Zugzwang escrita por MB


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Uns quatro dias desde que não posto, acho, mas está aqui!
Espero que gostem..!



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Spencer e Charlie continuaram a conversar e ignorar as perguntas de Morgan e Garcia como “nunca se beijaram?”, “são perfeitos, nunca pensaram em ter pequenos gênios?” e perceberam que eles estavam guardando os comentários durante o almoço. O celular de Charlie continuava vibrando. Na terceira vez que isso aconteceu, Spencer percebeu a tensão que tomava conta dela a cada vez que o aparelho avisava que algo havia chegado. Os dois olharam para o celular ao mesmo tempo e o olhar desconfiado de Spencer se encontrou com o nervoso de Charlie.

— Estão vendo?! – Penélope praticamente pulou. – Esses olhares nada discretos na frente de todo mundo. É paixão incontrolável...!

Spencer se levantou e pegou o celular, andando para fora da sala. A garota revirou os olhos e andou atrás dele.

— O que foi isso? – Penélope perguntou para os outros, boquiaberta. – Briga telepática de gênios...?

Os agentes manearam a cabeça sorrindo e voltaram para seus trabalhos, exceto JJ que começou a brincar com Henry e os carrinhos, fazendo-o rir o tempo todo.

— Spencer, não precisava ter pegado meu celular daquele jeito! – Charlie cruzou os braços na frente dele.

— Desculpa, mas o que está acontecendo? – ele entregou o aparelho para ela. – Toda vez que seu celular toca parece que tem uma arma apontada pra sua cabeça. Me mandou uma mensagem achando que eu tinha mandado outra, se fez isso sabe que não foram seus amigos. Precisa me falar o que está acontecendo.

Por um momento Charlie considerou falar tudo: sobre os sonhos, mensagens e o que realmente aconteceu com seu pai.

— Mensagens idiotas, Spence. – ela disse simplesmente.

— Idiotas que deixaram você preocupada. – ele argumentou. – Desde quando você tem recebido?

— Desde o caso de Kutner. – ela hesitou antes de falar. – Pioraram quando começamos a nos falar com mais frequência.

— Charlie, por que não me falou?

— O que você faria...?

— Maeve estaria viva se eu tivesse tentado descobrir o stalker dela. – ouvir seu nome fazia Charlie sentir uma mistura de coisas.

— Spence... Eu sinto muito, mas eu sei que você não pode fazer nada em relação a essas mensagens.

— Como...

— Por que está tão preocupado? – ela o interrompeu, mas de uma maneira doce, quase sorrindo. – São ameaças sem fundamentos.

— Ameaças...? – Charlie engoliu em seco.

— Não exatamente, só... – ela maneou a cabeça e entregou para ele o celular, mostrando a última que recebera. Foi naquele momento que Spencer percebeu o quão cansada Charlie estava, com os olhos caídos e demorava mais que o necessário para piscar.

— Ok, me desculpe. – ele devolveu o aparelho e disfarçou o quão preocupado e tenso ficou ao ler.

— Não se desculpe. – ela sorriu, disfarçando o cansaço.

— Você está exausta, vamos pra casa. – Charlie sorriu achando aquilo a coisa mais fofa. Spencer voltou para a sala para pegar sua pasta e não ficou surpreso quando todos o olharam.

— Se resolveram? – Morgan perguntou.

— Não brigamos. – Spencer colocava papéis dentro da pasta rapidamente e os agentes só sorriam.

— Que bom, ache que já estavam no nível de conversas telepáticas, sabe? Amor de gênio.

Spencer não respondeu, só saiu da sala e sorriu tímido para Charlie, que segurava a porta do elevador.

—----x-----

— Ainda quero ver os episódios que não vi de Dr. Who. – Charlie comentou enquanto Spencer colocava um livro na prateleira, que estava jogado pelo apartamento.

— Os DVD’s estão na gaveta no raque. – ele apontou para uma das gavetas e tentou não olhar muito para Charlie quando ela se abaixou para achar as temporadas. - Achei que estava muito cansada.

— Vou ser um dos Doutores. Preciso saber algo sobre isso. – ela deu de ombros e se sentou no sofá, Spencer logo em seguida. – Não se importa em ver tudo de novo?

— Nem um pouco.

— Que bom. É bom eu gostar dessa série, tenho muitas pra por em dia.

— Você vai. – ele assegurou-a. – E você nem estas vendo tantas, só House, Game Of Thrones, The Walking Dead e Gotham.

— Spencer, você se esquece de que eu não consigo ver as coisas em uma super velocidade e entender. – ela riu. – Não sou um gênio. E ainda tem Friends, que eu absolutamente vou ver, e Dr. Who, se eu gostar.

— Você vai gostar. – Charlie fez uma cara de “quem sabe?”, o que fez o sorrir. Começaram ver os episódios e Spencer percebeu que ela realmente entrava na história, mexia os pés para aliviar o nervosismo, assim como mordiscava as unhas.

— Eu não ando dormindo muito, sonhos não muito bons. - ela disse do nada, depois de quase uma hora - Por isso estou parecendo tão cansada .

— Sobre o que? - Spencer a olhou. Charlie ainda encarava a TV.

— Meu pai.

— Há quanto tempo não dorme bem?

— Quase uma semana. É tipo um sonho que continua, sabe?

— Como um filme?

— Como um filme. E isso é horrível.

— Tive alguns assim, depois de... Você sabe. - Charlie assentiu. Depois de Maeve. - A psicologia diz que os pesadelos são uma forma que o subconsciente acha de liberar alguém do sofrimento constante.

— Que forma ótima. - Charlie disse irônica e Spencer sorriu.

— Normalmente esses sonhos que parecem filmes acabam quando você vivência toda a cena. - os dois olhavam para a TV, estavam lado a lado, com os braços praticamente colados.

— Já fiz isso. Não adiantou nada...

— Então você precisa conversar.

— É... - ela bocejou e voltaram a olhar para a TV. Ficaram quase três episódios sem falar nada, só mexendo e brincando com as mãos um do outro, até que Spencer sentiu um peso em seu ombro e Charlie parou de mexer os dedos. Ela respirava profundamente e era como se literalmente tivesse capotado, já que o cabelo estava todo em seu rosto. Ele tirou as mechas do lugar e colocou atrás de sua orelha.

Sem perceber, um tempo depois já estava dormindo.

Spencer acordou com batidas insistentes na porta. Estava deitado no sofá e Charlie estava a sua frente, dormindo como se não ouvisse as batidas. Os episódios continuavam passando e Spencer desligou a TV quando se levantou, tentando não acordar Charlie. Colocou o cabelo para longe do rosto e abriu a porta, sem disfarçar a cara de sono.

— Oi? – ele perguntou meio perdido quando viu Garcia parada na frente da porta, segurando uma bolsa rosa e uma maleta prata, cada uma em uma mão.

— Estava dormindo? Achei que já estivesse pronto pra festa. – a loira entrou no apartamento e colocou a maleta na mesa e percebeu Charlie, que agora estava espalhada pelo sofá. – Dormiram juntos?

— Não, estávamos vendo Dr. Who e... – ele pegou a cafeteira e colocou o restinho de café que tinha em uma caneca.

— Spencer Reid, nunca pensei que esqueceria sobre qualquer coisa envolvendo Halloween. – ela colocou as mãos na cintura e Spencer colocou a caneca já vazia em cima da pia.

— Não esqueci, só dormimos...

— A tarde inteira!

— Que horas são...?

— Oito e meia.

— E que horas começa? – ele perguntou franzindo a sobrancelha.

— Nove e pouco. Vai tomar um banho que eu vou me arrumar com a Charlie. Vou deixar ela maravilhosa, você vai ver.

Spencer obedeceu, sem saber muito o que fazer. Quando saiu do quarto, já vestido com as roupas do Quarto Doutor, mas sem o chapéu, a primeira coisa que ouviu foi a risada de Charlie e um “digo mesmo”, de Garcia.

A loira vestia uma saia rosa pink e uma blusa branca com o desenho da Hello Kit estampada. Spencer não imaginava algo diferente para ela. Charlie vestia uma saia preta e uma camisa branca. Os suspensórios vermelhos estavam caídos ao lado da saia e ele não achou que ela poderia ficar mais bonita.

— Ei. – ela sorriu para ele. – Eu fiz mais café, é o único jeito de eu acordar de vez. Quer?

— Não, obrigado. – Charlie olhou de relance para Garcia, que colocou uma tiara com orelhas de gatinho. – Vocês estão lindas.

— Obrigada, gênio. – a loira sorriu e Charlie andou para perto de Spencer, eles estavam com menos diferença de altura graças ao salto que ela usava. – Sabem, Morgan e eu não terminamos de implicar com vocês dois.

— Imaginamos. – Spencer disse e entregou a Charlie a gravata borboleta que havia prometido.

— A festa vai ser em um salão, porque esse ano foi o com mais casos bem sucedidos! Os diretores acham que é um bom jeito de comemorar. Vai ter muito álcool, não quero vocês dançando bêbados por aí. – ela disse depois de andar rapidamente até Charlie e puxá-la para a mesa onde sua maleta prata estava. – Escolha um batom, amor.

— É com Spence que você tem que se preocupar. – Charlie sorriu rapidamente e começou a abrir alguns batons, fechando-os em seguida, achando muito rosa. Spencer maneou a cabeça, sabendo que ela não esqueceria daquilo muito rápido. – O cara com memória fotográfica conseguiu esquecer uma noite de bebidas quando tinha quinze anos.

— Fui nesta festa a para provar meu argumento de que festas não são muito boas, com exceção o Halloween, é claro. E obrigado por lembrar. Prometi nunca mais beber. – ele disse, no fundo sabendo que quebraria essa promessa.

—----x-----

Spencer já havia bebido mais do que conseguia. Rossi e Charlie bebiam whisky como velhos amigos e conversavam por horas. O agente ficou surpreso com ela em relação à bebida, e sua resposta foi simplesmente "às vezes tinha que acompanhar meu pai". Spencer se sentiu um pouco mal por ela, então começou a falar fatos aleatórios sobre álcool e quando menos percebeu, já estava ficando bêbado.

Estavam Reid, Rossi, Morgan, Garcia e JJ em uma das mesas, um pouco afastados de onde as pessoas dançavam, contando para Charlie histórias sobre os casos que haviam solucionado.

— E o suspeito colocou uma arma na cabeça da criança. - Rossi continuou. Charlie estava com a boca semiaberta e mal piscava. - Morgan tentou negociar, mas ele matou mais dois reféns.

— E Reid, que deveria estar com Garcia e Kevin, coloca um dos coletes à prova de bala e sem a permissão de Hotch - JJ lançou um olhar reprovador para Spencer, o que fez os outros agentes rirem. -, entra na casa do suspeito, tenta conversar com ele e acaba sendo baleado umas duas vezes.

Charlie olhou horrorizada para Spencer..

— Três, JJ. - Morgan a corrigiu e Charlie percebeu o que estavam fazendo. - Salvou a criança. Você deveria se casar com um herói assim, Charlie.

— Muito sutis vocês. - ela riu e Spencer ficou distraído pelas luzes vindas de onde as pessoas dançavam. – Mas se querem saber, vamos ter dois lindos filhos chamados Arthur e Agatha. - ela disse com a feição seria, mas brincando e foi quando eles perceberam que Spencer estava bêbado, já que ele não olhou para baixo sorrindo envergonhado.

— Agatha? - ele perguntou confuso.

— Agatha Christie. - ela explicou e ele fez um "ah".

— Quanto você bebeu? - JJ perguntou para Spencer.

— Eu... Ei, vamos lá pra fora? - ele se interrompeu como se nunca tivesse começado a falar e olhou para Charlie.

— Vamos, Spence. - ela se levantou e lançou um olhar de "calem a boca" para Garcia e Morgan, que já seguravam as risadas.

Eles passaram por alguns adolescentes dançando, crianças brincando com os pais e alguns adultos que não queriam demonstrar que estavam gostando de se fantasiar. O céu estava quase sem nuvens e as luzes da cidade impediam as estrelas de aparecer. Os dois saíram do salão e foram para um espaço externo, como uma sacada. Além de Charlie e Spencer, só estavam um casal de senhores observando a vista, mas foram para o canto oposto quando viram os dois.

— As pessoas deveriam estar aqui, é muito melhor do que lá dentro.

— É. – ele se apoiou na grade branca, assim como Charlie. – Hoje faz onze meses e treze dias desde que Maeve morreu e eu estou triste, é claro, mas não tanto quanto achei que estaria.

— Você está superando, isso é bom.

— Você me ajudou.

— Se depois de horas no telefone não ajudasse, ficaria preocupada. – ela brincou e Spencer sorriu.

— Também ficaria depois de eu te ligar na madruga repetidas vezes e você não ficar irritada. – Charlie balançou a cabeça e deu um sorriso fraco.

— Eu também te ligava, e valia a pena ser acordada, porque as conversas da madrugada sempre são as melhores.

— É, são.

— Foi em uma dessas que descobri sobre sua fraqueza com bebidas, Reid.

— Me chame de Spencer, ou Spence. - ele disse apesar de saber que Charlie imitava os outros agentes.

— Por que?

— Gosto quando você me chama de Spence. E todo mundo me chama de Reid e você não é todo mundo.

— Você está mais bêbado do que eu pensava. - ela sorriu e percebeu que ele havia perdido o chapéu e o cachecol. – Ah, e foi em uma dessas conversas que você me falou que contou uma piada em uma palestra, ou algo do tipo, e ninguém riu.

— Então eu te contei e você riu.

— Porque é idiota, Spence. - Charlie segurou o sorriso ao se lembrar da piada. - É muito idiota.

Eram três e pouco da manhã, mas nenhum dos dois estavam com sono. A maioria das luzes das casas que conseguiam ver estavam apagadas, mas havia uma que constantemente acendia. Isso incomodava Charlie, mesmo sem ela saber por quê.

Spencer se virou para ela e foi quando percebeu que estava perto demais. Ela ainda tinha um sorriso de canto de boca enquanto repassava a piada na sua cabeça e quando percebeu a proximidade só o encarou. Ele fitou os olhos azuis escuros dela que se destacavam por conta da maquiagem que Penelope havia feito.

Spencer colocou sua mão gentilmente no rosto de Charlie, acariciando sua pele com o polegar. O sorriso dela desapareceu quando percebeu o que aconteceria, mas continuou olhando fundo nos olhos dele. Reid alternava o olhar entre a boca e os olhos de Charlie e não percebeu que ela se aproximava lentamente. Ele se curvou um pouco, da mesma maneira que Charlie ficou na ponta dos pés para finalmente juntar seus lábios. Foi um beijo receoso, a princípio, que não durou mais de dois segundos, só tocaram suas bocas. 

 Quando se afastaram, Charlie abriu os olhos logo após que ele, e sorriu timidamente. Se olharam por um tempo, antes de se aproximarem ao mesmo tempo e juntarem seus lábios novamente, em um beijo dessa vez lento, mas ainda profundo. Era como se estivessem desesperados para ficar o mais próximos que conseguiam um do outro. Uma das mãos de Spencer a segurava pela cintura, puxando-a para mais perto, enquanto as de Charlie brincavam os os cabelos dele.

 Charlie interrompeu o beijo que durava mais tempo do que ela imaginou aos poucos, com pequenos selinhos e ficaram com as testas coladas por um tempo, tentando voltar com a respiração para um ritmo normal, antes de os dois voltarem a abrir os olhos. As mãos de Charlie ainda estavam no cabelo e na nuca dele quando percebeu que ela seria a única a se lembrar disso.

 - Tudo bem? - ele perguntou.

— Você está bêbado, não sabe o que está fazendo. - ela disse depois de se afastar gentilmente.

— Não, eu sei. - ele sorriu e percebeu que ainda estavam de mãos dadas.

— Vem, vou te levar pra casa antes que você faça alguma merda. - Charlie apertou a mão dele e tentou atravessar o salão sem que os agentes da equipe de Spence os vissem, mas é claro que isso não aconteceu. Morgan praticamente pulou na frente dos dois, segurando um copo vazio.

— Já vão, pombinhos?

— Vamos. - Charlie respondeu por Spencer, que tinha um pequeno sorriso ao ver as luzes. - Ele está muito bêbado, não sabe o que está fazendo.

— Mas você sabe, ahn! - ele tirou sarro e Penelope andou até o seu lado.

— O que...? - ela franziu as sobrancelhas sem entender por um momento, mas percebeu que eles haviam visto tudo quando Spencer apertou mais a sua mão. - Ah, não foi nada, ok?

— Não tão rápido, garotinha! - Penélope a parou. - Você não está tão bêbada quando ele.

— Não, não estou. - ela continuou tentando passar por eles, mas sem sucesso.

— E mesmo assim vocês se beijaram!

— Agora a gente só precisa de uma carona, por favor. - ela fez a cara de "cachorrinho abandonado", como Penelope havia denominado e a loira cedeu, saindo com os dois da festa.

— Agatha e Arthur, né? - Morgan conseguiu ouvir Reid perguntando enquanto eles atravessavam o salão.

— Isso, Spence. - Charlie respondeu, só querendo que ele parasse de falar na frente dos outros agentes.

— Não se aproveite do gênio, West! - Moran gritou e sua voz ficou meio abafada por conta do barulho.

—----x-----

Charlie agradeceu Penelope, que parecia mais cansada do que aparentava na festa. A loira saiu da frente do apartamento de Spencer sem falar “de nada” ou “boa noite”, só querendo sua cama.

Mesmo não estando sóbrio, Spencer ainda tagarelava sobre estatísticas, porcentagens e curiosidades aleatórias.

— As escadas eram usadas mais como decoração de tumbas, já que os egípcios foram os primeiros a construí-las.

— Hebreus também. – Charlie disse e abriu a porta do apartamento.

Ela guiou Spencer até seu quarto e ele abriu o armário, tirando de lá uma calça de moletom e uma camiseta velha.

— Dorme aqui? - ele perguntou com a voz sonolenta.

— Acho melhor não, Spence. - ela respondeu andando até a porta. Sabia que não sairia de lá tão cedo caso se deitasse. - Boa noite.


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Notas finais do capítulo

Você percebe que está animada com uma fanfic quando escreveu um dos últimos capítulos antes mesmo de terminar kkkk
O que acharam..?



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