Sweet Connor escrita por Miss Smoak, MissDream


Capítulo 16
Capítulo 15.


Notas iniciais do capítulo

Yoyoy girls!
Estamos mais calmas depois do ultimo cap? Eu ainda sei que vocês querem nos matar por certas coisas que vem acontecendo aqui, mas relaxem vai valer a pena. Sem muita enrolação aqui, boa leitura :*



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Felicity Smoak.

Atordoada. Era assim que eu estava me sentindo no momento, Oliver estava ali, ele era o arqueiro. De repente tudo parecia fazer sentido, ele salvar Connor, me salvar e depois levar-me até o pequeno e então me dizer para cuidar melhor do meu filho, era tão óbvio que me senti uma idiota por não ter ligado os pontos antes. A raiva começava a invadir meu corpo, eu me sentia brava por permitir que um assassino se aproximasse do meu filho, me sentia brava pelas mentiras e hipocrisias de Oliver. Podia sentir cada célula de meu borbulhar, num ato impensado me lancei sobre ele o esmurrando, o pegando de surpresa e fazendo com que caíssemos sobre o colchão.

— Você é um assassino, mentiroso desgraçado Oliver Queen. - cuspi as palavras furiosa, nem ao menos enxergava em qual direção meus punhos iam.

— Felicity para com isso. - tentou me controlar, mas eu sentia uma fúria tão grande que cada soco em seu peito parecia despertar mais raiva em minhas entranhas. — Para. - senti meu corpo girar no colchão fazendo com que Oliver ficasse montado em mim, prendendo minhas mãos na altura da cabeça.

— Você achou o que? Que ia chegar aqui e me acusar com toda essa sua arrogância? Você é um bastardo filho da mãe Oliver.

— Você não sabe com quem está falando, Felicity. - seus dedos apertaram meus pulsos me impedindo de continuar me debatendo.

— E vai fazer o que? Me matar?  Vai em frente, aproveita e conta para o seu filho de cinco anos que o pai dele é um assassino a sangue frio. - eu já não estava medindo as palavras, estava enxergando vermelho demais para isso.

— Cala a boca, você é a única criminosa fichada aqui, como ousa ficar com o Connor tendo o risco de o expor ao seu passado? De o colocar em perigo?

— Não seja hipócrita Oliver, isso se tornou ridículo até mesmo para você. Eu amo o meu filho e acredite, por ele eu irei até o extremo.

— A recíproca é verdadeira.

— Vai embora Oliver, sai daqui. - assim como ele veio rápido, ele se foi. Eu ainda podia sentir seus dedos circulando meus pulsos, seu cheiro parecia impregnado em minhas narinas, o que me fazia odiar ainda mais Oliver Queen, eu o odiava por desejá-lo tanto.

— Mamãe. - ouvi uma vozinha tímida na porta. — Eu ouvi vozes.

— Vem aqui amor. - bati na cama o chamando, com rapidez ele se jogou na cama. — Você deve ter sonhado.

— Posso dormir com você essa noite? Não consigo dormir sozinho.

— Claro Connor, está tudo bem meu amor. - afaguei seus cabelos na tentativa de acalmá-lo e me acalmar.

— Eu te amo Lissy. - suspirou já sendo levado pelo sono.

— Eu também te amo macaquinho.

Velei o sono do Connor por quase uma noite inteira, as palavras de Oliver dançando na minha cabeça, ele estava certo eu era uma criminosa, por culpa de Cooper mas se ele pensava que aparecer em minha casa vestido de arqueiro com a intenção de me intimidar, ele estava totalmente errado, porque agora eu sabia que tinha algo contra ele. Algo que o desabilitava. 

— Bom dia Srt. Smoak, um homem chamado Matt Johnson ligou em sua procura. - Jamie a recepcionista da empresa me parou assim que adentrei a QC.

— Deixou recado, Jaime? - perguntei me atrapalhando entre segurar minhas bolsas e por o crachá.

— Sim, um momento que eu vou pegar. - na minha tentativa de malabarismo, acabei deixando o crachá cair.

— Deixa que eu pego. - ouvi a voz grossa falar enquanto me abaixava para pegar. —  Aqui.

— Obrigada. - ergui os olhos para encarar o homem.

— É sempre um prazer ajudar moças bonitas. - me estendeu a mão sorrindo de lado. — Simon Lacroix.

— Felicity Smoak. - cumprimentei sentindo uma sensação esquisita me invadir, como um prelúdio.

— Aqui Felicity. - despertei com Jamie me estendendo o pequeno post'it. — Bom dia em que posso ajudar?

— Bom dia, eu sou  Simon Lacroix e tenho uma reunião marcada com o CEO.

— Um instante, vou avisar que o senhor chegou. - ela pegou o telefone para contatar a assistente de Oliver, mas parou ao perceber que eu ainda estava ali.

— Felicity, mais alguma coisa?

— Não, desculpa eu só estava... Pensando. - nota mental: criar melhores desculpas. — Então, bom dia.

— De um beijo em Connor por mim. - acenei me sentindo incomodada. Afastei aqueles pensamentos e resolvi trabalhar de vez.

O dia foi agitado na empresa, alguns software para atualizar, revisão de alguns projetos do setor tecnológico, o de sempre. Nessa correria toda, acabei esquecendo o post'it colado a minha mesa. Matt Johnson ligou e mais do que nunca eu precisava dele.

"Escritório do Mr. Johnson, quem deseja?" - a voz do homem soou na linha.

— Mr. Johnson aqui é Felicity Smoak.

"Ah sim, a senhorita andou entrando em contato, o que deseja?"

— Será que o senhor teria um horário para mim?

"Venha ao meu escritório pela tarde, irei recebê-la com prazer".

— Pensei que poderíamos almoçar juntos e então eu lhe conto com calma, o assunto é delicado. - argumentei batendo o pé em ansiedade.

"Tudo bem, só precisa me passar o endereço." - fiz o que ele pediu e logo encerrei a ligação.

Matt Johnson era advogado da família de Sandra, ela o contatou quando Connor nasceu para que ele a instruísse sobre sua paternidade, ele foi responsável por organizar a papelada da tutela de Connor. Um homem alto de aparentemente 37 anos e um rosto bonito, Matt Johnson era de poucas palavras fora do profissional, o que as vezes era constrangedor.

— Demorei? - perguntei assim que  avistei o homem sentado numa mesa mais reservada.

— Na verdade eu acabei de chegar. - levantou fazendo as honras. — E então, qual o assunto?

— Connor.

Passei a relatar tudo que tinha acontecido até agora, desde a minha chegada a esta cidade até dia do aniversario de Connor onde recebi a bendita intimação. Por incrível que pareça, senhor Johnson não esboçou nenhuma reação a cada palavra, apenas parecia analisar minuciosamente tudo que lhe era relatado.

— Então a senhorita deseja que eu lhe defenda nessa causa? - assenti minimamente. — Tudo bem, como eu já suspeitava que fosse algo do tipo, trouxe comigo algumas informações extras.

— Como?... O senhor suspeitava?

— A senhorita não me faria dirigir duas horas de Central até aqui se não fosse um assunto envolvendo a criança.

— Eu estou apavorada com essa audiência Mr. Johnson, eu sei o quão afortunados eles são e vão vir com tudo para me tirar o Connor. E se esse juiz for amigo da família? Eu estou perdida.

— Calma senhorita Smoak, nesses casos o juiz não pode ter envolvimento com nenhum dos dois lados por mínimo que seja, sem falar que essa primeira audiência será apenas por questões de cumprir o protocolo, o juiz precisa conhecer o caso e os envolvidos. Em todo caso vou analisar com a promotoria todas as possibilidades.

— Oliver tem uma coisa contra mim. - moderei as palavras o encarando incerta. — Ele sabe de tudo que me aconteceu no passado, digamos que ele criou um dossiê sobre mim.

— Como eu ia dizendo, trouxe algumas informações que podem ser adicionadas. - me estendeu um envelope.

— O que é isso? - encarei o embrulho com curiosidade.

— Antes de mais nada quero que saiba que isso pode ser usado contra a família da criança e te dá quase que 100% de chances de vencer essa briga.

— Quase? - ele afirmou enquanto por fim resolvi ver o que tinha ali. Senti meu queixo cair com a quantidade de zeros escritos naquele pedaço de papel. Aquilo se tratava de um cheque assinado por Moira Queen, eu conhecia aquele cheque, era o que ela havia dado a Sandra.

Segurei sua mão tentando lhe passar todo apoio possível, ela estava chorando a algum tempo e me doía ver minha melhor amiga naquela situação.

Sandra, você não pode continuar nesse estado de nervos, pense em seu bebê.

Um cheque Felicity, ela comprou meu silencio e o afastamento do meu filho, você tem noção do quanto eu me sinto humilhada?

Hey, vai ficar tudo bem. - tentei acalmá-la sem sucesso.

Como pode ficar tudo bem Felicity? Eu não tenho ninguém nesse mundo.

Como ousa dizer isso Sandra? Você tem a mim, sempre teve. Seremos nós contra o mundo, eu vou te ajudar. - a afaguei seus cabelos esparramados no meu colo. Vai ficar tudo bem.

Obrigada Felicity. - fungou pela milésima vez. Me sinto suja por ter aceitado esse cheque.

Vamos rasgar isso e pronto, ninguém precisa saber.

Não. - ela saltou no sofá arrancando o cheque das minhas mãos andando de um lado para o outro me deixando tonta. Apesar de tudo meu filho merece ter algo que garanta seu futuro.

Sandra você mesma disse que se sentia suja em aceitar. - a lembrei de suas palavras.

E me sinto. Eu não usarei esse dinheiro Felicity, vou depositar tudo numa conta onde apenas meu bebê poderá mexer quando alcançar a maior idade. O dinheiro é dele, ele decidirá o que fazer.

— Srt. Smoak, sua amiga me entregou esse cheque quando deu entrada nos documentos da tutela testamentária de Connor.

— Ela não depositou. - não foi uma pergunta, eu estava apenas tentando entender. Estava surpresa demais com o fato.

— Não, ela pediu que eu guardasse isso e disse que no momento certo eu saberia quando lhe entregar. Acredito que ela se referia a um momento como esse.

— Sandra sempre disse que abriria uma poupança para Connor, nunca pensei que ela desistiria.

— Veja pelo lado bom, podemos usar isso contra os Queen's.

— Eu não quero descer tão baixo, seria me igualar a ela.

— Eu posso me reunir com os advogados da família e dizer que pretendemos levar esse detalhe a público, eles não vão querer outro escândalo.

— Não Dr. Johnson, Sandra aceitou o cheque, seria a imagem da minha amiga que ficaria manchada.

— E o que você sugere?

— Moira Queen é a pior das megeras, ela chegou a me oferecer dinheiro para sumir novamente com Connor.

— E você tem como provar isso?

— Não, ela me procurou no meu apartamento.

— Então não pode levar isso ao juiz se não tiver provas ou ela poderia virar o jogo e te acusar por calúnia. - suspirou impaciente. — Entenda Srt. Smoak, esse cheque pode ser nossa carta na manga, eu posso até mesmo instigar o juiz a pensar se ela não teria tentado te subornar também, mas apenas se usarmos esse cheque.

— Vamos deixar esse cheque fora disso, eu prefiro jogar limpo, ao menos por agora.

Eu sabia que o advogado não entendia e muito menos concordava com essa minha atitude, a verdade é que nem eu mesmo entendia. Oliver me acusava de assassina e criminosa, me ameaçava tirar o Connor e ainda assim eu queria o poupar dessa vergonha, no fim das contas Moira era sua mãe e nenhum filho merece ver sua mãe sendo humilhada. Eu também não queria essa imagem para Sandra, Connor lembraria dela como uma pessoa boa e justa, eu sabia que minha amiga era mais que uma subordinada. Terminei de esclarecer tudo com o advogado e ficamos de nos encontrar na segunda feira da audiência, por enquanto manteriam os contato por telefone.

— Felicity. - ouvi a voz atrás de mim assim que entrei na minha sala. Revirei os olhos não querendo o encarar. — Será que podemos conversar?

— Para que? Vai me apontar outra de suas flechas? Me chamar de assassina criminosa? Obrigada eu passo.

— Eu quero falar sobre a intimação...

— Não precisa se preocupar com isso Mr. Queen, eu estarei lá na segunda feira, não sou do tipo que foge as responsabilidades. - cuspi as palavras com uma raiva crescente. — Quer saber, Oliver? De agora em diante só trataremos do Connor, eu não quero contato algum com você, não me diz respeito nada sobre sua vida que exclua o Connor.

— Ótimo. - sua ironia era palpável. — Um favor que me faz Srt. Smoak.                                                                                     

— Fico feliz, agora se me der licença tenho trabalho a fazer.


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Notas finais do capítulo

Eitchaaaa, como disse as coisas vão realmente pegar fogo. Felicity já contatou um advogado e ela tem mais do que imaginada, Oliver vigilante e o cheque que a Moira deu pra Sandra é mmuito.. Enfim, o contra-ataque do Oliver não vai demorar. Digam-nos o que acharam :*