Sweet Connor escrita por Miss Smoak, MissDream


Capítulo 10
Capítulo 9.


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas!!
Aqui vai mais uma att pra sanar a curiosidade de vocês. A queremos agradecer pelos comentários empolgados e fofos, e dar as boas vindas para as leitoras novas. Sem delongas, devorem com moderação.



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Oliver Queen.

O cheiro dela estava impregnado em minha pele. Meu coração batucando forte em minhas costelas me provava que tudo o que fizemos foi real. Tudo que eu fiz.

Eu tinha transado com Felicity, e logo depois informei que queria a guarda de Connor, mas ela foi irresponsável, o perdeu duas vezes em apenas uma única semana, uma mulher assim não era digna de ter um filho. Mas porque então eu me sentia tão mal por fazê-la sofrer tanto?

Bufei frustrado jogando o copo de vidro contra a parede. Eu já estava mais para lá do que para cá, a visão já tinha se tornado turva, as pernas bambas e quase sem controle. Eu precisava manter minha mente fora de toda a loucura que Felicity Smoak tinha trago consigo.

Queria ser e agir como aquele antigo playboy e não dar a mínima se tinha ou não um filho. Seria bem mais fácil. Mas Connor, aquele garoto me conquistou sem que eu me desse conta e saber que ele, aquela pequena criatura maravilhosa era meu filho, sangue do meu sangue me deixou em êxtase. Uma felicidade exorbitante do qual eu nunca tinha provado.

− Oliver. - o resmungo da minha mãe saiu mais alto do que o previsto e sem conter acabei gargalhando. Eu estava muito bêbado ela me lançou um olhar repleto de repreensão. − Não acredito nisso Oliver Queen.

− Pois acredite minha mãe, seja lá o que estiver pensando. - encarei seus olhos frios, a certeza de que ela sabia só crescia mais e mais! Ela sabia de Connor e me escondeu por todos esses anos, me fez acreditar que tinha perdido um filho.

− Porque me escondeu? Porque me escondeu a existência Connor?

− Não escondi nada Oliver, você mesmo disse que a garota tinha perdido o bebê e nesse momento você não está em seu perfeito juízo.

− Felicity me disse. - sussurrei baixo focalizando em sua reação surpresa. Felicity não tinha me dito nada, mas ao ver a sombra de culpa em seus olhos me fez querer quebrar tudo. Deus, ela sabia, por todo esse tempo ela sabia!

− Eu perdi o crescimento do meu filho mãe, perdi seus primeiros passos, seus primeiros dentes e primeiras palavras tudo por sua culpa. - apontei o dedo em riste em sua direção, seu corpo tombou para trás assustada com o tom de minha voz que já estava as oitavas a cada momento que citava o que perdi da vida de Connor.

− Ollie..

− Não me chama assim, e muito menos me olhe implorando por misericórdia porque tudo que eu consigo sentir por você agora é nojo. Posso não estar completamente lúcido, mas eu sei o que estou sentindo, você arrancou uma grande parte de mim, uma parte que eu queria uma parte que podia estar comigo sendo criado por mim e não sendo criando por alguém como Felicity Smoak. - meu grito a assustou.

− Eu te fiz um favor Oliver, por favor você nem ao menos sabe se cuidar quem dirá de alguém que dependeria de você a vida toda. Essa criança esta melhor longe de você, sempre esteve. - pontuou voltando a manter sua pose fria mas eu via o medo em seus olhos. Medo de que eu agisse de cabeça quente e acabar fazendo algo que ela não aprovasse, como estava agindo nesse momento.

− Oliver? Mamãe? O que está acontecendo aqui? - Thea apareceu com o rosto amassado coçando os olhos.

− Eu tenho um filho Speddy, um filho que ela fez questão de manter longe. - eu estava tão desapontado, tão cansando de toda a rede de mentira que era essa família.

− Oliver.

− Na parte da manhã estarei pegando minhas coisas, não quero ter que conviver no mesmo teto que você Moira Queen. - girei meus calcanhares as deixando sozinhas. Podia sentir as lágrimas escorrerem por meu rosto conforme eu caminhava pelos corredores em direção a saída.

Encarei o céu escuro tentando respirar algo menos tóxico do que aquela casa exalava. Uma gota lentamente cai em meu rosto rosto e em seguida a chuva cai por meus ombros. Caminhei até a moto disposto a sair daquele ambiente, mas minhas pernas tinham outros planos porque estavam fincadas ao chão, pesadas me impossibilitando de caminhar. Então eu fiquei ali, e pedi que a água levasse embora toda aquela angustia que eu sentia em meu peito.

Essa família era uma bagunça, eu era uma bagunça completa.

− Ollie, venha para dentro. - Thea me puxou pelo braço, fiz menção de negar mas ela conseguiu me mover para dentro de novo, envolveu uma toalha em meus ombros e me abraçou não se importando com minhas roupas molhadas.

− Troque de roupa e então iremos conversar, mamãe está trancada no quarto. - explicou desnecessariamente, não queria mais saber daquela mulher, não naquele momento e não em um futuro próximo. Apenas assenti me encaminhando até meu quarto trocando de roupa, quando voltei Thea tinha uma bacia de pipoca no colo e uma tigela de chocolate ao lado.

− Isso é coisa de mulherzinha. - minha voz saiu fraca, quase inaudível. Não lembrava a ultima vez que fiquei tão abalado com algo. − Ótimo então você pode comer também. - retrucou na tentativa de me arrancar um sorriso, forcei um apenas para lhe agradar.

− Quer me contar o que houve? - me deitei na cama apoiando a cabeça no travesseiro. E então nas próximas horas me dediquei a contar a história, de como Sandra omitiu a gravidez, de como mamãe tinha mentindo para mim de como Felicity Smoak me confundia e como ela me irritava. A parte mais fácil da conversa foi falar de Connor as palavras saiam tão facilmente.

− E você quer a guarda dele Ollie? Depois de todo esse tempo cuidando do seu filho, acho que essa tal de Felicity merece um voto de confiança.

− Ela o perdeu duas vezes em menos de uma semana Thea, como posso dar um voto de confiança para ela? Se não fosse pelo o vigilante, sabe se lá o que teria acontecido com ele.

− Eu sei Ollie, mas não deixe que esses erros nublem sua decisão. Cometemos erros, é natural de todos, e é por isso que aprendemos a perdoar big bro. Conversa com a mãe do garoto primeiro. - disse.

Limitei-me a assenti, mas eu já tinha a decisão em minha mente e nada me faria mudar de ideia.

− Vamos dormir Speddy, o dia foi longo e amanhã será ainda mais.

[...]

Não consegui pregar o olho a noite toda, todo o momento as palavras de minha mãe, as acusações de Felicity e as de Thea se misturavam em minha cabeça me deixando em um beco sem saída, em um emaranhado sem fim.

− Estamos bem por aqui? - Digg se pôs ao meu lado, apenas assenti sabendo que meu estado era deplorável e que ele não acreditava. − Fazia tempo em que você só aparecia no horário do almoço.

− Só vim pegar o endereço da escola de Connor com Felicity, quero passar o dia com ele. - sussurrei me voltando pelos corredores. O dia poderia estar a loucura que sempre fora, mas assim que aquelas pessoas me viam elas simplesmente paravam e todo um burburinho se ouvia distante. Cerrei os punhos e os juntei ao meu corpo evitando descontar toda a frustração que me perseguia.

− Inferno homem, te encontrar é muito difícil. Você não para mais em casa? - senti o cotovelo de Tommy encontrar minhas costelas e forcei um sorriso para ele. − Uma festa hoje, as 23:00, não negue.

− Desculpa Tommy sai dessa vida, você devia fazer o mesmo faz bem. - ironizei.

− Você só fala isso porque está com a gostosa da Helena.

− Helena e eu não estamos juntos, é apenas coisa de momento Tommy. Que eu saiba você tem várias dessas.

− Papai. - virei meu rosto ao ouvir o grito agudo de Connor, ele agarrou minhas pernas sorri largo o pegando no colo. Tommy encarou assustado o garoto em meu colo.

− Pai? - o sussurro de Tommy parecia inaudível, ele abriu a boca e a fechou diversas vezes para logo depois sorrir encabulado.

− Connor, amor você não pode correr assim. - uma Felicity ofegante entrou em minhas vistas, ela apoiou as mãos no joelho procurando por mais ar naquela posição, meus olhos se moveram pelo decote de sua blusa e eu senti meu corpo enrijecer ao ver apenas a borda de seu sutiã vermelho.

− Desculpa mamãe. - o garotinho pediu sorrindo demonstrando que ele não queria pedir desculpas por dar trabalho.

Encarei Felicity firmemente observando suas bochechas se tornarem vermelhas quando ela viu para onde eu olhava, suas mãos puxando a blusa para cima brevemente recuando os olhos, evitando me encarar a qualquer custo. Movi minha mão pegando a mochila de suas mãos ainda relutante.

− Connor e eu passaremos o dia juntos. - informei sentindo os bracinhos magros dele envolta meu pescoço. Ela apenas assentiu a contra gosto dizendo que ele não precisava voltar para a escola hoje. − Vamos garoto? Prometo que nosso dia vai ser bem legal. - ele abriu um sorriso grande mostrando as covinhas em seu rosto e eu me encantei mais um pouco.

− Oliver nós precisamos conversar. - ela implorou, eu sabia sobre o que ela queria, eu tinha plena consciência de qual era o assunto mas por hora resolvi evitar, seu rosto desolado me fez ter vontade de pegar e embalá-la em meu colo.

− Não estou aberto a conversa Felicity, principalmente para esse tipo de conversa que você quer ter. Minha decisão está tomada. - resmunguei baixo para que Connor não ouvisse e questionasse o motivo de estar sendo rude com sua mãe.

− Você é um imbecil. - seu praguejo soou alto, apenas balancei os ombros em descontentamento e sai com Tommy ao meu encalço.

− Você dormiu com a loirinha nerd? E tiveram um filho? Que porra Oliver. - Tommy murmurou, tampei as orelhas de Connor evitando que ele escutasse essas palavras.

− Thomas por favor, temos uma criança aqui, modere suas palavras.

Quando chegamos ao carro e Connor bem acomodado, Tommy me encheu de perguntas e eu respondi brevemente todas elas não querendo expor meu garoto, Tommy podia ser meu melhor amigo, mas mesmo assim não era pela boca dele que todos deviam saber.

− Nós vamos a shopping Tommy, você quer ir? - esbravejei realmente irritado por todas suas perguntas sem fim, em sinal de rendição ergueu os braços. − Seu pai esta muito rabugento Connorzinho. - meu filho fez careta com o apelido e ignorou Tommy completamente. Esse era meu garoto.

− Tal pal tal filho. - reclamou nos deixando, encarei Connor no banco traseiro e me comecei a me questionar o que faria com ele, até tinha cogitado a ideia de ligar para Felicity e pedir um repertório inteiro, mas tudo que ela menos queria era me ver. E eu não estava no clima de provocá-la, a briga que tivemos foi o suficiente para me manter longe dela e de seu corpo.

As imagens da noite passada nublaram minha mente por um segundo causando um arrepio de puro prazer ao lembrar da sensação de tê-la completamente para mim. Maneio a cabeça de um lado para o outro querendo esquecer tudo que aquela mulher me fazia sentir.

− Então, vamos para o shopping? Podemos comer um hambúrguer grandão.

− Lissy não me deixa comer sanduíche no almoço. - fez bico irritado com o fato. Suas sobrancelhas juntas formando uma única linha. − Lissy não está aqui hoje, podemos fazer o que quisermos.

Cantarolando uma musiquinha infantil por todo o caminho chegamos ao shopping. Suas reações ao ver os brinquedos era tão divertidas que eu me peguei comprando alguns brinquedos para ele.

− Eu sou seu pai Luke. - ele imitou uma voz sombria e eu ri. − Onde você aprendeu isso garoto?

− Lissy gosta e me obriga a assistir. É legal. - deu de ombros como se não fosse nada e voltou a se lambuzar com o sorvete que ele implorou tanto para comer, se Felicity soubesse de todas as besteiras que comemos hoje com certeza me mataria.

− Connor, posso te chamar de macaquinho também? - questionei me lembrando que não tinha um apelido para ele, seu olhar se ergueu aos meus envergonhado. − Só a Lissy me chama assim.

− Tudo bem, vamos arrumar uma apelido novo. Apenas eu e você compartilharemos. - sua mãozinha se encontrou na minha em um high five e logo depois ele voltou a atenção para o doce.

Passamos o dia juntos, queria repor todos os anos perdidos, queria absolver tudo que podia dele, aprender para ser um bom pai. Connor balançava as perninhas em meu colo, segurando seu mais novo brinquedo.

− Você parece ansioso..

− É a primeira vez que passo o dia longe da Lissy, tenho saudades. - disse baixo, parecendo constrangido, preocupado se aquilo me afetaria sorri rápido demonstrando que estava tudo bem. Bati duas vezes na porta e dei de cara com Felicity, logo depois um resmungo em alto e bom som se fez presente.

− Felicity você está me contando essa história direito? Eu vou arrebentar a cara desse cara, só porque é quem é acha que pode fazer isso com a minha menina? Você criou Connor ele devia estar mais do que agradecido. Oh inferno! Esbugalhei meus olhos ao ver Connor gritar vovó repetidamente. A mulher loira mais velha me fuzilou com o olhar enquanto abraçava Connor.

− Oi eu sou Oliver Queen.

− Eu sei muito bem quem é Mr.Queen. Eu sou Donna Smoak.


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Notas finais do capítulo

Olha elaaaaaaaaa! A rainha chegou, e agora? O que será de Oliver Queen e quem o poderá defender? Não percam no próximo. Bjs e até os comentários ;)