Broken Life escrita por Thats Girl


Capítulo 4
Capitulo 04 –Men In Suit


Notas iniciais do capítulo

Oooiii Amoresss, Domingo e como prometido estou aqui novamente para mais um capitulo de B.L.

Gente postei cedo hoje, muuuuuito cedo porque vou sair e não sei que horas vou chegar, então como não posso deixar vocês na mão foi o jeito mais fácil que achei

Antes do capitulo não podia deixar de agradecer a todos os favoritos, todos os novos leitores e todo os lindo comentários que leio encantada e muito feliz, vocês n~]ao sabem o quanto isso me incentiva a escrever, obrigada mesmo
Dito isso vamos ao novo capitulo.

Boa Leitura, amores!!!!!



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Nos Capítulos Anteriores…

Ninguém Pode Fugir De Uma Fofura

– Eu sou a Natasha – Me aproximo lentamente olhando para o homem que continuava parado como uma estatua – Você deve ser o Will – Supus lembrando-me do nome que Steve disso ontem – Seu pai me falou de você...

– É eu sou – Ele parece feliz, é pelo menos o garoto gostou de mim.

Muito Menos Do Pai Dele

– Phil, prazer em conhecê-lo, por favor, pare de me chamar de Senhorita, ou Romanoff, apenas Nat ou Natasha... Agora me fale do seu patrão, ele é sempre tão mandão? – Pergunto educadamente, ele dá um leve sorriso e balança a cabeça.

– Eu já lhe disse Senhorita Natasha, o Senhor Rogers usa todos os meios para conseguir o que quer. – Reviro os olhos com a mesma frase de mais cedo, quem esse Rogers era? O rei do mundo? Deus? Viro-me a cabeça para a janela e olho a cidade passar rapidamente, não falo mais nada.

Alguém Também Está Usando Todos Os Meios Para Conseguir O Que Quer

– Eu me inscrevo com meus dados e as características do doador que eu quero como pai do meu filho, se tiver uma pessoa cadastrada aqui com as características que quero, eles me mandam os dados e a partir daí vamos conversar e decidir se vamos ter esse filho – Ela para de digitar e se vira para me olhar, seus olhos brilham como eu nunca tinha visto, o sonho dela sempre foi ser mãe, e este sonho estar prestes a se realizar a deixava tão feliz quanto ela já foi a sua vida toda. – Sabe o quanto isso é bom? Eu vou conseguir o pai do meu filho sem precisar ter um relacionamento com alguém, mas mesmo assim o doador vai querer ser pai dele entende? Ele vai estar presente na vida do meu bebê – A felicidade dela nesse momento enquanto me contava não era comparado a nada que eu tivesse visto na vida.

Capitulo 04 –Men In Suit

Todos os dias pessoa passam por nossas vidas, todos os dias conhecemos pessoa que podem ou não fazer parte dela, a diferença é que algumas vezes elas insistem em não sair das nossas vidas mesmo quando queremos que isso aconteça, e outras saem sem ao menos dar conta que podiam ser importantes para nós, essas, essas pessoas são as piores, porque a falta que elas podem nos fazer, pode mudar nossas vidas para sempre.

Virginia Pepper Potts é o primeiro caso para minha sorte, nem que eu quisesse que ela saísse da minha vida, o que é um fato que nunca vai acontecer, ela nunca sairia, nos duas somos a única coisa que eu sei que vai durar em minha vida.

Eu e Pepper nos conhecemos quando eu estava em uma fase não muito boa da vida, se é que eu já estive em uma boa, mas enfim eu tinha acabado de perder meu pai, e já não tinha mãe, era uma adolescente perdida, sozinha e sem nenhum senso de direção, e ela? Ela foi como um raio de sol, depois de um longo período de inverno, ter Pepper na minha vida foi a melhor coisa que me aconteceu, eu nem preciso pensar para falar isso, enquanto todo mundo estava me deixando, indo embora de alguma forma, ou apenas sentindo tanta pena de mim que não tinha coragem para se aproximar, ela estava lá sendo aquela garota insuportavelmente linda, magra, elegante e inteligente, que mesmo com todos os meus esforços para afasta-la de mim meteu o pé nos meus muros de autodefesa e me resgatou daquele lugar que me acomodei em estar sozinha.

Lembro-me de uma das nossas primeiras conversas, eu disse a mesma coisa que falei para Steve Rogers no jantar “Nada é Para Sempre” ela me olhou com aquele olhar desdenhoso que eu tanto odeio, e depois sorriu docemente e me disse:

– Isso é o que você acredita, e francamente eu não me importo só me importa o que eu acredito... E sim talvez você esteja certa, talvez nada seja para sempre, mas adivinha? Eu vou continuar aqui do seu lado indo contra todas as suas teorias.

Acho que foi a coisa mais linda que alguém tenha me dito, acho que até hoje ainda é, eu não acredito em “para sempre”, mas se acreditasse, eu tenho certeza que nos duas seriamos.

– Em que você está pensando? – Pepper não tira os olhos da direção, mas também não deixar de prestar atenção em mim, ela era como um radar potente sabia tudo que estava acontecendo ao seu redor sem muitos esforços – Deixa-me adivinhar? No jantar maravilhoso que você teve no melhor restaurante dessa cidade, com o homem mais lindo e rico de Miami. – É claro que ela não ia deixar passar isso, estava até demorando demais, já tinha começado a suspeitar que houvesse algo de errado.

– Não – Balanço a cabeça levemente – Estava pensando em você – O sorriso dela transborda, ela me olha de relance e depois volta sua atenção para o volante – Em algo que você disse há muito tempo atras – Eu continuo, ela está só em silencio me ouvindo – Eu nunca te agradeci por tudo... Obrigada Pepper – Abaixo minha cabeça, estava sem jeito, eu não era tão boa com palavras, nem declarações, eu nunca fui boa em lidar com sentimentos, essa era a verdade.

– Hey Nat – Escuto sua voz então ergo minha cabeça para vê, ela está me encarando com uma expressão indecifrável – Você não tem que me agradecer por nada, eu te amo, e não há nada no mundo que eu não faria por você.

– Eu sei... Por isso mesm... – Minha frase é interrompida por um solavanco do carro e um barulho fortíssimo, nos tínhamos batido em alguém no transito, olho para Pepper que está estática, ela se volta para mim e coloca as duas mãos na boca, seus olhos estão arregalados, se o momento não fosse tão tenso eu teria um ataque de risos – Acho melhor a gente sair e vermos em quem a gente bateu

– Ai Meu Deus! – Ela murmura e sai do carro em seguida assim como eu.

Quando avisto o carro, olho diretamente para minha amiga que faz o mesmo para mim estávamos declaradamente ferradas, o carro devia valer os salários das nossas vidas juntos. Um homem alto forte e meio engraçado desce do carro, ele está serio claro devido ao incidente, mas ele não parece tão bravo quanto esperávamos. Nós duas estamos paradas com cara de cachorro que caiu da mudança, e esperamos ele vim até nós, mas não faz, ele caminha até a outra porta do carro e abre, para então descer um cara, e que cara! Moreno, alto, ele usava óculos escuros e estava de terno. Qual o meu problema essa semana com homens extremamente bonitos e ricos que usam terno? Eu estou os encontrando essa semana, mais do que já encontrei em minha vida toda.

Pepper está nervosa batendo o pé constantemente no chão, ela também retorce os dedos da mão como se quisesse arranca-los, ela me olha ao vê-lo, e lanço o meu olhar de “Eu sei, ele é lindo pra caramba”. Sabíamos-nos comunicar por olhares, muitos anos de pratica.

O cara vem caminhando lentamente até nos, ele não parecia bravo também.

– Qual das duas lindas barbeiras, bateu no meu carro? – O sorriso sarcástico dele me incomodava um pouco, mas não tava na posição de reclamar, ele deveria está bravo com a gente, e não estava então era melhor ficar na minha e agradecer por isso.

– Eu – Pepper levanta o dedo, como uma criança no colégio quando o professor pergunta quem pegou o lanchinho do amiguinho – Desculpa Senhor...

– Opa, opa tira o senhor... É Tony, Tony Stark, odeio formalidades – Era disso que eu estava falando, gostei dele, tirando o sarcasmo

Tony Stark, Tony Stark, Tony Stark. O nome martelou na minha cabeça alguns segundos, eu o olhei bem ignorando a conversa que ele estava tendo com minha amiga, eu já tinha ouvido aquele nome e visto aquele rosto, mas onde? Uma lâmpada acendeu na minha cabeça momentos depois.

– Eu te conheço – Interrompo Pepper que estava falando alguma coisa – Tony Stark, claro – Sorriu satisfeita por minha memória não ser tão horrível, Pepper está boiando, percebo pela expressão dela, e ele me olha como se eu fosse a salvação do dia.

– É disso que estou falando, alguém atualizada aqui – Ele fala obvio, ele não ficou bravo porque batemos no carro bilionário dele, mas ficou porque não o reconhecemos de primeiro momento? Que ser humano era esse? – Sua amiga precisa conhecer Internet, TV, Revista...

– Eu sei o que é Internet, TV e Revista, mas isso necessariamente não significa que precise te conhecer – Pepper começara a ficar irritada, isso não era um bom sinal.

– O que falar desse povo de Miami, que só vive queimando os miolos na praia – Ele murmura, e duas ruguinhas aparecem na testa de Pepper, a coisa ficaria feia.

– Você falou mal de Miami, é isso? – Ela saltou brava

– Hum... Bravinha e patriota gosto disso – Ele a olha fixamente e volta a falar – E não, só acho que sol demais pode danificar alguns neurônios – Sarcasmo, nada bom.

– Tony – É ótimo chamar alguém pelo nome, como as pessoas não gostam disso? – Desculpa pelo carro – Antes que aconteça um homicídio ali mesmo no meio das ruas de Miami, eu entro na frente da loira ao meu lado – Você pode nos dar algum contato, que pagaremos por todo o estrago...

– O que? – ele volta-se para olhar para seu carro atras dele – Ah isso! Não foi nada, depois compro outro, nem gostava muito dele mesmo – Ok eu não sei lidar com gente rica.

– Então tudo bem? Quer dizer, você não quer nenhuma reparação?

– Eu não disse isso – É claro que não íamos nos safar assim

– Mas você disse... – Pepper começa, mas é interrompida por ele.

– Qual é? Eu tenho apego aos meus carros... – Algo me dizia que isso não era verdade

– Fala logo o que você quer – Minha amiga já tinha perdido a paciência e a qual quer momento ela enfiaria a mão na cara de Tony Stark, e o pior é que eu não poderia fazer nada.

– Um encontro, com você – Seu sorriso insinuador não ajudava no andar dessa conversa.

– Você só pode estar de brincadeira? – Ela solta uma gargalhada

Os carros a essa altura já buzinavam para todos os lados, estávamos parados no meio de um transito, conversando como se estivéssemos em um lugar qualquer.

– Happy – Tony grita, e o motorista com cara engraçada se aproxima rapidamente – Dê um jeito nessas pessoas apressadas.

– Sim Senhor – Eu me perguntava o que ele faria para acalmar todas essas pessoas, e até fiquei com um pouco de pena.

– Eu não vou sair com você, você está querendo o quê? Chantagear-me porque bate no seu carro? – Ela continua

– Você que está vendo por esse lado, senhorita... – Ele não termina a frase esperando ela falar seu nome, mas não acontece.

– Pepper, Pepper Potts – Eu que respondo ganhando uma cara feia da loira – E eu sou Natasha Romanoff.

– Pepper – Ele pensa um pouco depois de repetir o nome de Potts – Então Pepper aceita meu convite? Você bateu meu carro, isso é o mínimo que você pode fazer...

– Ela aceita sim – Falo antes que ela responda

– Não, não aceito não – E ela me retruca.

– Aceita sim, ela estará pronta as 19h00min... Você tem um papel para eu anotar o endereço? – Pergunto

– Não precisa eu descubro – Ele sorrir vitorioso, Bilionários e seus equipamentos de perseguição, penso ao lembrar-me de Steve Rogers

– Natasha, eu n... – Pepper começa a protestar, mas é claro que não deixo.

– Até mais ver Tony, e desculpa pelo carro – Saiu puxando Pepper ainda sobre protestos.

Caminho até nosso carro empurrando Pepper emburrada, ela não queria fazer isso, mas iria primeiro porque não teríamos dinheiro para pagar aquele concerto, segundo porque provavelmente eles iriam ao lugar mais caro dessa cidade, e com a crise que estamos não podemos ficar recusando jantares ainda mais quando eles são com as melhores comidas e terceiro que o cara é um gato, um gato um pouco convencido e egocêntrico, mas ainda assim um gato.

– Hey Natasha, de onde você me reconheceu? – Escuto a voz de Tony um pouco alto, devido nossa distancia, ele já estava em seu carro e eu estou colocando Pepper dentro do dela.

– Minha editora, vai lançar o livro da biografia do seu pai Howard Stark – Dou um leve sorriso – Parece que vamos nos ver muito Sr. Stark – Ele dá uma piscadela para mim e eu entro no carro, para aguentar as reclamações de Pepper agora.

~*~

– Eu não devia estar saindo, devia estar analisando os possíveis “pais” do meu filho – Pepper resmunga mais uma vez enquanto se olha no espelho, ela usa um vestido de renda preta, com mangas que abriam no final do seu braço, assim como abriam levemente em babados de renda de duas camadas em sua cintura, suas sandálias altas era de uma tira na frente e outra no tornozelo.

– Você devia sim, o cara é lindo e ao invés de ficar bravo com a gente, te convidou para sair, quem dispensa uma coisa dessas? – Eu estou deitada em sua cama a observando escolher um brinco, e tentava estuda-la, se estava nervosa, ou brava. – E quem sabe ele não seja o futuro pai do seu filho? – Me arrependo das minhas palavras no segundo seguinte que a vejo virar para mim com as mãos na cintura

– Steve Rogers deve ter sequestrado a Natasha e colocado um clone louco no lugar da minha amiga, só pode ser... Aquele cara nunca vai ser o pai do meu filho, você não viu o quão... – Ela está pensando no adjetivo que vai usar – Arrogante, prepotente, egocêntrico, só porque é um gênio bilionário, cientista, filantropo, empresário e sabe-se lá o quê mais.

– Você fez uma pesquisa sobre ele? – Arqueio a sobrancelhas a estudando, ela apenas dá de ombros e volta a colocar os brincos.

– Não – Soou baixo – Ela se volta para mim de novo e estou fitando-a sem tirar os olhos, sabia quando estava mentindo – Talvez... – Ela tenta mais uma vez – Talvez eu tenha me lembrado dele de uma revista que vi uma vez... E fui fazer uma leve pesquisa

– Você fez uma leve pesquisa sobre o cara com quem você vai sair...

– Qual é? Eu precisava saber com quem vou sair, vai que ele é um louco estuprador, ou estrangulador de mulheres – Eu ainda não falo nada – Quem fica ajudando quem não conhece aqui é você e não eu.

– Eu não estou julgando – Finalmente falo

– Em falar em Steve Rogers... – Ninguém falou em Steve Rogers

– Lá vem você, estamos concentradas em seu encontro, não em mim.

– Ah! Então você admite que rolou uma certa atração entre vocês dois?

– Não – Pra falar a verdade eu ainda nem tinha parado para pensar sobre aquele jantar ou sobre o que aconteceu lá, eu apenas estava ignorando, não fazia sentindo remoer isso, eu nunca mais veria o cara na minha vida, que diferença faria, ter tido ou não atração entre nos dois naquele jantar – Eu nunca mais vou ver o cara na minha vida, ele foi bem claro sobre relacionamentos e sobre estar fora deles, e eu não estou atras de um namorado, então vamos só esquecer isso, por favor e nos concentrar em você – Me levanto indo até a janela – Pontual, conte mais um ponto para Tony Stark – Um carro esportivo tinha acabado de parar lá embaixo – Vai Pepper, não o deixa esperando, e vou ficar acordada te esperando para saber do jantar – Estou mais animada que ela, por isso resolvi dormir em sua casa para ficar a par de todos os acontecimentos da noite.

– Não se preocupe isso não vai demorar – A loira solta um beijo no ar e sai desfilando do quarto.

~*~

Quando acordo, meu pescoço dói, meus olhos estão pesados e duvido que minha coluna sirva para alguma coisa, estou embrulhada e deitada no sofá da casa de Pepper, pelo silencio não tem ninguém mais em casa, procuro um relógio, encontro meu celular logo ao lado em cima da mesinha de centro, são 08h00min da manhã, me desespero no segundo seguinte, hoje é segunda e não posso chegar atrasada ao trabalho, e tenho que está lá as 08h30min antes da megera chegar, corro para o banheiro faço minha higiene matinal e enquanto visto uma perna da minha calça, vou para cozinha procurar alguma coisa para ir comendo no caminho, estou toda atrapalhada como sempre.

Na geladeira encontro um bilhete de Pepper:

“Quando cheguei você já estava dormindo não quis te acordar, sair cedo para o trabalho, depois a gente conversa, Te Amo.”

Vadia! Ela está fugindo de mim, será o que aconteceu nesse jantar? No geral não sou muito curiosa, mas dessa vez estou roendo as unhas para saber o que rolou. Termino de vestir minha calça, pego muffins que tinham no forno, volto para sala para achar minha blusa, jogo todo o resto na minha bolsa e saiu desesperada, ainda tinha que passar no café indo para o meu trabalho para pegar o café cheio de frescura de Beth, Ótimo parece que meu dia será maravilhoso.

Depois do almoço e de ter rodado a cidade toda, chego à editora com as copias do livro que Beth tinha me pedido para buscar, a editora está um caos nesses últimos tempos, com os novos lançamentos, então todo mundo faz de tudo um pouco, e eu faço de tudo, um todo.

– Yelena – Yelena era uma das secretaria/escravas que trabalhavam para os editores, a gente não era próxima, mas às vezes dávamos uma mãozinha uma à outra – Avisa a Beth que estou entrando para lhe entregar as copias – Hoje não tinha tempo nem para respirar então nem espero ela responder, já vou direto para a maior sala da editora com copias em mãos.

– Natasha, nã... – Ouço a voz da minha companheira de escravidão, quando a maçaneta já foi virada e a porta aberta, não tinha mais o que fazer, apenas entrei.

– Beth eu te trouxe as co... – Paro de falar quando olho a figura sentada confortavelmente no sofá chiquérrimo de couro na sala da minha chefa, meu sorriso aparece no momento seguinte.

– Natasha não está vendo que estou em reunião com o Sr. Star...

– Natasha Romanoff – O sorriso irônico aparece – Bom vê-la de novo

– Eu disse que nos veríamos mais vezes Tony Stark – Se fosse em outro caso, teria saído da sala e me desculpado, mas estava podendo eu conhecia Tony, e ele estava interessado na minha melhor amiga, então apenas sorrir de volta e fui cumprimentá-lo, Beth teria que engolir essa.

– Vocês se conhecem? – Ela estava com a testa franzida e com um olhar fulminante para mim, apenas balanço a cabeça em concordância com meu sorriso superior.

– Então como foi o jantar? – Pergunto já me sentindo intima, e ignorando minha chefa.

– Sua amiga não te contou?

– Ainda não a vi, mas você está vivo isso é um bom começo. Já estava com medo de ter que estragar minhas unhas em uma desova de corpo – Brinco e ele gargalha.

– Não foi tão ruim assim... – Porque ninguém quer me contar nada?

– Senhorita Romanoff – Me viro para olhar Beth – Me entregue às copias e vá para sua próxima tarefa não podemos parar aqui, temos um livro para lançar, não é mesmo senhor Stark? Alias o senhor só veio para Miami para isso, não é mesmo?

– É sim, mas até estou pensando em ficar uma temporada por aqui, parece que Miami, me rendeu mais do que o esperado – Ele não tira o olho de mim, o que isso quer dizer? Tony e Pepper... Oh Meu Deus! Queria gritar e pular nesse exato momento. Levo as copias até a mesa então volto até onde estava.

– Tony foi bom te ver novamente, até mais ver.

– O prazer foi todo meu Natasha e pode apostar que sim nos veremos muito – Dou um leve sorriso e saiu da sala.

OMG! O que aconteceu?

Estava tão curiosa que se pudesse sairia correndo daqui e arrastava Pepper para casa, para ela me contar tudo, mas não podia, pois se fizesse isso perderia meu emprego, e eu o odeio, mas sem ele viraria uma sem teto. Pego meu celular e olho são quase duas da tarde, precisava pegar as crianças na aula de piano – Rose e Max são filhas da Beth – Ao invés dela pagar uma baba para isso, ela me obriga a fazer, afinal pra quê gastar dinheiro com uma babá se você tem a escrava da sua secretaria para fazer?

Subo as escadas da grande escola de musica, o elevador tinha enguiçado e não estava com tempo para esperar, então o jeito foi subir três lances de escadas e correr o risco de ter um infarto mesmo.

Quando chego ao terceiro andar parece que estava andando há dias no deserto sem água, pingava suor por todos os lados, e eu ofegava como louca, precisava urgentemente de água, mas isso iria ficar para o caminho de volta, corro para a sala de piano e fico esperando a aula terminar da porta mesmo.

– Natasha – Uma vozinha doce grita meu nome, me viro para olhar quem? Ok que venho muito aqui, mas não acho que as crianças já estão tão familiarizadas comigo a ponto de ficar me chamando, procuro no longo corredor então avisto na ultima sala, um loirinho com um sorriso divertido no rosto acenando para mim, era Will.

Caminho sem muita segurança indo até o garotinho, eu jurei ficar longe dessas pessoas, mas parece que cada vez que penso nisso, alguma coisa acontece e lá estou eu indo de novo para perto.

– Will – Dou um leve sorriso – Você também faz aulas aqui? – Me abaixo para ficar do mesmo tamanho que ele.

– Sim, violino – Ele responde animado.

– Violino? Você não é um tanto pequeno para aprender violino? – O garoto tinha 05 anos, qual é? Ele devia estar brincando, não tendo aulas de violino, mas ai me lembro de que os filhos da Beth têm 05 e 07 anos, então devia ser coisa de gente rica mesmo.

– Eu já sou um homenzinho, foi meu pai que me disse – É claro que ele disse.

– Claro ele tem toda a razão, você já é um homenzinho, alguém vem te buscar? Você está sozinho? – O questiono

– Minha babá, mas eu acho que ela não vem mais – O loirinho fez um biquinho que cortou meu coração, ele deve ter todo mundo nas mãos, com essa carinha.

– Ok – E lá vai eu de novo me meter onde não era chamada – Eu te levo até em casa... – O que eu podia fazer, ele só era um garotinho.

– Mas não tem ninguém lá...

– E onde seu pai está? – Parece que veria Steve Rogers mais uma vez

– Ele está trabalhando...

– Ok, eu vou falar com sua professora, e te levo até ele, não saia daqui – Me levanto o deixando na porta e indo até a professora dentro da sala.

Nós duas conversamos e meio que inventei que era amiga do Steve, é claro que ela não ia me deixar levar uma criança só com essa informação, então me avisou que ligaria para o responsável avisando que eu o levaria.

– Senhorita Romanoff? – Ela caminha até mim que estou ao lado de Will e também Rose e Max que terminaram a aula.

– Sim? Eu posso leva-lo?

– A senhorita foi autorizada a leva-lo, o endereço da empresa do Sr Rogers está atras da mochila do Will – Ela me explica educadamente, então se vira para o garotinho abaixando-se um pouco – Will até quinta, e não se esqueça de praticar em casa – Dá um leve sorriso para ele e então um aceno de cabeça para mim, se despedindo.

Antes de entregar cada criança em seus devidos lugares, alimento todos em uma lanchonete no caminho aproveito e me alimento também para aguentar o resto do dia, depois deixo Rose no balé e Max na natação, então vou com Will para a empresa Rogers Corporation.

– Esse lugar é grande – Comento assim que entro no hall de entrada do prédio.

– Meu pai disse que o avô dele construiu tudo isso, depois o meu avô continuo a construir, depois foi ele e daqui algum tempo vai ser eu e depois meus filhos – Ele me explica fascinado.

Detenho apenas em um sorriso, e vou falar com a morena lindamente magra na recepção, aviso que estou com Will, ela libera minha entrada no segundo seguinte me avisando para ir para a cobertura, já deviam ter avisado sobre mim.

O elevador para na cobertura e as portas se abrem, Will sai correndo pelo lugar, já acostumado com tudo aquilo, eu sou bem mais cautelosa, olho todo aquele luxo e mesmo depois de tudo o que vi na casa de Steve, ainda me pego surpresa com aquele lugar. Caminho até outra recepcionista – Tenho que dizer novamente magra e linda – Parece que ele só contratava modelos para trabalhar aqui, Will a essa altura já está no pé da moça perguntando sobre o pai.

– Eu sou Natasha Romanoff, eu vim trazer o Will – Explico educadamente, mas ganho uma fuzilada de olhar, qual o problema dessas mulheres quando menciono Steve Rogers?

– Vocês podem entrar – Ela fala sem nenhuma emoção

– Não, eu só vim trazê-lo mesmo não vou ent... – Sou interrompida

– Eu recebi ordens expressas para que me certifique que a Senhorita entre – Ela continua a falar com uma frieza invejável

– Vamos Natasha, meu pai vai gostar de ver você de novo – Will fala me puxando para a grande porta ao nosso lado.

Abro a porta ainda contrariada, mas não tinha muito o que fazer, estava sentindo que se não entrasse naquela sala alguém chamaria dois seguranças fortões que me forçariam entrar. Will é o primeiro a entrar já correndo para o pai, ele estava sentado em sua cadeira de CEO concentrado em papeis, muitos papeis, mas quando vê o filho, um sorriso imenso se abre, então se levanta indo abraça-lo o pegando no colo.

– E ai campeão? – Ele era extremamente carinhoso com ele, diferente do que era com todos os outros seres humanos do planeta, mas também como não seria?

Eu fico parada na porta só olhando a cena, os dois juntos pareciam ser a mesma pessoa em dois tempos diferentes, Will era mesmo a copia fiel do pai, o olhar de Steve para ele era a coisa mais linda de se vê, se existia alguém que ele amasse no mundo, era verdadeiramente esse menino.

Estremeço-me quando os lindos olhos azuis dele posam em mim, ele coloca Will no chão e fala alguma coisa no ouvido dele o garoto faz “sim” com a cabeça e corre até mim, eu me abaixo assim que vejo que ele estava tentando me alcançar.

– Obrigada Natasha – ele me dá um leve beijo na bochecha, e meu sorriso transborda involuntariamente com tal ato.

– Não foi nada Will, foi um prazer te ver de novo.

– Igualmente – Ele era incrivelmente educado, uma coisa eu tinha certeza Steve era um ótimo pai, Will sai logo em seguida sumindo em um dos corredores da grande cobertura, e eu me levanto segundos depois para fitar Steve que continuava estático com o mesmo olhar do jantar para mim.

– Senhor Rogers – Me levanto, e o cumprimento com uma aceno de cabeça.

– Senhorita Romanoff – Odeio formalidades, odeio que ele me chame assim. – Entre.

Eu podia sair correndo, era uma possibilidade, mas não daria o gosto de confirmar as afirmações dele de eu agir como uma criança, então entro e fecho a porta o acompanhando até sua mesa, ele se senta e me manda sentar o que faço.

Parece quanto mais eu tento fugir dos problemas mais eles aparecem.

No Próximo Capitulo...

Will Parece Ajudar

– E você... – Ele balança a cabeça e faz uma pausa como se as palavras que ele falaria a seguir fossem difíceis demais para serem pronunciadas – Você me salvando, mais uma vez

E Tacos Sempre É Uma Boa Pedida

– Você não vai querer mesmo? – Enfio o taco na boca e dou uma mordida enorme, aquilo com certeza era uma das melhores coisas da vida.

– Isso é nojento! – Ele retruca

– Isso é um pedacinho do céu, meu caro Rogers.

– Você percebe o quanto isso é ruim para sua saúde? – Ele parecia o Nick agora, mas não me importo estava feliz demais comendo meu taco para me importar com coisas que me causariam indigestão.

Enfiei meu taco em sua cara – Aqui dê uma mordida, você não vai se arrepender.

Mas As Coisas Nunca Saem Bem Por Completo

Coloco meus cotovelos na mesa e inclino meu corpo para mais perto dele, se aquilo fosse o que eu tinha entendido isso não terminaria nada bem.

– O que você está tentando dizer? Uma acompanhante... Garota de programa? – Minha voz estava um pouco alterada, não podia evitar.

Capitulo 05 – Hammock Park

Domingo, 27 de Dezembro.


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Notas finais do capítulo

Até Domingo!!!