In the End escrita por Lu Auslly


Capítulo 6
Pessoas boas




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“ As vezes coisas terríveis acontecem com pessoas incríveis.” 

Ally Pov

Eu não me lembro como tudo aconteceu em um dias as coisas estavam bem e então tudo mudou e não foi para melhor, todos morreram e se transformaram em um tipo de monstro, monstros que comem pessoas, eu não sabia o que fazer, não havia nem uma chance de eu sobreviver, mas eu continuei viva, graças a pessoas que me salvaram.

 [...] Meses atrás [...]

— Pai, eu não vou conseguir... Eu sou muito fraca pra isto, por favor, me deixe morrer_ Pedi para o homem ao meu lado.

Minha perna estava sangrando, havia caído varias vezes em minhas fugas de monstros ambulantes e eu não aguentava mais aquilo. Eu queria morrer, queria para com toda aquela dor que eu sentia, queria que todos os problemas desaparecessem e que eu encontrasse a paz, se é que existe uma vida após morte, depois de tudo o que estava acontecendo, eu não sei se existia alguém lá em cima.

— Eu não vou deixar você morrer Ally, não é assim que as coisas funcionam, aguente mais um pouco_ Meu pai disse.

Sua voz transmitia certo medo, ele estava com medo de me perder? Por que ele tinha este medo? Ele não me amava, ele só tinha amor para a namorada insuportável dele.

— Eu não posso pai_ Disse.

Eu não podia mais correr, eu não tinha forças então eu parei e meu pai me olhou assustado, ele também estava ferido e cansado.

— Você precisa se manter firme, não perca as esperanças_ Ele me pediu.

Então ele parou de andar também, eu neguei com a cabeça sentindo lagrimas escorreram pelo meu rosto.

— Eu... não... posso_ Digo com voz chorosa.

Meu pai ficou mudo olhando para mim e eu podia perceber que ele também estava abalado. Ouvi passos se aproximando e imaginei que a morte estava perto.

— Esta tudo bem Ally_ Meu pai diz com a voz baixa.

Ele saiu andando para onde os mortos vivos estavam e eu tentei chamar por ele.

[...] Dias atuais[...]

— NÃÃÃÃOOOOOOOO_ Grito.

Levanto-me desesperadamente e sinto braços me segurarem, olho ao meu redor com a respiração ofegante e eu não conhecia aquele lugar, lembrava vagamente do garoto que estava me segurando.

— Cadê... O... Joe?_ Pergunto com certa dificuldade em respirar.

Austin, se este for o nome dele não me respondeu, ele apenas ficou me olhando e ainda estava com seus braços me segurando. Me solto do mesmo e me levanto da cama em que estava, pego minha mochila que vejo em um velho sofá e começo a caminhar.

— Você não pode sair_ Austin diz.

Ele andou ate mim e segurou meu braço. Quem era ele para dizer o que eu posso ou não fazer?

— Você não manda em mim_ O respondo tentado me soltar do mesmo, mas agora ele segurava com mais força.

— Vem com a gente, estamos indo para uma comunidade_ Ele diz com a sua voz calma.

— Eu não quero ir a lugar nenhum, eu quero ficar sozinha

— Eu sei que é difícil, acabou de perder o Joe... Mas todos perderam pessoas, temos que seguir em frente e precisamos nos unir

— Joe não é uma pessoa, era um cachorro, meu melhor amigo e a única coisa no qual eu tinha

— Eu sinto muito_ Ele diz e eu nego com a cabeça.

— Não você não sente, você tem o seu irmão com você, mas droga eu estava sozinha e agora acabei de perder meu único amigo_ Digo e já posso sentir lagrimas molhando meu rosto.

— Às vezes coisas terríveis acontecem com pessoas incríveis

— Então eu devo ser muito incrível _ Digo e dou uma falsa risada.

Austin não disse mais nada e apenas me abraçou, eu comecei a chorar em seu peito, soluçava sem parar e dizia coisas sem sentido como “Volta Joe”. Eu estava perdida e naquele dia, eu quis a mesma coisa de há meses atrás, eu quis que morte viesse e me levasse, mas ela não veio novamente, ela gostava de brincar comigo, ela apenas levava as pessoas no qual eu me importava e talvez seja por isto que não tinha me levado, porque eu não me importava comigo mesmo.

Eu permaneci chorando no peito de Austin e não me lembro do que aconteceu, apenas me lembro de ouvir um barulho de motor e logo apagar novamente. Droga eu devia estar em um carro e indo com aqueles dois para algum lugar, mas não era isto que eu queria, droga morte, por que não me leva logo?


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