Finnick e Annie escrita por Martins


Capítulo 5
65º Jogos Vorazes


Notas iniciais do capítulo

Heyy feliz ano novo! Capitulo novo de presente pra vcs u.u
Essa é a versão do Finnick. Finnick esta na arena, ninguém sai!
Ele vai ser dividido em mais capitulos por que acho que capitulos longos ficam cansativos tanto pra mim quanto pra vocês maaas espero que gostem!



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O disco de metal me empurra para o ar livre. A claridade intensa do sol faz meus olhos doerem. A voz do locutor retumba “Senhoras e senhores bem vindos a 65ª edição dos Jogos Vorazes”.

A contagem regressiva começa e todos se preparam. 9, 8, 7, Cornucópia. Posiciono-me para correr e respiro fundo. 6,5,4, examino o local e calculo quanto tempo eu levaria pra pegar alguma coisa e dar o fora. 3,2, 1, poderiam ser meus últimos segundos de vida.

O gongo dá inicio ao banho de sangue. Corro o mais rápido que consigo tentando não ficar na linha de frente dos outros tributos. Sou um dos primeiros que consegue alcançar a cornucópia não tenho muito tempo para escolher uma arma então pego a primeira lança que vejo. Um garoto me da um golpe e eu caio no chão. Ele tenta se jogar em cima de mim sem arma usando apenas o próprio punho e eu enfio a lança em seu ombro. O garoto do Distrito 6 urra de dor e eu o empurro contra a mesa que portava acessórios para caça. Consigo pegar um anzol e uma sacola com alimentos no gramado ao redor da cornucópia. Uma carnificina se faz a minha frente. Gritos desesperados imploram por suas vidas. Esses gritos são para o Snow, ele é o assassino de todos nós. Dentre os outros tributos se atacando consigo encontrar Alex e Bree.

– Conseguiu algo? – grita Bree após sufocar uma garota. Ela ainda estava sentada em cima do corpo sem vida da menina com as mãos em seu pescoço. Levanto a sacola e a lança para que ela veja. - Ta esperando o que? Corre!

Bree era a garota do Distrito 1, e talvez a mais agressiva desta edição. Estamos dentro da mesma aliança. Indico a direção que iria seguir na floresta e ela assente levantando-se e chutando o corpo da menina certificando-se de que estava mesmo morta. Atrás dela, Alex luta com outro tributo que estava prestes a atacar Bree e leva uma facada na coxa revidando com um soco certeiro em seu queixo. O tributo se afasta desnorteada deixando o canivete cair no chão e Alex simplesmente torce seu pescoço. Alex é o outro tributo do Distrito 1, estou com ele também. Os dois correm em direção a cornucópia enquanto eu corro para a floresta. Procuro Frances entre os tributos mas não a encontro. Torço para que já não esteja morta. No meu caminho uma das mochilas para o distrito 4 estava um pouco a minha direita no chão, corro para pega-la ao mesmo tempo que um outro garoto que a solta segundos depois caindo em cima de mim com uma flecha nas costas. Nick do Distrito 2. Ele é bom com as flechas e eu teria sido seu alvo se o garoto não se metesse na minha frente pra tentar pegar a mochila. Eu ponho a mochila nas costas e saio correndo. Sinto mais uma flecha passar zunindo acima da minha cabeça.

– Precisa melhorar sua pontaria! – Gritei olhando rapidamente pra trás.

– As melhores mortes são para o final, pescador. Nos vemos mais tarde! - Ele exclama com sarcasmo e raiva ao mesmo tempo.

Nick é um dos tributos mais fortes dessa edição, conseguiu um 10 no treinamento. No inicio, eu, Frances, Bree e Alex do Distrito 1, Nick E Noelle do 2 e Rand do 3 concordamos em fazer uma aliança para garantir nossa sobrevivência no inicio dos jogos. Porem, no decorrer do treinamento e após o desfile Nick se sentiu incomodado com a atenção que eu recebia e passou a me ver como principal ameaça. A aliança se desfez, ele Noelle e Rand ficaram de um lado e Frances Alex e Bree continuariam comigo.

Paro de correr apenas para recobrar um pouco do fôlego e ver se alguém me seguia. Na cornucópia os tributos continuavam lutando. Os corpos no gramado não são muitos ainda. Continuo a correr até os gritos desaparecerem atrás de mim. Procuro algum lugar para me esconder e esperar pelos outros. Essa arena tem espécies de fissuras no chão, é uma floresta bastante fechada e úmida, em alguns cantos a luz do sol quase desaparece por completo, rochas estão por toda a parte e formam uma especie de muro ou divisão de outra parte da floresta em algumas direções.

Me escondo atrás de uma delas e descubro que a mesma da para uma caverna minúscula mas perfeita para um breve esconderijo. Vasculho a mochila para ver o que eu tinha.

Uma garrafa térmica com água que imediatamente abro dando um pouco mais que um gole pois apesar da sede eu iria precisar daquela água mais tarde. Desde que assisto os Jogos lembro-me de que alguém sempre acabava morrendo por desidratação. Ponho a garrafa de volta no lugar e vejo o saco de dormir fino, um arame e um novelo de corda. Sorrio imaginando as armadinhas que poderia fazer com aquilo. Agradeço a Annie mentalmente por ter me ensinado um pouco do que sabia sobre nós de cordas. Annie. Ela estaria assistindo a tudo isso? “você tem chances” ela dissera.

Balanço a cabeça me livrando de sua lembrança. Ponho as coisas de volta na mochila e saio a procura de um lugar para acampar. Preciso arranjar um lugar para ficar essa noite. De repente o barulho dos canhões preenche o silencio anunciando as mortes dos tributos que morreram até agora. O banho de sangue acabou. Conto os canhões. 11. 11 mortos. Restam 14 tributos vivos na arena. 13 precisam morrer para que eu volte para casa.

Não muito longe ouço ruídos. Passos cuidadosos. Paraliso instantaneamente tentando não fazer nenhum barulho. Seja quem for esta tentando ser silencioso. Percebo uma ranhura em uma árvore que parece ser oca por dentro. Me escondo dentro dela. E tento enxergar algo por uma minuscula fresta.

– Finn... Finnick? – uma voz esganiçada chama meu nome. É uma garota mas não consigo identificar quem. Permaneço em silêncio.

Uma figura aparece entre as arvores ainda caminhando com cuidado. Frances. Ela esta tremendo e olha assustada para todos os lados possíveis. Suas mãos ensanguentadas seguram uma faca. Por uma fração de segundo me detenho em falar com ela. Ela esta armada, pode muito bem me matar agora. Ela não teria nada a perder.

– Ei! – chamo cedendo – Aqui dentro! - Digo alto o bastante para que ela ouvisse mas para minha surpresa ela não ouve. Repito mais alto e ela olha confusa na direção da árvore.

Um sorriso toma conta de seu rosto sujo e assustado e no mesmo instante tenho certeza de que ela não me faria nenhum mal. Não agora. Saio de dentro da arvore com dificuldade. É como se ela tivesse encolhido por dentro. Tenho certeza que seria sufocado se ficasse ali por mais tempo.

– Voce esta bem? –Pergunto soando tolo visto que Frances aparentava ter levado um choque ou algo assim. Seus cabelos estavam eriçados e sua pele estava suja de cinzas e terra.

Ela respira fundo antes de falar.

– Eu matei, Finnick, eu matei – seus olhos marejavam, sua voz ainda estava fraca – foi horrível – Olho em volta me certificando de que ninguém estava se aproximando.

Frances começa a chorar eu a abraço e tento consola-la. Começamos a andar em busca de abrigo. Ela não diz nada, apenas deixa que as lágrimas silenciosas rmolhem seu rosto. No caminho ela volta a falar, presto atenção mas não paramos.

– Tentei pegar algumas coisas na cornucópia mas tudo o que consegui foi essa faca. – Ela mostra a faca agora com o sangue seco - Houve uma explosão ao redor da cornucópia. Creio que foi para afastar os tributos. Depois do banho de sangue eu continuei escondida pra tentar voltar la e pegar alguma coisa. Nenhum dos carreiristas foi pra lá.

– Acha que Bree e Alex estão vivos? – pergunto.

– Eu não sei. – Frances continua assustada. Os olhos alarmados como se esperasse alguma coisa a qualquer momento - Ainda os vi na cornucópia. Espero que estejam bem.

Tons escuros começam a tomar conta do céu na arena. Achamos um salgueiro alto. Concluímos que seria melhor ficar por ali para acampar durante a noite. Tem um rio próximo. Bebemos água e comemos algumas das coisas que consegui pegar.

Frances escala a árvore com facilidade e eu me pergunto se ela assim como eu ficava escalando as poucas arvores que haviam no nosso Distrito. Ela se ajeita um pouco acima de mim e eu fico no galho debaixo. Corto a corda que tinha na mochila e entrego-lhe um pedaço para que possa se amarrar. Os galhos do salgueiro são espessos o suficiente para suportar nosso peso mas nos prendemos no caso de perder o equilíbrio durante o sono.

O hino que anuncia as mortes dos tributos começa. A insígnia da Capital aparece no céu dando lugar aos rostos dos tributos. O primeiro a aparecer é de uma garota do 5. Respiro aliviado, Frances também faz o mesmo. Bree e Alex ainda estão vivos. Em seguida os rostos de ambos do 6. O garoto em que eu tinha dado um golpe. Uma sensação de culpa toma conta de mim mas penso “não fui eu quem o matou”. A garota do 7, ambos do 8, quando o garoto do 8 aparece Frances solta um gemido. Deve ter sido ele quem ela matou, penso. O garoto do 9. Ambos do 10 e as garotas do 11 e 12.

A insígnia desaparece e a escuridão volta a tomar conta da arena.

– Boa noite – Digo para Frances.

– Boa noite – Ela responde.

Combinamos de ficar de vigia revezando os turnos. Fiquei com o primeiro. Na minha hora de descansar não muito tempo após eu cair no sono, Frances me cutuca com um pedaço de graveto me acordando.

O barulho de folhas se quebrando e o cheiro de pinheiro queimado confirmam que realmente alguma pessoa muito idiota ou com uma vontade urgente de morrer esta fazendo uma fogueira num lugar onde 14 pessoas estão caçando umas as outras. E a fogueira não estava muito distante de nós.

– Temos que ficar aqui em cima – sussurro - É alto o bastante e não esta claro. A essa altura já deve ter alguém vindo pra cá. Se descermos vamos trombar com alguém.

– Ai Finnick, é arriscado! – Frances choraminga mas assenti em seguida.

Olhamos em direção a fogueira, a fumaça alcançava o céu. Os gritos que se seguem acontecem de repente. Alguém foi muito rápido e sorrateiro. Mais uma garota morta. Ouço vozes e me esforço para prestar atenção. Não há apenas um tributo. De início as vozes se distanciam um pouco depois retornam. Como se estivessem decidindo aonde ir. Repentinamente os passos ficam mais altos. Estão vindo pra cá.

– Precisamos achar um jeito de estancar esse sangue – uma voz familiar diz com raiva – Está deixando rastros! Se eu quisesse ser seguida jogaria pedaços de pão para os outros tributos virem atrás.

– São eles! – Frances sussura com entusiasmo.

– Desculpe, da próxima vez não vou levar uma facada pra tentar salvar a porcaria da sua vida. – diz Alex alto lá embaixo.

Eles abrem caminho entre as folhas e passam por debaixo de nós. O cabelo loiro de Alex reluz no escuro, ele anda com dificuldade e Bree leva uma mochila e uma faca nas mãos. Mais uma vez meu subconsciente me alerta para ficar na minha e não os chamar. Eles são meus inimigos. Mas ainda há muito o que jogar. Aliados são importantes. É o que Mags sempre me disse.

– Esse casal não consegue parar de brigar um minuto, impressionante! – exclamo chamando a atenção dos dois lá embaixo.

Bree e Alex olham pra cima alarmados expremem os olhos para tentar me enxergar e em seguida trocam uma risada e eu faço um pedido silencioso para que eu não tenha que ser o responsável por suas mortes em breve.

– Apostei que ainda estariam vivos. – Você me deve uma massagem nos pés. – Alex ri apoiando a mão no ombro de Bree.

Bree revira os olhos. E continua a olhar para cima. Esta escuro. Ela não nos vê da mesma forma que a vemos mas ela ainda tenta nos localizar.

– Bem crianças, acho que é hora do nosso show começar. – ela guarda a faca e coloca em seu sinto.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Vou arruma-lo dps
comenteeeeem



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