Finnick e Annie escrita por Martins


Capítulo 4
Sem medo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora... Não que vocês tenham reparado né mas blz nesse cap, Finnick vai para os Jogos e Annie vai ficar em casa acompanhando tudo pela tv



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Volto para casa ainda trêmula. Vou para o meu quarto e desabo na cama deixando que as lágrimas finalmente caíssem sem serem contidas. Meus pais batem na porta mas eu apenas peço para ficar sozinha. Eu precisava ficar sozinha.

Finnick me perdoaria algum dia? Isto é, se ele sobrevivesse à arena. A lembrança de seus beijos se mistura com a dor em sua voz dizendo que sua morte seria culpa minha. Devo ter acabado de fazer a melhor ou a pior coisa pela vida de Finnick, mas ele estava certo, eu não tinha o direito nenhum de decidir o que seria melhor para ele. Levanto-me e procuro algum remédio para dormir. Eu não queria acordar tão cedo.

Os dias foram passando e eu tentei me acostumar e seguir minha rotina monótona normalmente. Escola, ajudar minha mãe com as tarefas de casa e ir a praia. Mas era impossível não pensar em Finnick o tempo todo.

Acompanho o primeiro dia em que as notas dos tributos seriam divulgadas. Fico impreensionada com a quantidade de notas altas que os tributos dessa edição receberam. Os dois tributos do distrito 2 conseguiram um 10. A garota do meu distrito conseguiu um 7 e Finnick também conseguiu um 10. Fico feliz com sua nota, e pelo fato de ele ainda não ter arranjado uma forma de se matar na Capital.

Agora as coisas começam a fazer sentido, consigo entender porque ele estava esperando para tomar o néctar venenoso apenas no centro de treinamento. Qualquer coisa que acontecesse com ele em casa seria culpa de seus pais. Mesmo que eles não tivessem culpa alguma. Famílias inteiras já foram torturadas e mortas porque os tributos fugiam sem deixar pistas. Na maioria das vezes as famílias não faziam ideia de onde eles poderiam estar mas é claro que a Capital nunca acreditou nisso. Os tributos sempre eram encontrados algum tempo depois e mandados para a Capital.

Finnick deve estar se esforçando agora. Imagino que ele tenha feito algum teste com tridente ele é muito bom nisso. Ou com os nós de rede que eu consegui ensinar a ele por um tempo.

No dia seguinte era o dia da Cerimônia de Abertura. Fogos de artifício, gritos e aplausos davam as boas vindas aos tributos. Todos sorriam e acenavam em suas carruagens. Foram entrando um por um por um, desde os luxuosos trajes de prata do Distrito 1 até os uniformes cinzentos de carvoaria dos tributos do 12. Todos sorriam e acenavam. Finnick e a garota do Distrito 4 estão deslumbrantes. Frances esta com um vestido de renda bem curto no tom de azul perolado que valoriza sua silhueta e sua pele morena. Seu cabelo solto cobre suas costas com alguns fios dourados e a maquiagem verde clara simples mas bem feita valoriza seus olhos. Finnick veste uma espécie de tanga e o resto de seu corpo esta pintado com desenhos de uma tinta dourada. A multidão vai a loucura com cada aceno que ele da. Fico feliz em ver o seu rosto, parece confiante. Espero que esteja mesmo mas uma onde de ciúmes toma conta de mim.

O dia que antecede o início dos jogos chegara e eu estava extremamente ansiosa para assistir a entrevista com Caesar Flickerman que aconteceria em breve. Antes dos jogos começarem as pessoas costumavam escolher a dedo para quem torcer. Seja por preferência de Distrito, carisma ou beleza.

As entrevistas começam e Caesar Flickerman como sempre deseja uma boa sorte para todos e acredita que todos conseguem ganhar, francamente ele não se sente nem um pouco mal? Em saber que de 24 pessoas apenas 1 vai voltar e dar a entrevista para ele?

As garotas estavam deslumbrantes e era perceptível que se esforçavam para serem simpáticas e graciosas. Uma ou outra parecia ser mais fechada. Uma delas do Distrito 7 era tão carrancuda que parecia que ia dar um soco em Caeser a qualquer instante. Eu iria adorar ver a cena. Na hora da entrevista de Finnick os gritos e aplausos eram tão altos que não deu para aouvir a voz de Flickerman recebendo-o e pedindo para que se sentasse. Revirei os olhos bufando. Como ele estaria se sentindo sendo o tributo mais desejado da Capital? Ele estava com um terno verde coral com uma blusa branca por baixo. Ele sorri para o público e acena. Descobri que não sei lidar muito bem com o fato de ele estar longe de mim.

– Bem vindo Finnick! Adorei o terno! - Caeser repete por não ter sido ouvido na primeira vez.

– Obrigado Caeser! – Finnick se senta apoiando uma perna na outra parecendo estar confortável.

– Você faz muito sucesso por aqui, em especial com as mulheres eu posso dizer – Ceaser diz acompanhando os gritos da multidão.

Finnick da uma risada sem graça e observa a plateia totalmente constrangido, mulheres com idade para serem sua mãe gritando seu nome loucamente em busca de atenção. A cada gesto que ele fazia, elas todas gritavam. Era deplorável. Me pergunto onde estariam os maridos dessas mulheres idiotas.

Minha mãe e meu pai riem ao ver a minha cara de raiva assistindo a tudo.

Finnick parecia desconcertado, sem saber o que dizer. Caeser percebendo isso tentou mudar de assunto.

– Então quer dizer que além de bonito você é talentoso é isso mesmo? Tirou um 10 no teste!

Finnick parece aliviado em não ter que ficar falando de sua aparência. Ele deu de ombros e contou que está se esforçando muito.

– Você parece estar confiante Finnick, acha que consegue vencer esses jogos?

– Tenho muitos concorrentes fortes esse ano mas eu vou dar o meu melhor e fazer de tudo para voltar. Eu preciso. - Finnick diz confiante.

É como se alguém tivesse mudado o cérebro de Finnick, ele parece ser uma outra pessoa agora. Nem parece que estava querendo se matar para não ir pra arena algumas semanas atrás. Fico me perguntando o que aconteceu para ele mudar tão bruscamente.

– E conte para nós Finnick - Ceaser da uma piscadela para a platéia e pergunta – Há alguém especial para quem o famoso Finnick Odair deva voltar?

Pelo que conheço Finnick ele teria falado “Nossa como você é chato não é mesmo?” mas apenas passou a mão pelos cabelos e encarou algum lugar ao lado antes de responder. Gritos de “PARA MIM” eram ouvidos na platéia.

– Eu não sei bem. – suas bochechas estavam coradas – Há uma garota. Mas muitas coisas aconteceram. Ela fez muito por mim mas acho que fui um estúpido.

Eu. Finnick estava falando de mim. Não pude conter minha emoção. Levantei e me sentei mais perto da televisão. Não parei para olhar para os meus pais mas eles também sabiam que era eu e comentaram alguma coisa que eu não prestei atenção.

– Faça o seguinte – Caeser se aproxima dele e gesticulou para que fizesse o mesmo como se fosse lhe dar um conselho de amigo. – Vai lá e ganhe esses jogos. E volte para a ela quem sabe ela não te dê uma chance?

– É uma ótima ideia! – Finnick ri e se levanta acenando mais uma vez para a plateia que aplaude e grita seu nome alucinada. Equanto ele deixa o palco. Ele olha para trás como se quisesse dizer mais alguma coisa mas se vira e desaperece entre as cortinas.


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Notas finais do capítulo

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