Broken Life escrita por Thats Girl


Capítulo 8
Capitulo 08 - Intimacy.


Notas iniciais do capítulo

Hoje é DOMINGO...

E Eu estou aqui novamente com mais uma capitulo maravilhosos, não deu novamente para responder porque novamente está chovendo na minha cidade e a internet está pessimas, eu sei parece uma desculpa esfarrapada mas juro que é verdade meu queridos leitores, quando eu puder, prometo que respondo todos e o mais rápido possível.

Agradeço todos vocês fieis Leitores que comentam todos os capitulo, e cada comentário mais lindo que o outro, amo muito vocês.

MELHORES LEITORES EVER.



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Nos Capítulos Anteriores...

Teimosa

— Alô – Minha voz sai o mais calma possível, tento falar casualmente, mesmo que isso não fosse possível, já que entregava meu incômodo com uma só pequena palavra.  Meus pés se mexem constantemente, podia não ter atendido, ignorado, ou sei lá bloqueado o numero, porque eu nunca fiz isso?

— Senhorita Romanoff é o Dr. Nick Fury – Sua voz calma e serena, sempre seguro, o dono da verdade isso que ele é, acha que tenho que fazer tudo o que ele acha certo só porque ele conhecia minha mãe, eu odiava isso nele com todas as minhas forças.

— É eu sei – Sai seco, eu não queria que tivesse saído dessa forma, mas era incontrolável como eu reagia toda vez que ele ligava talvez falar com ele me lembrasse de o que diariamente eu tentava esquecer.

— Senhorita Romanoff – Porque ele continua a me chamar assim? Quem mandar na minha vida, tomar decisões por mim, me obrigar fazer o que não quero, mas continua sempre a me chamar de “Senhorita Romanoff”, odiava que as pessoas me chamassem assim, pra quê tanta formalidade? – Eu estou ligando de novo porque eu me preocupo com a senhorita, quando nos encontramos pela ultima vez a senhorita disse que entraria em contato – Cada palavra dele que saia tão calma que parecia flutuar na minha cabeça, meu estomago retorcia um pouco mais.

— Eu aprecio a preocupação Dr. Fury, mas eu sei o que estou fazendo – Foram exatamente às mesmas palavras que falei da ultima vez que nos encontramos e das quatrocentas ligações que não pude recusar dele.

— Eu receio que não saiba...

Surpreendente 

— Você é um anjo? – Sua voz está um pouco embargada pelo excesso de bebida, mas eu não me seguro e acabo soltando uma gargalhada.

— É eu sou um anjo

— Meu anjo – Ele parecia convicto disso

E Apaixonante 

— O que você quer Sr. Rogers? – Sinceramente tinha medo da resposta.

— Eu quero muitas coisas, senhorita Romanoff – A intensidade dos olhos dele quando me disse aquela frase, quase me fez entrar em um surto psicótico, eu não sabia nem se conseguiria continuar em pé – Mas por hora, eu quero que você cuide do Will... – Ele completa

— O quê? – Eu não entendi de primeiro momento, mas logo caiu à ficha, ele estava me oferecendo um emprego, por isso estava pouco importando se eu perdesse o meu – Você quer que eu seja babá do Will? Eu sinto muito...

— O Will te adora – ele me interrompeu – É serio, ele nunca gostou de nenhuma mulher que se aproximou de mim, mas ele gosta de você por algum motivo – Talvez porque eu não sou aquelas modelos magras cheia de frescura, penso, mas não falo. – Desde aquela manhã, ele não para de perguntar quando você vai para tomar café com ele...

 

Capitulo 08 - Intimacy

Ao final do dia, quando tudo termina, tudo que a gente mais quer é estar perto de alguém. Então essa coisa onde a gente mantém distância e finge não se importar com os outros é geralmente uma besteirada.

Então nós escolhemos aqueles que queremos permanecer próximos e, uma vez que escolhemos tais pessoas, tendemos a manter contato. Não importa o quanto as machuquemos, as pessoas que ainda estão contigo ao final do dia são aquelas que se vale a pena manter. E, claro, às vezes próximo pode ser próximo demais. Mas, às vezes, aquela invasão de espaço pessoal pode ser exatamente aquilo que você precisa.

Engraçado que nunca precisei de muitas pessoas na minha vida, sempre fui à garota sozinha que fazia tudo sozinha, a estranha por assim dizer.

Mas as poucas pessoas que passaram por minha vida, e que ficaram um bom tempo, elas foram essenciais para ser quem eu sou hoje.

Depois do almoço fui dispensada do trabalho, todos os assistentes foram, teriam uma reunião dos editores e era extremamente sigiloso, o que agradeci com mãos para o céu, já que teria a tarde livre e sabia exatamente o que fazer, pego um taxi para a escola de musica onde os filhos da minha patroa estudam e por assim dizer também Will, tinha mandado uma mensagem mais cedo para Steve quando soube que teria a tarde livre e pedir para buscar Will na sua aula de Musica, e fazermos um passeio, e como ele consentiu fiz todo um plano para tarde.

Sabia que não era certo, envolver alguém tão frágil e que já tinha uma ferida tão grande por não ter a mãe, nessa minha vida cheia de altos e baixos, mas quando me via, já estava fazendo esse tipo de coisa, me aproximando deles, me aproximando dos Rogers, cada vez mais. 

Pego meu telefone e tento ligar mais uma vez para Pepper assim que entro no taxi, tentei a manhã toda, mas só dava caixa postal, não conversei com ela desde ontem, não sei o que está acontecendo, e sinceramente estou com medo de descobrir. 

O taxi para meia hora depois, na grande e famosa escola de musica de Miami, o lugar era enorme e tinha uma estrutura meio antiga, como aqueles casarões antigos, mas tudo ali era de ultima geração, desde os instrumentos até as instalações das salas, só os filhos das maiores nomes de Miami estudavam ali.

Dessa vez o elevador não estava enguiçado para minha alegria, vou até o terceiro andar e paro na ultima sala que é a de violino, os alunos já estão saindo, avisto Will guardando seu instrumento e quando ele me vê vem correndo até mim.

— Natasha – Me abaixo e recebeu seu abraço caloroso.

— Hoje eu vim te buscar para um passeio, o que você acha em garotinho? – Afago seu cabelinho loiro.

— Pra onde nós vamos? – Ele pergunta com os olhos brilhando de animação

Levanto-me quando vejo a professora de musica vindo até nós, ela me dar um leve sorriso e me entrega o instrumento dele. – Obrigada. – A mulher se despede de Will e sai em seguida

— Natasha, para onde nos vamos? – ele volta a perguntar quando já estamos no elevador.

— Surpresa, garotinho curioso – Ele faz de leve um biquinho que me faz sorrir, pequena copia do Steve.

Quando pisamos o pé fora da escola de musica avisto Phil a nossas espera, é claro que ele estaria aqui.

— Eu disse ao Steve que não precisava você vir...  – Will corre para o carro sem esperar nada, ele estava morrendo de curiosidade.

— E você não conhece meu patrão? – Dou duas batidinhas no ombro dele de leve

E abro a porta do carro – É eu conheço – Falo antes de entrar.

                                                                ~*~

Os olhos de Will brilham tão intensamente que chego a compara-los com os olhos de Steve quando olha o filho, seu sorriso doce e grandão me faz querer sorrir do mesmo jeito, ele está tão animado e feliz que me fazia querer proporcionar isso sempre a ele.

O garotinho loiro corre para todo o lado do grande parque de diversões, ele está com algodão doce nas mãos e no rosto todo, nos já tínhamos ido a vários brinquedos eu estava acabada, mas Will parecia com mais energia do que nunca. Como uma criancinha daquele tamanho podia ter tanta energia? Parece que a bateria dele não esgotava nunca.

— Nat, eu posso ir de novo aos carrinhos bate-bate? – Sua voz de criança está tão animada quanto seu corpo que pula e se mexe sem parar.

— Uma ultima vez ok? Já está ficando tarde precisamos ir para casa – Eu não conseguia dizer não a ele. Droga!

Ele sai correndo indo entregar mais uma ficha ao homem dos carrinhos bate-bate, eu me aproximo para poder observa-lo de perto, enquanto isso tento mais uma vez, o celular de Pepper que ficou desligado o dia inteiro, o que era muito estranho.  

Nada ainda, já comecei a ficar preocupada, depois de deixar Will em casa resolveria isso pessoalmente, iria quebrar a porta daquele apartamento se precisasse.

Guardo meu celular já frustrada e volto minha atenção para Will que dirige o carrinho e acena em alguns momentos para mim com seu rotineiro sorriso de criança.

Depois de mais uma hora convencendo Will que não se pode morar em um parque de diversões e nós tínhamos que ir embora que o lugar já iria fechar, eu finalmente consigo arrastar aquele garotinho cabeça dura (tinha a quem puxar) para ir embora.

Phil nos leva direto para casa, Will cai no sono na meta de caminho, não podia culpa-lo ele estava extremamente cansado, correu e brincou em todos os brinquedos existentes naquele parque.

— Phil, você pode me dar uma mãozinha aqui? – Desço do carro na garagem do prédio, e tento pegar Will sem acorda-lo, Phil me ajuda o carregando até a cobertura.

As portas do elevador se abrem, Phil entra primeiro na grande sala, que me lembro muito bem da ultima vez que esteve aqui. Era estranho estar de volta e dessa vez não ser como uma estranha.

Steve está sentado no sofá branco, com os pés em cima da mesa de centro com um laptop em mão, mexendo distraidamente, ele estava diferente do habitual, vestindo uma blusa de malha mole preta de mangas, calças de moletom cinza e cabelo um pouco desgrenhado, tão diferente do habitual e tão lindamente sexy, fico me perguntando se em algum momento do dia ele fica feio, ou chega pelo menos perto disso, mas tenho a leve impressão que a resposta é não.

Ele se levanta assim que percebe nossa presença.

— Achei que você tinha sequestrado meu filho, Já estava esperando o pedido de resgate – Ele estava de bom humor.

— A culpa não foi minha, seu filho que encasquetou com a ideia de morar no parque de diversões, ele já tinha tudo planejado ia pedir o tio Sam para desenhar uma casa para ele perto do castelo assombrado...

Ele sorrir – Aposto que sim.

— Eu vou leva-lo lá para cima – Phil avisa, mas um protesto com um choramingo vem em seguida

— Não, eu quero que Nat, me coloque na cama – Will se ajeita acomodando a cabeça no ombro do Phil, mas abre os olhinhos preguiçosos.

— Você estava acordado rapazinho? – Aperto de leve seu nariz

— Você vai me colocar na cama não é Nat? – Olho para Steve, esperando uma aprovação.

— A Nat vai te colocar na cama filho, mas vai ser bem rapidinho, já tá tarde ela precisa ir pra casa – Steve se aproxima de Phil – Obrigada Phil, nos assumimos daqui – Ele pega o garotinho agora acomodando sua cabecinha no ombro dele. – Você já pode ir para casa

— Mas e a senhorita Romanoff? – ele era adorável – Não quer que eu espere para leva-la?

— Não já é tarde, você pode ir, eu cuido para que a senhorita Romanoff chegue a salvo em casa – Porque eles insistiam em achar que eu era uma boneca de porcelana que quebraria a qualquer momento?

— Obrigada Phil, e desculpe por te deixar tanto tempo nos esperando – Dou-lhe um abraço.

— É um prazer servi-la Senhorita Romanoff – Me fasto dele e faço uma careta, porque era difícil para eles me chamarem de Natasha? – Natasha – Ele entendeu o recado. – Boa noite Sr. Rogers, boa noite Natasha – Ele se despede sumindo segundos depois no elevador.

— Então vamos colocar esse garoto na cama? – Falo assim que estamos só nós três.

— Me siga – Ele sobe as escadas com Will no colo, sem muitas dificuldades.

— Talvez não se lembre Sr. Rogers, mas eu conheço essa casa muito bem.

— Não duvido – Ele murmura divertido.

— O que está insinuando? Que sou curiosa? – Fingo indignação.

— Longe de mim pensar algo assim da senhorita – Ele realmente estava de bom humor.

O quarto de Will era um sonho, todo decorado com super-heróis e o Capitão America se destacava entre todos os outros, na cama onde tinha seu escudo, em um pôster grandão que tomava toda uma parede, e até nos bonequinhos que decoravam o quarto.

Steve coloca o garotinho sonolento em sua cama e o cobre, depois lhe dá um beijo na testa e afaga seu cabelo um pouco o vendo ressonar, eu assisto da porta, ele realmente era outro Steve quando estava com o filho.

— Nat... – Escuto Will me chamar baixinho, ele não abre os olhos, nem se move, apenas chama meu nome.

Eu me aproximo, tomando o lugar de Steve que agora caminha até a porta. – Eu estou aqui querido – Afago o cabelo dele e canto uma musica de ninar qualquer, até ele cair no sono completamente.

Quando me viro Steve está lá com aqueles grandes olhos me olhando da porta, fico até um pouco sem jeito quando caminho até sua direção.

— Ele estava realmente cansado, tadinho – Falo e Steve toma o caminho para o corredor, eu puxo a porta a deixando entre aberta então o sigo.

— Você conseguiu conquistar até o Phil – Steve estava descendo o ultimo degrau da escada, então vira para me olhar, parei quando ouvir suas palavras, não estava entendendo o que ele estava tentando dizer.

— O quê? – Volto a desce, até chegar a sua frente no fim da escada.

Ele sorriu – O Phil, ele gosta de você... Você não viu a preocupação dele se você chegaria em casa bem? – Ele era mesmo um amor, se preocupando comigo daquela forma, eu não estava acostumada com aquilo.

— Eu também gosto muito dele – Afirmo.

— Qual o seu segredo?

— Meu Segredo?

— É, você chega à vida de todo mundo com essa teimosia fazendo o que quer, mandando em tudo, virando a vida de todo mundo de cabeça para baixo... E eu me pergunto se tem como você sair da vida delas, sem que não sinta falta.

— Eu não fui o tempo todo assim, eu aprendi a ser, minhas dores estão aqui – aponto para meu peito – Tem dias que elas doem mais que outros, mas eu tenho que viver, eu não sei por quanto tempo eu ficarei por aqui então... – Eu levanto meus pulsos e monstro minhas cicatrizes para ele – Você não gosta delas, você fica bravo quando as vê, eu posso sentir, mas elas são um lembrete para mim de que se eu não for forte o suficiente, a culpa, a fraqueza, o medo vai tomar conta da minha vida e dessa vez eu posso não me salvar.

Ele se aproxima mais e mais e eu continuo ali parada com os dois olhos arregalados o olhando, como se não pudesse fazer nada naquele momento, ele pega cada pulso meu e os abaixa, ele continua segurado neles quando se aproxima mais, posso sentir o halito quente em meu rosto, eu nunca tinha visto seus olhos tão de perto, como naquele momento.

Eu sabia que não podia deixa-lo tão perto de mim, era perigoso demais, mas naquele momento eu me sentia impotente a fazer alguma coisa enquanto sentia seu toque, minha boca está entre aberta então sinto seus lábios colarem aos meus, ele continuar segurar meu pulsos, mas não me sinto presa por esse ato, abro um pouco mais a boca para que o dê passagem e ele continue, consigo sentir cada músculo do meu corpo relaxar enquanto nos beijamos, há algo tão diferente e intimo como já mais sentir em toda a minha vida, não estamos desesperados por aquele beijo, não é algo que solte faíscas como desejo, mesmo sentindo meu corpo queimar ao seu toque, é algo real, verdadeiro, algo que a muito tempo eu não tinha na minha vida, e sabia que não poderia perder aquilo, por isso me afasto quebrando nosso beijo.

Nossas bocas se separam, mas continuamos ali parados olhando um para o outro sem saber o que fazer ou dizer, suas mãos continuam nos meus pulsos o segurando, como se aquele fosse o motivo de continuarmos tão perto, não era. Eu puxo meu braço de leve e ele os solta então me afasto mais dele.

— Isso não devia ter acontecido, somos amigos e é assim que deve continuar – Passo as duas mãos pelo meu rosto e caminho até o sofá pegando minha bolsa.

— Natasha...

— Tem um motivo pra eu ir para boates e beber, eu não quero um relacionamento e eu não quero me apaixonar... – Sorriu ao lembrar o que falei para Pepper, algo bem diferente disso – Disse a minha amiga que não tinha medo de me apaixonar, de me aproximar das pessoas, dos meus sentimentos – Suspiro e balanço a cabeça negativamente – Mas isso não signifique que eu quero isso para mim, se isso continuar se eu deixar algo assim acontecer de novo, eu vou me deixar envolver, você vai, seu filho vai... As pessoas importantes pra mim sempre se vão, eu não quero que isso aconteça com você ou com Will... Eu adoro seu filho e sinceramente eu me questionei se poderia me aproximar dele, porque sempre acabo afastando todo mundo de mim, mas de alguma forma há algo inevitável nisso, eu quero continuar sua amiga e eu quero continuar na vida do Will, mas é só isso. – Derramo tudo nele, como àquelas chuvas no final do verão. 

— E eu quero que você continue sendo

— Então vamos esquecer isso ok? – Ele assente um pouco contrariado, e eu me aproximo dele lhe dando um abraço repentino, ele pareceu surpreso com minha ação. – Vai ser melhor assim, tudo esclarecido – Quebro o abraço, mas não me afasto, eu tenho algum problema com esses olhos dele, quando os olho não consigo me mexer.  – Acho melhor eu ir... É tarde – Murmuro

— Eu te levo – Steve se prontifica

— Não, não precisa, eu pego um taxi, juro que não pararei na estrada para ajudar desconhecidos – Brinco tentando quebrar aquele momento estranho que se estendia mais e mais

— Natasha – Seu tom mandão estava de volta

— Não precisa, olha já vou até ligar para o taxi – Pego meu celular – Quando eu chegar lá embaixo ele já vai estar me esperando, não se preocupe.

— Então – Ele está contrariado – Me mande uma mensagem assim que chegar

Sorriu, ele era muito controlador e mandão – Tudo bem eu mando, perseguidor.

— Isso é porque você é uma cabeça dura que não ouve ninguém – Ele retruca.

O olho – Boa Noite Steve

E ele sorrir – Boa Noite Natasha.

Sento-me no chão do elevador quando as portas se fecham, coloco minha cabeça entre as pernas, a vontade que tenho é de gritar até esse nó desaparecer da minha garganta, mas não faço apenas fico ali pensando no que realmente aconteceu na ponta daquela escada.

Levanto-me quando o elevador para e caminho até a calçada do prédio, logo o taxi chega para minha alegria, tudo que queria agora era minha cama, meu cobertor meu apartamento que parece mais uma caixa, ia me sentir muito melhor lá.

No calor de Miami, meu apartamento parece mais um inferno, sem janelas suficientes, pequeno e sem ar-condicionado, mas quando entro nele me sinto no paraíso tudo o que precisava agora era minha poltrona verde desgastada e meu cubículo, tiro minhas roupas jogando em cima do sofá estou só com roupas intimas, mas não ligo me sento na minha poltrona desgastada e me encolho nela, pego meu celular então digito:

“A Princesa chegou ao castelo, não precisa se preocupar mais cavalheiro, não terá ninguém para salvar hoje.” – aperto em enviar para “Perseguidor”, assim que estava o contato de Steve.

Volto a me recostar no sofá e me encolher, me distraio rasgando alguns fios verdes, quebradiços do braço da poltrona, até ouvir o celular vibrar.

“Então posso guardar minha armadura?” – Sorriu. Volto a digitar novamente.

“Pode sim, Boa Noite.” – Envio novamente, e antes mesmo que eu volte para meus fios quebradiços da poltrona o celular vibra de novo.

“Durma bem” – Sabia que dormiria.

                                                          ~*~

Hoje é sexta, e sextas são normalmente uma correria dos infernos, mas logo cedo eu recebi uma ligação da Beth me dizendo que podia ficar em casa, pois tudo o que teria que fazer eram ligações de confirmações dos patrocinadores e fornecedores do evento que lançaria um livro novo, esse evento aconteceria antes do lançamento do livro do pai de Stark.

E eu achei que seria moleza sentaria no meu sofá com um belo copo de café forte e um telefone em mãos ligando para pessoas e confirmando tudo, mas estava mais que enganada, tudo estava uma bagunça tive que reorganizar fornecedores, nomear patrocinadores, e a lista não ajudava em nada, porque era mais longa que os números da conta bancaria do Steve.

Minha barriga começa a fazer barulhos estranhos aos exatos meio dia, então como não tenho nada para comer, resolvo tomar um banho e comer em um restaurante perto de casa, a comida de lá era maravilhosa e tinha um “Q” de comida caseira.

Percorro o corredor até meu quarto, tomaria um banho antes, pois meu corpo estava produzindo água suficiente para encher um mar, o calor de hoje estava escaldante.

Vejo tudo escurecer derrepente como se todas as luzes tivesse apago do mundo, perco a consciência, não vejo mais nada, não sinto mais nada...

Quando minhas orbes verdes se abrem estou no chão do meu corredor caída, minha cabeça dói, tento me levantar, mas não consigo o máximo que consigo fazer é me encostar na parede, vou a mão a cabeça sinto algo molhado e logo o cheiro fresco de sangue apodera das minhas narinas, volto a mão para meu ponto de visão e a vejo cheia de sangue, tinha batido a cabeça. Droga!

Fico sentada, encostada naquela parede por algum tempo, minutos, horas? Não sei bem, só tento me levantar quando sinto que minhas pernas estão fortes o suficiente para equilibrar meu corpo e não cair novamente, caminho até meu banheiro e fico a frente do espelho vendo meu reflexo, estou branca como papel, e um pequeno mais fundo corte está na minha testa , quase chegando a sobrancelha, tento limpa-lo mais suspeito que pegarei alguns pontos.

Volto ao meu quarto e procuro meu celular, que está exatamente onde deixei ontem quando dormir, o pego e tento ligar para Pepper, mas está fora de área, mas isso já era esperado ela deve estar em alguma reunião do trabalho, sempre tem reuniões na sexta.

Procuro outro numero na minha agenda, mas não tem mais ninguém que eu possa chamar, então eu tinha que ir para o hospital sozinha mesmo, volto ao banheiro e tento fazer um pequeno curativo com gases e esparadrapo, só para não sangrar tanto, então me visto rapidamente coloco tudo o que preciso na bolsa e saiu.

Não me sentia muito bem, parecia que meu sangue estava parado no meu corpo, não sentia as pernas de novo, talvez fosse à fome, ou a perda de sangue, caminho pela calçada esperando esperançosa que um taxi parasse, mas hoje eles não estavam a fim de ajudar, então tomo o caminho até o hospital mais próximo que ficava alguns metros dali, não era muito longe, mas também não era perto para ir a pé e sangrando ainda. 

Parece que seria uma longa caminhada.

Nos Próximos Capítulos...

 Quando Muitas Pessoas Se Encontram...

Sam, Steve, Pepper, Tony, Nick, Phil, A loira do bar?… Buck? O que diabos estava acontecendo aqui? Porque todo mundo estava aqui? Juntos?

Ou Termina Muito Bem....

— Qual é ruivinha não morra, antes de fazer o lançamento do livro do meu pai um sucesso – A Voz divertida de Tony melhora o lugar, ele era o único de bom humor ali, pelo menos isso.

— Pode deixar Tony, eu prometo... – Ignoro o mau humor de todo o resto.

Ou Muito Mal...

Eu não posso, mas o que eu posso fazer? Eu vou morrer de qualquer jeito pra quê contar isso? Só vai causar mais sofrimento para eles, se submeter a me ver fraca, cheia de dores, para o final ser pior ainda.

 

Domingo, 24 de Janeiro 

Capitulo 09 – Secrets


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Notas finais do capítulo

ATÉ DOMINGO, BJÚÚÚÚÚÚ