Manchester, Inglaterra: Hospital Local

Chris ouviu uma batida na porta de seu escritório e mandou a pessoa entrar.

"Ah, boa noite Emily. O que deseja?" Ele perguntou sorrindo para a jovem enfermeira parada na porta.

"Dr. Taylor disse que o Dr. podia acabar seu turno e ir para casa. Dr. Taylor vai assumir o turno da noite." A rapariga informou e correu fora da porta, a cara vermelha.

Chris tirou seu casaco médico e vestiu sua jaqueta, pegou seu saco e trancou a porta de seu escritório. Ele saiu do hospital desejando uma boa noite a quem passasse por ele. Ele entrou em seu BMW e dirigiu para casa, ansioso por ver seus filhos. Ele sorriu ao pensar neles.

Hope era sua mais velha com 10 anos, uma rapariga muito feliz. Embry e Emery eram gémeos de 4 anos muito traquinas e opostos completos um do outro. Rebekah era sua menina doce que iria fazer 6 anos em uma semana, ela lhe lembrava muito de sua mãe.

Ele estacionou o carro na garagem e abriu a porta de casa, a babá estava sentada no sofá assistindo os gémeos brincarem com carros e legos, Hope estava mexendo com o cabelo de Bekah e a menina mais nova estava comendo chocolate enquanto assistindo Os Caricas no Panda.

"Eles deram muitos problemas hoje, Rose?" Chris perguntou beijando suas filhas em suas testas.

"Nem por isso tio, eles estavam muito calmos. Não me pergunte como, até eu fiquei surpresa." Ela respondeu e o abraçou. Os quatro saltaram para cima de seu pai assim que ela o soltou.

"Que tal eu fazer uma pizza e depois podemos ver um filme? Eu não tenho turno da noite." Ele estava um pouco cansado porque um de seus pacientes morreu de leucemia.

As crianças insistiram em ver Toy Story 3, seu filme favorito, depois do filme, Chris os meteu na cama e foi para seu próprio quarto pensando no que dar a Rebekah no seu aniversário, mal sabia ele que esse dia nunca chegaria para ele.

...dia seguinte...

Chris acordou com gritos aterrorizados vindo do andar de baixo, ele correu mais rápido do que o Flash e seus olhos cresceram diante da horrível cena em frente a ele. Rebekah estava presa nas garras de uma fúria, ela estava gritando e chorando enquanto assistia os gémeos serem perseguidos por cães infernais e Hope ser comida por um.

"PAPÁ" Ela chorou, soluçando alto, a fúria lhe arranhou o estômago com suas garras longas, seu pijama rasgou e três linhas de sangue apareceram em sua barriga.

O grito chamou a atenção do Minotauro que se virou para ele, a primeira coisa que Chris notou sobre foram seus olhos famintos e seu cheiro de carne moída. Chris correu para proteger seus gémeos mas o touro o pegou por sua camisa e o puxou para ele. Os gritos de Rebekah ficando mais altos à medida que a distância entre o mortal e o monstro diminuía.

A última coisa que Chris viu antes que os chifres do Minotauro se esmagaram contra seu peito foi os olhos aterrorizados de sua filha, ele podia jurar que ouviu a porta da frente abrir mas ele só se concentrou nos olhos castanhos de Rebekah tentando lhe transmitir o quanto ele a amava, ele perdeu a luta contra a inconsciência e caiu mole no chão.

A fúria, os cães infernais, o Minotauro e Rebekah olharam para a porta quando esta estourou aberta, semideuses armados estavam lá junto com uma mulher, a mulher tinha cabelos pretos ondulados e olhos verdes escuros com uma íris preta.

"Matem os monstros, deixem a garota viva e não mexam nos corpos dos mortais." Ela ordenou com uma voz suave e os semideuses atacaram os monstros, havia 5 deles.

A mulher ajudou Rebekah a se levantar quando a fúria foi morta por um rapaz de sua idade, ele ficou ao lado de Gaia olhando para Rebekah com curiosidade em seus olhos castanhos, seu cabelo era uma estranha mistura de preto e castanho, seu corpo era mais construído que outros de sua idade.

"Como te chamas pequena?" A mulher perguntou gentilmente, preocupação em seus olhos mas parecia que ela a estava analisando.

"R-Rebekah Aeger, senhora."

"Eu me chamo Gaia, Rebekah. Este é Damian Maddox, ele irá te proteger de agora em diante." Gaia disse e olhou para o rapaz que acenou com a cabeça, aceitando a clara ordem.

...1 semana depois...

"Beks!" Ela ouviu e se virou para ver Damian, seu melhor amigo, correndo até ela."Eu esqueci de te dar teu presente de aniversário. Aqui, assim tens alguma coisa para te lembrares de mim e não me esqueceres." Ele sorriu de uma forma muito adorável.

Ela pegou a caixa das mãos dele, dentro havia uma moldura dourada e prateada com uma foto dos dois, ela tinha sido tirada três dias atrás quando Damian a tinha convencido a ir à praia.

"Obrigado Dam, mas eu não vou estar fora para sempre, sabes. Eu vou voltar para as férias de Natal." Ela sorriu e o abraçou.

"Estás pronta Rebekah?" Ela ouviu Gaia perguntar e se virou para ela.

"Sim, senhora. Os deuses não vão descobrir minha história?" Ela pediu incerta, a mulher olhou para ela e lhe deu um pequeno sorriso.

"Não te preocupes querida. Tu vais estar segura lá, tenta recrutar alguns semideuses para nossa causa mas não te inquietes se não conseguires."

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"James, podes ir buscar os copos?" May perguntou enquanto punha a comida na mesa.

"Okay mamãe." O rapaz de seis anos respondeu, May sorriu com melancolia ao olhar para ele, ele realmente se parecia muito com seu irmão mais velho morto.

"May, onde está minha comida?" Robert entrou na divisão e sua esposa lhe deu uma caixa de plástico com sua comida dentro." Volto à noite." Ele a beijou e saiu de casa.

"Graças aos deuses que ele já se foi." Ela ouviu James dizer enquanto entrava na divisão com os copos nas mãos, Rose atrás dele.

"Sê simpático James, ele é teu pai." May disse mas se preparou para o discurso de seu filho enquanto metia a comida nos pratos.

"Primeiro, ele não é meu pai, ele é meu padrasto. Segundo, eu sou simpático com ele porque ele é o pai de Rose. Ele nunca será meu pai, já viste a maneira como ele me trata?" O rapaz começou a reclamar e sua irmã olhou para ele.

"O JC tem razão mamãe, pai trata ele como lixo." A pequena menina de 4 anos acrescentou.

"Comam, ou a comida vai ficar fria." A mãe tentou mudar o assunto, ela só casou com Robert para dar uma vida melhor a seu filho.

Quando ela recebeu as notícias que Luke tinha morrido, ela teve um parto prematuro com só 6 meses de gravidez, James foi sortudo de ter sobrevivido. Luke se tinha desculpado pouco antes da batalha final e lhe tinha prometido que iria sobreviver e iria ser o irmão mais velho perfeito para James. Robert a encontrou pouco depois que ela perdeu a casa. Ele queria uma esposa, ela queria dinheiro para seu filho. Dois anos depois Rose nasceu.

Ela lavou os pratos enquanto que seus filhos assistiam desenhos animados no enorme plasma da sala e sorriu, seu sacrifício tinha realizado seu desejo e lhe dera uma menina perfeita, mesmo sendo casada com Robert Parker, ela não podia pedir por uma vida melhor.

Ela abriu a porta e ficou surpresa ao ver Hermes no batente.

"Não, é muito cedo. Eu ainda tenho 7 anos com ele Hermes." May tentou não se desesperar, mas ela não sabia o que estava acontecendo.

"James não é como Luke, May. Ele vai para uma escola para se tornar um semideus forte e guerreiro." O deus tentou explicar mas May entendeu tudo.

"NÃO." Ela gritou mas baixou a voz." Eu não vou ter outro filho meu lutando numa guerra por vocês. Luke morreu numa guerra para salvar vossas bundas, eu irei morrer antes que James tenha o mesmo destino."

"Sinto muito May. Mas é necessário." Ele a paralisou e entrou na sala, transferiu tudo o que James deveria saber para sua mente e o levou para a escola depois de desparalisar May.