Finnick e Annie escrita por Martins


Capítulo 1
Mar


Notas iniciais do capítulo

Finnick e Annie já se conheciam. Mas a partir daqui as coisas vão mudar um pouquinho... Espero que gostem!



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Ouvir o som das ondas é como música para mim. Me traz aquela paz. Me faz esquecer de todas as coisas ruins que me cercam. Me traz a esperança de coisas boas. As vezes gosto de pensar no futuro e sonhar um pouquinho além da caixinha. Me imaginar...

– Annie, venha me ajudar com essas redes! – Meu pai me tira de meus devaneios.

– Já vou pai! – Respondo levantando-me da areia e sacudindo meu vestido expulsando os grãos de areia.

Meu pai é pescador aqui no Distrito 4, mas costuma fazer de tudo um pouco. Não somos os mais ricos da região mas vivemos tranquilamente. Já passamos por coisas bem piores.

Ajudo meu pai com as redes separando em baldes os peixes que ele havia pescado. Está escurecendo me apresso em terminar o que ele havia me pedido e volto para me sentar na areia. O pôr do sol é meu espetáculo favorito em meio a todo esse mar. Nada faz com que eu me sinta tão bem. Fecho os olhos e deixo que a brisa movimente meus cabelos.

Não muito longe ouço passos de alguém se aproximando e indo em direção ao lugar em que meu pai estava. Me concentro na conversa e reconheço a voz de um amigo do meu pai. Augustus Odair.

Augustus era um pescador da região ele e sua família não viviam muito longe de nós. Ele morava com a mulher e um filho que tinha a mesma idade que eu. Finnick Odair. Que estava a alguns passos atrás dele. Parecia estar distraído observando o mar então ele me viu. Desviando o olhar rapidamente cumprimentou meu pai que disse alguma coisa e Augustus se virou me mandando um aceno que retribui sem jeito. Augustus comentou algo para Finnick que caminhou até onde eu estava e se sentou ao meu lado. Senti uma sensação estranha.

Finnick era um garoto bonito e gentil. Estudávamos na mesma escola mas nunca trocamos mais palavras além do “oi”.

– Voce gosta do pôr do sol não é mesmo? – Perguntou de cabeça baixa em seguida me jogando um sorriso torto.

– Na verdade gosto de observar o mar e o céu em geral mas como você sabe? – Soei um pouco rude mas não sabia o que dizer.

– Passo perto daqui quase todos os dias à essa hora ajudando meu pai com os peixes e sempre vejo você por aqui.

Não soube imaginar algo pra dizer no momento um “Sempre te observo na escola” não iria soar muito bem.

– Não temos muitas atrações aqui no Distrito 4. Precisamos aproveitar as poucas - digo percebendo algo de errado com ele. Como se quisesse perguntar uma coisa a mais. – Ei – Digo lhe dando uma cotovelada de leve. – Você esta bem?

Ele parece surpreso em ver que eu tentei continuar a conversa. Ele queria conversar mas não sabia se podia. Finnick parecia ter muitos amigos. Mas so parecia.

– Estou bem, poderia estar melhor se não fossem esses jogos. – Ele desabafa.

Os jogos. Fico com a boca seca. Sinto como se estivesse com uma arma apontada para a minha cabeça. É assim todas as vezes que penso nos Jogos Vorazes. Um torneio em forma de reality show onde um garoto e uma garota de cada distrito deveria ir para uma arena e lutar até a morte. O vencedor sai vivo. Os jogos acontecem todos os anos. É um evento televisionado para toda a Panem e um verdadeiro pesadelo para pais e filhos dos distritos. Pensar em tudo me causou arrepios. Finnick provavelmente percebeu meu desconforto.

– Isso a incomoda não é mesmo? – Desculpe mencionar. – é meu primeiro ano.

– Está tudo bem – minto. – É o meu primeiro também.

– Sinto Muito. E que a sorte esteja sempre ao seu favor.

– Ao nosso. – Sorrio e olho em seus olhos. Nunca tinha reparado o quanto são verdes e parecem com o mar.

Finnick. Teria ele alguma sorte na arena? E se nós dois fossemos sorteados na colheita?

Afasto da minha mente os pensamentos ruins enquanto Finnick e eu observamos a escuridão tomar conta do céu.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem por favor por favor por favorrr
Logo logo tem capítulo novo :)



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