Sweet Connor escrita por Miss Smoak, MissDream


Capítulo 11
Capítulo 10.


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas!!
Voltamos com mais uma att pra vocês. Desculpa a demora, mas tivemos contratempos, mas cá estou para mais uma att. Anyway, boa leitura e espero vocês lá em baixo.



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Felicity Smoak

Eu ainda podia sentir as mãos dele no meu corpo, a sensação estava mais viva do que eu podia achar ser possível, Connor passar o dia com Oliver me deixava angustiada, nunca antes tínhamos nos afastado por tanto tempo, por outro lado me dava a certa privacidade para pensar naquela noite. Apesar de odiar Oliver com todas as forças do universo, tínhamos essa conexão que nos atraia de forma absurda, eu não conseguia parar de pensar em tudo que aconteceu aquela noite, foi tão selvagem e carnal, mas ao mesmo tempo tão único.

Ouvi a campainha tocar incessantemente, me levantei pronta para dizer uns desaforos a quem quer que estivesse do outro lado me incomodando, mas estanquei no lugar quando vi aquele furação loiro se jogando em mim.

− BEBÊ! - Donna Smoak era sempre tão... Ela.

− Mamãe, o que faz aqui? - retribui o abraço para em seguida arrastá-la para dentro.

− Oh querida, eu senti tanta sua falta e depois daquela nossa conversa por telefone eu resolvi vir até aqui para ver como vocês estão. - explicou rapidamente deixando a mala num canto qualquer da casa. − E onde está Connor? Estou morrendo de saudades do meu garotinho.

− Ele não estar, quer dizer, ele saiu, mas não sozinho, claro. - suspirei tentando formular uma frase decente. − Connor foi passar o dia com o pai dele.

− Como? Espera, por um momento achei que tinha ouvido você dizer que Connor está com o pai. - ela riu incerta.

− E foi exatamente o que eu disse mãe. Connor está com o pai. - a vi cair no sofá descrente de minhas palavras. − Minha vida está uma bagunça desde que botei meus pés nessa cidade.

− Pelo visto eu cheguei numa boa hora.

Passei a relatar tudo que tinha acontecido desde que viemos para Star, omitindo alguns fatos, claro. Como por exemplo, Moira tentar me subornar e a noite da festa com Oliver, Donna não precisava de mais motivos para ir até a mansão dos Queen's e dar uns bons tapas nos membros daquela família.

− Eu não acredito que esse infeliz fez tudo isso. - ela tinha o rosto vermelho fúria. − Bando de desgraçados.

− O pior, Connor se afeiçoou a ele. - lamentei. − Acredita que ele chegou a dizer que não precisava mais de mim porque agora tinha o papai? - o olhar da minha mãe era de pena, soltei um suspiro quando sua mão se encontrou com a minha em carinho.

− Eu sei que não deveria, mas senti uma tristeza tão grande.

− Querida, não dê tanta importância, Connor tem apenas quatro anos e está encantado com a ideia de ter um pai.

− Eu sei, depois ele pediu desculpas e disse que me amava.

− Ele é um garoto muito especial para a idade dele. Você está fazendo um bom trabalho com ele. - sorri orgulhosa de mim mesma.

− Oliver vai entrar com um processo pela guarda do meu bebê.

− Ele o que? - se Oliver estivesse naquela sala agora, ele seria um homem morto. − Filho da mãe, ele acha que tem algum direito para fazer isso?

− Calma mãe, acho que ele só está tentando me intimidar. - corri para abrir a porta.

− Felicity você está me contando essa história direito? Eu vou arrebentar a cara desse cara, só porque é quem é acha que pode fazer isso com a minha menina? Você criou Connor ele devia estar mais do que agradecido. – discursou, seus olhos encararam por cima de meus ombros, uma firmeza determinada em seu olhar.

Tudo que vi em seguida foi Connor se jogar em seus braços enquanto um Oliver constrangido se mantinha parado em minha porta.

− Oi eu sou Oliver Queen.

− Eu sei muito bem quem é Mr.Queen. Eu sou Donna Smoak. - seu tom era grosseiro.

− Vovó. - Connor tinha as duas mãozinhas no rosto dela. − Está brava com o papai?

− Por que está me perguntando isso, querido?

− Porque está usando aquele tom de quando eu ou a mamãe fazemos besteira.

− Connor, amor, vem com a mamãe. - resolvi intervir antes que ele soltasse mais uma das suas. − Está tarde e você precisa dormir.

− Mas Lissy, eu quero ficar mais com a vovó. - protestou manhoso.

− Eu prometo que a vovó vai estar aqui amanhã quando você acordar, agora se despeça do Oliver para irmos por o pijama.

− Boa noite, Ollie. - vi meu garotinho o abraçar tão apertado que foi impossível não sentir uma ponta de ciúmes.

− Boa noite, campeão. - Oliver beijou o topo da cabeça de Connor, assanhando seus cabelos.

Subi com um Connor enérgico até o banheiro onde dei banho nele, enquanto ouvia o quanto foi legal passar o dia com o Ollie.

− Você se divertiu, macaquinho? - perguntei enquanto vestia seu pijama do Toy Story.

− Sim, foi muito legal. Ollie me perguntou se podia me chamar de macaquinho, mas eu disse que esse era um apelido só seu.

− Isso mesmo amor, você é meu macaquinho e de mais ninguém. - afastei sua coberta para que ele deitasse. − Agora cadê o abraço de urso? - seus curtos bracinhos envolveram meu pescoço num abraço apertado.

− Lissy? - eu sabia que viria uma pergunta difícil só pelo tom dele. − Sim Connor?!

− Quando sairemos juntos, eu você e o Ollie? - engoli em seco sentindo o ar faltar em meus pulmões. − Eu gostaria de sair com minha mamãe e meu papai.

− A gente vê isso depois amor, agora durma. - ajeitei sua coberta para que ficasse aquecido.

− Boa noite mamãe. - me deu um beijo estalado. − Boa noite, querido. - descansei um beijo em sua testa antes de sair do quarto.

Voltei a sala encontrando uma cena hilária, Oliver tinha os ombros encolhidos e as mãos no bolso como uma criança que está sendo repreendida por mal criação, enquanto minha mãe fazia o seu melhor papel Donna Smoak.

− Você não pode simplesmente subir agora no trem e já querer sentar na janelinha, enquanto Felicity vem em pé, suportando empurrões desde a primeira estação.

− Sra. Smoak, eu não vim aqui para brigar. - se me dissessem a um tempo atrás que eu viveria para ver um homem como Oliver Queen constrangido e até intimidado por uma mulher, eu riria.

− Mãe. - intervir antes que ela voltasse a discutir com Oliver.

− Eu estou de olho em você, rapaz. - falou indo em direção a cozinha.

− Felicity eu...

− Apenas vá embora, Oliver. - o cortei abrindo a porta para lhe dar passagem.

Eu ainda não conseguia o olhar sem sentir toda aquela confusão de sentimentos. Raiva, medo, impotência e o pior, aquela maldita atração latente ainda estava lá.

− Vinho? - entrei na cozinha, encontrando uma Donna debruçada sob a pequena ilha com uma taça em mãos.

− Por favor. - eu precisava beber ou enlouqueceria com todos aqueles pensamentos.

− Por que tenho a impressão de que você não contou exatamente tudo? - analisei por um momento o rosto da minha mãe, eu poderia me manter firme e dizer que era apenas impressão ou inventar qualquer coisa, mas ela me conhecia de trás pra frente, então optei pela verdade.

− Moira me ofereceu dinheiro para sumir com Connor de Star. - soltei de uma vez.

− Ela o que? Filha da...

− Mãe, olha a boca. - repreendi. − Connor pode acordar.

− Como aquela desgraçada pode se atrever a isso? O que essa família de merda acha que você é? Minha vontade é voar naquele pescoço magro dela.

− Você não vai fazer nada disso, eu mesma já cuidei para que ela entenda que eu não estou a venda. - a tranquilizei. − Fique calma, além do que tem mais uma coisa que eu não te contei.

− Felicity... - odiava quando ela me olhava daquela forma, parece até que conseguia ler minha mente. Virei a taça num gole único tentando adquirir o máximo de coragem.

− Eu dormi com Oliver.

− Você o quê? - por um momento achei que ela cuspiria o liquido em mim.

− Quer dizer, não dormi no sentido de dormir, até porquê foi no almoxarifado da empresa e não tinha uma cama...

− Felicity, eu entendi a implicação da palavra, como você pode fazer isso?

− Estou sendo julgada aqui?

− Não querida, o que eu estou querendo dizer é que eu costumo fazer isso, eu durmo com o cara mal e depois saio com o coração partido. - seu tom era terno. − Você não, você é mais inteligente que isso, sempre foi, e saber que se deixou levar dessa forma me assusta.

− Eu sei mãe, acha que eu também não estou assustada com toda essa bola de neve? - questionei retoricamente. − Eu tentei me manter firme por saber o tipo de homem que ele é, mas então essa maldita atração aparece e quando dei por mim, estava sentada em seu colo num almoxarifado.

− Filha, eu sei que não tenho sido o melhor exemplo de mãe, mas eu me preocupo com você e com o Connor, e é como mãe que vou te dar esse conselho. Pense nele antes de tomar qualquer atitude, o bem dele deve está sempre em primeiro lugar.

− Obrigada mãe. - senti sua mão apertar a minha em sinal de apoio.

− Agora amor, eu não posso negar que aquele homem é lindo e quente, então me diga, foi bom?

− Eu não vou falar disso com você, não mesmo. - levantei antes que ela me prendesse naquela conversa maluca.

− Almoxarifado? Essa é minha garota. - ouvi seu comentário antes de cruzar a porta.

[...]

O sábado amanheceu chuvoso, levando a ruína os planos de um piquenique com mamãe e Connor. Senti um corpinho se jogar sobre mim de forma agitada.

− Bom dia, Lissy. - senti um beijo estalado no rosto.

− Bom dia, macaquinho. - me virei fazendo Connor cair no colchão, o que o fez gargalhar em surpresa.

− Vovó está fazendo ovos com bacon, ela mandou eu te acordar.

− Hum, pelo cheiro parece ótimo, vamos descer? - chamei enquanto amarrava o roupão.

− Vamos de cavalinho? - virei de costas para que ele subisse. Descemos as escadas cantarolando alguma música infantil. Ouvi a campainha tocar quando já estava na porta da cozinha.

− Vai indo tomar seu café amor, eu vou ver atender a porta.

Abri a porta me deparando com uma garota morena que não devia ter mais que 20 anos, seu rosto era familiar.

− Olá, sou Thea Queen. - seu tom era inseguro. − Você deve ser Felicity Smoak, certo?

− Sim, sou eu. - ótimo, mais uma para me ameaçar.

− Será que podemos conversar? Prometo que vim em missão de paz.

− Claro, entra. - dei espaço para que ela entrasse.

− Ollie, me contou tudo que vem acontecendo e eu fiquei curiosa para te conhecer, afinal você é a mãe do meu sobrinho.

− Bom Thea, se ele te contou tudo, deve ter dito que pensa em entrar com o pedido da guarda de Connor.

− Eu sei, mas não precisa ficar na defensiva. Olha, eu só queria dizer que sou totalmente contra decisões precipitadas e o que meu irmão está tentando fazer é injusto.

− Desculpe Thea, mas seu irmão é um idiota.

− Acredite nem sempre ele foi assim, mas depois dessa ilha infernal... Ollie só está confuso Felicity, dê um tempo a ele. - eu sentia sinceridade em suas palavras. − Mas falando por mim, eu não quero que me veja como inimiga ou sei lá o que, meu único interesse é ter contato com o Connor.

− Tia Thea! - vi um pequeno furacão correr até a mulher e lhe dar um abraço apertado, o que acontecia com Connor quando se tratava dos Queen?

− Oi meu amor, que saudade que eu tava de você. - observei o entrosamento dos dois.

− Não sabia que já se conheciam.

− Sim mamãe, da festa do seu trabalho.

− Felicity, você não vai tomar café? Desculpa, achei que fosse só algum vizinho. - falou assim que percebeu a presença feminina. − Donna Smoak.

− Thea Queen. - a mais nova estendeu o braço em cumprimento. − Mas antes que a senhora julgue errado, vim em missão de paz, eu só queria ver o Connor e conhecer a Felicity.

− Tia, e o meu papai? - Connor perguntou curioso.

− Querido, a essa hora ele ainda deve estar dormindo. Seu pai é muito dorminhoco. - comentou o fazendo rir.

− Bem, junte-se a nós para o café. - ofereci animada, ela me parecia uma pessoa boa e diferente da mãe e irmão. O café foi descontraído e leve, Thea era divertida e Connor se sentia confortável com ela.

− Bem, já vou indo. - levantou recolhendo a bolsa. − Ainda preciso passar na casa do meu namorado.

− Se despeça da Thea e vá escovar os dentes, Connor.

− Tchau tia. - ele deixou um beijo estalado no rosto dela.

− Tchau querido. - observamos ele subir. - Felicity, eu só queria dizer que eu não sei o que minha mãe ou o Oliver falaram a você, mas eu sou diferente. Acredite, não concordo com essa ideia absurda dele separar você do Connor, e agora que vi a relação de vocês eu só confirmei isso.

− Obrigada Thea, é muito bom saber disso.

− E só mais uma coisa. - ela ponderou as palavras. − Ele não é tão frio e insensível quanto tenta demonstrar.

− Gostei dela. - mamãe soltou assim que fechei a porta.

− É bom saber que tem alguém com a cabeça no lugar naquela família.

O fim de semana foi preguiçoso, e o fato de Oliver precisar viajar a negócios me deu dois dias com Connor só pra mim. Foi como nos velhos tempos, assistimos Toy Story, cantamos amigo estou aqui, montamos barraca na sala para fazer bichinhos de sombra, comemos panquecas, enfim, fizemos todos os programas favoritos do Connor.

− Mamãe? - estávamos jogados no sofá vendo algum desenho quando ouvi ele me chamar.

− Sim macaquinho? - virei meu rosto para olhá-lo melhor.

− Eu posso ter uma festa do Buzz e seus amigos? - sorri com sua carinha de cachorrinho. A verdade é que eu não poderia negar nada a ele.

− E o que teria nessa festa?

− Bexigas coloridas, um bolo de chocolate grande e docinhos. - seus olhinhos brilharam com a ideia. − Seria divertido.

− Prometo organizar suas ideias, tudo bem? - ele afirmou voltando a olhar para a TV.

− Você e o Ollie podiam se vestir de Jessie e xerife Wood. - o comentário despreocupado de Connor me fez engolir em seco, resolvi não responder na esperança de que ele esquecesse essa história, eu sabia o que Connor estava fazendo e não podia lidar com isso agora.


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Notas finais do capítulo

E então? Festinha do Connor, será? Beijos meninas e até os comentários ;)