KYOGU || Interativa escrita por Magical BananA


Capítulo 1
a} Prologue


Notas iniciais do capítulo

Por que eu estou postando de madrugada? Porque eu não tenho vida~~!
Estive esperando para postar essa interativa kkk Aproveitem ♥
P.S.: As datas são no formato Y.M.D, okie?



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~ 15.02.09 - Aeroporto internacional de Gimpo ~

Miyamoto Eiko não esperava por aquela mensagem.

Quando exatamente as coisas começaram a desandar, mesmo? Não tinha muita certeza da resposta, apenas sabia que elas já estavam totalmente fora dos trilhos. E era justamente por isso que a rapper principal e líder do grupo de j-pop Kyodaina Gūwa (ou tão somente Kyogu, como os fãs os chamavam) não esperava por aquela mensagem.

As brigas que começaram há alguns meses atrás com o vocalista principal, Takeda Haruhiro, se tornaram uma visão diária; ele era extremamente tradicionalista, chegando ao ponto de recordar aqueles senhores da terceira idade que reclamam de tudo que é atual. Desde o começo, o rapaz fora contra as opções que tinham e cegamente insistiu em manter-se da forma que eram, porém Eiko o fez ceder...

...Não por muito tempo. O Takeda não perdeu tempo em reclamar assim que o plano fora colocado em prática, o que era o motivo das longas discussões - e o inevitável ocorreu, quando os conflitos alcançaram seu ápice na semana anterior: ele decidiu retornar para o Japão, e manteve segredo de todos sobre a data de partida, até mesmo de seu melhor amigo.

Quão grande fora sua surpresa ao receber uma notificação, justamente de Haruhiro, avisando a ela o aeroporto e o horário do voo.

Pensou por alguns instantes em chamar os outros membros para se despedir dele, porém decidiu respeitá-lo em sua decisão de chamar somente a ela, como constava em seu texto. Rapidamente calçou um par de sapatos, vestiu um casaco maior que seu corpo franzino e colocou um dos seus (vários) bonés, chamou um táxi e, no caminho, pensou no que diria. Como B. Mary, pediria para ele ficar, e como Eiko, desejaria o melhor a ele.

Assim que chegou, pagou apressadamente o motorista e entrou com velocidade, o avião de Kusanagi partiria em alguns minutos. Procurou pelo homem com os olhos, e não foi difícil encontrá-lo; o rapaz com 1,93 cm usava uma jaqueta com a estampa de uma pintura antiga de um samurai gritando em kanjis “ORGULHO JAPONÊS!” nas costas.

Como ele estava um pouco longe, a Miyamoto saiu correndo em disparada atrás do companheiro, e logo estava próxima o bastante para chamar seu nome e ser ouvida. No entanto, não precisou fazer nada disso - ele somente virou-se com a mesma face inexpressiva de sempre.

O silêncio cercara o casal.

– Haru, não seremos os mesmos sem você – Eiko começou – Não tínhamos muitas mais opções no Japão, sabe disso. Eu realmente agradeço o seu voto de confiança ao vir aqui, e só peço que confie em mim de novo. Não pode reconsiderar sua ida?

– Reconsiderar? – sua neutralidade transformou-se em mal humor em poucos instantes – Deveria sentir vergonha por sua falta de decência, vocês traíram seu país. Essa ideia é absurda, estar aqui é absurdamente ridículo!

O Takeda a encarou com raiva, enquanto o chamado final de seu avião ecoava pelo aeroporto. Eiko responderia ao comentário do maior, quando fora interrompida pela voz masculina:

– Seja uma boa japonesa ao menos uma vez na vida e escute um homem! Não percebe que tudo o que criou até agora foram falhas?

B. Mary calou-se, não desejava responder aquilo. Irado pelo vácuo, o vocalista agarrou a alça de sua mala de qualquer jeito e marchou brutalmente em direção a porta de vidro que o levaria ao seu voo. A líder, entretanto, tentou segurar seu braço - não conseguiu segurá-lo, mas o Kusanagi parou. Sem virar-se para trás, ele ditou:

– Eu sinceramente não consigo desejar boa sorte. Espero que o pior aconteça e os faça voltar para a realidade, e quando essa hora chegar, entenda que estarei rindo de vocês – depois de proferir tais palavras, ele caminhou para além do corredor do embarque sem olhar para trás.

A garota retraiu um suspiro, e passou a mão por seus cabelos. A situação que enfrentavam não era fácil, e agora, ela apenas complicara-se mais; Haruhiro sempre fora um dos mais famosos e amados do grupo, e perder esse apoio justamente agora que estavam apostando tudo era bem devastador. Além de tudo, ele também era seu amigo (depois disso, duvidava da possibilidade deles continuarem a amizade).

Pescou seu celular no bolso do largo casaco que usava e digitou os números há muito decorados, enquanto caminhava pelo aeroporto atrás de algum café. Sabia que as frases ditas pelo japonês foram emitidas porque ele ficara bravo, mas não deixaram de doer um pouco. De qualquer modo, não se deixaria abalar por isso, eram mentiras.

– Ah, oi – respondeu com um sorriso assim que ouviu a voz do outro lado da linha – Eu decidi te avisar primeiro. Sim, sobre ele mesmo. Eu acabei de vê-lo entrar no avião. Irritadiço, como esteve recentemente. Não muito, só algumas coisinhas desagradáveis, mas não foi nada demais. Ei, não precisa se preocupar! Com ele ou não, ainda somos especiais, lembra-se? Somos lendas.


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Notas finais do capítulo

Senhoras e senhores, eu vos apresento o Pequeno Samurai *palmas* Muito fofo ele, não~~? ♥ Meio maldoso com a Eiko, mas welp, vejamos no que dá :v
ADIÓS MUCHACHOS, ATÉ A PRÓXIMA o/