez Dan se sentar ao meu lado e dizer:

–Me desculpe, Ivye. Eu sei que você não gosta nem um pouco disso, mas...

–Eu sei, Dan. Ela é especial e você quer que seja tudo especial, mas... Não torna tudo isso menos errado, sabe? Eu fico tentando me convencer que vale a pena por você, mas me sinto culpada toda vez que sussurro algo no ouvido de alguém.

–Você nunca me disse isso. –ele afirmou. –Por que agora?

–Talvez seja porque depois do bilhete de Cupido as coisas tenham ficado mais reais. Dan... ele tem razão. Você não pode alterar a vida de duas pessoas de uma forma tão drástica só porque se apaixonou por uma delas! –exclamo, deixando toda a frustração e medo que vinha contendo dentro de mim sem perceber explodir. Dan se levantou violentamente e exclamou:

–Eu achei que você finalmente tinha começado a entender! Achei que estivesse do meu lado!

–E eu estou! Sempre estive! E é por isso que eu tenho que te alertar, Dan. O que você está fazendo não é certo, e o que está me pedindo para fazer também não. –murmurei. Ele estava mordendo o polegar, coisa que sempre faz quando está muito nervoso ou frustrado.

–Então por que ainda está aqui? –ele perguntou, e as palavras me atingiram como um tapa em cheio. Eu vinha me humilhando, carregando essa maluquice em frente esse tempo todo por ele! E ele tinha a audácia de me provocar daquela maneira, sabendo que eu me magoaria?!

–Então você não vai se importar em continuar sozinho. –eu digo, cheia de magoa, enquanto me levanto da calçada em frente á faculdade de Kate e saio caminhando rua abaixo. Não tenho um destino em mente, só preciso me afastar de Daniel e dessa loucura toda para respirar e colocar a cabeça no lugar.

–Ivye! –eu ouço ele chamar, o que é muito arriscado se levado em conta de que só ele consegue me ver. Se houvesse alguém ali, provavelmente pensaria que ele era maluco, no mínimo.

–Volte aqui, eu sinto muito! –ele gritou, mas eu continuei andando. Caminhei durante algum tempo, observando estudantes e moradores locais passando de um lado por outro. Tudo parecia tão normal... até um relance cor de rosa chamar minha atenção.

Cupido.

Me senti sem chão, sem escapatória, como se houvesse sido pega fazendo algo muito errado, o que não deixava de ser verdade.

Ele caminhou até mim, o terno cor de rosa impecável, o sorriso sarcástico, o olhar intimidador e ao mesmo tempo sensual –esse último pensamento era um pouco perturbador e me fez estremecer- e eu não consegui me mover um centímetro, por mais que quisesse.

–Suponho que vocês tenham recebido o meu recado. –ele disse, a voz macia como veludo e ao mesmo tempo muito intimidadora. Como uma adaga de beleza indiscutível, mas mortal do mesmo jeito.

–O que você quer? –eu encontro coragem para dizer. Ele dá uma risada cruel, como se achasse a situação toda ridícula demais. Caminhou até minha direção até ficar perigosamente próximo de mim. Intimadoramente perto, ele pegou uma mecha de meus cabelos vermelhos delicadamente, aproximou os lábios da minha orelha e disse, num sussurro:

Eu quero que você faça o que tem de ser feito.

Então a raiva que estava acumulada dentro de mim tomou mais força e funcionou como um despertar súbito.

–Por que você mesmo não faz isso? –fiz por fim, a pergunta que já devia ter feito há muito tempo. –Por que precisa de mim para impedir Dan e Kate de ficarem juntos? Por que deixa essa história continuar? Você se diz tão poderoso, por que simplesmente não estala os dedos e faz Dan voltar a ser cupido?

Ele se afastou rapidamente e tirou sua mão de mim como se eu estivesse eletrificada. Deu um sorriso muito breve e muito desconcertado e disse:

–Por puro tédio, querida. Todos esses anos monitorando casais patéticos e cupidos bobos me deixaram entediado e causar o caos entre vocês me diverte. –ele respondeu, mas seus olhos olhavam para todos os cantos, como se um monstro fosse surgir no meio da multidão a qualquer momento. Seu sorriso, sempre tão confiante, agora vacilava. Sua respiração estava entrecortada.

Ele estava mentindo.

Mais do que isso, estava envolvido em uma grande confusão.

–Você está mentindo. –afirmei, com um sorriso no rosto, me aproximando de Cupido. Ele deu mais um nervoso e cuidadoso passo para trás e disse:

–E você está delirando. Eu realmente achei que depois que Daniel te fizesse de empregada, você cairia na real. Ainda mais quando teve que assistir os dois se agarrando naquela limusine. Achei que iria me ajudar depois que eu unisse Lucy e Luke.

–O que?! Você os uniu?! Mas... –eu exclamei, recuando para trás. A multidão ao nosso redor pareceu se fechar mais e mais e eu me sentia como um animal enclausurado. Cupido deu um sorriso presunçoso e deu um passo a frente.

–Você está passando muito tempo ocupada servindo de empregadinha para seu amigo, não é mesmo? Deixou sua missão de lado. Eles se encontraram sim, não graças a você. Graças a mim. Eu coloquei um no caminho do outro, como se fossem marionetes. Sua missão está completa, Ivye. Mas não por muito tempo.

–Como assim? –pergunto, recuando ainda mais para trás, com medo das palavras que eu sei que vão sair da boca de Cupido a qualquer momento.

–Se não separar Dan e Kate... Eu irei separar Lucy e Luke. –ele disse, com um maligno sorriso de lado. Se aproximou mais e mais até estar mais uma vez a centímetros de distância, todo o poder que ele emanava causando calafrios e arrepios por todo o meu corpo.

Você tem 24 horas. –ele sussurrou em meu ouvido, sua mão acariciando minha bochecha, mas Cupido tinha um jeito de fazer até aquilo parecer ameaçador. Seu olhar cruel e impassível estava posicionado em mim, avassalador, mas eu usei todas as minhas forças para não desviar o olhar. Não iria dar esse prazer a ele. Ele se aproximou ainda mais, sua respiração gélida se misturando a minha e então...

Desapareceu. E não havia mais nada. Só a multidão apressada, inconsciente da cena que havia se desenrolado ali.

Tentei controlar minha respiração descompassada enquanto pensava no que fazer. Não podia tomar nenhuma decisão baseada nas palavras de Cupido, ele não era nem um pouco confiável.

Deixei meus pensamentos me levarem até Lucy e Luke. E a visão dos dois, sentados em um pequeno banco de mármore antiquado, envolvidos em uma conversa cheia de olhares trocados, risadinhas nervosas e suspiros secretos em um parque cheio de árvores altas e flores lindas encheu meu ser de alegria e medo ao mesmo tempo.

Cupido estava falando a verdade e o destino daquele casal estava em minhas mãos. Tudo dependia do que eu iria fazer em seguida.

Eu não podia separar Dan de Kate, ele nunca me perdoaria! E eu nunca me perdoaria se fosse a responsável pela separação de Lucy e Luke! Tinha de haver uma alternativa, alguma coisa que eu pudesse usar contra Cupido...

Então eu me lembrei da maneira como ele havia mentindo para mim, de seu olhar assustado procurando ameaças em todo canto. Cupido estava escondendo alguma coisa, eu sabia...

Mas o que?

Se eu descobrisse seu segredo, talvez pudesse usa-lo contra ele, era isso! Finalmente teria uma arma para me proteger daquele manipulador.

Precisava de respostas.

Mas não iria consegui-las ali.

Fechei meus olhos e me concentrei ao máximo com o único lugar onde eu conseguiria respostas para perguntas que eu nem sabia fazer direito:

O plano superior.


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Notas finais do capítulo

[PS: Não sei vcs, mas o maior sonho da minha vida é casar com alguém minimamente parecido com esse deus grego do Chuck Bass, SÉRIO OLHA A CARA DESSE HOMEM LINDO! Ninguém melhor pra representar o Cupido com esse olhar que só ele tem]
Oii de novo!
Então, o que acharam do capítulo? O que acham que o Cupido esconde? Será que Ivye vai conseguir as respostas que tanto quer?
COMENTEM!!!!
Muuito obrigado por ler até aqui!
Até o próximo