Sweet Connor escrita por Miss Smoak, MissDream


Capítulo 25
Capítulo 24.


Notas iniciais do capítulo

Geeeente, voltamos 0/ Aeeeee!
Não vou tomar muito aqui porque acho que vocês querem ler logo o cap, então boa leituraa meu povo!
Ps: Leiam as notas finais, plis.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/663128/chapter/25

Felicity Smoak.

Oliver estava ali, tinha acabado de se declarar e eu podia dizer que aquele era o momento mais emocionante da minha vida, as palavras mais bonitas que já ouvi, se não fosse a bomba que acabara de explodir bem a minha frente.

— Senhorita Smoak.. - ouvi meu nome ser pronunciado, quebrando toda a bolha em volta de Oliver e eu.

— Detetive? - ofeguei constrangida, empurrando Oliver para longe enquanto tentava desamassar minha roupa, sem sucesso.

— Estamos aqui por uma denúncia anônima, soubemos que sua empresa Mr.Queen está sendo roubada, o desvio de dinheiro é em pequenas porções e por isso não houve alarde da primeira vez..

— O que isso tem haver comigo detetive? - a pergunta saiu no automático, eu estava confusa por ele estar ali, olhando diretamente para mim.

— Porque você Senhorita Smoak é a principal suspeita.

As palavras do homem fez minha boca secar em total surpresa, será que a paz nunca me alcançaria por completo? Olhei o loiro ao meu lado, este mantinha um olhar tão ou mais surpreso que o meu.

— Oliver. - o chamei temerosa, ele não podia desconfiar de mim, não agora que estávamos bem. — Eu não fiz isso, eu juro que nunca roubei nada.

— Claro que não. - ele esbravejou mais para o capitão Lance que para mim. — Eu não acredito nessa história, deve haver algum engano, Felicity seria incapaz de uma atitude tão suja. - suspirei percebendo sua confiança em mim.

— Não cabe a mim julgar. - o homem se defendeu. — Eu vim para entregar sua intimação, você precisa comparecer na delegacia ainda esta tarde para prestar seu depoimento. - ele me entregou um papel assim que assinei o documento confirmando minha ciência sobre tudo.

— Isso é absurdo, como eu não fui informado a respeito dessa investigação? - Oliver questionou irritado. 

— Foi uma investigação silenciosa solicitada por Moira Queen. - esclareceu a situação. 

— Espera, minha mãe sabe dessa suspeita contra Felicity?

— Sim. - suspirou cansado. - Olha Oliver, eu entendo sua revolta, mas preciso que sigam a lei ou tudo só complicará para o lado da Srt. Smoak.

— Não se preocupe detetive, eu estarei lá no fim da tarde assim como solicitado. - me antecipei antes que Oliver prolongasse aquela conversa. Assim que o homem saiu do cubículo, ouvi o barulho da mesa sendo socada. Ele estava furioso.

— Ela não tinha esse direito Felicity, minha mãe não podia armar todo esse circo pelas minhas costas.

— Hey. - toquei suas costas. — Eu preciso que você fique calmo, se não por você, faça por mim e Connor. - senti ele relaxar os ombros com minhas palavras.

— Ela não tinha esse direito Felicity, Moira precisa parar de fazer tudo a seu modo sem se preocupar com quem vai ser afetado. O mundo não pertence a ela.

— Não acredito que ela tenha feito tudo isso só para me incriminar, o que ela ganharia com isso?

— E se não foi ela, quem seria?

— Eu não sei. - confessei o abraçando pela cintura, sentindo seu coração bater entre suas costelas. — O que eu sei é que eu preciso que confie em mim Oliver, você confia? 

— Com a minha vida. - ele se virou para me encarar. — Felicity, eu conheço você o suficiente para saber que é incapaz de tal feito, você já me deu provas mais que suficientes de sua honestidade e integridade, é claro que eu confio em você meu amor.

— Era o que eu precisava ouvir. - deixei um sorriso fraco escapar por meus lábios antes dele me puxar para seu abraço. — Eu não sei como as coisas vão seguir daqui por diante Oliver, mas tenho certeza que temos uma base sólida para enfrentar o que vier. Juntos. 

E era verdade. Eu estava com medo, mal sabia o que pensar a respeito de toda essa confusão, mas Oliver estava ali comigo, ele confia em mim, ele me ama e isso basta. Eu sei que ele me apoiará, como diria Connor, nós somos uma família agora.

[...]

— Srt. Smoak, a senhorita possui conta bancária? 

— Sim. - apertei uma mão sobre a outra, totalmente nervosa.

— Mais de uma? - o homem a minha frente perguntou.

— Sim, uma salarial outra pessoal, também possuo responsabilidade pela poupança do Connor como sua guardiã legal.

— Você também tem uma conta na Suíça?

— O que é isso? Um filme clichê? - soltei impaciente, e só depois percebi o rosto irritado do homem. — Me desculpa, é que não faz sentido toda essa loucura, se eu fosse realmente uma ladra, o último lugar para onde eu desviaria dinheiro seria para a Suíça.

— Claro. - percebi pelo tom dele que eu não estava melhorando as coisas, suspirei alto depositando as mãos na mesa fria que estava ali. — A senhorita já visitou as Bahamas?

— Não, por que a pergunta?

— Porque descobrimos uma conta fantasma no nome de Felicity Megan Smoak no banco internacional de lá.

— O que? Não, eu não tenho conta bancária lá. - senti o desespero começar a tomar conta de mim. — Por favor capitão Lance, você precisa acreditar em mim.

— Eu acredito Felicity. - suspirou cansado. - Mas não posso fazer muito por você, tudo o que eu posso fazer é levantar a uma suspeita de clonagem, mas até conseguir provas suficientes eu preciso que permaneça na cidade e totalmente contatável, você está sendo investigada.

— Obrigada. - tentei sorrir agradecida, mas eu estava assustada demais para tal ato.

— Mais uma coisa; nós pegaremos depoimento de todos os Queen e funcionários, pessoas próximas a você precisarão ser intimadas, talvez nem todas lute à seu favor.

— Moira? - ele acenou com a cabeça. Eu sabia que não seria fácil, e as palavras de Moira Queen sobre mim só deixariam tudo mais complicado.

— Está liberada por hora.

Saí da sala sentindo todo o meu corpo tenso, as coisas pareciam que nunca iam acalmar, e isso me deixava frustrada em excesso. Senti braços fortes me envolver em um abraço acalentador, enquanto as mãos fortes alisavam minhas costas. Era reconfortante a forma como Oliver me embalava, ele realmente estava conseguindo me acalmar. Durante todo o caminho de volta ao meu apartamento, o silêncio reinou no carro, eu me perguntava como pude ter tido a infeliz ideia de vim para esta cidade, como pude expor meu macaquinho ao perigo de Star City? Por outro lado tinha Oliver, e apesar de nos odiarmos num primeiro momento, agora eu sentia que não tinha como ser diferente, nem para mim e muito menos para Connor, nós o queríamos e precisávamos dele.

— Hey, eu não gosto de ver você chorar. - só quando ouvi suas palavras é que me dei conta das lágrimas silenciosas.

— Eu odeio me sentir assim Oliver, acuada, amedrontada, impotente.

— Eu sei, mas você precisa se acalmar.

— Armaram pra mim, Oliver.

— Quem faria isso Felicity? Quem seria capaz de tal absurdo, e com que objetivo?

— Eu não sei, eu...

— Bom dia Srt. Smoak, um homem chamado Matt Johnson ligou em sua procura. - Jamie a recepcionista da empresa me parou assim que adentrei a QC.

— Deixou recado, Jaime? - perguntei me atrapalhando entre segurar minhas bolsas e por o crachá.

— Sim, um momento que eu vou pegar. - na minha tentativa de malabarismo, acabei deixando o crachá cair.

— Deixa que eu pego. - ouvi a voz grossa falar enquanto me abaixava para pegar. —  Aqui.

— Obrigada. - ergui os olhos para encarar o homem.

— É sempre um prazer ajudar moças bonitas. - me estendeu a mão sorrindo de lado. — Simon Lacroix.

— Felicity Smoak. - cumprimentei sentindo uma sensação esquisita me invadir, como um prelúdio.

— Aqui Felicity. - despertei com Jamie me estendendo o pequeno post'it. — Bom dia em que posso ajudar?

— Bom dia, eu sou  Simon Lacroix e tenho uma reunião marcada com o CEO.

— Um instante, vou avisar que o senhor chegou. - ela pegou o telefone para contatar a assistente de Oliver, mas parou ao perceber que eu ainda estava ali.

— Felicity, mais alguma coisa?

— Não, desculpa eu só estava... Pensando. - nota mental: criar melhores desculpas. — Então, bom dia.

A lembrança voltando a minha mente de forma lenta e atenciosa, eu lembro com perfeição o sentimento de desconforto e perigo que senti perto de Simon, pois era o mesmo que eu sentia sempre que ele se aproximava. Naquele dia eu deixei meu crachá cair, mas agora eu lembro de não ter encontrado minha carteira de identidade naquela noite, só vindo a encontrá-la em minha mesa do escritório na manhã seguinte. Um clarão parecia esclarecer tudo em minha mente.

— Oliver. - olhei para ele que parecia manter sua atenção presa a mim. — Simon, ele criou toda essa confusão.

— Como assim? - suas sobrancelhas pegadas criando uma ruga na testa mostrava sua total confusão.

— No dia em que eu conheci Simon na recepção, eu deixei meu crachá cair, ele apanhou para mim. Acontece que na ocasião eu também perdi minha identidade, lembro de procurá-la por toda a casa, inclusive nas coias de Connor, mas só encontrei no dia seguinte em minha mesa. Oliver, aquele documento nunca sai da minha bolsa. - conclui.

— Por que isso não me surpreende?

— E agora, o que vamos fazer? - questionei inquieta.

— Tem algo errado Felicity, ele sabe que a polícia não encontrará provas que te incrimine, os depoimentos serão todos a seu favor, você tem o cheque da minha mãe em sua defesa, você nunca o descontou.

— Você sabia do cheque? - ergui meus olhos em choque com a revelação.

— Descobri no dia em que Moira confirmou esconder nosso filho de mim, mas depois falaremos sobre isso, por agora vamos focar em Simon.

— Você dizia que algo está errado.

— Não faz sentido ele armar tudo isso para te incriminar, não quando ele estava apar da nossa batalha judicial por Connor. - ele parecia esforçar sua mente a trabalhar em alguma resposta para tudo, eu podia ouvir suas engrenagens a todo o vapor. — A não ser que...

— Que? - indaguei curiosa.

— Felicity, ele está nos distraindo. - concluiu irritado. — Ele armou essa história toda para nos distrair, enquanto quebramos nossa cabeça com essa acusação, tem algo maior por trás.

— Mas o que pode ser, Oliver? O que um homem como Simon ganharia nos distraindo? O que ele pode querer?

— Poder. Dinheiro. Vingança. - enumerou andando de um lado para o outro. — Simon nunca aceitou o fato do meu pai não ter lhe deixado nada, mesmo quando ele foi melhor filho que eu. Aquela falsa calma e paciência nunca realmente me convenceu, no fundo eu sempre soube de seu ódio por mim.

— Oliver, temos isso a nosso favor, nós sabemos que tudo não passa de uma distração, podemos ficar alerta ao próximo passo dele.

— Eu já até imagino qual seja. - franzi o cenho esperando que ele continuasse. — Sequestrar Connor, te botar em maus lençóis com a empresa, foi apenas para me irritar, se Simon for mesmo vingativo o próximo passo será me torturar, e qual a melhor forma de fazer isso?

— Connor. - senti minha espinha arrepiar com qualquer possibilidade de perigo para o meu pequeno. — Ele fará mal a Connor. - senti o pânico começar a tomar conta de mim.

— Hey, olhe para mim. - senti suas mãos cálidas segurar meu rosto com delicadeza. — Nada acontecerá ao nosso filho,  eu cuidarei para que ele esteja seguro. Ele e você. - me abraçou apertado. — Falarei com Diggle para selecionar seguranças que ficarão de olho em vocês, Connor será vigiado e protegido vinte e quatro horas por dia, enquanto isso eu preciso que você se cuide.

— Não quero um guarda-costas, Oliver.

— Não se trata mais de querer, Felicity. Nós sabemos em qual jogo ele vai apostar, mas não sabemos o cavalo, então eu preciso que você fique salva.

— E quanto a você? - levantei o rosto para encará-lo.

— Acho que eu posso me cuidar sozinho. - concluiu divertido.

Oliver Queen.

Após sair do apartamento de Felicity, me direcionei a Verdant, a verdade é que em todo momento enquanto estive perto dela eu me controlei, mas agora trancado comigo mesmo, socando sacos e bonecos, só agora sou capaz de por pra fora toda raiva e pavor que estou sentindo. Raiva de mim mesmo por só agora a ficha de que eu estou exatamente onde Simon quer que eu esteja ter caído, raiva por ter banalizado sua gana e cobiça, por ter sido facilmente ludibriado no jogo dele. Porém o pior sentimento é o medo, eu estou apavorado por não saber qual o seu próximo passo, me sinto claustrofóbico dentro de mim, Simon sabe  exatamente como agir, enquanto eu pareço um amador que acaba de entrar em campo e não sabe como fazer o jogo andar. O estresse estava esvaindo a cada soco desferido para o boneco em minha frente, o pânico fechando minha garganta, travando uma luta comigo mesmo, e eu só percebi meu total desespero quando minha garganta arranhou num berro frustrado, enquanto um ultimo golpe fez meu joelho ceder, cansado.

— Oliver! - a voz grave de John me despertou. — Você está tentando se matar?

— Estou me preparando para matá-lo, Dig. - rangi me levantando do tapete ortopédico.

— Não foi o que estava parecendo, você agia e desferia socos como um garoto assustado.

— É exatamente como eu me sinto, eu não tenho planos nem estratégias, não dessa vez. - confessei frustrado. — Você não entende? Eu estive tanto tempo preocupado comigo mesmo e meu egoísmo que abri espaço para Simon conhecer minhas fraquezas, agora ele sabe exatamente como me atingir.

— E você vai deixar? - cruzou os braços se escorando aos novos computadores de Felicity. — Vai realmente permitir que ele mexa com seu psicológico a ponto de te tirar todas as esperanças?

— Ele já fez isso Diggle, quando sequestrou Connor mesmo que por algumas horas, ele estava deixando claro o quão frágil eu sou, e é por isso que eu preciso da força física, eu não posso derrotá-lo, não posso vencê-lo estrategicamente.

— Eu não acredito. - deu de ombros parecendo inabalável. — E quer saber o porquê de eu não acreditar nessas suas palavras? Porque Oliver, desde a primeira vez que eu olhei Sara nos olhos, que eu pude contemplar seu sorriso, eu soube que ela me deixava mais forte, é pra mim que ela corre quando sente medo, é comigo que ela conta para protegê-la, e ouvir aquela linda garotinha me chamar de pai a cada vez que eu chego em casa me faz perceber o quão pequeno é o mundo perto de qualquer minimo sofrimento que  possa alcançá-la. Então eu sei que ela é minha força, ela  é minha motivação para combater o mal todos os dias nessa cidade e voltar vivo para casa, ela é mais que isso. Ela é minha esperança. - confessou me encarnado sincero. — Agora eu te pergunto, não como vigilante, não como CEO, não como sobrevivente de um inferno, mas como pai: você realmente não pode vencê-lo? Não pode proteger seu filho? Eu vi a fora como você o olhou Oliver, é mesma forma com que eu olho Sara. Seu desespero por salvá-lo no ataque a empresa, eu vi o medo de perder Connor no seu olhar, e é esse medo que você precisa usar como arma.

— Eu não posso perdê-lo, John, não posso perder meu garotinho. - sibilei desesperado.

— Então lute Oliver, lute por ele, pela segurança dele, pela vida dele. Seja o herói do seu filho, não como o arqueiro, mas como o pai dele, seja o homem em quem ele se inspirará. - John descansou a mão em meu ombro esquerdo me oferecendo um sorriso rápido. — Vá para casa, Oliver, aproveite seu filho, passe um tempo junto a ele e Felicity, e então quando chegar o momento de lutar, lembre-se de quem você é e o quão melhor Connor te fez, lembre-se do sorriso dele a cada vez que te encontra e em como ele vai sempre contar com você, então aí você perceberá que Simon nunca foi realmente capaz de mexer com sua cabeça.

[...]

Girei a chave na porta, ainda com as palavras do Diggle em minha mente, talvez ele estivesse certo afinal, eu só precisava me concentrar e organizar minhas prioridades. 

— O que faz aqui? - senti meu maxilar enrijecer com a pessoa a minha frente sentada no sofá.

— Uma hora precisaremos conversar, você não pode me evitar por toda a vida.

— Vá embora Tommy. - abri a porta fazendo sinal para que ele saísse.

— Laurel me procurou. - por um momento deixei meu semblante cair com a surpresa por suas palavras. — Ela disse sentir minha falta, quer tentar de novo.

— E você quer? - só após as palavras escapulir é que me dei conta. — Na verdade, isso não é da minha conta.

— Pare Oliver. Pare de fingir que não se importa e agir como um adolescente mimado. - vociferou fazendo com que eu tomasse um leve susto. — Por um momento eu achei que Connor tivesse mudado você, o tornado mais humano, mas parece que você não quer deixar que todo aquele inferno de ilha vá embora. Eu não sei o que aconteceu lá, mas você sempre usa essa ilha como escudo a cada tentativa de aproximação, foi assim com Thea, foi assim comigo, foi assim com Felicity.

— Então agora você quer falar da Felicity? Por que se aproximou dela, Merlyn? Qual o intuito? Você quis me provocar, é isso? - segurei sua jaqueta com força.

— Pare com isso Oliver. - Tommy me empurrou fazendo com que eu caísse no sofá. — O que diabos está acontecendo com você? Sempre se trata de você não é? É sempre o pobre Oliver tentando ser atingido ou provocado por algum mortal invejoso. Pare de se superestimar tanto, o mundo não gira a sua volta.

— Então, por que Felicity? - já estávamos gritando.

— Você dizia a odiar, e mesmo vendo a nítida tensão sexual que rolava entre vocês, eu queria tentar com ela, porque Felicity é diferente, ela faz com que a gente queira ser melhor. Ela nos inspira a ser melhor. Eu não sabia que você a amava.

— Sério Tommy? Porque sempre esteve estampado em meu rosto.

— Então pare de agir feito um babaca, você não é a vitima Oliver, você não é o pobre Oliver que merece que todos sintam pena. Se você realmente a ama, pare de esconder-se atrás daquela maldita ilha, ou do inferno que passou lá.

— Você não deveria falar do que não sabe, você não esteve lá para achar que é simples assim.

— Acontece que eu me importo com você seu bastardo egoísta. - senti raiva das palavras de Tommy, mais por serem verdade que por qualquer outro motivo, então eu soquei o rosto dele, o que iniciou uma série de socos e pontapés, como brigas de colegial. Tommy e eu rolamos pelo sofá na tentativa de nos agredir, caímos sob a pequena mesa de centro de madeira, fazendo-a quebrar, foi só quando ouvimos uma voz aguda se espalhar pelo local.

— Seus idiotas, parem de brigar, você estão estragando todo um trabalho de decoração. Essa mesa custou uma nota. - Thea tacava alguns pacotes de compras em nós dois. — Vocês são uns bastardos. - a pequena explodiu enfurecida, fazendo com que Tommy e eu nos olhássemos antes de explodir em risadas, o que provocou mais uma onda de fúria em Thea. — Eu odeio vocês, se alguém perguntar eu negarei que são meus irmãos. - ela acabou se juntando as nossas gargalhadas. Senti algo dentro de mim romper, foi como se ali com os dois, parte do antigo Oliver tivesse voltado, o Oliver pré-ilha. Então eu percebi que Diggle estava errado, não era apenas por Connor que eu deveria lutar, mas por todas as pessoas que eu amava, por minha cidade e por minha família. Porque eu sabia que no fim, era com eles que eu gostaria de compartilhar momentos como esse, mesmo brigando, eles sempre estariam ali por mim.

— Estou indo embora. - Tommy falou assim que sessamos as risadas. Seu tom foi especifico, ele se referia a deixar a cidade.

— Tem certeza? - perguntei baixo, tendo um aceno em resposta.

— Pelo menos por um tempo, Laurel me pareceu sincera e eu realmente gostaria de tentar. - confessou levantando do chão e me estendendo a mão em ajuda. — A filial da Globo Merlyn em Ohio precisa de um representante.

— Se isso te fará feliz, eu dou meu total apoio. - Thea começou. — E apesar de irritante, eu vou sentir sua falta.

— Podemos nos falar por skype, e você pode me visitar nos feriados.

— Eu sei, e você sabe que se não der certo ainda tem a sua casa e sua família, certo?

— Thea tem razão. - me pronunciei, roubando a atenção dos dois pra mim. — Você sempre terá sua família. - deixei um sorriso escapulir.

— Eu não queria ir embora brigado com você - confessou constrangido. — Somos como irmãos, e família não briga. - ri ao perceber que Connor usara essas mesmas palavras a alguns dias atrás. Puxei Tommy para um abraço quando percebi que já não tinha mais palavras para serem ditas.

— Boa sorte, cara. - estapeei suas costas, enquanto Thea se enfiava entre nós dois.

— Meu irmãos mais lindos. - apertei um pouco mais o abraço, fazendo com que ela gemesse em busca de ar. — Oliver, você é feio, me deixe respirar. 

Deixei que Thea se desfizesse do meu aperto e junto a Tommy eles desapareceram através da porta. Por um segundo fechei meus olhos pensando na loucura que se tornou esse dia, eu precisava de estratégias contra Simon, precisava me preparar para o pior e me certificar que Felicity e Connor não fossem prejudicados nesse jogo. Senti um vibrar no bolso da calça e sorri rapidamente ao notar a foto de Felicity e Connor piscar na tela. Os sorrisos grandes, fantasiados no dia do aniversário do meu pequeno.

Eu necessitava deles para viver.

"Você pode vim dormir aqui? Ao menos essa noite?"— a voz feminina exalava medo, não precisou mais para que eu pegasse minha moto e me dirigisse à seu prédio. Na primeira batida contra a porta, Felicity apareceu, seu corpo coberto por uma simples camisola. A encarei por alguns segundos antes de finalmente a puxa-la para meus braços em um abraço apertado.

— Nada vai acontecer com você Felicity. Eu não vou permitir. - sussurrei o que ela precisava ouvir naquele momento.

— Acredito em você. - sussurrou em resposta. Raspei meus dedos em seus braços oferecendo carinho. Eu mataria Simon antes que ele machucasse minha família. Ela assentiu rapidamente enterrando seu rosto em meu pescoço me arrepiando no processo. — Mas me prometa que você vai voltar para mim.

Ela sabia que eu não podia prometer aquilo. Eu estava disposto a morrer por eles, disposto a sacrificar tudo para o bem dos dois, em resposta a seu pedido colei nossos lábios lentamente, seus lábios entreaberto prontos para receber os meus, suas mãos acariciavam a região de meu pescoço enquanto as minhas a puxavam para mim, a colando em meu corpo, querendo cada pedacinho dela em mim.

Nossas roupas foram descartadas pelo trajeto até seu quarto, os dedos enroscados em meus cabelos e suas pernas em minha cintura. Deitando seu corpo na cama tive uma ampla visão de seu corpo, de como ela reagia a mim, a pele clara e macia arrepiada a cada toque assim como o meu reagia aos seus toques delicados e apaixonados. Sentia cada fibra de meu corpo vibrar de felicidade ao senti-la sentar em meu colo, os cabelos soltos cair por seu rosto e com força ela morder os lábios, de olhos fechados.

Dedilhando por seu corpo logo o sutiã já não era mais um empecilho. A face corada me fez suspirar baixo. Novamente voltei a deita-la cobrindo seu corpo com o meu já nu. A baixa luz de seu quarto dava um ar romântico a nossa noite, depositando beijos por sua clavícula a deixei nua, completamente e entregue a mim.

— Olhe para mim amor. - pedi me posicionando entre suas pernas. Uma emoção dominou meu peito por completo assim que seus olhos focaram aos meus, o azul vivido, repleto de amor. Naquele momento eu a amei da forma mais completa possível, da forma mais intensa e como ela merecia. Felicity me merecia por completo. Nossos corpos se movimentando juntos em completo êxtase, luxuria e amor.

Beijei seus lábios enquanto a fazia minha, abafando nossos gemidos e sussurrando palavras de amor uma vez ou outra. Uma fina camada de suor dominava meu corpo e as unhas cravadas em minhas costas me mostravam que ela estava próxima do orgasmo, mordi seu pescoço me controlando para não vim antes. Então ela veio, seu corpo tremendo abaixo do meu, e seu grito abafado em meu ombro me libertou.

Exausto desabei em cima de seu corpo.

— Fica. - ela pediu quando fiz menção de sair de cima de si. Aconcheguei meu rosto no vale de seus seios escutando seu coração bater acelerado e sorri rapidamente ao sentir o meu próprio bater tão o mais acelerado. Os dedos dela desenhando algo em minhas costas, eu podia sentir as letras formarem um eu te amo silencioso mas preferi me manter calado, apreciando sua declaração silenciosa. Ergui meus olhos para apreciar os seus e senti meu coração se apertar ao ver uma lagrima solitária escorrer por seu rosto, imediatamente inverti nossas posições a apertando meus braços.

— Vem vamos nos vestir e ver nosso garotinho. - vesti minha calça, observando Felicity amarrar os cabelos num coque alto e frouxo, deixando toda sua nuca em evidencia, me fazendo querer beijá-la naquela região. — Você não deveria ser tão sexy com uma camisa masculina, isso é clichê.

— Está me chamando de clichê, Mr. Queen? - ela sorriu ainda abotoando minha camisa. Incrível como não precisávamos de muito para deixar o clima extremamente sexual.

— Felicity eu vou te jogar de volta nessa cama. - avisei enlaçando meus braços por sua cintura, antes de voltar a cair com ela sobre o colchão.

— Connor Oliver, vamos olhar Connor. - ela bateu de leve em meu peito enquanto eu me ocupava com sua orelha. — Amor, precisamos comer. - riu me fazendo paralisar admirado.  

— Diz de novo. - pedi a encarando. — Me chama de novo por essa palavra.

— Amor. - ela sorriu tão plena que acho impossível ter visto um sorriso como esse antes. — Você é meu amor Oliver. Você e Connor são meu lar agora. - ela beijou meu rosto, carinhosa.

[...]

— Ele parece tão tranquilo. - falei enquanto ela cobria Connor até o pescoço com a coberta.

— É como se nada pudesse tirar sua paz. - ela completa passando a mão pelos cabelos loiros do garoto. — Ele se sente seguro, Oliver.

— Nunca pensei que fosse possível sentir todo esse sentimento que eu to sentindo. É uma mistura de alegria, medo, preocupação e amor. Muito amor. É como estar numa montanha russa de sensações, e então você percebe o quanto pode aprender com essa criaturinha, o quanto de bondade ainda pode existir no mundo.

— Bem vindo ao mundo dos pais. - Felicity riu enquanto apagava um abajur. — Vem, vamos para a cozinha que eu estou com fome. 

— Você nunca me contou como foi quando Sandra morreu e você teve que cuidar dele sozinha. - falei enquanto caminhávamos para a cozinha.

— No começo eu achei que fosse enlouquecer, Connor tinha pouco menos de dois anos e eu estava terminando o MIT. Tentei procurar parentes de Sandra para ficar com ele, mas nenhum parecia confiável, então pedi a ajuda da minha mãe.

— Donna me parece o amar muito. - sorri enquanto ela mexia na geladeira.

— Eles são loucos um pelo outro, e sempre que ela pode foge para nos visitar. - suspirei pensando no quanto minha mãe estava perdendo. — Mamãe me ajudou muito no começo com questões que eu não conhecia, como por exemplo: dentição, alimentação, febres, medicamentos. O resto eu fui descobrindo aos poucos.

— Como você conseguiu? Quero dizer, descobri Connor já com cinco anos e eu sei que não vou poder ter as experiencias de vê-lo andar, falar, ver os primeiros dentinhos. Como foi acompanhar tudo isso. 

— Muitas coisas foram tranquilas, pois quando Sandra se foi ele já sabia andar, falar e morder. - rimos brevemente. — No começo parece que nada funciona, mas é processo de um descobrimento, e nós achamos nosso ritmo juntos. Sandra me escolheu como guardiã legal, mas foi Connor quem me escolheu como mãe, e então tudo ficou mais fácil, porque a cada descoberta era novo para ambos. As comidas favoritas, o desenho mais legal, o que causava alergia, o que o deixava com medo.

— Eu gostaria de ter vivido essas descobertas.

— Mas você vai Oliver. - ela largou os ovos para segurar minhas mãos depositando um beijo rápido em meus dedos. — Connor tem tanto a descobrir, ele está na fase das brincadeiras preferidas, de fazer amigos, e eu sei que você tem muito para ensiná-lo, vocês ainda precisam conhecer muito um do outro, mas não é nada que momentos juntos não resolva.

— Eu quero conhecer mais dele, saber de seus medos, sonhos e gostos. Me conta?

— Connor é uma criança especial, ele não é como as outras. Ele não tem facilidade em se abrir, mas quando faz amigos é bastante leal. - ri com a identificação. — Ele ama música, e apesar de tímido, adora dançar.

— Com certeza puxou isso de Sandra. - gargalhei com a afirmação desesperada da loira. — Fala mais. - Pedi, mas antes que pudéssemos continuar uma vozinha rouca invadiu a cozinha.

— Mamãe, eu tive um pesadelo. - Connor coçava os olhos com uma mão, enquanto agarrava o Buzz com a outra. — Papai! - só quando realmente abriu os olhos, ele pareceu me notar.

— Hey campeão, o que houve? - perguntei enquanto ele se lançava sobre mim.

— Eu sonhei que o monstro tentava me pegar, eu senti muito medo, mas lembrei que a mamãe disse que em sonhos ruins nós sempre temos pés de pato e seis dedos nas mãozinhas. - falou me mostrando as mãos gorduchas. — Então eu olhei para as minhas mãos e tinha um dedinho sobrando e os meus pés eram iguais aos do patinho feio, aí eu mandei o monstro embora.

— Muito bem macaquinho. - Felicity bagunçou os cabelos dele, abandonando um beijo estralado em sua bochecha. — Quer panquecas?

— Sim! Por favor! - ele se remexeu nos meus braços. — Com bastante chocolate Lissy. 

— Então vai lavar as mãos, enquanto eu preparo. - o coloquei no chão, que saiu correndo pela casa.

— Pés de pato? - questionei divertido enquanto ela dava de ombros.

— O que acha de saber mais do seu filho, perguntando a ele?

— Vou fazer melhor. - ela ergueu uma sobrancelha em desafio. — Vou descobrir. - pisquei divertido.

— Lissy, as panquecas estão prontas? - Connor voltou ainda com seu inseparável Buzz. 

— Tive uma ideia: vamos fazer juntos? - ela sugeriu trocando um olhar cúmplice com o pequeno.

— O que? - perguntei obtendo um punhado de farinha de trigo no rosto.

— GUERRA! - o pequeno gritou enquanto voltava a tacar farinha, dessa vez na mãe.

O que era pra ser um lanche da madrugada, virou uma tremenda bagunça resultando em três crianças jogadas no chão da sala, zilhões de panquecas e uma cozinha completamente imunda. Adormecemos ali mesmo, e pela primeira vez em muito tempo eu me sentia pertencente a um lugar, como se eu fosse feito para estar ali.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, aqui vai a explicação de ter demorado tanto para sair o capitulo. Eu, Karly, assumo completamente a culpa por isso e eu sinto muito minha gente, mas eu não estava no melhor momento para pensar em fics, Karol me deu muita ajuda nesses dias inclusive, mas não vamos ficar falando dos meus problemas aqui, o que importa é que estamos de volta com mais um cap de Sweet Connor, que inclusive está na reta final! Então, é isso, apareçam e nos digam o que tão achando de tudo, fantasminhas apareçam também, não mordemos! Lembrem-se que os comentários ajudam a gente..
É isso, beeeijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sweet Connor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.