Sweet Connor escrita por Miss Smoak, MissDream


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo 0/
Parceria com a senhora mais divosa existente. Esperamos que gostem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/663128/chapter/1

Suspirei ao sentir o calor do sol queimar meu braço descoberto. Sinto uma movimentação na cama e abro meus olhos me deparando com grandes olhos azulados me encarando atentamente. Connor gargalha quando eu o joguei para o lado fazendo barulho em sua barriga seu riso ecoa todo o quarto me derretendo por completa.

– Dia Lissy. - sua voz infantil encheu meus ouvidos e eu sorrio beijando suas bochechas diversas vezes.

– Bom dia Connor, preparado para hoje? - perguntei me erguendo com ele entrelaçado em minha cintura. Meu menino escondeu o rosto em meu pescoço negando enquanto agarrava uma mexa de meu cabelo enrolando em seu dedo. Um costume adorável. Eu entendia como aquilo era assustador, o 1° dia de aula em uma escola nova, em uma cidade nova.

– Quando vamos voltar para casa? - perguntou sem malícia na voz. Suspirei em ter que explicar aquela história novamente. Tínhamos nos mudado a fim de deixar o passado e a tristeza que Central City nos proporcionou. Acariciei os cabelos loiros dele em sinal de conforto.

– Não vamos voltar para Central baby, Starling City é nossa nova casa, você vai gostar eu prometo. - sussurrei, seu bico grande me fez rir. – E isso me lembra de que você tem que tomar banho macaquinho.

Sorrio contente ao observá-lo brincar com os patos de borracha na água da banheira. Eu tinha perdido alguém e em troca a vida me deu o meu mais precioso presente. Connor.

Lembro-me de como foi difícil nos adaptarmos, eu ainda estudante que tinha perdido minha melhor amiga, e ele que tinha perdido a mãe. Tão novo e tão cheio de tragédia meu garoto.

– Não quero ir pra escola pra nova. - emburrou enquanto eu tentava abaixar os fios rebeldes de seus cabelos.

– Mas tem que ir baby. Você não quer ser gênio como eu? -toquei seu nariz levemente e vi uma ruga nascer em sua testa, era lindo quando ele fazia esse ato. Connor não tinha absolutamente quase nada de Sandra, era até impossível negar de quem ele era filho, e mesmo correndo risco de perdê-lo para sua família de sangue nos mudamos para Starling City, foi uma promessa.

– Mas Lissy, eu quero ser gênio sem ter que ir pra escola. Porque tenho que ir para escola? - resmungou cruzando os braços, revirei os olhos lentamente achando graça em toda sua manha. – Mamãe, por favor. - seus olhos manhosos me encararam, Connor só me chamava de mãe quando queria algo e esse algo era não ir para a escola.

– Não Connor, não adianta você irá para a escola. Cuide macaquinho, eu ainda tenho que ir trabalhar e não queremos que eu chegue atrasada em um primeiro dia.

– Tenho medo, e se ninguém gostar de mim? - desabafou, acariciei seu rosto de anjo e beijei suas bochechas diversas vezes até que ele soltasse uma gargalhada gostosa deixando de lado esse medo.

– Basta ser quem é Connor, você é adorável meu amor.

– Faz panquecas? - pediu conformado bagunçando os cabelos que antes estavam arrumados, fiz careta ao ver os fios desalinhados, mas seu riso espontâneo me fez rir também.

– Sempre macaquinho, sempre. - dei um beijo em sua testa suavemente antes de colocá-lo sentado na sala. Senti meu peito apertar cheio de saudades, saudades de Sandra. Ela saberia fazer mais do que panquecas para Connor, fecho meus olhos por um momento me apoiando na bancada da pia quando uma vertigem me atinge.

Felicity, você precisa esquecer tudo, seguir em frente. Cooper se foi você tem que deixar o luto entrar, ficar em negação não vai te ajudar e eu falo isso pelo seu bem você é minha melhor amiga. - Sandra disse complacente ao telefone, retirei o celular de perto da orelha ao ouvir uma buzina irritada e logo após o xingamento dela.

– Você não devia estar no telefone enquanto dirigi Sandra..

– É perigoso, eu sei Felicity. Você já me disse isso algumas milhares de vezes. Connor da oi pra Lissy. - escutei o resmungo do bebê de dois anos e sorri involuntariamente imaginando as bolhas gosmentas sair por sua boca.

Mas então eu ouvi seu grito de horror, pude sentir o mesmo impacto que ela sentiu. Por um instante o tempo parou a minha volta, meu sangue congelado não fluía por meu corpo, minha mente parada e meu coração falhou uma batida ao escutar seus gemidos de socorro repleto de dor.

– Mamãe, tá queimando. - pulei assustada ao ouvir a voz de Connor me despertar. Respirei fundo apagando o fogo rapidamente. Há muito tempo eu tive qualquer pensamento relacionado à morte de Sandra. De alguma maneira minha mente se recusava a lembrar daquele momento era muito doloroso.

Balancei a cabeça rapidamente e encarei incerta para a panqueca parcialmente queimada a minha frente.

– Cereal? - questionei olhando para meu menino que se erguia na ponta do pé para ver a proeza que eu tinha feito. Suspirei alto me agachando a sua frente ao vê-lo com o dedo na boca, delicadamente retirei o dedo de seus lábios e ouvi seu resmungo em resposta enquanto ele sentava-se à mesa.

Preparei lanche rápido e coloquei em sua lancheira, e aproveitei para arrumar sua mochila novamente, pela terceira vez.

Com o coração apertado observei ele se afastar de mim e se direcionar a uma mesa afastada. A professora observou meu olhar e tocou meu ombro em sinal de conforto.

– Connor é uma criança quieta, por favor tenha paciência. Ele não fala muito com estranhos não veja como falta de respeito, e ele tem asma, mas faz tempo que ele não tem uma crise, mas de qualquer forma a bombinha estar em sua mochila em um compartilhamento.. - tagarelei ainda mantendo meu olhar em Connor, observando as outras crianças tentar interagir com ele.

– Está tudo bem Senhorita Smoak, nós vamos cuidar bem do seu filho, ele está em boas mãos. - a garota, que devia ter minha idade me acalmou. Os olhos amedrontados do meu garoto me encararam firme enquanto eu acenava com o coração na mão.

Antes que eu partisse ele correu até mim deixando tudo e todos para trás, agachei-me ficando da sua altura para receber seu carinho.

– Se comporta macaquinho, eu venho mais tarde tudo bem?! - sussurrei, com a cabeça em meu pescoço ele soltou a frase que sempre me derreteria.

– Eu te amo Lissy.

– Também te amo Connor, vai lá meu pequeno gênio. - me afastei dele o vendo voltar para a roda que a professora tinha feito. Girei meus calcanhares me sentindo estranha ao deixar Connor, a sensação de saudade retorcendo em meu peito. Eu tentei evitar esse momento, eu não queria ter que ficar tanto tempo longe dele, mas era preciso.

Olhei por cima do ombro e sorri ao vê-lo conversar ainda tímido com uma garotinha de tranças que balançava as mãos animadamente. Seus olhos voltaram a me encarar e ele me ofereceu um aceno acompanhado de um sorriso animado.

– Vai ficar tudo bem Felicity, Starling foi a melhor opção. -sussurrei para mim mesma entrando no carro.

Um suspiro alto e totalmente hesitante saiu por meus lábios ao ver o quanto assustador era estar em uma nova cidade, em trabalhar em um lugar novo. Mas era aterrorizante. Respirei fundo observando a fachada da Queen Consolidate. Ali era a oportunidade que precisamos para um novo capítulo a ser escrito em nossas vidas. Connor merecia todo conforto possível e eu estava disposta a dar tudo de mim para isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Feedback? Aceitamos haushaush ^^