Um Cupido Nem Tão Perfeito escrita por Vivs


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oii Pessoas! Happy New Year!!!
Desculpem a demora! Estava com mil e um parentes aqui em casa e acabei ficando sem tempo para escrever, mas volteeeei!!! Com capítulo novo!!! Com Dan e Kate!!!

Esse é para ler ouvindo Death of a Bachelor do Panic! at the disco ♥ (já deu pra perceber que eu amo demais essa banda né? Aliás, a música tema da fanfic inteira é uma deles, mas eu só vou revelar qual é depois... MUAHAHAHA! AH, e o video da música desse capítulo é lindooooo! Assistam!)

Sem mais delongas,
Boa leitura!



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*Dan

–Você quer parar de andar de um lado pro outro? Estou ficando tonta. –reclamou Ivye, e eu revirei os olhos.

–Ivye! Até você tem que admitir que eu tenho motivos para estar assim! Quer dizer, olhe só para mim! Eu devia estar unindo Kate e Ben, e agora eu tenho uma forma humana e estou indo levar a garota em um encontro! O que eu estou fazendo?! –perguntei, me sentando na calçada e passando a mão pelos cabelos. Estava a ponto de explodir de tanto nervosismo.

–Eu sei... é uma baita confusão não é mesmo? –ela respondeu. –Mas acho que a única pergunta que você tem que fazer a si mesmo é... Tudo isso, toda essa confusão, vale a pena? Por ela?

O modo como Ivye disse aquilo era como se aquela pergunta também fosse muito importante para ela. Pensei em tudo que já havia me acontecido até ali. Como eu havia passado cinco meses acompanhando Kate, a afastando de sua alma gêmea, como acabei entrando em uma briga com um ser divino maluco, como acabei vindo para a terra... Tudo aquilo parecia radical demais, até para mim.

Mas então eu pensei no sorriso de Kate, em nosso beijo e de alguma forma, as outras coisas pareciam menores e sem importâncias comparadas a alegria que aquilo me dava.

–Vale. –respondi, por fim. –Vale muito a pena.

–Então é isso que importa.–Ivye disse, num suspiro. - Deixe o nervosismo de lado, Kate com certeza não vai querer te ver suado nesse terno.

–Tem razão, aliás, hoje é o último dia que uso sua influencia para conseguir coisas materiais aqui na terra. –digo, decidido. Acontece que quando Cupido havia me mandado para terra, um cartão de crédito celestial não estava incluso no pacote. E por aqui não tem como conseguir um taxi, um jantar, ou terno com um simples “por favor”, então Ivye vinha sussurrando para todo tipo de vendedor e eu havia conseguido todo tipo de coisa de graça.

–Ah, qual é! Não é como se nós estivéssemos fazendo mal para eles! –Ivye exclama. –Quebrar as regras é a coisa certa a se fazer ás vezes...

Aquela frase me vez virar para ela e encara-la por um longo tempo.

–Ok, quem é você e o que você fez com minha melhor amiga?! –pergunto.

–Ah, cala a boca. Nós estamos esperando a um tempão, onde Kate está?

–Atrasada, como sempre.

Ivye deu um sorriso, então começou a esfregar as mãos nervosamente e eu respirei fundo, me preparando para o que quer que estivesse incomodando ela.

–O que foi, Ivye? –pergunto de uma vez.

Ela morde os lábios e mexe com o cabelo vermelho antes de responder.

–Dan... Eu sei que você não quer ouvir isso agora, mas... Você percebe que seu tempo esta acabando? O tempo da sua missão? Você está na terra há uma semana, Kate e Ben tem um mês e duas semanas para se encontrarem, senão...

–Você tem razão, Ivye, eu não quero ouvir isso agora. –eu respondo, encerrando o assunto.

É claro que eu sabia, como podia me esquecer de algo como isso? Mas eu estava tentando não pensar sobre o assunto e me poupar do dilema moral. E até agora estava funcionando.

–Aí vem sua princesa encantada... –caçoou Ivye, me fazendo erguer o olhar.

Kate vinha pela rua, mais linda que nunca. Ela estava num deslumbrante vestido vermelho. As madeixas loiras soltas caiam em seus ombros. Os olhos brilhavam, mesmo a distância. Aquela visão foi suficiente para me deixar nervoso a ponto de querer fingir que não a tinha visto e ir embora, mas eu tinha um plano.

Um plano perfeito.

–Uhmm, hora do show! –exclamou Ivye, batendo palminhas e eu sorri. Me levantei da calçada e caminhei até Kate. Antes que ela pudesse dizer algo, segurei sua mão direita e depositei um beijo suave nas costas de sua mão, sem nunca deixar seu olhar.

–Boa noite, senhorita. Está pronta para o encontro da sua vida? –pergunto, ainda com sua mão a centímetros dos lábios.

Eu a vejo sorrindo de um jeito enigmático e procurando a resposta ideal.

–Eu espero que seja tão bom quanto você diz, caro senhor. –ela responde, segurando a risada. –Eu sou bem difícil de impressionar, sabe?

Sorrio comigo mesmo quando respondo:

–Eu vou fazer o meu melhor. –E como planejado, ergo uma mão no ar, o sinal que combinamos e a elegante limusine preta desliza até nós de seu lugar combinado. Tudo o que havia sido preciso foram alguma palavras de Ivye sussurradas no ouvido do motorista e eu tinha o transporte perfeito.

Kate soltou uma risada de incredulidade, e quando a limusine parou, abri a porta para ela, segurando sua mão e indicando a entrada ao mesmo tempo, como um verdadeiro e antiquado cavalheiro.

–Eu disse que iria fazer o meu melhor. –digo a ela, com o meu melhor olhar convencido.

Ela sorri e aceita minha mão estendida.

–Droga, você esqueceu-se de mencionar que era cheio de surpresas!

–Você ainda não viu nada. –respondo, entrando na limusine logo em seguida. Fecho a porta e o motorista dá a partida. Ivye simplesmente atravessa o carro em movimento e se senta no banco a nossa frente.

–Ok, Sr. Surpresas, qual é o nosso itinerário? –Kate pergunta, sorrindo.

–Bem, para começar eu vou te levar para jantar. Um jantar de verdade, nada de punhados de areia ou algodão doce.

–Ah, esses são meus favoritos! –ela reclama, fingindo estar triste. –E depois?

–É mais uma surpresa. –respondo.

–Cara, desde quando você tem esse olhar sedutor? –pergunta Ivye e eu tenho que me controlar muito para continuar olhando para Kate. –Sério, eu não sabia que era amiga do James Bond!

Finjo uma tosse e sussurro um “cala a boca” no meio dela. Kate me encara,mas não faz nenhuma pergunta e eu me sinto muito grato por isso. Ivye praticamente se parte de tanto rir.

Agora que estamos ali, lado a lado, no espaço apertado da traseira da limusine é difícil não admirar o corpo de Kate enquanto ela olha a cidade passar pela janela, encantada. O vestido vermelho apertado não facilita nada.

–Você está há uns três minutos, em silêncio, olhando para as coxas da garota. Fale com ela, pelo céus, Dan! –exclama Ivye, me despertando.

–Você está mais do que linda. Você está muito... Uau. –é tudo que eu consigo dizer.

–Nossa, Dan. Um verdadeiro poeta. Cavalheirissímo. Nota dez. –caçooa Ivye, me deixando mais nervoso do que eu já estava.

Quer dizer, não que você não seja linda normalmente, é que você está particularmente linda hoje, não que eu estivesse encarando nem nada, eu só acabei por reparar, e... –eu começo a dizer, rápido demais, nervosamente demais, sem conseguir encontrar um maldito ponto final.

–Ok, Dan, eu entendi. –Kate me tranquiliza, colocando uma mão em meu joelho. Não acho que ela tenha feito de propósito, mas aquele simples toque foi capaz de me deixar sem fôlego.

E então a limusine parou, para meu alívio. Abro a porta e desço, abrindo passagem para Kate, que desce e ergue os olhos para o restaurante em frente á nós.

A entrada é um portal de madeira entrelaçada delicadamente, com algumas folhas coloridas e pequenas luzes brancas entre elas. A fachada do restaurante em si era composta de grandes blocos de um rosa mármore. Uma mulher alta em um terno elegante estava na entrada com uma prancheta na mão. Ivye já havia vindo ali mais cedo, como planejado, e já estava tudo certo.

–Sr. Daniel? –ela pergunta, educadamente, com um enorme sorriso.

–Sim, sou eu. –respondo, tentando ignorar o olhar surpreso que Kate me direciona.

–E vejo que trouxe sua acompanhante, Kate Dunne. –a mulher diz e Kate exclama:

–Sou eu! Mas como...

–Sua mesa os aguarda, senhor. –a mulher diz e nos guia para dentro do restaurante.

O lugar é grande, mas confortável. As paredes são feitas do mesmo tijolo de mármore sofisticado da entrada, os ramos de madeira entrelaçada estão por todos os cantos, assim como as flores coloridas e as pequenas luzes brancas. Um lustre de tirar o fôlego pende do teto e o som de conversas baixas e risadas calorosas permeia o ambiente. A recepcionista nos guia por uma enorme escada com um elegante corrimão de madeira e tapete vermelho até o andar de cima, que é ainda mais sofisticado que o anterior. Neste, menos mesas ocupam o espaço, um violinista toca em um canto e o céu estrelado acima de nós exibe uma lua cheia ainda mais bela que o lustre no andar de baixo.

Observo, encantado, Kate observar tudo encantada. O brilho em seus olhos e a perfeita expressão de “O” em sua boca colocam um sorriso enorme em meu rosto. A recepcionista finalmente para em uma delicada mesa, um pouco mais afastada das outras. Nossa mesa tem uma toalha de uma cor que eu só sei descrever como perolada, e três velas elegantes, com um formato de torção estão no centro.

Puxo a cadeira de Kate para ela, que se senta ainda com uma expressão encantada no rosto.

–Estou conseguindo te surpreender até agora? –pergunto, e Ivye se senta na mureta ao lado da nossa mesa (afinal, estamos na cobertura).

–Tá brincando? A limusine, esse restaurante lindo, tudo isso... Faz meu encontro na praia parecer um desastre total! –ela exclama, e eu sorrio. –Como você fez tudo isso, Dan?

–Mexi uns pauzinhos. –respondo, enigmaticamente. –Uma garota como você merece o melhor.

–Uma pena que isso não inclui areia, você sabe que é meu prato favorito. Duvido que vá encontrar isso aqui no cardápio. –ela responde e finge ler o cardápio, mas seu olhar logo cai sobre mim novamente.

Chamo um garçom, que anota nosso pedido e logo nos deixa sozinhos novamente. Olho para Ivye, indicando o violinista com a cabeça mas ela não percebe.

–Eu ACHO que estou esquecendo alguma coisa. –digo, alto demais, o que faz Kate se sobressaltar. Ivye finalmente entende que aquela é sua deixa e vai até o violinista. Sussurra em seu ouvido e logo ele começa a tocar a música lenta favorita de Kate.

–Ai meu Deus, eu amo essa música! –ela exclama, e eu sorrio, tudo está indo de acordo com o plano. –Vem, dança comigo! –ela pede se levantando, e aquilo com certeza não estava no plano.

Olha para Ivye, num pedido de socorro, mas ela só me encara e exclama:

–O que você está esperando? Vá dançar com a garota, seu palerma!

Me levanto e agarro a mão de Kate. Há um enorme espaço vazio ao lado do violinista e eu pressuponho que é aonde eu devo leva-la para dançar. Guio Kate até lá e ela aproxima seu corpo do meu, me causando arrepios. Sua mão encontra a minha, e a minha mão encontra sua cintura.

Então começamos a nos movimentar, lentamente, suavemente. Ela encosta a cabeça em meu ombro e o cheiro de cereja de seus cabelos preenche o ar. De repente, suas duas mãos estão em meu pescoço, as minhas em sua cintura por completo e nossas testas coladas uma na outra. Alguns casais se levantaram e se juntaram a nós, mas a proximidade do corpo e dos lábios de Kate dos meus me deixam temporariamente cegos para tudo que acontece ao nosso redor.

Então a música acaba e Kate ergue seu rosto até o meu. Nossas respirações se misturam. Sinto meu coração acelerar. Começo a aproximar meus lábios dos dela...

E o garçom chama nossa atenção, indicando que nossa comida já está na mesa. Me afasto de Kate, sem graça e seguro sua mão até a mesa.

Nos sentamos e a comida parece deliciosa. Todo esse conceito de comer ainda era algo novo para mim, nunca havia precisado disso em meu “formato cupido”. Lucy tinha que me lembrar constantemente que eu não comia havia algum tempo.

Naquele momento eu percebi que não havia comido nada o dia inteiro, então fatio o meu pedaço de peixe rosado com satisfação. O garçom volta mais uma vez com um champanhe em mãos e enche nossas taças. Kate me olha do outro lado da mesa e assim que o garçom sai ela diz:

–Não sei se vou saber como me portar em uma refeição dessas, sabe, meu usual são punhados de areia. –então ri, nervosamente. E pela primeira vez naquela noite me vem a mente a consciência de que ela também está nervosa. Estendo o braço até o seu e o aperto, a encorajando.

–Nem eu, mas quem se importa? –digo e ela sorri timidamente.

–Então, Daniel. Tudo isso está incrível, mas eu ainda sei pouca coisa sobre você. –ela diz, depois de um tempo.

–Não há muita coisa para saber. –eu respondo. –Cheguei na cidade agora, e amo fotografia.

–Você já me disse isso. Me conte alguma coisa sobre você. Alguma coisa pessoal. –ela pede, pousando os talheres e eu bebo um gole do champanhe (maravilhoso, por sinal) ganhando tempo para responder.

–Eu... estava, e ainda estou, absurdamente nervoso com esse encontro. –respondo sinceramente, porque é a primeira coisa que surge na minha mente, e porque eu odiaria ter que inventar outra história para Kate.

Ela solta um suspiro de alivio e diz:

–Ótimo, então eu não sou a única.

E o resto do jantar se segue assim. Ela me conta sobre as coisas que ama (o que eu já sabia), e as que odeia (o que eu também já sabia). Me conta sobre a faculdade e sua amizade com Daliah, sua melhor amiga.

–Ela vive tentando me arrumar encontros, mas eu sempre digo não. De qualquer forma, parece que eu não estou indo tão mal assim sozinha. –ela diz, erguendo a taça, e eu brindo sorrindo.

–Você tem um melhor amigo? –ela pergunta, e meu olhar acaba desviando para Ivye, que ainda dança ao som do violino no meio dos outros casais.

–Tenho uma amiga. Ela me acompanha desde... bem, desde sempre. Ela é incrível, de verdade. Como Daliah, ela também acha que sempre sabe o que é melhor para mim, mas eu faço o meu melhor para provar que ela esta sempre errada. –digo, e Kate ri.

–Qual é o nome dela? –Kate pergunta, e minha boca se abre para dar uma resposta, mas uma movimentação atrás dela chama minha atenção.

Um homem vestido em um terno xadrez senta-se à mesa atrás de nós e faz seu pedido para o garçom. Poderia ser uma coisa bem comum se aquele homem não fosse...

Ben?! –como eu, vergonhosamente exclamo.

–Achei que fosse uma garota. –Kate diz confusa e eu praticamente salto da cadeira.

Ben, a verdadeira alma gêmea de Kate. A apenas um metro de distância dela.

–Kate, é... eu acho melhor nós irmos agora. –eu digo, enquanto aceno freneticamente para o garçom e para Ivye ao mesmo tempo.

–O que? Mas por quê? O que está acontecendo, Dan?! –Kate exclama, se levantando.

Caminho até ela e seguro seus ombros.

–Nada, não está acontecendo nada. –tento tranquiliza-la. –É só que... a segunda parte do nosso encontro é tão boa que eu não quero esperar mais.

–Ok...? –Kate diz, franzindo a testa. Ivye finalmente chega e parece tão confusa quanto Kate, mas quando percebe que estamos indo embora, sussurra no ouvido do garçom que chegou ali agora.

–O jantar é por conta da casa para o lindo casal! –ele exclama, fazendo Kate sorrir.

Não posso deixar de ficar feliz em notar que ela não o corrige.

Seguro sua mão e a guio até a saída, fazendo questão de passar o mais longe da mesa de Ben o humanamente possível.

–Dan, que diabos está acontecendo?! –exclama Ivye.

–Kate, será que você pode ir descendo? Acho que esqueci algo na mesa. –eu peço a ela. Ela desce as escadas e eu finjo caminhar até nossa mesa e procurar algo enquanto sussurro para Ivye:

Ben está logo ali. Aqui ao lado.

Mas Ivye parece mais surpresa com algo que esta em cima da mesa do que com o fato de Ben estar ali.

–Ivye? –pergunto, a intensidade em seu olhar me assustando.

–Dan... –ela diz, e aponta para um guardanapo que eu podia jurar não estar ali antes.

Ele era rosa.

E nele estavam gravadas as palavras:

“Você não pode ficar no caminho do destino.

Cupido.”


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Notas finais do capítulo

Oii de novo!!!
ENTÃOOOO O QUE ACHARAM????? Eu, particularmente, estou bem orgulhosa desse capítulo, acho que teve um pouco de tudo!
COMEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEENTEEEEEEEEEEEEEEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
COMEEEEEEEEEEEEEEEENTEEEEEEEEEEEEEEEEM
COMENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEMMMMMMM!!!!!!

Já falei pra comentar?
já?
ENTÃO O QUE VC ESTA ESPERANDO????? AASHAUSHAUSHAUSAUSH

Muito obrigado por ler até aqui!
Até o próximo



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