Broken Life escrita por Thats Girl


Capítulo 5
Capitulo 05 – Hammock Park


Notas iniciais do capítulo

Hi Guys !!!!

Domingo e eu aqui de novo super cedo, mas novamente vou ter que sair então melhor cedo do que não postar, não mesmo?

Bom para não perder o costume quero agradecer a todos pelo comentário e favoritos, meus leitores lindos e fieis que toda semana comentam lindamente cada capitulo.
E por fim e não menos importante Feliz Natal atrasado para todos e Feliz ano Novo adiantado já que só vamos nós ver dia 03



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Nos Capítulos Anteriores...

Uma Noite, Uma Bebedeira Os Uniu.

– Você é um anjo? – Sua voz está um pouco embargada pelo excesso de bebida, mas eu não me seguro e acabo soltando uma gargalhada.

– É eu sou um anjo

– Meu anjo – Ele parecia convicto disso

Não Há Esforços De Nenhum Dos Dois Para Que Isso Continue

– É uma pagina recheada de tudo sobre o bonitão que você salvou – O sorriso dela se desmancha rapidamente e uma pequena carranca aparece – Em que mundo você vivia que não conhecia o cara mais bem sucedido e lindo dessa cidade? Todo mundo conhece Steve Rogers.

– Eu não conheço, e não quero conhecer. – Pepper já tinha fantasiado toda a comedia romântica que seria eu e Steve Rogers na cabecinha mirabolante dela.

~*~

– Eu não sou seu amigo – Quando ouço tais palavras, quase saiu correndo dali, ele era realmente grosso, tinha me enganado com o negocio de boas maneiras.

Mas Uma Pessoinha Pode Mudar Isso

– Vamos Natasha, meu pai vai gostar de ver você de novo – Will fala me puxando para a grande porta ao nosso lado.

Abro a porta ainda contrariada, mas não tinha muito que fazer, estava sentindo que se não entrasse naquela sala alguém chamaria dois seguranças fortões que me forçariam entrar. Will é o primeiro a entrar já correndo para o pai, ele estava sentado em sua cadeira de CEO concentrado em papeis, muitos papeis, mas quando vê o filho, um sorriso imenso se abre, então se levanta indo abraça-lo o pegando no colo.

~*~

– Senhor Rogers – Me levanto, e o cumprimento com uma aceno de cabeça.

– Senhorita Romanoff – Odeio formalidades, odeio que ele me chame assim. – Entre.

Capitulo 05 – Hammock Park

Confiança é algo difícil quer encontremos a pessoa certa para confiar, ou confiemos na pessoa certa para fazer o errado. Mas entregar seu coração é o mais arriscado de todos. No final, a única pessoa que podemos confiar de verdade é em nos mesmos.

Sempre tive isso em mente, talvez porque a maior parte da minha vida não pude confiar em ninguém, depois veio a Pepper e ela, ela é alguém em quem confio, mas ainda assim tem coisas sobre mim que prefiro que ela não saiba.

Os olhos de Steve estão em mim aquelas duas iris azuis que dariam inveja ao mar mais azul que existe no mundo, não desistem em me deixar desconfortável, eu estou quieta não sabia o que falar ou fazer e aquele olhar dele me deixava mais desnorteada ainda.

– Parece que te devo mais uma senhorita Romanoff – Depois que o silencio começou a ficar constrangedor, ele resolveu falar.

– Você não me deve nada, o Will é adorável e não foi problema nenhum trazê-lo até aqui.

– Eu dispensei a babá dele hoje, isso está um caos – Ele parecia um pouco estressado, mesmo que não demonstrasse tanto – E você... – Ele balança a cabeça e faz uma pausa como se as palavras que ele falaria a seguir fossem difíceis demais para serem pronunciadas – Você me salvando, mais uma vez.

– Pois é, mas não foi nada mesmo – Eu já estou ficando sem graça – Mas agora eu preciso – Me levanto – Ir, já estou atrasada – Ele também se levanta caminhando até mim.

– O que posso fazer por você? Quanto custou? – E ali estava o Steve do jantar de novo, era bom demais para ser verdade. Será que tudo para ele tinha um preço?

– Eu não quero seu dinheiro – Tento sair o mais educado possível, mas era visível que me irritei, com a pergunta dele. Viro as costas e vou em direção à porta.

– Senhorita Romanoff – Ele me chama, mas não ligo continuo a fazer meu caminho até a porta e a abro – Natasha – Me viro instantaneamente mais pela surpresa de vê-lo me chamar assim, do que por ter sido chamada – Eu posso fazer alguma coisa por você? – Sua voz estava firme como sempre, mas tinha algo de acolhedor ali, mas continuo muda, sem falar nada – Uma carona? – Ele sugere

Eu pensei em não aceitar, pensei mesmo, mas ai pensei também em virar uma sem teto e isso sim foi um argumento muito bom para dizer sim, e fora que quem me levaria provavelmente é o Phil, e eu gostei dele.

– Tudo bem seria ótimo, eu estou atrasada mesmo – Dou de ombros.

– Ok – Havia algo em seu rosto, apostei comigo mesma que era um sorriso, ou um protótipo de uma. Steve caminha até a mesa e pega uma chave. O que diabos ele estava fazendo?

– Não é o Phil que vai me levar? – Não consigo me segurar, e a ideia de Steve me dar essa carona me deixa aterrorizada, eu estava tentando fugir desse homem caramba, será que o universo estava tirando uma com a minha cara?

– Não, ele está fazendo um favor para mim – Ele caminha até mim. Próximo demais meu subconsciente sacode minha cabeça, acho que esqueci até de respirar nesse momento, o filho da mãe cheirava muito bem. – Está com medo de mim, senhorita Romanoff – Aquela voz, Meu Deus, alguém me tira daqui, tiro forças não sei de onde e então o encaro tentando não me intimidar, ou pelo menos não demonstrar que estava intimidada e afetada com a aproximação dele.

– E porque eu teria? – Minha voz não sai tão segura como eu queria, mas pelo menos sai.

Eu saiu a frente dele, e caminho até o elevador, se já não estava me sentindo bem aqui que podia ficar longe dele, eu não sei o que faria dentro do elevador, me pego até desejando ele estar quebrado, mas me arrependo quando lembro que estamos na cobertura, mesmo que a ideia da companhia de Steve em um elevador não me deixasse bem, descer escadas poderia me matar.

Steve conversa com a recepcionista bonita com olhar de navalhas por um momento depois caminha até mim, apertando o elevador, as portas se abrem espero que ele entre primeiro, eu ficaria do lado oposto o mais longe possível dele, as portas se fecham e o elevador começa a funcionar, não falamos nada, seu olhar continua em mim, mas não me atrevo olha-lo, não sei o que daria esse contato visual e não estava afim de pagar para ver.

Mais o silencio era o que me incomodava mais, o único barulho que tínhamos naquele lugar era dos meus pés batendo no piso e o barulho do elevador mesmo. Eu não gosto de silencio quando as pessoas não falam, elas procuram algo para fazer, e só em pensar nisso me deixava muito nervosa.

– E o Will? – Pergunto, não ficaria mais em silencio – Ele vai ficar aqui? – Por favor, diga que ele vai com a gente, Por favor, diga que ele vai com a gente, Por favor, diga que ele vai com a gente.

– Tenho muitas pessoas para olha-lo aqui, e ele adora a empresa – Não foi à resposta que eu queria, mas mesmo assim dou um leve sorriso.

– Ele te adora... O caminho todo ele veio falando de você – Era verdade, Will vê o pai como um super herói, como alguém que um dia ele quer ser, eu não conheço Steve Rogers, mas se eu fosse me influenciar pelos olhos do Will eu o acharia a pessoa mais fantástica do mundo todo.

– Ele foi de longe, a melhor coisa que eu já fiz – Só dava para ver, esse outro lado menos “Sou o dono do mundo, todo mundo tem que fazer o que eu quero” quando Steve falava do filho, com certeza.

Não tenho nada o que dizer nesse momento, o que ele tinha dito já sobressaía por se só, voltamos ao silencio até as portas do elevador abrirem, tento sair na frente de novo para não correr o risco de andarmos lado a lado, mas ele segura meu pulso e me detém.

– Porque você foge de mim? – Ele solta meu pulso, quando repara no meu incomodo, seu olhar vai de relance à cicatriz antes de solta-lo.

– Eu não estou fugindo de você, só estou com pressa, muita pressa... Se eu chegar mais atrasada do que já estou minha patroa vai me despedir, ai serei uma sem teto, e eu não quero ser uma – Ele sorrir com minhas palavras, não sabia identificar onde estava a graça, mas ele achou alguma. – Podemos ir?

– Podemos – Caminhamos lado a lado até o estacionamento do prédio, vou seguindo-o porquê não faço a mínima ideia de qual carro de luxo seria o dele, depois de caminharmos um pouco paramos ao lado de um Porsche branco.

Eu tinha duas opções quando entrei no carro, ficar o olhando dirigir, até mesmo começar a tagarelar e falar o que não devia e correr o risco de babar enquanto via a cena de Steve Rogers com uma camisa branca de botões, dobradas até o cotovelo, de óculos escuros dirigindo um carro que o deixava mais sexy do que ele já era se isso ainda for possível, ou ignora-lo o máximo que puder. Eu optei pela segunda opção talvez eu passasse por mal agradecida, mas não por “Sou como todas as mulheres que babam em você” filho da mãe, porque tinha que ser tão lindo? A paisagem da janela do carro nunca foi tão interessante para mim, como estava sendo nesse momento.

Quando meus neurônios voltam a funcionar, e eu paro de imaginar um pouco a cena que se passava ao meu lado, do Steve dirigindo aquele carro, percebo uma coisa, não estávamos no caminho do meu trabalho, viro-me rapidamente para Steve e tento ignorar a imagem a minha frente e só me concentrar na minha raiva.

– Nós não estamos no caminho do meu trabalho – Eu informo, como se ele não soubesse.

– Eu sei – Ele continua concentrado em sua direção

– Sr Rogers, qual a parte de eu estou atrasada e se não chegar ao meu trabalho em cinco minutos eu vou morar debaixo da ponte, o senhor não entendeu? – Ele sorrir, nesse momento eu juro que queria mata-lo com todas as minhas forças.

– Eu garanto a senhorita, que não será uma sem teto.

– Jura? O que você vai fazer? Tentar comprar minha patroa – Murmuro, mas tenho quase certeza que ele ouviu, mas não fala nada – Você pode pelo menos me dizer para onde nos vamos?

– Vamos dar uma caminhada – Ele simplesmente fala, como se fosse à coisa mais normal do mundo, eu o ajudo e ele me coloca no olho da rua, porque é exatamente isso que vai acontecer.

O carro é estacionado alguns minutos depois, eu conhecia aquele lugar nos paramos ao lado de Hammock Park, é um parque bem famoso aqui em Miami, eu já tinha vindo aqui uma vez com Pepper, o lugar é lindo e quando entardece parece que triplica a beleza.

Caminhamos até perto de um belo lago do parque, repouso meus olhos na bela vista e espero Steve começar a falar, ele faz o mesmo fica olhando o lago em silencio por um longo tempo.

– O que a gente está fazendo aqui? – O questiono, já que ele não falou como esperado.

– Sei lá, eu gosto daqui – Era isso? Só isso, nos atravessamos a cidade, só porque ele gostava daquele parque?

– O que você quer Sr. Rogers? – Sinceramente tinha medo da resposta.

– Eu quero muitas coisas, senhorita Romanoff – A intensidade dos olhos dele quando me disse aquela frase, quase me fez entrar em um surto psicótico, eu não sabia nem se conseguiria continuar em pé – Mas por hora, eu quero que você cuide do Will... – Ele completa

– O quê? – Eu não entendi de primeiro momento, mas logo caiu à ficha, ele estava me oferecendo um emprego, por isso estava pouco importando se eu perdesse o meu – Você quer que eu seja babá do Will? Eu sinto muito...

– O Will te adora – ele me interrompeu – É serio, ele nunca gostou de nenhuma mulher que se aproximou de mim, mas ele gosta de você por algum motivo – Talvez porque eu não sou aquelas modelos magras cheia de frescura, penso, mas não falo. – Desde aquela manhã, ele não para de perguntar quando você vai para tomar café com ele...

– Me desculpa, mas eu não posso, o Will é um menino maravilhoso e eu também gosto dele, mas eu tenho meu emprego... Eu não sou qualificada para ser uma babá, pra falar a verdade eu nem sei cuidar de criança...

– Se o problema é seu emprego, eu pago bem melhor que eles, tenho certeza disso – E eu também – E você não precisa de qualificação, só precisa que meu filho goste de você e isso já está resolvido.

Penso um segundo, em todos os pros e contras e a mesma resposta vinha a minha cabeça.

– Minha resposta é não, me desculpa... Eu adoraria ver o Will, se você... Se o senhor permitisse, mas eu não posso aceitar. – Eu me conhecia, e eu não poderia envolver um garotinho inocente na minha vida conturbada.

Repouso meus braços nos corrimões de proteção do belo lago que tinha a nossa frente, e me perco por alguns segundos na bela vista, mas algo mais belo me chama atenção naquele local. Alguns metros a minha direita um casal de velhinhos estão sentados em um banco, enquanto uma artista os pinta graciosamente.

– Quem você acha que compraria aquele quadro? – A pergunta dele me pega de surpresa, não tinha reparado que ele esta me observando.

– Eu acho que muitas pessoas o comprariam, ele é lindo – Respondo ainda observando a cena que se passava.

– Para quem acredita que nada é para sempre, você confia bastante na crença do felizes para sempre das outras pessoas

– Eu não acredito, mas a maioria acredita no “felizes para sempre” ou pelo menos fantasiam isso na cabeça – Retruco, volto a olhar o lago assim como ele – E não sou eu quem vai tirar isso delas.

Ele não responde nada, e o silencio volta a pairar entre nós me concentro em olhar o lago e a vista linda que começava a se pintar no céu, com um lindo por do sol alaranjado, só me disperso da imagem quando sinto um toque, as mãos de Steve estão em meus pulsos novamente, mas dessa vez ele estava ciente do que fazia, no primeiro momento eu me assustei, depois travei, ele virou meus dois pulsos para cima e passou os dois dedões em cima de cada cicatriz

– Me conte sobre essas cicatrizes – A voz dele era calma, serena. Como aquele cara que gritou comigo ou que falou grosserias no jantar, podia ser esse cara também?

Meu coração começou a correr rápido, ele solta levemente meus pulsos, e eu deixo rapidamente meus braços caírem ao lado do meu corpo, não queria vê-las, não queria que ele visse, volto meu olhar para ele. Porque se importa? Eu não o conhecia nem confiava o suficiente para me abrir, diabos! Eu não sei nada sobre ele.

– Eu estava perdida, era jovem e estúpida, não tem uma historia – Sou o mais direta que posso ser – Foi um erro, todos erram.

– Verdade. Todos erram, todos são estúpidos e jovens algum dia, mas nem por isso eles tentam se matar – Porque ele se importava? Eu queria gritar com toda a minha força para ele

– Steve – Chega de formalidades, se ele queria saber da minha vida, eu não precisava ficar o chamando de Sr. Rogers – Eu não te conheço, não sei nada sobre você, a não ser o que vi em revista, você mesmo disse que nós não éramos amigos, então o meu passado não te desrespeito – Pronto falo tudo o que estava engasgado.

– Peço desculpas – ele murmura.

O silencio volta com força total, causa desconforto não só em mim, suspeito que ele também esteja como mais um menos fui eu que causei o desconforto com minha sincera “grosseria” eu resolvo concertar, afinal o cara queria me dar um emprego, do jeito esquisito dele, mais ainda sim foi algo bom.

– Estou com fome, tem um food truck perto daqui, com tacos maravilhosos, eu comi com a Pepper uma vez que vim aqui, você quer? – Me afasto dos corrimões do lago e começo a andar esperando que ele me acompanhe, mas ele não faz.

– Não eu não quero um taco, se você está com fome, vamos a um restaurante – Ele solta daquele jeito todo prepotente dele que me faz rir.

Continuo a caminhar – Como quiser Sr. Rogers – Foi mais para provocar – Eu vou até o food truck comer tacos – Ouço um resmungo acho que ele falou um palavrão.

– Você já conseguiu ouvir alguém, uma vez na vida? – Steve me acompanha, e eu sorriu satisfeita

– Não, eu faço o que eu quero. – Dou de ombros.

Caminhamos um bom tempo até chegarmos a food truck, me aproximo junto com ele do veiculo, e antes de fazer o pedido me viro para ele – Você vai querer um?

Ele ainda tinha uma carranca, talvez um pouco falsa, mas ainda estava lá – Não.

Viro-me para o homem – Me dê dois tacos de frango e cheddar – enquanto espero tento ignorar o máximo a carranca de Steve, que está com ela só porque foi contrariado, como eu disse, ele se acha o dono do mundo.

O homem me entrega os tacos e eu o pago, Steve sai na frente caminhando até mesa de madeira alguns metros do food truck, reparo que o vendedor o observa, então eu me desculpo sussurrando para ele – Desculpa, ele está bravo porque eu troquei um jantar chique pelos seus tacos – Ele gargalha e eu o acompanho, depois caminho até a mesa onde ele está sentado, e me sento a sua frente, não queria ficar muito próxima, acho que já estive próxima dele até demais para um dia só.

– Você não vai querer mesmo? – Enfio o taco na boca e dou uma mordida enorme, aquilo com certeza era uma das melhores coisas da vida.

– Isso é nojento! – Ele retruca

– Isso é um pedacinho do céu, meu caro Rogers.

– Você percebe o quanto isso é ruim para sua saúde? – Ele parecia o Nick agora, mas não me importo estava feliz demais comendo meu taco para me importar com coisas que me causariam indigestão.

Enfiei meu taco em sua cara – Aqui dê uma mordida, você não vai se arrepender.

– Não enfie coisas no meu rosto – Ele se esquiva do taco que está bem próximo do rosto dele

– Para de ser chato uma vez na vida, e prova – Insisto sem mover o alimento do lugar. Ele suspira cansado e então abri a boca dando uma mordida, bem menor que a minha, mas ainda sim uma mordida. Sua boca agora nos cantos tinham pedaços pequenos e frango e molho, pego um guardanapo e tento limpá-lo, ele segura minha mão, no primeiro momento pensei que ele a afastaria, mas ele não faz, seus olhos azuis estão enormes, mas finjo não perceber.

– Tinha molho no canto de sua boca, não queria que caísse na sua blusa branca de trabalho – Explico, ele assente ainda desconfortável.

~*~

A tarde já estava indo embora, o sol já estava quase todo se escondendo, e já, já escureceria, pego meu celular na bolsa e o olho, tem três chamadas perdidas da Pepper, e 4 mensagens, 10 chamadas do trabalho e 12 mensagens e ainda 2 chamadas do Nick, pelo menos essas eu agradeci por não ter atendido.

– Posso te fazer uma pergunta? – Steve me tira dos meus devaneios

– Vá em frente

– Eu estive pensando sobre nosso recente jantar... – Ele parecia nervoso... É claro que ele não tava nervoso, ele nunca demonstra esse tipo de emoção – E você não aceitou minha proposta para cuidar do Will – Abaixo minha cabeça, o Will era a coisa mais fofa do mundo, e doía dizer não a ficar perto dele, mas eu não podia aceitar isso. – Talvez você aceitasse ser...

– Ser... – O encorajo a falar, porque até então não estava entendendo nada.

Ele limpa a garganta e me encara – Ser minha acompanhante.

– O quê? – Quase grito, eu ainda não entendia e parece que ele estava ficando sem paciência com isso.

– Você estaria interessada em e acompanhar em determinadas funções... – Enquanto ele tenta falar eu o olho com a sobrancelha arqueada e olhar desconfiado – Você não precisaria largar seu emprego, porque não seria o tempo todo, sem amarras, e eu te pagaria é claro. – Coloco meus cotovelos na mesa e inclino meu corpo para mais perto dele, se aquilo fosse o que eu tinha entendido isso não terminaria nada bem.

– O que você está tentando dizer? Uma acompanhante... Garota de programa? – Minha voz estava um pouco alterada, não podia evitar.

– Não – Agora ele que tomou um susto – Claro que não, se eu quisesse ter alguma relação com você desse tipo, eu nunca pensaria em dinheiro – Isso era um alivio – O que eu quero dizer é sair, alguns lugares que eu vou que preciso de acompanhante... Eu queria que fosse você – Sorriu, ele estava sendo fofo, falando daquele jeito.

– Você quer dizer como amigos? Sair comigo como sua amiga? – Ele não fala apenas faz sim com a cabeça, era engraçado a dificuldade que ele tinha para falar sobre amizade. – Steve você não precisa me pagar para eu ser sua amiga, só precisa pedir.

– Eu tenho – Ele limpa a garganta e continua – Eu tenho um evento beneficente para ir na quarta, eu queria saber se você iria comigo? – Ok, isso foi inesperado, e meus planos de ficar longe dos Rogers foi por água abaixo.

– Eu adoraria – Respondo, ele ensaia um sorriso para mim.

– Ótimo eu te buscarei a 20h00min, em ponto – o respondo com um sorriso.

No caminho de volta ele está quieto, mas eu tagarelo sobre Pepper, eu sempre gosto de falar sobre minha amiga, lhe conto sobre o sonho dela de ser mãe e como ela está lidando com isso, ele parece meio surpreso com a ideia de família dela, mas não fala muita coisa, também conto sobre o carro que batemos e sobre Tony Stark, e ele comenta que já conhecia o bilionário, por um momento me pego imaginando um lugar com Tony Stark e Steve Rogers juntos, as mulheres deveriam se descabelar para se aproximar deles.

Quando o carro para de frente ao meu prédio, percebo que a viagem de volta foi bem menor que a de ida, talvez eu estivesse mais a vontade com ele.

– Boa noite, Steve, obrigada pela tarde foi agradável – Sem levar em conta que vou perder meu emprego.

– Não se preocupe você não vai perder seu emprego, e se perder eu te ofereci dois – Aquilo foi uma tentativa de piada, ou algo assim?

– Obrigada – murmuro, me aproximando dele, e lhe dando um beijo estalado na bochecha – Nós vemos quarta?

– Nós vemos quarta – Ele repete.

Eu desço do carro, e caminho até a portaria, e ele só da partida quando entro, dou um leve sorriso, o cara ainda acha que eu só sou uma garotinha que não posso me defender sozinha e parece que vou ter que me acostumar com isso.

No Próximo Capitulo...

Antes Do Evento Beneficente, Tem Grandes Preparativos.

– Não, eu vim lhe trazer algo também...

– O quê?

– Um presente

– Presente? – Arqueio a sobrancelha curiosa – O Steve me mandou um presente?

~*~

– O que é isso? – Pergunto com o envelope ainda fechado em mãos.

– Abre – Ela ordena e eu faço. Era um convite o papel era branco com bordas douradas as letras também eram douradas – Você foi convidada para o evento beneficente que ele vai ser o anfitrião – Nem termino de ler, volto a olha-la – Olha como acompanhante...

E Conversas Bem Serias

– Eu não quero me apaixonar, se apaixonar só traz dor e feridas que vão durar um longo tempo para curar... Paixão, amor não traz felicidade, só traz sofrimento, eu não quero isso pra mim... Nem com o Tony, nem com ninguém.

~*~

– Já deu não é campeão? Despeça da Natasha.

– Boa noite Natasha – Ouço sua vozinha novamente

– Boa Noite querido – Ainda me sinto fora de orbita – Durma bem!

– Desculpa – A voz de Steve ressoa, segundo depois fazendo meu coração para por um segundo – Ele sempre procura um pretexto para falar sobre a mãe dele.

~*~

– Você sabe que eu concordo com você não sabe? – Parei as provocações, era hora de falar serio – Eu também acho que amor só nos destrói, porque só existe “para sempre” em contos de fadas, em mitos... Seus pais são a prova disso, meu pai é a prova disso.

Capitulo 06 – A Dictionary, Urgent!

Domingo, 03 de Janeiro.


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Notas finais do capítulo

Bye!!!