— DAI-CHAN. EU. PRECISO. DE. AR. — Daiki adorava ver Satsuki lhe implorar por alguma coisa. Devia ser meio errado e sádico pensar isso, mas não se importava tanto.

Agora, ela implorava para que ele parasse de fazer cócegas enquanto ela estava encurralada na cama. Faça curtas pausas pra ela respirar, claro, mas acabava refazendo novamente. Além do implorar desesperado, também gostava de ver ela rir. Satsuki dizia ter uma risada muito estranha (algumas vezes chegava a choramingar falando que ele tinha uma risada legal e ela não), principalmente quando lhe faziam cócegas, já que se tornavam risos histéricos.

Mas Daiki não pensava assim. Na verdade, a risada dela até o excitava as vezes. Ou talvez ele apenas visse os melões dela rindo, mas não fazia diferença na sua cabeça tarada. No fim, ele acabou rindo também ao ver que Satsuki já estava com o rosto roxo. Essa foi a brecha da rosada para escapar dos braços do ex-jogador e se esconder nos travesseiros com olhos chorosos com algumas lágrimas de tanto rir.

— Te odeio. — Disse com um beicinho, meio ofegante, enquanto recuperava todo o fôlego perdido.

— E você é uma tábua. — Retrucou de forma sarcástica com um sorriso de canto. Agarrou um travesseiro que ela havia jogado antes que atingisse a sua cara. Estalou a língua e a puxou num abraço. — Só queria te fazer rir um pouco, 'tava estressada demais pensando nos pirralhos que cuida. — Ela se defendeu com um "Eu sou uma pediatra, oras!"

— Você tem problemas. — Foi o que disse por fim, ainda irritada com o moreno.

E isso foi o suficiente para fazê-lo recomeçar a tortura de cócegas.

A risada dela, a risada dela
Ela odeia, mas eu acho tão sexy