Sweet Connor escrita por Miss Smoak, MissDream


Capítulo 18
Capítulo 17.


Notas iniciais do capítulo

Olá garotas! Depois de tanto tempo, enfim voltamos para dar a cara a tapa! Nos desculpem por essa demora suuper longa, não tenho desculpas o suficiente para justificar essa demora toda. Só espero que nos perdoem e que ainda estejam conosco nessa jornada!
Aproveitem o capitulo!



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Felicity Smoak.

Senti uma forte dor de esmagar meu peito enquanto segurava a maçaneta com força, as palavras do homem dançando fantasmagóricas em minha cabeça.

— Senhorita Smoak, eu preciso levar o garoto. - insistiu ele parado em minha porta. Seu rosto mau encarado fez calafrios subir por minha coluna.

— Não, ele é meu filho, meu. - insisti mais uma vez. – Por favor ele só tem cinco anos não pode separá-lo de mim.

— Não há nada que possa fazer a respeito, como assistente social eu apenas cumpro ordens. E o juiz foi bem especifico ao dar a guarda do garoto para o pai.

— Lissy. - ouvi a voz baixa e chorosa soar por meus ouvidos, engoli meu próprio choro ao ver o rosto desolado de Connor. – Eu não vou mais morar com você? - questionou agarrando o boneco do buzz com força. Senti meu peito travar com tamanha tristeza ao ver algumas lagrimas banharem o rosto de Connor.

 — Não querido, não vai. - confessei o inegável me abaixando a sua frente. Tudo que eu queria era pegar Connor e fugir para bem longe, mas eu sabia que os policiais lá embaixo me impediriam desse ato.

— Você não me ama mais? - fungou.

— Claro que eu amo Connor, você é tudo que eu tenho de mais precioso. - o puxei para um abraço apertado. – Eu preciso que você seja corajoso e preste atenção, certo? - ele assentiu enxugando o rosto e em seguida passando sua mãozinha pelo meu limpando as lagrimas que eu nem senti cair. – Você vai morar na casa do papai agora, ele é o responsável por você e vai cuidar muito bem de você. Ele te ama Connor.

— Eu também o amo. - falou baixinho.

— Então me prometa que vai se comportar como um rapazinho educado que você é. - pedi encarando seus olhos que se apertaram com força.

— Eu prometo.

— Senhorita Smoak precisamos ir, depois você manda os pertences do garoto. - o homem era frio e eu me perguntava como alguém podia ser tão indiferente assim, agir como se não tivesse um coração quando uma mãe entregava tudo que realmente importava em suas mãos.

— Eu não quero ir. - Connor agarrou minhas pernas em total desespero. – Eu quero ficar com a mamãe, não deixa ele me levar, eu não quero morar com o Ollie. Mamãe por favor. - o pequeno implorava angustiado, encarei esperançosa o rosto do homem se que mantinha imparcial diante o desespero do meu menino.

— Calma meu amor, calma. Connor.. - me abaixei em sua frente para que ele se agarrasse em mim. Meu peito sufocado na própria dor.

— Eu não quero ir, eu prometo ser um bom garoto, eu prometo mamãe. Eu vou ser um bom garoto, não vou reclamar mais.. - seu rostinho estava inchado e meu coração sangrando.

— Por favor. - apelei pela ultima vez encarando o homem a minha frente. – Por favor não o leve.

— Sinto muito. - e arrancou Connor de meus braços o levando para longe. Solucei forte vendo meu macaquinho espernear e chamar por mim. Eles estavam o arrancando de mim sem piedade ou compaixão, e ele era só uma criança.

Espremi meus olhos em angustia, o suor escorrendo pelo meu rosto se misturando as lágrimas, era tudo tão real que meu corpo inteiro tremia.

— Connor. - saltei na cama constatando que tudo não tinha passado de um sonho ruim. Levantei as pressas indo até o quarto ao lado para encontrar o pequeno corpinho ressonando em sua cama, o suspiro de alívio saindo de mim.

— Bom dia, filha. - mamãe entrou em meu campo de visão ainda sonolenta. – Nossa, como você está suada Felicity.

— Sonhei que arrancavam Connor de mim. - traguei o ar ainda sentindo o impacto do pesadelo. Meu coração ainda martelava forte em meu peito. – Foi horrível.

— Hey, ninguém vai arrancar ele de você. - os braços dela me envolveram carinhosamente. –  Ninguém.

 — Eu estou com tanto medo, mamãe. Connor é minha fortaleza e eu não sobreviveria sem ele.

— Felicity, foi apenas um sonho pesadelo. - assegurou. – Você deve ter ido dormir ainda assustada com o episódio do alpinismo e as frequentes brigas com Oliver que só estão te deixando em alerta.

— O que eu faço, mãe? Tudo parece estar uma bagunça e eu não sei como concertar.

— Está falando de Connor ou do pai dele? - bufei com a esperteza de Donna.

— Estou falando de tudo. Eu deveria odiá-lo só por respirar, mas toda vez que ele está por perto eu sinto como se não tivesse o controle de mim mesma.

— Má notícia: está se apaixonando por ele.

— Eu não posso. Eu não quero. - solucei ainda abraçada a ela.

— Então você sabe o que fazer. - me encarou enxugando meu rosto com as pontas dos dedos. – Tommy Merlyn.

Eu sabia dos riscos, principalmente quando envolvia o melhor amigo do pai de Connor. Tommy não era um homem convencional e apesar de divertido e lindo, o episódio do dia anterior só deixou claro que ele não estava pronto para a bagagem completa. Saímos algumas vezes para um café ou um almoço, nada serio demais.

— Bom dia Lissy. - Connor chegou até a cozinha com sua mochila. – Bom dia vovó.

— Bom dia, Connor. - falamos em uníssono tendo a gargalhada dele em resposta.

— Panqueca? - ele ergueu três dedos para minha pergunta.

— Isso tudo, querido? - mamãe perguntou exasperada apoiando os cotovelos na mesa encarando meu garotinho risonho.

 — Eu estou com muita fome. - deu de ombros enquanto eu depositava o prato com as panquecas empilhadas e cobertas de mel.

— Coma macaquinho, ou vai se atrasar para a aula. - voltei o olhar para a minha xícara, as cenas do sonho ainda assombrando em minha mente.

A hipótese de Oliver arrancar ele de mim estava me assustando, Connor era apenas uma criança e já estava passando por tudo isso. A situação só não era pior porque Oliver tinha o bom senso de manter as aparências na frente do pequeno.

Oliver veio buscar Connor para levar a escola, e eu senti o bichinho verde do ciúmes me picar quando meu pequeno estalou um beijo na bochecha da morena que estava ao lado de Oliver. Helena estava conquistando Connor e por mais infantil que fosse, isso me incomodava.

— Você irá buscá-lo? - perguntei verificando a mochila do pequeno que parecia intretido com seus bonecos.

— Sim, na verdade Helena e eu vamos almoçar com ele e depois o deixo em sua sala. 

— Tudo bem. - eu estava evitando qualquer que fosse o contato visual com o casal. – Como vai, Helena?

— Bem, e você? - respondi com um aceno de cabeça por educação.

— Macaquinho, se comporte e obedeça ao Oliver, tudo bem?

— Tudo bem, Lissy. - falou segurando a mão de Oliver enquanto a outra segurava o seu inseparável Buzz. Por um momento a imagem dos três se distanciando me lembrou o sonho, se Oliver o tirasse de mim, eles poderiam formar uma família. A ideia dessa situação fez algo dentro de mim se apertar. Ainda com os olhos neles, observei Connor soltar a mão de Oliver e correr até mim.

— Eu te amo, mamãe. - me abraçou abandonando um beijo no meu rosto.

— Eu também te amo, filhote. - ajeitei seu casaco. – Agora cuide, seu pai está esperando.

O observei voltar para Oliver e se afastar até o carro. Era isso, eu estava disposta a correr todos os riscos se no fim fosse para mim o eu te amo mais verdadeiro, o sorriso mais sincero e o abraço mais quente. Eu era a mãe de Connor, não porque Sandra me deixou sua tutela, mas porque ele me escolheu, seu coração me adotou e isso nem mesmo Oliver poderia mudar.

[...]

A maldita segunda feira chegou nublada e fria, o tempo parecia conspirar com o que vinha pela frente, enfrentar Oliver numa audiência parental seria só o começo da tempestade que estava se aproximando.

— Bom dia, srt. Smoak. - Matt Johnson me cumprimentou.

— Bom dia, sr. Johnson. - apertei uma mão. – Preciso que me explique tudo.

— É simples, você só tem que responder a tudo que o juiz perguntar e tentar não cair nas provocações do sr. Queen ou da Bertinelli.

— Mas por que diz isso?

— Helena é conhecida por tentar desestabilizar os interrogados em audiências, e apesar de isso aqui não ser a suprema corte, ela vai tentar te tirar dos trilhos de forma sutil. Meu pedido é que se esforce para não cair no jogo dela.

— Tudo bem. - suspirei cansada demais para mais perguntas.

— Johnson. - ouvi a voz feminina se aproximar. O sorriso lascivo e desafiador de Helena fez minha ficha cair; eles tinham um passado, só não sei se profissional ou pessoal.

— Bertinelli. - Matt respondeu ácido. – Vamos entrar, Felicity.

— Achei que deveriam se tratar de forma profissional. - Oliver ralhou inquieto.

— Acredite sr. Queen, aqui os únicos que atravessam os limites do profissionalismo é o senhor e a sua advogada, agora imagina o juiz ficar sabendo disso. - precisei de muito alto controle para não rir dos dois a minha frente, eles estavam brancos como papel. – Não se preocupem, nós jogamos limpo. - sr. Johnson me conduziu até a sala da audiência. 

— Obrigada. - sussurrei tendo um sorriso em resposta.

— Não é só Helena Bertinelli que sabe desestabilizar. 

A sala era ampla, com dois guardas na porta, em seu centro uma mesa retangular onde seria discutido o caso. Sr. Johnson puxou a cadeira para que eu sentasse é enquanto Oliver e Helena faziam o mesmo a nossa frente, o tabelião já estava posicionado e apenas aguardávamos o juiz de paz.

— Bom dia. - um homem que aparentava ter no máximo uns sessenta e cinco anos adentrou o lugar. – Estamos aqui para tratar da guarda do menor Connor Clayton. Devo informar aos interessados que o mais sensato seria optarem pela guarda compartilhada. 

— Meritíssimo, meu cliente deseja a reversão da guarda do menor, tendo em vista que ele é o pai biológico. - Helena argumentou.

— Sim, eu li o histórico do caso srt. Bertinelli, acredito que como pai biológico o sr. Queen tenha motivos de força maior para exigir guarda unilateral. 

— Sim. - ela estendeu uma pasta para o homem. - a srt. Smoak perdeu o menor duas vezes, deixando claro sua total falta de responsabilidade.

— Protesto meritíssimo, minha cliente perdeu a criança na empresa do pai, empresa a qual estava sendo saqueada. 

— Protesto aceito, prossiga Bertinelli.

— Certo, mas a primeira vez que a mãe perdeu a criança foi em situação cotidiana.

— Não acredito que uma possa se perder na empresa do pai. - ralhei irritada.

— Eu nem ao menos tinha noção da minha paternidade. - Oliver devolveu.

— Ordem. - o juiz pediu, fazendo com que nos calássemos.

— Como eu bem dizia antes de ser interrompida, além desse fato, a srt. Smoak mudou-se para Star City e escondeu a paternidade da criança e de sua família, o que só nos deixa a impressão de que ela estava esperando o momento certo para usar a criança como forma de extorquir dinheiro da família Queen.

— Meritíssimo, minha cliente veio para Star n propósito de melhorar suas condições financeiras e sim, apresentar o menor para seu pai, mas de forma civilizada e preparada. - sr. Johnson contornou a situação. – Devemos levar em conta o total descaso do sr. Queen quanto a sua imagem, quando o mesmo não se retem a sair em escândalos frequentes. 

— Meu cliente passou a assumir a empresa da família nos últimos dois meses e desde então adotou uma postura seria. 

— Claro, mas o senhor há de convir meritíssimo que dois meses não pode ser comparado aos três anos em que minha cliente se dedicou integralmente ao menor, cuidando de todas as suas despesas.

— Meritíssimo, posso pedir um intervalo? - observei o desespero nos olhos de Helena.

— Audiência adiada até as 14:00h do dia de hoje.

Saí da sala com sr. Johnson em meu encalço.

— Felicity, você tem noventa por cento de chances de ganhar essa audiência, percebe o desespero de Helena? Ela deveria saber que não seria tão simples. - forcei  um sorriso temendo o próximo passo de Oliver.

— Claro, eu acho que você está certo.

— O que houve, Felicity? Você não parece certa do que diz, tem algo que eu precise saber? - questionou desconfiado.

— Na verdade tem sim. - traguei uma lufada do ar tentando achar coragem. – Vamos almoçar e eu te conto.

O olhar que Matt me lançava era indecifrável, eu podia ouvir as engrenagens do cérebro dele trabalhar numa saída para aquela situação.

— Eu não acredito que você deixou de me contar esse "detalhe" do seu passado. -  fez aspas com as mãos ironicamente.

— Eu não achei que Oliver fosse descobrir tudo e ameaçar levar a juri. - confessei sentindo o medo correr por meu corpo. – Mas você mesmo disse que o cheque pode ser a cartada final.

— E você disse que não usaria, lembra? 

— É por Connor, por ele eu sou capaz de qualquer coisa, até mesmo dos jogos baixos de Oliver.

— Sim, o cheque é uma hipótese, mas Helena mostrando o dossiê que tem contra você, automaticamente diminui suas chances. - suspirou frustrado. – Felicity, meu conselho é que você entre com o pedido de guarda compartilhada.

— Não. - me neguei prontamente. – Eu sei que de qualquer forma Oliver vai usar meu passado contra mim. Já viemos até aqui, agora eu vou até o final.

Voltamos para o tribunal em silêncio, não precisava ser  gênio pra saber que Matt estava frustrado com minha decisão. Para um advogado, ir da mais alta expectativa até o ultimo fio de esperança poderia ser frustrante.

— Informo aos presentes que o caso sendo não solucionado irá direto para a suprema corte, onde a audiência aberta será avaliada pelo juri. Sendo assim, gostaria de saber se ambas as partes desejam levar a causa adiante?

— Meritíssimo, meu cliente solicita um acordo. - senti meu corpo tremer em antecipação. – O Sr. Queen solicita a guarda compartilhada do menor e um novo registro constando a paternidade da criança que é registrada como filho de mãe solteira.

— Sendo assim, temos um acordo? - eu não conseguia falar, meus olhos estavam presos ao par de iris azuis a minha frente, Oliver me encarava tão profundo que parecia ler minha alma. Senti uma lágrima quente escorrer por meu rosto.

— Sim, temos. - afirmei com a voz fraca.

— Com isso, dou o caso por encerrado. - o juiz bateu o martelo. – Darei entrada nos tramites da guarda e para isso solicito uma reunião com os representantes de Oliver Queen e Felicity Smoak.

Oliver passou por mim como um flash, não me dando chance de questionar ou agradecer sua mudança de ideia, mas no momento eu só conseguia pensar em Connor e que ninguém mais o tiraria de mim, porque ele era meu, meu garotinho.


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Notas finais do capítulo

Ouço sons e gritos de aleluia?! OUÇO SIM MEU POVO! Oliver cedeu, ele finalmente cedeu! O que vocês acharam do capitulo? Não poupem nada!
Espero os comentários ansiosa, to doida pra ver suas reações.
Beeijos garotas :*