Zugzwang escrita por MB


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Esse está mais comprido, espero que gostem:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/662472/chapter/17

– Oi. - ela disse quando ele atendeu.

– Oi. - ele respondeu se sentando no último banco do jatinho. Conseguiu ouvir uma música tocando ao fundo. A equipe ainda estava acordada, um pouco em choque com o caso que acabavam de voltar. - Que música é essa? - perguntou já sabendo, mas gostava o modo como ela pronunciava.

– Sleepwalk. - ela respondeu. - Se lembra? Estava tocando quando você foi lá em casa.

– É claro que eu lembro.

– Ei, quando eu vou te ver de novo?

– Logo, espero. - respondeu por fim e abaixou o tom de voz, não querendo que os colegas ouvissem. Spencer às vezes ficava confuso quando percebia que ela mal falava dos outros amigos, como se não tivesse muitos, o que ele sabia que não era verdade. Ela trabalhava no hospital com muitas pessoas e ainda mantinha contato com algumas - poucas - pessoas da época de escola. Ao contrário dele, que se relacionava com as pessoas do trabalho, Charlie conseguia manter uma conversa com um desconhecido por mais de cinco minutos, dez, no máximo, antes de ficar envergonhada por perceber que estava tagarelando sobre algo que ninguém entendia. - Posso te perguntar uma coisa?

– Claro.

– Por que não fala de seus outros amigos?

– Por que falaria deles enquanto posso falar com você sobre qualquer outra coisa?

– Diz como se não gostasse deles.

– Eles só não são tão interessantes. - ela respondeu simplesmente. - Mas já que quer saber, Robert, um dos outros doutores da minha equipe, é um grande fã de Game Of Thrones e começou a namorar.

Ele riu um pouco pelo tom usado, como se contasse o capítulo de uma das séries que assistia.

– É só que às vezes eu me pergunto por que fala comigo, sendo que... Eu sou estranho.

– Você não é estranho, Spencer. - ela disse sincera. - Por que acha isso, de qualquer forma...?

– Meu cabelo é muito comprido, minha gravata está constantemente torta e eu nunca uso pares iguais de meias, não sei porquê.

Ela soltou uma risada fraca pelo nariz.

– “Não há rara beleza, sem alguma estranheza na proporção.”- disse por fim - Isso é o que eu mais gosto em você. Principalmente do seu cabelo. Gosto muito do seu cabelo.

– Você... São as coisas mais estranhas em mim.

– Eu também sou estranha. - falou franzindo as sobrancelhas, como se fizesse uma lista. - Tem uma parte do meu cabelo que eu tenho que deixar atrás da orelha o tempo todo, porque insiste em armar e ficar pra cima, não importa o quanto eu tente arrumar. Eu falo sozinha como se estivesse alguém do meu lado pra ouvir e dar conselhos, fico tensa com partes de filme que já vi mil vezes e toda vez que leio Romeu e Julieta, acho que o final vai mudar, e sempre me decepciono. Ontem fui pro hospital usando um All Star, consegue imaginar o que falaram?

– Não é uma lista muito grande. - brincou. - Mas não acho isso estranho em você.

– Bom, uma pessoa, pelo menos. Ontem sonhei com você. - disse rapidamente. - Que estávamos naquela biblioteca de Portugal, da Universidade de Coimbra, eu esqueci o nome...

– Joanina. - Spencer encostou a cabeça no banco sorrindo, encarando a frente do jatinho, com o olhar praticamente perdido.

– Isso. - ela sorriu. - E só ficamos lendo. Spence, foi tão real.

– É horrível ter sonhos assim, não é? - ela concordou, surpresa.

– A decepção ao acordar.

– Depois... Depois de Maeve - JJ e Morgan ao ouvirem o nome, se olharam preocupados, mas acabaram ficando aliviados quando percebeu que não tinha tristeza em seu tom. -, sonhei que eu e ela estávamos na universidade de Oxford e Sleepwalk começou a tocar. Nunca tinha ouvido a música completa, mas meu subconsciente deve ter achado que seria um bom momento para tocar e... Enfim, eu acordei e por uns dois segundos, realmente acreditei que ela estivesse lá.

Charlie ficou em silêncio por um momento, sem saber exatamente como se sentir ou o que falar. Odiava saber o quanto Spencer sofreu e algumas semanas depois que começaram a se falar, sentiram confortáveis o suficiente para falar sobre Maeve e Charlie sobre Matthew.

Mas às vezes ela sentia que Spencer falava com ela para matar a saudades de Maeve. Charlie ainda lembrava-se de como ele vazia relações com ela.

– Sinto muito. - disse por fim, sem muita emoção na voz, com seus pensamentos ainda um pouco confusos. - Não sabia que essa música te fazia lembrar dela.

Spencer ouviu só o silêncio da outra linha, sem mais a música no fundo.

– Não precisava ter desligado a música. - ele disse, sem entender a mudança repentina em sua voz.

– A próxima seria a que eu dancei com Matt e Frances na formatura de ensino fundamental dela. - Charlie não mentia, mas não era por isso que havia desligado.

– Por que está assim? - perguntou se sentando direito na cadeira.

– Assim como?

– Assim. - falou simplesmente.

– Nada, Spence. - ela forçou um sorriso, sabendo que isso afetava seu tom de voz. Não faria sentido ficar chateada, afinal de contas, Spencer e ela nunca tiveram nada. Nada sério, ou enquanto um dos dois não estavam bêbados. - Você deve estar muito cansado, acho melhor desligar.

– Charlie, eu só quero falar com você. - falou esfregando os olhos, cansado, mas sabia que logo ela iria dormir para acordar cedo no outro dia, e demoraria para voltar a ouvir sua voz.

– Por que? - perguntou se sentindo a pessoa mais estúpida do mundo por estar triste porque seu melhor amigo lembrava-se da ex que foi morta na sua frente. Não havia nenhum outro motivo se não egoísmo.

– Porque eu quero ouvir sua voz. - ele não entendeu onde ela queria chegar.

– Por que...?

– Porque eu... - ele respirou fundo sem entender o porquê exatamente. - Porque eu sinto sua falta.

– Por que? Estou brincando. - disse depois de um tempo e ele acabou sorrindo, ainda com as sobrancelhas franzidas em quase tristeza. - Sinto sua falta, também. Eu só... - Charlie realmente cogitou em perguntar se ele ainda amava Maeve. É claro que ama, se interrompeu, nunca chegou a tocá-la e quando a viu, foi morta na sua frente.

– "Só" o que? - perguntou.

– Esquece, Spence. Só to divagando aqui.

– Então divague em voz alta. - ele disse distraído e Charlie, sentindo seu coração praticamente pular de seu peito.

– Sabe, Spence, eu sou muito romântica e eu odeio isso. - começou a falar, sem pensar muito. - E tem uma citação que diz "me sinto viva quando morro de amor" e isso é muito real pra mim, porque eu amo sentir demais. Mas você não sabe, é demais mesmo. Não acha que todo mundo deveria ter a sorte de encontrar o amor de sua vida, mas o azar de perder essa pessoa é devastador, você sabe e... Spence, me desculpa, eu... - ela parou de falar quando percebeu que ele era uma dessas pessoas. Ele apenas maneou a cabeça, percebendo que ela não falara aquilo com pesar. Talvez estivesse superando Matthew...

– Continua, sobre qualquer coisa.

– Spence. - ela o chamou, cautelosa, e ele acabou sorrindo.

– Oi?

– Eu... Eu queria te perguntar uma coisa.

– Pode falar.

– Você não precisa responder se não quiser.

– Pode perguntar, Charlie.

– Você... - ela respirou fundo. - Você ainda ama Maeve?

Ele engoliu em seco e abaixou o olhar. Não estava chateado com a pergunta muito menos com Charlie.

– Não precisa responder. - ela disse com um tom mais baixo após um tempo. - Me desculpe.

– Não, eu... Eu não sei na verdade. - admitiu. - Tenho pensado nela cada vez menos e...

– Sabe, Spence, eu não deveria ter perguntado isso.

– Teve um motivo para ter perguntado. - pensou alto. - Por que?

– Porque eu estou me sentindo culpada. - ela respondeu tão rápido que era como se já tivesse pensado em todos os rumos que essa conversa tomaria.

– Culpada...?

– Porque eu não penso mais em Matt.

Spencer não entendeu porque segurou um pequeno sorriso.

– E isso é ruim...?

– Achei que não seria. Mas eu estou me sentido culpada por...

– Eu não amo mais ela. - Spencer a interrompeu e ficou surpreso. - Digo, é claro que vou me lembrar das conversas e da primeira vez e última que a vi, mas... Só não me machuca tanto. O amor acaba, não acaba...?

– Com algumas pessoas acho que sim. - Charlie respondeu com a feição séria. - Agora me deixe ouvir você. - disse querendo quebrar o clima tenso que achou que estava se formado.

– Sobre o que quer que eu fale? - perguntou um pouco sem graça.

– Sobre o que está pensando.

– Thomas Merton.

– O que sobre ele?

– Uma citação. “O amor é o nosso verdadeiro destino. Não encontramos o sentido da vida sozinhos, e sim com outro”.

– “Não descobrimos o segredo de nossas vidas apenas por meio de estudo e de cálculo em nossas meditações isoladas. O sentido de nossa vida é um segredo que nos tem de ser revelado no amor, por aquele que amamos” – ela completou. - Gosto dessa frase. Por que estava pensando nela? – Charlie não sabia que Maeve havia escrito isso no livro.

– Porque estou falando com você. – ele respondeu sem pensar e ela prendeu a respiração sem perceber.

– Spence, você... – parou de falar quando ouviu alguém chamado o nome de Reid e ele sentiu Rossi balançar seu braço.

– Chegamos. - ele disse rindo um pouco. Spencer olhou confuso para todos e percebeu que era verdade. A viagem foi rápida demais para ele. Pegou sua pasta e passou pelo pescoço, bagunçando um pouco o cabelo.

– Tudo bem? - Charlie perguntou.

– Tudo. - ele respondeu ignorando os olhares. - Te ligo quando chegar em casa.

– Tá bom. - ela sorriu por perceber que ele queria falar mais tempo com ela. - Tchau.

– Tchau. - respondeu segurando um sorriso ao perceber o tom um pouco animado dela quase disse "tá bom", e guardou o celular. - Calem a boca. - disse para Morgan e Hotch, que olhavam para ele com sorrisinhos.

Andou rapidamente até seu carro, que usava poucas vezes, mas ouviu Garcia o chamando.

Junior G-man, nem vá pra casa. Temos outro caso.

~*~

Quando voltou para o prédio da BAU, todos tinham a mesma cara de mau humor e mal falavam uns com os outros, só entraram na sala de reunião e esperaram Garcia aparecer com o controle.

– Esse caso é diferente. - ela disse depois que entrou e fechou a porta da sala. - Esse homem, John Everett, sequestrou dez crianças entre quarto e nove anos e cinco apareceram mortas, sentadas em bancos de diversas praças da cidade. O problema é que cinco dessas ainda estão desaparecidas e, de acordo com o tempo que ele demorou para colocá-las nas praças, temos chances de elas ainda estarem vivas. Todas tinham alguma doença psicológica.

– Mas então o que...? - começou Reid, porém a loira o interrompeu.

– Os polícias locais o feriram gravemente durante a busca e ele está em um hospital. Vocês estão indo para lá porque não conseguiram tirar informações de onde as crianças poderiam estar. E de acordo com as estáticas, se não demorarmos mais de três dias, elas têm 56% de chances de estarem vivas. Quando chegarem, pediram para chamar pelo doutor Robert Makin.

– E onde é...? - JJ fez uma careta ao ver as fotos das crianças.

– Na terra atual da sua gênia, Reid, New Haven. – ela disse desligando a TV e Spencer não disfarçou o sorriso.

–---x----

– Somos do FBI, precisamos falar com o doutor Robert Makin. - Morgan mostrou o distintivo para a recepcionista que pegou o telefone e esperava alguém atender. O agente percebeu que Reid olhava para os lados procurando Charlie. Ele sabia que era aquele o hospital onde ela trabalhava com a sua equipe. Hotch e Rossi analisavam o comportamento de Everett enquanto JJ lidava com a imprensa.

Duas mulheres saíram de uma das salas com portas de vidro. Uma família se abraçava e um dos enfermeiros fechou as persianas, dando um momento de privacidade. Uma das mulheres vestia um jaleco, era quase vinte centímetros mais baixa que a outra morena que andava a sua frente, Charlie. A oriental baixinha chamava a outra.

– Mas ele morreu e... É uma vida! - disse, com a voz embargada, atraindo os olhares dos agentes.

– Sim, é uma vida. - Charlie não havia visto a equipe parada e Blake impediu Spencer de ir lá, querendo ver o que iria acontecer. Ela se voltou para a outra e continuou com uma voz discreta. - Uma começa e outra acaba. Tem noção quantas pessoas estão nascendo nesse minuto? Uma média de 180. E sabem quantas estão morrendo? 102. - a garota olhou para Charlie com os olhos marejados. - Jessie foi mais uma dessas 102 e não é culpa de ninguém. Como pessoas morrem em hospitais, morrem em acidentes de carro ou sendo vítimas de assassinos. Jessie tinha pneumonia, a terceira doença que mais causa mortes. Fizemos tudo o que podíamos.

– Elas não podem ser apenas números. - Charlie respirou fundo, pensando se estava discutindo com uma criança.

– Não estou dizendo isso, Dra. Caham. - Charlie usou um tom irônico ao falar o nome dela e depois agradeceu a um enfermeiro que lhe entregou um jaleco branco. - Eu fico triste. Lembra-se de Lisa? Aquela garotinha de onze anos que faleceu semana passada? Eu chorei por ela. Lisa não merecia ser parte daquele número, mas ela foi. - ela vestiu o jaleco e Spencer se lembrou de quando ligou para Charlie e ela o atendeu chorando por conta da criança. - E sabe por quê ela morreu? Porque minha equipe deu o diagnóstico errado. Eu me culpei, Park, você sabe disso. Mas você não pode deixar isso te consumir, entendeu? Se não o seu trabalho aqui, que supostamente é pra ajudar pessoas, vai virar um inferno.

– Dra. West, eu... - Charlie verificou o celular, sem tirá-lo do bolso. - As pessoas boas deveriam ter alguém para se sentir mal por elas.

– Eu sei disso, Caham. É por isso que não fazemos piadas quando alguém falece, é por isso que abraçamos a família e falamos que iremos fornecer tudo o que precisarem durante as primeiras semanas. - o celular vibrou mais uma vez e Charlie revirou os olhos quando leu o que estava escrito. - O que você deu para o paciente do 106?

– 4mg de...

– Eu falei 2. - a calma da voz dela fez a outra doutora colocar o cabelo para trás da orelha por conta do nervosismo. - E eu acho que seu cabelo deveria estar preso, de acordo com as normas. Estava lidando com um paciente, não estava?

– Sim, eu...

– Quarto 205 precisa de 3mg de Ativan. - ela deu as costas para Park, que andou até Charlie novamente.

– Mas...

– 3mg de Ativan. - a garota se virou para a outra doutora, bem mais baixa que ela.

Eles observavam sem acreditar que era Charlie. Sabiam que ela era quase tão inteligente quanto Spencer, mas vê-la receitando remédios e mandando em pessoas mais velhas era impressionante. Spencer achou que ela parecia mais velha vestida daquele jeito.

Ela voltou a andar com pressa depois, sem ver a equipe no final do corredor, que esperavam o Dr. Makin.

– Charlie. - Spencer a chamou e ela olhou para os lados perdida por um momento, até o ver. Ela sorriu abertamente assim como ele, quase sem acreditar que era Spencer na sua frente. Os dois andaram um para o outro e se abraçaram. Um abraço que durou tempo demais, ambos com os olhos fechados. Ela apoiou a testa no ombro dele, não sabendo porque ficou com uma vontade imensa de chorar quando finalmente o viu. Spencer passou os dedos carinhosamente pelos cabelos escuros dela, enquanto sua outra mão apertava sua cintura para mais perto dele.

– Eu senti sua falta, Spencer. – ela disse ainda no abraço.

– Eu também, muita. – ele respondeu. – Você está linda.

Ela se afastou dele e sorriu, sem acreditar. Estava com um rabo de cavalo bagunçado e o jaleco um pouco amassado, assim como as roupas que estavam por baixo dele.

– Spencer... – disse com um sorriso menor e mais tímido.

– É verdade. – ele riu um pouco por conta de sua expressão,

– Bom, obrigada... Sei que não suporta hospitais. – ele riu um pouco - A iluminação, não é?

– É, um pouco.

– É melhor não reclamar. Eu amo a iluminação. – ela sorriu e ele iria responder algo quando Morgan tossiu forcadamente.

– O casal terminou? – perguntou e sorriu, dando um abraço em Charlie.

– Você já sabe. – ela respondeu. - Só amigos.

– Ok, mas “só amigos” não se abraçam e se olham assim. – Derek argumentou sério, e ambos coraram fortemente. - Jaleco, ahn? - comentou surpreso antes que Reid pudesse responder.

– Se eu usar acham que estou brincando de ser médica, se não usar têm certeza. - comentou bem humorada. - Vão ficar até quando?

– Não sabemos, talvez... - Spencer começou a falar, mas parou quando um homem alto de cabelos pretos e olhos verdes se juntou a Charlie, colocando a mão em seu ombro.

– Me chamaram, achei que ninguém da equipe estivesse aqui. – ele disse e cumprimentou os agentes, sem balançar a mão de Spencer. – Sou Dr. Makin.

– Por que chamariam a equipe? – Charlie perguntou levantando o olhar e Spencer franziu as sobrancelhas sem perceber.

– Lawrence nos avisou, mas você não estava aqui. Estamos responsável por esse caso, também. – ele explicou para Charlie, percebendo que ela já conhecia os agentes.

– O que? – ela franziu as sobrancelhas e arregalou os olhos. – Estamos com dois pacientes, além dos da clínica.

– Não sabia que seria tão ruim trabalhar com a gente. – brincou Morgan e Charlie sorriu, maneando a cabeça.

– Não é isso, é que... – ela começou mas Derek a interrompeu balançando a cabeça.

– Lawrence diz que podemos. – Robert disse e o celular de Charlie começou a apitar.

– Quarto 205. – ela disse baixo para Robert e abraçou Spencer rapidamente e não percebeu que, antes de se afastar, segurou o rosto dele e beijou sua bochecha. Em seguida andou até um dos quartos, depois de dizer tchau para Morgan e Blake, mas o outro doutor a parou.

– Almoço, West? - Robert perguntou e Spencer arregalou os olhos.

– Não, Rob. Você tem namorada. - ela respondeu, entrando na sala e fechando as portas de vidro. O homem assentiu quando ficou para fora da sala e sorriu confiante, disfarçadamente. Reid olhou para a sua equipe com as sobrancelhas franzidas e a boca semiaberta.

– Sua namorada cresceu, Reid. - Morgan sussurrou rindo e Spencer ficou com a mesma expressão por algum tempo. Robert os guiou até o quarto de Everett, explicando as condições médicas dele e o que poderia acontecer caso não houvessem as devidas precauções em relação ao psicológico dele.

A última vez que Spencer viu Charlie naquele dia foi quando quatro pessoas – provavelmente doutores - estavam a sua volta, todos falando rapidamente, enquanto ela balançava a cabeça, tentando fazê-los parar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Zugzwang" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.